Filme “O Juízo” estreia na Mostra Internacional de Cinema


Créditos: Suzanna Tierie


O Juízo”, suspense sobrenatural dirigido por Andrucha Waddington (“Sob Pressão”) e escrito por Fernanda Torres, foi selecionado para a 43ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, que acontece de 17 a 30 de outubro na capital paulista. O filme será exibido na quinta-feira, 24 de outubro, com a presença do diretor, da roteirista Fernanda Torres e elenco. O longa narra um acerto de contas que leva mais de duzentos anos para se concretizar. O filme tem estreia marcada para 12 de dezembro nos cinemas.

“O Juízo” conta a história de Augusto Menezes (Felipe Camargo) que está em crise no casamento com Tereza (Carol Castro). Na esperança de colocar sua vida nos eixos, depois de perder o emprego na cidade e sofrer com o alcoolismo, decide mudar-se com a mulher e o filho Marinho (Joaquim Torres Waddington em sua estreia nos cinemas) para uma fazenda herdada do avô. Mas a propriedade carrega uma história de traição e vingança que pode custar mais caro a Augusto e sua família do que ele imaginava.

Créditos: Divulgação

No longa, Criolo e Kênia Bárbara vivem Couraça e Ana, escravos determinados a se vingar dos antepassados de Augusto, que os traíram no passado. Fernanda Montenegro interpreta a espírita Marta Amarantes e Fernando Eiras, o psiquiatra Doutor Lauro, além de Lima Duarte como o joalheiro Costa Breves.

Confira o trailer!

 

 

Confira tudo o que aconteceu no 7º Prêmio Bibi Ferreira


Créditos: Náira Messa


Na noite da última terça-feira (24), o Teatro Renault, em São Paulo, recebeu o 7º Prêmio Bibi Ferreira. Idealizado por Marllos Silva, a edição, pela primeira vez, premiou também peças não musicais.

A abertura contou com os mestres de cerimônias Alessandra Maestrini e Miguel Falabella, que esbanjaram química nos palcos com o número de abertura “O Teatro Viverá”, um protesto contra a censura que a cultura está sofrendo do atual governo.

O ator Fabio Assunção estreou a lista de indicados ao ganhar o prêmio de Melhor Ator Coadjuvante em Peça de Teatro por “Dogville”. Muito emocionado, ele lembrou a importância do teatro em sua carreira e reforçou o apoio à Fernanda Montenegro – que foi alvo de insultos pelo diretor da Funarte Roberto Alvim -, além de lembrar Ágatha Félix, a criança de oito anos que foi morta por bala perdida no Rio de Janeiro. A atriz Tuna Dwek, vencedora do Prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante em Peça de Teatro por “A Noite de 16/01”, também criticou em seu discurso as atitudes do governo. Ma verdade, a premiação em si foi marcada por discursos em reafirmação a resistência e sobrevivência do teatro brasileiro, além, claro, do apoio a Montenegro.

 

Ver essa foto no Instagram

 

Uma publicação compartilhada por acessocultural (@acessocultural) em

A noite foi mais especial para “Sunset Boulevard” e “Elza – Musical” que foram os maiores vencedores da categoria de teatro musical, enquanto que “O Mistério de Irmã Vap” foi o maior vencedor de teatro não musical. Inclusive, Mateus Solano e Luis Miranda dividiram o prêmio de Melhor Ator em Peça de Teatro.

Um fato inusitado durante o prêmio foi no momento da indicação de Melhor Atriz de Musical. Enquanto Ingrid Guimarães e Larissa Manoela estavam anunciando os indicados, Miguel Falabella surge ao lado de Alessandra Maestrini trajando uma camisa com o nome de Marisa Orth escrito. A interrupção era um “manifesto” por não ter o nome da amiga na lista das concorrentes ao prêmio.

