Forró invade os centros culturais da cidade


Créditos: Divulgação


O cenário musical da cidade de São Paulo se enriquece ainda mais com a chegada do projeto “Arrebol – Forró de Rabeca” e “Forró de Cabo a Rabo”, que foram contemplados no 3º Edital de Fomento ao Forró da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo. As apresentações trazem as raízes do forró, promove novos talentos e exalta os músicos tradicionais. Por meio de uma cuidadosa exploração de repertório e linguagens, os projetos não apenas resgatam clássicos, mas também proporcionam novos arranjos para obras emblemáticas do gênero.

Na sexta-feira, 25, a Associação Zona Franca, na Bela Vista recebe, às 16h, Arrebol – Forró de Rabeca traz a singularidade da formação instrumental liderada por Bruno Menegatti – rabeca, conta com Carlinhos Ferreira – percussão, Emilio Martins – bateria e percussão e Felipe Gianei – baixo acústico. O repertório do show inclui desde composições autorais até forrós enraizados na tradição oral, passando pelos icônicos estilos do xote, baião e arrasta-pé. Uma celebração da riqueza e autenticidade da música brasileira. ‘Arrebol – Forró de Rabeca’ é uma celebração da tradição musical do Brasil, enriquecida com uma abordagem contemporânea. No mesmo horário é a vez da Casa de Itaquera – Raul Seixas receber o show “Forró de Cabo a Rabo” com um forró dançante com clássicos do gênero e releituras modernas e terá como convidado especial o músico Zezinho Pitoco. Na banda do Forró de Cabo a Rabo temos, Clebão Almeida (percussão), que além do Trio Macaíba, integra a Banda Mantiqueira e o Trio Curupira, Já acompanhou grandes artistas da música brasileira como Elza Soares, Hermeto Pascoal, Nelson Sargento, Dominguinhos, etc; Bruno Menegatti (Rabeca e violão) que é músico e pesquisador da cultura popular e cursou Licenciatura em Música pela Universidade de São Paulo (USP); Felipe Gianei (baixo e percussão) músico do cenário de jazz paulistano, toca com inúmeros artistas nacionais e internacionais; Jota Santana, baixista e percussionista de Brumado (BA) atuante em SP desde 2008 e Alisson Lima no triângulo, músico e dançarino. O convidado: Tião Carvalho – maranhense, cantor, compositor, ator e produtor cultural, figura fundamental para a disseminação de tradições da matriz popular africana, com especial atenção para o bumba meu boi.

Outro destaque do projeto são as oficinas de dança, uma prática guiada por Alisson Lima e Jessica Marias, em que os instrutores proporão movimentos para cada casal, um por vez, como guia de movimentos, objetivando um fluir da dança através dos passos sugeridos. Nos intervalos a DJ. Valéria Pankará, comandará o som com a trilha sonora de sua pesquisa e trabalho com foco no forró. Também acontecerá uma oficina de dança e uma pequena exposição de cordéis do José Walter, poeta da caatinga baiana, irmão do saudoso Moraes Moreira.

Já no dia 26 é a vez da Casa de Cultura da Vila Guilherme, os shows acontecem a partir das 18h. Para finalizar, no dia 27 o Tendal da Lapa receber as duas atrações, a partir das 17h.

Oficinas

Como parte do projeto Arrebol – forró de rabeca, o público ainda poderá participar de oficinas. Confira a agenda

23/08 – Casa de Cultura da Vila Guilherme – Casarão
18h – Oficina de construção de instrumentos de Percussão e show Arrebol, com Carlinhos Ferreira e Bruno Menegatti. Convidado Zaca de Oliveira

01/09 – Centro Cultural Tendal da Lapa
17h – Oficina de Ritmos de forró e Show Arrebol, com Bruno Menegatti. Convidado Gustavo Sarzi.

Os projetos foram realizados com apoio da 3ª edição do Fomento ao Forró da Secretaria Municipal de Cultura.

