Marianna Alexandre celebra fase no audiovisual com novela e cinema

Marianna Alexandre celebra fase no audiovisual com novela e cinema

Créditos: Pino Gomes


Colecionando trabalhos nas mais diversas áreas, Marianna Alexandre (20) se prepara para entrar na última fase da novela ‘Gênesis‘, intitulada ‘José do Egito‘, exibida pela TV Record. Na pele de Amarilis, do núcleo egípcio da produção exibida desde janeiro de 2021, a jovem carioca mergulhará, a partir deste mês, na atmosfera faraônica da trama escrita por Camilo Pellegrini, Raphaela Castro e Stephanie Ribeiro e dirigida por Edgard Miranda.

Embora experiente na atuação, Marianna é estreante na TV, e contou com a ajuda das preparadoras de elenco Nara Marques e Vera Freitas para dominar a linguagem e dar vida à sua nova personagem, que define como doce, gentil e angelical, mas também esperta, curiosa e muito apegada a família, detalhe este com o qual se identifica e fascina. Amarilis se muda para o Egito após seu irmão, Sheshi, assumir o trono como Faraó, e com ele cultiva uma relação de carinho e cumplicidade, tal qual a relação que tem com sua irmã mais nova na vida real.

Com as gravações da última fase iniciadas há poucas semanas, o ritmo já se mostrou intenso para a atriz, que define o ambiente de televisão como ‘bem diferente’ do que está acostumada. Entre gravações internas e externas, Marianna precisou superar o medo de contracenar com animais e celebra a troca acolhedora com os colegas de núcleo, representados por Fernando Pavão, Samia Abreu e Kizi Vaz, com quem compartilhará a importante missão de contar um pouco mais sobre um período histórico e milenar.

Acredito que contar uma história de grande domínio público, como Gênesis, representa uma grande responsabilidade, tendo um enorme peso para a carreira de qualquer ator. Apesar de minha personagem não estar na Bíblia, me sinto honrada por poder complementar um pouco mais esse enredo, que carrega um importante significado para tantas pessoas. Sempre que assisto aos capítulos, consigo identificar situações que vivemos até hoje, então acho que eles podem funcionar como um exercício de reflexão de nosso próprio cotidiano. Como o slogan da novela diz: “para entender o presente, temos de voltar ao início“, diz ela, que, ao se encantar com o audiovisual, pretende passar a conciliar a teledramaturgia com os espetáculos.

Marianna Alexandre celebra fase no audiovisual com novela e cinema
Créditos: Pino Gomes

Além da Novela

Em um breve hiato dos palcos, a jovem, que já esteve em musicais como ‘Se Meu Apartamento Falasse‘ e ‘A Noviça Rebelde‘ – onde alternou a personagem Liesl com Larissa Manoela –, tem também laços estreitos com o cinema, mercado do qual faz parte há cinco anos através da dublagem, dando voz a diferentes personagens, de filmes, séries e desenhos, em gêneros como suspense (Invocação do Mal 2, Annabelle 2, Pretty Little Liars), ação (Homem Aranha de Volta ao Lar), dramas (Mare of Easttown e A cozinheira de Castamar), produções infantis e adolescentes (Gabby Duran – Babá de Alliens e A Guarda do Leão) e animes (I’ve Been Killing Slimes for 300 Years and Maxed Out My Level).

A relação com a sétima arte se estende também à sua participação no filme ‘O Outro Lado do Paraíso‘ (2016), de André Ristum, e que surgiu através da Escola de Música de Brasília (EMB), onde estudou durante um período de morada na capital brasileira, tendo ali seus primeiros contatos com a Arte, a começar pela musicalização, participando de corais e estudando teclado e piano erudito, que pratica até hoje, especialmente em momentos que se dedica ao lado cantora e explora composições próprias, como ‘Cor de Mel‘, lançada em 2020.

Depois do filme eu sabia que queria seguir a Arte como profissão, então comecei com os cursos de teatro em Brasília. Logo depois, me mudei para o Rio de Janeiro, e, desde então, não parei mais de estudar. Cursei o Tablado por dois anos com o Cico Caseira, fiz cursos livres na CAL e entrei no Aprofundamento em Teatro Musical do Ceftem – sendo a aluna mais nova nele. Sempre sonhei em estudar no exterior, e, em 2018, consegui concretizar ao ganhar uma bolsa de estudos para estudar Teatro Musical por um mês no New York Conservatory for Dramatic Arts“, conta ela sobre os primeiros passos acadêmicos, impulsionados pelas câmeras.

E a história da artista com o cinema ganhará continuação em breve, embalada pelo ritmo da Jovem Guarda e hits como ‘Estúpido Cupido‘ e ‘Banho de Lua‘, sucessos na voz de Celly Campello, personagem real que terá sua vida adaptada para as telas e será vivida por Marianna, que chegou a mudar radicalmente de visual para se aproximar ainda mais da imagem da cantora. Com direção de Luiz Alberto Pereira, a cinebiografia musical ‘Um Broto Legal‘ vai transitar por diferentes fases, partindo da infância em Taubaté, passando pela ascensão meteórica no rock nacional, até a decisão do término da carreira em função do casamento, no auge dos anos 60.