Um dos momentos mais lindos da noite foi o In Memoriam, em homenagem aos artistas que partiram recentemente. A apresentação contou com a participação de Alírio Netto ao piano. O elenco da primeira versão de A Noviça Rebelde se reuniu no palco para cantar “Edelweiss” e saudar a atriz Manoela Pinto Guimarães, que fez parte do elenco da primeira versão do musical e que morreu este ano aos 21 anos. A homenagem a grande Bibi Ferreira também levou o público ao máximo da emoção. Miguel Falabella fez um depoimento emocionado sobre seu primeiro contato com Bibi, e, logo após, Ingrid Guimarães declamou um texto de Chico Anisio, intitulado “Nascer Velhos”, entre as apresentações de Amanda Acosta, Alessandra Maestrini, Laila Garin, Sara Sarres e Sienna Belle que interpretaram números musicais imortalizados pela artista.

 

Ver essa foto no Instagram

 

Uma publicação compartilhada por acessocultural (@acessocultural) em

Por fim, o vencedor de Melhor Musical foi “O Fantasma da Ópera“, da T4F Entretenimento, que está em cartaz no próprio Teatro Renault.

Créditos: Náira Messa

Apesar de toda luta contra a censura, o Prêmio Bibi Ferreira mostrou, por mais um ano, a sua força e determinação em continuar incentivando e contemplando os melhores espetáculos de São Paulo. Que assim continue nos próximos anos!

Confira agora a lista de vencedores do 7º Prêmio Bibi Ferreira:

MELHOR ATOR COADJUVANTE EM PEÇA DE TEATRO
* Fábio Assunção – Dogville (vencedor)
* Fábio Espósito – Baixa Terapia
* * Felipe Bragança – O Leão no Inverno
* Ricardo Gelli – Visitando o Sr. Green
* Sidney Santiago – O Leão no Inverno

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE EM PEÇA DE TEATRO
* Ester Laccava – Uísque e Vergonha
* Georgette Fadel – Molière
* Ilana Kaplan – Baixa Terapia
* Tuna Dwek – A Noite de 16 de Janeiro (vencedora)
* Camila dos Anjos – O Leão do Inverno

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE EM MUSICAIS
* Carol Badra | As Cangaceiras – Guerreiras do Sertão
* Carol Bezerra | Natasha, Pierre e o Grande Cometa de 1812
* Inah de Carvalho | Billy Elliot (vencedora)
* Ingrid Guimarães | Annie – O musical
* Lia Canineu | Sunset Boulevard

MELHOR ATOR COADJUVANTE EM MUSICAIS
* Érico Brás | O Frenético Dancin’ Days
* Fred Silveira | O Fantasma da Ópera
* Marco França | As Cangaceiras – Guerreiras do Sertão
* Pedro Arrais | As Cangaceiras – Guerreiras do Sertão (vencedor)
* Thiago Machado | Tick, Tick… Boom

MELHOR FIGURINO EM MUSICAIS
* Marco Pacheco e Lígia Rocha | Billy Elliot
* Fause Haten | Sunset Boulevard (vencedor)
* Zé Henrique de Paula | Natasha, Pierre e o Grande Cometa de 1812

MELHOR FIGURINO EM PEÇAS DE TEATRO
* João Pimenta | Dogville (vencedor)
* Karen Brustolin | O Mistério de Irma Vap
* Ronaldo Fraga | A Visita da Velha Senhora

MELHOR CENOGRAFIA EM MUSICAIS
* Matt Kinley | Annie – O Musical
* Matt Kinley | Sunset Boulevard (vencedor)
* Michael Carnahan | Billy Elliot

MELHOR CENOGRAFIA EM PEÇA DE TEATRO
* Kleber Montanheiro – Um Beijo para Franz Kafka
* Marco Lima – Num Lago Dourado
* Marco Lima – O Mistério de Irma Vap (vencedor)

*

MELHOR VISAGISMO EM MUSICAIS
* Beto França e Feliciano San Roman | Sunset Boulevard (vencedores)
* Uirandê de Holanda | Elza Musical
* Eliseu Cabral | Billy Elliot

MELHOR DESENHO DE LUZ EM MUSICAIS
* Corry Pattack | Sunset Boulevard (vencedor)
* Mike Robertson | Billy Elliot
* Renato Machado | Elza Musical

MELHOR DESENHO DE LUZ EM PEÇA DE TEATRO
* Caetano Vilela | O Leão no Inverno
* Cesar Pivetti | O Mistério de Irma Vap (vencedor)
* Fran Barros | Dogville