SERVIÇO

Oficinas

23/08 – Quarta-feira

18h – Oficina de construção de instrumentos de percussão / Show Arrebol

Com Carlinhos Ferreira e Bruno Menegatti. Convidado: Zaca de Oliveira

Casa de Cultura da Vila Guilherme – Casarão

Praça Oscar da Silva, 110 – Vila Guilherme

01/09 – Sexta-feira

17h – Oficina de ritmos de forró / Show Arrebol

Com Bruno Menegatti. Convidado: Gustavo Sarzi

Centro Cultural Tendal da Lapa

Guaicurus, 1100 – Água Branca

Show

25/08 – 16h – Sexta-feira

Casa de Cultura Itaquera – Raul Seixas
Forró de Cabo a Rabo (participação especial Zezinho Pitoco)

Associação Zona Franca
Arrebol – forró de rabeca (participação especial Raimundo Anselmo e Leandro Costa)

Endereço: Rua Almirante Marques Leão, 378 – Bela Vista

26/08 – Sábado

18h – Forro de Cabo a Rabo (participação especial Zezinho Pitoco)

19h – Arrebol – forró de Rabeca (participação especial Wanessa Dourado)

Casa de Cultura da Vila Guilherme

Endereço: Praça Oscar da Silva, 110 – Vila Guilherme

27/08 – Domingo

17h – Arrebol – forró de rabeca (Participação especial Daniel Grajew)

18h – Forró de cabo a Rabo (participação especial de Zezinho Pitoco e Tião Carvalho)

Centro Cultural Tendal da Lapa

Endereço: R. Guaicurus, 1100 – Água Branca

Entrada livre

CiaTeatro Epigenia estreia dia 1º de abril no Teatro do Sesi- SP


Crédito: Ronaldo Gutierrez


Em teatro existe o que chamamos de Ensaio Geral. É a assinatura, é onde a equipe técnica, elenco, criadores, produção, todos e tudo são colocados em cena. É o momento em que, ainda sem a plateia, os artistas de teatro finalizam seu período de ensaio para receber o público para a “noite de estreia” do dia seguinte. “De perto ninguém é normal” conta a saga de uma companhia teatral na noite de estreia de seu novo espetáculo. Duas horas antes da estreia a cia. ainda não conseguiu fazer um único ensaio da peça completo, com cenário, figurinos, iluminação, adereços etc. O caos e o nervosismo tomam conta do elenco quando eles percebem que o tempo está se esgotando e terão que estrear sem um único Ensaio Geral. O público terá a oportunidade de presenciar o meta-teatro, estilo de narrativa que coloca em cena um grupo de atores encenando um espetáculo teatral. Quando a peça apresentada remete a ela mesma em cena. Assim o espectador pode se divertir com erros e acertos dos ensaios de uma cia. que não consegue realizar seu “ensaio geral” e corrigir a tempo os contratempos técnicos.

“De perto ninguém é normal” estreia para público 1º de abril, sábado (dia 31, sexta, pré-estreia para convidados) segue até 02 de julho e conta a saga de uma cia tentando estrear a peça “Arsenic and Old Lace”, de Joseph Kesselring, conhecida no Brasil como “Arsênico e Alfazema” que estreou no TBC (Teatro Brasileiro de Comédia), em 1949, com Cacilda Becker no elenco e direção de Adolfo Celi. Com dramaturgia e direção de Gustavo Paso, “De perto ninguém é normal” é mais um espetáculo da CiaTeatro Epigenia (mesma cia. da premiada Trilogia Mamet) e traz no elenco a fundadora junto ao diretor, a atriz Luciana Fávero (como Elaine), além de convidados especiais como Milhem Cortaz (Jack Bishop), Clara Carvalho (Abby Bishop), Marcelo Varzea (Mortimer Bishop/ crítico de teatro), Gláucio Gomes (Dr. Einstein), Regina Maria Remencius (Martha Bishop), Clóvis Gonçalves (Reverendo Jonas e Delegado Tavares), Vinicius Cattani (Teddy Bishop), Rodrigo Pavon (Policial O’Hara), Bruno Ribeiro (Policial McAllister) e Fausto Franco (Gibbs e Dr. Ludovico).

SERVIÇO

DE PERTO NINGUÉM É NORNAL – Teatro do SESI-SP. Avenida Paulista, 1313. Temporada: de 1º de abril a 2 de julho. Ingressos gratuitos. Classificação etária: livre. Dias e horários: quintas, sextas e sábados às 20h. Domingos às 19h. Duração: a definir. Reservas gratuitas pelo Meu Sesi (www.sesisp.org.br/eventos). Recomendação etária – a partir de 10 anos. Pré-estreia para convidados – dia 31 de março, sexta, 20h.

Comédia Ubu Rei estreia no Circuito Municipal de Cultura com espetáculos gratuitos


Créditos: Divulgação


Nos dias 8 e 22, às 21h, no Teatro Paulo Eiró, em Santo Amaro (zona sul), dia 15, às 21h, no Teatro Alfredo Mesquita, em Santana (zona norte) e em 1 de abril, às 19h, no Teatro Flávio Império, em Cangaíba (zona leste), acontecem as apresentações gratuitas de Ubu Rei.

O espetáculo teatral é baseado no texto de Alfred Jarry, com direção de Armando Liguori Júnior e tradução e concepção de Augusto Marin. No elenco, Augusto Marin, como Pai Ubu, Esther Góes, como mãe Ubu, Paulo Dantas, Armando Liguori, Fabricio Garelli, Juliano Dip e Natalia Albuk. O espetáculo tem duração de 1h 20 min.

Mais atual do que nunca, o texto mostra como a ganância e a vaidade exacerbada são capazes de motivar a tomada do poder. Ubu, o protagonista, é um personagem inescrupuloso que beira o grotesco para alcançar seus objetivos. Manipulado pela esposa, Mãe Ubu, e amparado pelos próprios discípulos, decide matar o rei da Polônia para roubar a coroa. Em seguida mata os nobres, juízes e os financistas e trai seus próprios apoiadores. Qualquer semelhança com Macbeth, de Shakespeare, não é mera coincidência!

“Ubu Rei é uma sátira sobre o poder, revela como são patéticos os tiranos. Eles jogam com o destino das pessoas como se fossem crianças brincando”, diz Augusto Marin, idealizador do projeto.

Ao chegar ao trono, Ubu se torna um tirano sanguinário, mas ingênuo e despreparado, o que leva a plateia ao riso. Essa é uma das principais características do trabalho de Alfred Jarry: encenar uma farsa que conduz à gargalhada diante da estupidez humana ao supor uma superioridade diante dos demais.

Segundo Armando Liguori, “estamos fazendo uma releitura contemporânea de Ubu Rei, de Alfred Jarry, pós-pandemia, trazendo referências sobre o Brasil, os artistas e o teatro. Para criar o espetáculo pesquisamos algumas versões de Ubu Rei, como: Ubu Rei, de 1896, Ubu Cornudo, de 1897, Ubu Acorrentado, Ubu sobre a Montanha e os Almanaques do Pai Ubu, escritos entre 1899 e 1901”, esclarece.

A linguagem do espetáculo baseia-se nas técnicas da comédia física e visual, no jogo dos atores, na Commedia Dell’ Arte, com música ao vivo, acrobacias, marionetes, elementos de HQs e dos jogos infantis. O público integra o espetáculo, representando o povo da Polônia.

Ubu Rei, uma sátira sobre os tiranos e Alfred Jarry

Quando estreou em Paris em 1896, sob a direção do simbolista Lugné-Poe, no Théâtre de l’ Oeuvrea, a peça foi recebida com aplausos e vaias e ficou apenas dois dias em cartaz. O espetáculo rompia com os cânones do teatro da época e o reconhecimento só chegou após a morte de Jarry, quando a tragicomédia serviu de inspiração para o surrealismo, o dadaísmo e o teatro do absurdo.

O texto de Ubu teria surgido como uma sátira de Jarry a um professor do Liceu de Rennes, França, em 1888, quando tinha 14 anos.

Alfred Jarry (1873-1907) foi um poeta, romancista e dramaturgo simbolista francês, inventou a Patafísica, “a ciência das soluções imaginárias”, que opera, pela chave cômica, na desconstrução do real e sua reconstrução no absurdo.

Segundo Guillaume Apollinaire, Jarry foi grande escritor popular, uma espécie de debochado sublime e precursor e inspirador do movimento surrealista.