MELHOR DESENHO DE SOM EM MUSICAIS
* Tocko Michelazzo | Sunset Boulevard
* Gabriel D’Angelo | Annie – O Musical (vencedor)
* Gabriel D’Angelo | Aparecida – Um Musical

MELHOR ARRANJO ORIGINAL EM MUSICAIS
* Letieres Leite | Elza Musical (vencedor)
* Jules Vandystadt | 70? Década do Divino Maravilhoso – Doc. Musical
* Tony Lucchesi | Nelson Gonçalves – O Amor e o Tempo

MELHOR LETRA E MÚSICA EM MUSICAIS
* Carlos Bauzys e Ricardo Severo | Aparecida – O Musical
* Fernanda Maia e Newton Moreno | As Cangaceiras – Guerreiras do Sertão
* Elton Towersey e Vitor Rocha | Se Essa Lua Fosse Minha (vencedores)

MELHOR COREOGRAFIA EM MUSICAIS
* Deborah Colker e Jacqueline Motta | O Frenético Dancin’ Days
* Gabriel Malo | Natasha, Pierre e o Grande Cometa de 1812
* Katia Barros | Annie – O Musical (vencedora)

MELHOR DIREÇÃO MUSICAL EM MUSICAIS
* Antonia Adnet, Larissa Luz e Pedro Luis | Elza Musical
* Fernanda Maia | As Cangaceiras – Guerreiras do Sertão
* Fernanda Maia | Natasha, Pierre e o Grande Cometa de 1812
* Carlos Bauzys | Sunset Boulevard
* Daniel Rocha | Annie – O Musical (vencedor)

VOTO  POPULAR
* O Fantasma da Ópera

MELHOR ROTEIRO ORIGINAL EM MUSICAIS
* Newton Moreno | As Cangaceiras – Guerreiras do Sertão
* Vinícius Calderoni | Elza Musical (vencedor)
* Vitor Rocha | Se Essa Lua Fosse Minha

MELHOR DRAMATURGIA EM PEÇA DE TEATRO
* Julia Spadaccini – A Porta da Frente (vencedora)
* Michele Ferreira – Uísque e Vergonha

MELHOR VERSÃO EM MUSICAIS
* André Loddi e Leandro Luna | Pacto – A História de Leopold e Loeb
* José Henrique de Paula e Fernanda Maia | Natasha, Pierre e o Grande Cometa de 1812 (vencedores)
* Mariana Elisabetsky e Victor Mühletahler| Billy Elliot

MELHOR DIREÇÃO EM PEÇA DE TEATRO
* Diego Fortes – Molière
* Fernando Philbert – O Escândalo de Philippe Dussaert
* Jorge Farjalla – O Mistério de Irma Vap (vencedor)
* Jô Soares – A noite de 16 de Janeiro
* Zé Henrique de Paula – Dogville

REVELAÇÃO EM MUSICAIS
* Pedro Sousa, Richard Marques, Tiago Fernandes | Billy Elliot
* Luiza Gattai, Maria Clara Rossis, Sienna Belle | Annie – O Musical
* Felipe Costa, Paulo Gomes, Tavinho Canalle | Billy Elliot
* Cia Nissi | Rua Azusa (vencedor)

MELHOR ATOR EM MUSICAIS
* André Frateschi | Natasha, Pierre e o Grande Cometa de 1812
* André Loddi | Pacto – A História de Leopold e Loeb
* Beto Sargentelli | Os Últimos 5 Anos (vencedor)
* Gabriel Leone | Natasha, Pierre e o Grande Cometa de 1812
* Leandro Luna | Pacto – A História de Leopold e Loeb

MELHOR ATRIZ EM MUSICAIS
* Amanda Acosta | As Cangaceiras – Guerreiras do Sertão
* Bruna Guerin | Natasha, Pierre e o Grande Cometa de 1812
* Jullie | Nelson Gonçalves – O Amor e o Tempo
* Larissa Luz | Elza Musical (vencedor)
* Luci Salutes | Se Essa Lua Fosse Minha