Ubu Rei, Ubu Play

O processo de criação do espetáculo aconteceu a partir de uma série de improvisações de cenas originais da peça. Com o roteiro e a definição das cenas, inicia-se o processo de caracterização das personagens, gestos, posturas e o uso da voz. Na linguagem do teatro físico e das máscaras, os atores, além de representar mais de um personagem, fazem efeitos sonoros, vozes, manipulam objetos e assumem algumas vezes que estão fazendo teatro.

O espetáculo Ubu Rei está sendo realizado dentro do Projeto UBU REI, FOLIAS PATAFISICAS E PANTAGRUÉLICAS, com recursos do PROAC LAB, em parceria com o Governo do Estado de São Paulo e a Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo.

Uma Commune Teatral e Ponto de Cultura

A Commune, fundada em 2003, é uma premiada companhia de pesquisa, produção, formação e intercambio teatral. Seu repertório inclui: Na Cama com Molière, baseado em O Doente Imaginário e Otelo, de Shakespeare, ambos com direção de John Mowat, Anti Comics, uma paródia dos Super Heróis, de Sonia Daniel (coprodução internacional com apoio do IBERESCENA).

Desde 2005, é um Ponto de Cultura e desenvolve o Projeto Teatro Cidadão, que já formou mais de 1500 jovens através de oficinas e da montagem de espetáculos.

O Teatro Commune, criado em 2007, é um laboratório de pesquisa e produção da companhia, referência nas artes cênicas na cidade. Tem capacidade para 99 pessoas, equipamento de luz digital e som profissional, ar-condicionado, galeria e café, além de estacionamento ao lado.

Serviço: Ubu Rei

Dias: 08 e 22 de março (quartas-feiras)

Horário: 21h

Duração: 80 minutos – Limite: 12 anos

Valor: Gratuito

Onde: Teatro Municipal de Santo Amaro Paulo Eiró – Av. Adolfo Pinheiro, 765 – Santo Amaro

Informações: (11) 5546-0449

Dia: 15 de março (quarta-feira)

Horário: 21h

Duração: 80 minutos

Limite: 12 anos

Valor: Gratuito

Onde: Teatro Municipal de Santana Alfredo Mesquita – Av. Santos Dumont, 1770 – Santana

Informações: (11) 2221-3657

Dia: 1 de abril (sábado)

Horário: 19 horas

Duração: 80 minutos – Limite: 12 anos

Valor: Gratuito

Onde: Teatro Municipal Flávio Império, na Rua Prof. Alves Pedroso, 600 – Cangaíba

Informações: (11) 2621-2719

Exposição gratuita ‘Visibilidade Trans’ celebra dignidade em São Paulo


Créditos: Ricardo Durand


A celebração da dignidade, alegria, pertencimento e beleza, no espetáculo e no cotidiano, é a matéria-prima da exposição de fotografias “Visibilidade Trans”,  apresentada na sede do Casarão Brasil LGBTI, aberta ao público em geral, sem limite de idade e de gênero, com entrada gratuita. A mostra do fotógrafo Ricardo Durand pode ser visitada de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h, no Centro de Cidadania LGBTI Cláudia Wonder, localizado na Avenida Ricardo Medina Filho, nº 603, Lapa, São Paulo, SP, até 28 de fevereiro.

A seleção das 30 imagens, emolduradas e iluminadas, foi feita em conjunto pelo diretor do Casarão Brasil, Rogério de Oliveira, pela curadora Mariana Macário e por Durand, a partir dos quesitos diversidade de expressão, estilo e pertencimento ao conjunto da proposta. A montagem foi feita com a impressão das fotografias para exibição.

Cada fotografia terá legenda para expressar de forma mais intensa o que cada mulher trans retratada transmite através da sua luta, não mais silenciada, mas reconhecida e conhecida. O local dispõe de acessibilidade.

“Visibilidade Trans” inclui fotografias realizadas entre 2018 e 2022, em quatro ocasiões diferentes: na celebração do Mês da Visibilidade Trans no Centro de Cidadania LGBTI Cláudia Wonder (janeiro de 2021) e no Centro de Acolhida do Casarão Brasil em Interlagos (novembro de 2022).

Dia a dia

Segundo Durand, os registros e retratos foram capturados em contextos diversos, influenciando diferentes técnicas fotográficas. As fotografias do Mês da Visibilidade Trans no Centro de Cidadania LGBTI Cláudia Wonder tiveram como foco retratos das integrantes da comunidade atendida pelo Centro em situação cotidiana, buscando comunicar autenticidade e dignidade. “Montamos um estúdio com fundo e iluminação controlada, para transmitir sobriedade e elegância”, diz o fotógrafo.

No Centro de Acolhida do Casarão Brasil, em Interlagos, os retratos mostram as pessoas sendo atendidas, com luz e estúdio.

Individualmente, cada fotografia homenageia as pessoas retratadas em sua altivez, autoexpressão e valor humano, segundo o fotógrafo. “Os registros também celebram esses encontros, que dão sentido de comunidade a um grupo inúmeras vezes marginalizado”, alega. No conjunto, a mostra comemora a beleza e a dignidade. “Revela o encantamento das noites de glórias, com as estrelas do show brilhando e a atmosfera eletrizante”, diz Durand.

Ao mesmo tempo em que manifesta glamour e comemoração, a mostra traz retratos em preto e branco feitos em uma tarde comum, exibindo a beleza cotidiana. “É uma lembrança de que o valor de cada vida não depende de palco e holofotes, e um pedido para que a dignidade não se dissipe ao apagar das luzes. As fotografias contam a vida de muitas pessoas trans, que, em tanta diversidade de experiências, passam por coisas infelizmente comuns”, aponta o fotógrafo.

Delicadeza

Durand explica que em 2017, ao fotografar uma ocupação em prol da luta por moradia, teve o primeiro contato com o movimento LGBTQIA+. Desde então ampliou o contato com esse universo, que define como repleto de delicadeza e alegria, apesar das muitas dificuldades impostas por pessoas que relutam em enxergar e respeitar esse grupo.

“A fotografia tem o poder de trazer à tona universos que são invisibilizados pela sociedade, buscando levar esse tema para o centro do debate. Esse poder guia meu trabalho e acredito que qualquer pessoa que tenha contato com a mostra será tocada pela força, criatividade e nobreza dessas pessoas, se abrindo para um compromisso de respeito por toda forma de existência”, afirma o fotógrafo.

Parte da exposição “Visibilidade Trans” já foi apresentada, em junho, em São Paulo, no Shopping Light, com o título “Universos Invisíveis”. A iniciativa foi uma parceria do Casarão Brasil com o shopping, por ocasião do Mês do Orgulho LGBTQIAP+. “Espero ter mais oportunidades de expor o trabalho em locais de amplo acesso ao público, junto a diferentes perfis, para continuar a promover o debate sobre dignidade e respeito para a população trans”, afirma Durand.

Serviço

Exposição de fotografias “Visibilidade Trans”, de Ricardo Durand

No Centro de Cidadania LGBTI Cláudia Wonder, localizado na Avenida Ricardo Medina Filho, nº 603, Lapa São Paulo, SP, zona oeste

Aberta ao público até o dia 28 de fevereiro (Entrada gratuita)

Visitação de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h.

 

Exposição faz homenagem à riqueza cultural de São Paulo


Créditos: Divulgação


Para celebrar os 469 anos de São Paulo, o Shopping Frei Caneca traz a exposição ART Sampa, que reúne fotos, pinturas e desenhos sobre a essência e a diversidade da metrópole. A mostra gratuita apresenta pelo menos 25 trabalhos de quatro artistas paulistas: Rita Caruzzo, Laura Barrichello, Sonia Botture e Fe Motta, e segue até o dia 31 de janeiro.

A ideia da exposição, no Piso 1 do empreendimento, é refletir sobre a riqueza cultural da cidade, representada por uma diversidade étnica, cenas artísticas e arquitetura marcante, com retratos desde moradores da cidade até seus grandes monumentos, como o Farol Santander.

“Cada artista trouxe um pouquinho do que é São Paulo e do quanto esse dia merece ser celebrado. Estamos fazendo parte dessa comemoração do melhor jeito possível: com muita arte e carinho por São Paulo”, comenta a Eliane Oliveira, coordenadora de marketing do Shopping Frei Caneca.

A exposição fica aberta todos os dias, no horário de funcionamento do shopping, de segunda a sábado, das 10h às 22h e aos domingos e feriados, das 14h às 20h.