MELHOR ATOR EM PEÇA DE TEATRO
* Luis Miranda – O Mistério de Irma Vap (vencedor)
* Marcos Caruso – O Escândalo do Philippe Dussaert
* Mateus Solano – O Mistério de Irma Vap (vencedor)
* Rodrigo Lombardi – Um Panorama Visto da Ponte
* Sérgio Mamberti – Visitando o Sr. Green

MELHOR ATRIZ EM PEÇA DE TEATRO
* Denise Fraga – A Visita da Velha Senhora
* Mel Lisboa – Dogville
* Nathalia Timberg – Através da Iris
* Suely Franco – Quarta-Feira, Sem Falta, Lá em Casa (vencedora)
* Vivianne Pasmanter – Amor Profano

MELHOR PEÇA
* A Visita da Velha Senhora – NIA Teatro
* Baixa Terapia – Teatro em Família (vencedor)
* Dogville – Núcleo Experimental
* Um Panorama Visto da Ponte – Mamberti Produções e Geradora Teatral
* O Escândalo de Philippe Dussaert – Porca Miséria e Galeria de Arte CorMovimento
* O Mistério de Irma Vap – Super Amigos Produções e Bricabraque Produções Culturais, Teto Cultura

MELHOR MUSICAL BRASILEIRO
* As Cangaceiras – Guerreiras do Sertão | Velloni Produções, FIESP e SESI
* 70? Década do Divino Maravilhoso – Doc. Musical | Brain +
* Elza Musical | Sarau Agência de Cultura Brasileira (vencedor)
* Nelson Gonçalves, O Amor e o Tempo – O Musical | Luar de Abril
* Se Essa Lua Fosse Minha | Lumus Entretenimento

MELHOR MUSICAL
* Annie – O Musical| Atelier de Cultura
* As Cangaceiras – Guerreiras do Serão | Velloni Produções, FIESP, SESI
* Billy Elliot | Atelier de Cultura
* Elza Musical | Sarau Agência de Cultura Brasileira
* Natasha, Pierre e O Grande Cometa de 1812 | Move Concerts e Firma de Teatro
* O Fantasma da Ópera | T4F Entretenimento (vencedor)
* Sunset Boulevard | IMM e EGG Entretenimento

‘A Vida Invisível’ será lançado exclusivamente no Nordeste


Créditos: Divulgação


Um dos lançamentos mais aguardados de 2019, o longa-metragem ‘A Vida Invisível‘, de Karim Aïnouz, estreará antecipadamente nas telonas do Nordeste do país no dia 19 de setembro. O filme, que ganhará sua primeira exibição em território brasileiro na abertura do Cine Ceará 2019, no dia 30 de agosto, está inscrito como um dos candidatos a representar o Brasil no Oscar de 2020. Com distribuição conjunta da Sony Pictures e Vitrine Filmes, ‘A Vida Invisível’ estreia nos cinemas das outras regiões do país no dia 31 de outubro.

Decidimos antecipar o lançamento do filme no Nordeste, com o respaldo comercial das distribuidoras Sony Pictures e Vitrine Filmes, no Brasil, e da Amazon Studios, nos EUA, primeiro, porque o Karim é cearense, e também de modo a atender aos pré-requisitos da Academia para que o filme esteja qualificado a representar o Brasil no Oscar de 2020. Por isso, que quando me perguntam qual filme brasileiro deve ir ao Oscar respondo que não estamos competindo entre nós e não queremos levantar polêmica, pois o momento é de união do cinema nacional, e, por este motivo, acreditamos na autonomia da comissão que irá nomear o filme escolhido para o Oscar“, afirma o produtor Rodrigo Teixeira, da RT Features.

O sétimo longa-metragem da carreira do diretor, que traz no elenco Carol Duarte, Julia Stockler, Gregorio Duvivier, Bárbara Santos, Flavia Gusmão e Fernanda Montenegro, como atriz convidada, vem conquistando prêmios importantes nos principais festivais do mundo, como o Grand Prix da mostra Un Certain Regard, no Festival de Cannes – inédito na história do cinema brasileiro –, além de prêmios do público de Melhor Filme e do júri de Melhor Fotografia, no Festival de Cinema de Lima; e o CineCoPro Award, no Festival de Munique.