Serviço
Exposição ART Sampa no Shopping Frei Caneca
Horário: de segunda a sábado, das 10h às 22h e aos domingos e feriados, das 14h às 20h
Local: piso 1
Data: até o dia 31 de janeiro

Exposição gratuita
Classificação livre

Shopping Frei Caneca
Mais informações: (11) 3472-2000
Endereço: Rua Frei Caneca, 569, Consolação – São Paulo.

“O Que Meu Corpo Nu Te Conta?” faz 4 apresentações em dezembro


Créditos: Ronaldo Gutierrez


Dispostos em um grande tabuleiro de corpos, os artistas do Coletivo Impermanente, dirigido por Marcelo Varzea, se revezam a cada sessão e revelam histórias autobiográficas em “O Que Meu Corpo Nu Te Conta?“. A experiência imersiva e performativa transita por temas universais como assédio sexual, etarismo, gordofobia, racismo, infertilidade, compulsão, entre outros.

OQMCNTC?” teve a primeira temporada bem-sucedida no Sesc Pinheiros entre maio e junho desse ano, realizando também uma sessão para a Virada Cultural Paulistana no mesmo local. A segunda temporada, na Oficina Cultural Oswald de Andrade, em agosto, teve todas as sessões lotadas.

Em Setembro, o espetáculo foi selecionado para participar do festival internacional Mirada, em Santos, com apresentações em português  espanhol.

O espetáculo foi indicado ao “Prêmio Deus Ateu de Teatro & Artes” nas categorias Melhor Direção e Melhor Elenco, e agraciado com o “Aplauso Especial” pela premiação. Também foi destaque no blog “E-Urbanidades”, do crítico Celso Faria, com um dos melhores espetáculos do primeiro semestre de 2022 em Dramaturgia, Peça e Elenco.

Créditos: Ronaldo Gutierrez

O trabalho do Coletivo Impermanente surgiu após um processo de investigação de narrativas íntimas iniciado em 2020, atravessando a pandemia, quando o coletivo foi criado com a junção de alguns atores e atrizes que já caminhavam com Varzea e estiveram em três espetáculos online de sucesso nesse período – “(In)Confessáveis” 1, 2 e 3.

“OQMCNTC?” é o primeiro mergulho da companhia em caráter presencial. “Escolhi reverenciar a oportunidade de encarar o público novamente de forma intimista apostando que a força do olho no olho transforma totalmente a experiência“, reflete Varzea.

Durante o processo de investigação e construção das cenas e da dramaturgia dessas épicas íntimas, o diretor se atentou que a maioria das histórias contadas por artistas de diversos estados brasileiros passava pela experiência de cicatrizes físicas e metafóricas. “A metáfora primária do desnudar-se pulou diante de mim. Aqui cabem, sim, os corpos nus e tudo o que envolve a vulnerabilidade dos artistas e também do público, que faz parte do espetáculo. Cabe aos espectadores algumas decisões das navegações por esses hiperlinks propostos. Nesse encontro de histórias se revela, em cada casa, a micropolítica. O tabuleiro representa parcialmente a sociedade, o macro“, explica o diretor.

O elenco de vinte atores se reveza de doze em doze atuantes a cada apresentação. No espaço cênico há doze quadrados delimitando onde cada um deles ficará, formando um tabuleiro. O público escolhe em qual nicho assistirá cada rodada de quatro minutos, passeando pelo tabuleiro todas as vezes em que o sinal tocar.

Essa caminhada tem surpresas e faz cada pessoa construir seu quebra-cabeças. “Sem grandes partituras vocais e corporais, cenários, figurinos ou pirotecnias. Simples, olho no olho, coração com coração – e algumas ideias. O que é o teatro se não alguém diante de alguém?“, finaliza o diretor.

Serviço
O Que Meu Corpo Nu Te Conta?
Com Coletivo Impermanente
Mostra São Paulo Em Cena 2022
16/12 às 20h
17/12 às 17h e às 20h
18/12 às 18h
Ingresso: Gratuito – retirada uma hora antes do início de cada sessão no local
Teatro Arthur Azevedo: Av. Paes de Barros, 955 – Alto da Mooca, São Paulo
Criação, dramaturgia e direção: Marcelo Varzea
Duração 60 minutos
Classificação indicativa: 16 anos