Assim como outros filmes brasileiros, ‘A Vida Invisível’ vem fazendo uma grande carreira no exterior desde que venceu o prêmio de Melhor Filme na mostra Un Certain Regard, em Cannes. Obviamente os filmes não têm uma carreira idêntica, mas nunca na história do Brasil tivemos tantos sucessos internacionais como neste ano. A principal vitrine do Oscar é o Festival de Toronto, cuja seleção contém doze títulos que representarão o cinema brasileiro na mesma mostra“, ressalta Teixeira.

Com uma sólida carreira internacional, o filme terá distribuição nos EUA pela Amazon Studios e já foi vendido para mais de 30 países, incluindo Grécia; França; Polônia; China; Hungria; Eslovênia; Croácia; Luxemburgo; Bélgica; Holanda; Sérvia; Argélia; Egito; Iran; Israel; Jordânia; Líbia; Marrocos; Emirados Árabes; Reino Unido; Portugal; Itália; Coréia do Sul; Rússia; Cazaquistão; Ucrânia; Taiwan; Suíça; Espanha e Turquia.

O longa já recebeu elogios de algumas das mais prestigiosas publicações do segmento de cinema no mundo. Segundo David Rooney, do The Hollywood Reporter – que relacionou o filme entre os 10 melhores do Festival de Cannes –, “‘A Vida Invisível’ é um drama assombroso que celebra a resiliência das mulheres, mesmo quando elas toleram existências combalidas”. O crítico ainda chamou a atenção para as texturas brilhantes, as cores ousadas e os sons exuberantes que servem para “intensificar a intimidade do deslumbrante melodrama de Karim Aïnouz sobre mulheres cujas mentalidades independentes permanecem inalteradas, mesmo quando seus sonhos são destruídos por uma sociedade patriarcal sufocante”.

Já para Lee Marshall, do Screen Daily, que também elegeu ‘A Vida Invisível’ como um dos filmes imperdíveis do festival, Karim prova que o “eletrizante e emocionante” filme de época pode ser apresentado de forma verdadeira e ao mesmo tempo ser um deleite. “Com a forte reação crítica e o boca-a-boca que essa contundente e bem-acabada saga familiar parece suscitar, é quase certo que o filme viaje para além do Brasil e dos territórios de língua portuguesa“, prevê o crítico, que adverte: “É melhor você deixar um lenço separado para as cenas finais“.

O jornalista Guy Lodge, da Variety, por sua vez, afirma que o longa-metragem pode ser considerado “um forte concorrente do Brasil na corrida ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro”.

Livre adaptação do romance de Martha Batalha, ‘A Vida Invisível’ é uma produção da RT Features, de Rodrigo Teixeira, em coprodução com a alemã Pola Pandora, braço de produção da The Match Factory, de Michael Weber e Viola Fügen, além da Sony Pictures, Canal Brasil e Naymar (infraestrutura audiovisual), e conta com o financiamento do fundo alemão Medienboard Berlin Brandenburg e do Fundo Setorial do Audiovisual/Ancine.

O BEIJO NO ASFALTO chega aos cinemas em dezembro




Adaptação de obra de Nelson Rodrigues, filme traz Fernanda Montenegro, Débora Falabella, Lázaro Ramos, Augusto Madeira, Stênio Garcia e Otávio Müller no elenco 

Por Andréia Bueno
Numa adaptação ousada e diferente, que mescla teatro e cinema em preto e branco, Murilo Benício faz sua estreia na direção no filme “O BEIJO NO ASFALTO”, peça escrita por Nelson Rodrigues e encenada pela primeira vez nos palcos em 1961. Com lançamento marcado para o dia 6 de dezembro, o longa traz um elenco de peso: Fernanda Montenegro, Débora Falabella, Lázaro Ramos, Stênio Garcia, Otávio Müller e Augusto Madeira.
Foto: Divulgação
Na trama, Lázaro Ramos vive Arandir, um homem que, sem pensar, atende ao pedido de um beijo na boca feito por outro homem prestes a morrer ao ser atropelado na Avenida Presidente Vargas, no Rio de Janeiro. Tal gesto banal vira uma matéria sensacionalista de Amado (Otávio Müller), um repórter que cria uma fake News e passa a explorar o beijo entre dois homens para vender mais jornal. A versão criada pelo jornalista incita a polícia a investigar uma suposta ligação entre Arandir e o morto e cria dúvidas na cabeça de Selminha (Débora Falabella), mulher de Arandir e filha de Aprígio (Stênio Garcia), que, misteriosamente, insiste na ideia de que presenciou o beijo, quando, na verdade, estava de costas.
– Nelson Rodrigues não é só atual hoje, ele vai ser sempre atual porque ele fala muito de alma, da alma humana, não fala de um tempo, ele fala de um ser, de um ser humano que vai ter sempre suas frustrações, seus desejos, as traições, conspirações, por mais que a gente mude a nossa maneira de ser e que a sociedade mude as inquietações que o ser humano sente – conta Murilo.
O projeto do filme levou dez anos para se realizar e contou com recursos do Fundo Setorial do Audiovisual, Riofilme, além de recursos próprios, e coprodução do Canal Brasil. “Eu decidi fazer uma adaptação pouco antes do início dos anos 2000. Na época, comprei os direitos autorais, mas não consegui fazer porque me envolvi com outros trabalhos e acabei perdendo os direitos. Depois de muito tempo, quando eu estava fazendo um programa na Globo com o (diretor de fotografia) Lula Carvalho, que estava ciente da ideia, ele me perguntou em que pé estava e me incentivou a retomar o processo e o projeto”.
Para Débora Falabella, interpretar a Selminha e acompanhar de perto todo o processo de pré e pós-produção do filme foi um presente. “Uma das coisas mais legais de poder estar nesse projeto é conseguir encenar de uma maneira diferente no cinema esse texto do Nelson, que eu acho que na nossa dramaturgia é um dos textos mais perfeitos que a gente tem no teatro. É uma alegria poder estar com atores que eu gosto tanto em cena e tentar entender como levar o teatro para o cinema. Eu sou produtora de teatro, faço teatro há muitos anos, fiz cinema como atriz, mas nunca estive muito por trás desse processo e foi muito interessante entender isso e poder participar dessas ideias. E ainda ter pessoas como a Fernanda Montenegro e o Amir Hadad contando suas histórias para a gente”, comemora.
O BEIJO NO ASFALTO contou ainda com uma equipe de grandes nomes, como o fotógrafo Walter Carvalho, direção de arte de Tiago Marques Teixeira, montagem de Pablo Ribeiro e trilha de Berna Ceppas. Além de dirigir, Murilo Benício é produtor e roteirista do filme. Com produção de Marcello Ludwig Maia, da República Pureza Filmes, o longa tem distribuição em circuito nacional pela ArtHouse.

SHIPPAMOS! Os melhores casais homossexuais das novelas brasileiras




Por Leina Mara

No momento turbulento em que o país está vivendo, decidimos celebrar o amor, afinal “consideramos justa toda forma de amor”! E na teledramaturgia brasileira existiram vários casais inesquecíveis que marcaram a nossa memória. Desta vez, que tal relembrarmos os casais homossexuais mais shippaveis de todos os tempos? Acompanhe com a gente! 

Clara (Alinne Moraes) e Rafaela (Paula Picarelli) – Mulheres Apaixonadas 

Foto: Divulgação

Na trama de Manoel Carlos, em 2003, as duas jovens viviam uma relacionamento amoroso que não era aceito pelos pais e por alguns colegas de escola. Mas, com muita delicadeza, o casal caiu no gosto do público que torceu para que as meninas conseguissem viver esse amor. O selinho de Clara e Rafaela no último capítulo foi bastante comemorado.
Jennifer (Bárbara Borges) e Eleonora (Mylla Christie) – Senhora do Destino 

Foto: Divulgação
De uma linda amizade, surgiu um amor verdadeiro e capaz de vencer preconceitos. A relação das personagens foi bastante fundamental porque mostrou que um casal homoafetivo pode sim casar e ter um filho – no caso da novela, adotado.
Junior (Bruno Gagliasso) e Zeca (Erom Cordeiro) – América 

Foto: Divulgação
Esse é um casal que deu muito o que falar. Além de ser desenvolvido em um ambiente “de homens”, afinal Zeca era um peão – o núcleo principal da novela travava sobre as competições do peão de boiadeiro – o beijo do casal, tão esperado no final, foi vetado pela produção. 
Felix (Mateus Solano) e Niko (Thiago Fragoso) – Amor à Vida 

Foto: Divulgação
Niko foi uma peça importante na redenção do vilão Félix. O casal, inesperado, fez tanto, mas tanto sucesso, que o tão esperado beijo deles, no último capítulo, foi considerado um marco na teledramaturgia brasileira. 
Clara (Giovanna Antonelli) e Marina (Tainá Müller) – Em Família 

Foto: Divulgação
Outro casal bastante querido pelo público foi de Clara e Marina. Clara começou a novela casada, até que ao conhecer Marina se viu apaixonada por uma mulher pela primeira vez. Com o total apoio das famílias, as duas tinham bastante química e foi um dos pontos fortes da novela. 
Teresa (Fernanda Montenegro) e Estela (Nathalia Timberg) – Babilônia 

Foto: Divulgação
O casal comprova que o amor não tem idade. Vivendo uma relação duradoura, as personagens mostravam a relação homoafetiva na terceira idade. O beijo das duas já no primeiro capítulo foi bastante celebrado pelas atrizes. 
Otávio (Pedro Henrique Müller) e Luccino (Juliano Laham) – Orgulho e Paixão 

Foto: Divulgação
O casal começou a ser desenvolvido na metade da novela. Com muita sensibilidade, a trama mostrou a coragem e, também, a dificuldade da relação do capitão Otávio e do mecânico Luccino, em plena 1910. 

Fernanda Montenegro lança itinerário fotobiográfico no Teatro Sesc Anchieta




Evento que acontece no Sesc Consolação, dia 10 de agosto, terá a presença da filha da atriz, Fernanda Torres, e de Danilo Santos de Miranda, diretor do Sesc São Paulo.

Por Andréia Bueno

Após lançamento na Flip – Festa Literária Internacional de Paraty, em julho, agora é a vez do Teatro Sesc Anchieta receber o lançamento de Fernanda Montenegro: itinerário fotobiográfico. Premiada e respeitada em todo o país, Fernanda Montenegro dividirá o palco com a filha, Fernanda Torres e Danilo Santos de Miranda para contar ao público fatos, histórias e momentos marcantes de sua vida.

1963 – A Morta Sem Espelho (Foto: Record TV)
Com o texto de apresentação, intitulado “Imagens que valem…palavras que valem…”, de Danilo Santos de Miranda, e dividido em 11 capítulos, a obra mostra desde aspectos da infância e juventude de Arlete (que para a vida artística se tornou Fernanda Montenegro) à família, ao seu companheiro de vida e arte, Fernando Torres, ao ofício que escolheu para a vida – interpretar. O livro ainda inclui momentos da mulher sempre atuante nos palcos da vida, seus prêmios, reconhecimentos e memórias afetivas.

Produzido ao longo de cinco anos este itinerário traz ainda uma vasta seleção de fotos inéditas do acervo da atriz, e registros raros de atuação ao lado de grandes artistas, como Nathália Timberg, Paulo Autran e Sérgio Britto. Fernanda  participou ativamente da produção selecionando materiais, compondo textos e depoimentos.

Serviço:
Lançamento do livro Fernanda Montenegro: itinerário fotobiográfico
Bate-papo com Fernanda Montenegro, Fernanda Torres e Danilo Santos de Miranda
10 de agosto de 2018, sexta-feria, às 20h
Local: Teatro Sesc Anchieta
Sesc Consolação
Rua Dr. Vila Nova, 245, Vila Buarque | CEP: 01222-020
Atividade Gratuita. Retirada de ingressos a partir das 14h do dia 10 de agosto na bilheteria da unidade. Lugares limitados.