Com certeza foi uma responsabilidade imensa interpretar a Celly, uma cantora tão importante e querida pelo Brasil. Costumo dizer que quando a personagem é fictícia temos uma liberdade maior de criação, diferentemente do que acontece com alguém que existiu de verdade, já que é preciso fazer com que o telespectador consiga enxergar aquela pessoa bem na frente dele. Todo o processo exigiu um outro tipo de dedicação e entrega, em que precisei internalizar muitos detalhes, e para a preparação, tive a oportunidade de conversar com pessoas que estiveram presentes na vida dela, como Dimas Oliveira e o irmão mais velho, Tony Campello. Também assisti à diversas entrevistas na internet, busquei fotos que mostrassem um pouco do seu dia a dia, e materiais que a retratavam nos palcos, tudo para aprender seus trejeitos e formas de cantar“, conta Marianna, que, após concluir a novela, tem esse como seu primeiro grande projeto para 2022, ainda sem data de estreia.

A sétima e última fase da novela Gênesis está prevista para estrear no mês de agosto.

Entrevista: Kizi Vaz, a Suelen da série “Ilha de Ferro”


Créditos: Divulgação


A atriz Kizi Vaz, atualmente na série “Ilha de Ferro” na pele de Suelen, tem trabalhos de sucesso em seu currículo. Entre eles, a Novela “Salve Jorge”, de 2012, onde estreou nas telinhas, “Babilônia”, de 2014 e também, mais recentemente, “Rock Story”, que foi ao ar de 2016 a 2017. Além de trabalhos nas telonas, também coleciona sucessos no cinema e nas séries.

Conversamos sobre carreira e futuro com a atriz. Confira abaixo!

Acesso Cultural: Como foi a sua preparação para viver Suelen?

Kizi Vaz: Bem, no início de “Ilha de Ferro” todo o elenco teve a preparação com a Ana Kfouri, que é incrível, amo o trabalho dela, já tinha trabalhado com ela uma vez e agora novamente em Ilha de Ferro, mas eu sempre pego uma coach (preparadora), a Fátima Domingues, ela que me ajudou na preparação da Suelen.

AC: Qual personagem você acredita que exigiu mais de você para interpretar? Por quê?

KV: Então, eu acho que cada personagem exige uma dedicação de estudo, a Fátima Domingues sempre me ajuda em todos os trabalhos que pego, procuro me dedicar ao máximo e fazer o meu melhor em todos os personagens. Teve a Nanda, uma personagem da novela “Rock Story” que era uma secretária do Herson Capri e que virou uma psicopata apaixonada por ele, em que realmente tive que trabalhar esse lugar do psicopata, da mulher que fica louca e cega por um homem, realmente tive que aprofundar meus estudos, mas num todo eu procuro estudar sempre, é importante o ator estudar qualquer que seja o personagem.

AC: Existe algum tipo de personagem que você sonhe em interpretar? Conte para a gente!

KV: Eu tenho o desejo de fazer tudo, qualquer personagem, de transitar por essas vidas. Mas eu sempre quis muito fazer uma grande vilã, esse é um desejo muito forte.

AC: O que podemos esperar de sua personagem em “A Suspeita”?

KV: Nossa, eu fiquei muito grata de ser convidada pelo diretor, o Pedro Peregrino; minha personagem é uma comissária da Polícia Civil, não posso dar muitos detalhes, mas ela acaba se envolvendo em uma investigação policial conduzida por Lucia, também comissária de polícia, interpretada por Glória Pires.

Créditos: Divulgação

AC: Fale um pouco sobre sua ONG “Curta Arte Caxias”.

KV: A “Curta Arte Caxias” é uma Ong voltada para crianças e adolescentes praticarem atividades físicas e culturais além da sala de aula, com oficinas de teatro, palhaçaria, esporte, dança e reciclagem. Através do “Nós do Morro” – vendo todo o movimento do Grupo eu tive a ideia de fazer o “Curta Arte Caxias”, não é fácil, não tenho apoio financeiro de nenhuma esfera, mas tenho o apoio dos meus amigos que são artistas e que me abraçam nessa causa, o projeto é feito pra levar cultura pra quem não tem acesso, pra apresentar esse lado cultural para crianças que nunca tiveram contato com a cultura, eu fiz o primeiro evento em 2017 e o segundo evento foi no final do ano passado, um “Especial de Natal” e ambos foram emocionante, primeiro porque sou de Caxias e segundo por ter conseguido fazer algo tão especial e ter plantado uma sementinha na cabeça de cada um ali, ter deixado um pouquinho de cultura pra cada um. Pra mim é muito especial, a gente ainda não tem um espaço físico, mas estou lutando pra isso.

AC: Você tem alguma personagem em sua carreira que considera mais especial? Por quê?

KV: Todos os personagens são especiais, é muito difícil dizer um especifico, mas o que abriu esse caminho pra mim na TV e no cinema foi o meu personagem que fiz na Cia de teatro “Nós do Morro” que foi a Tiana da peça “Bandeira de Retalhos” – Foi através dessa peça, desse personagem que eu consegui ter a chance fazer TV e Cinema, então a Tiana, dentre todos os lindos personagens, é um especial na minha vida.

AC: Como você enxerga a importância de suas personagens para a conscientização do cenário em que vivemos no Brasil?

KV: Eu vou falar um pouco da Suelen, que é uma taifeira, trabalha em um universo que é 90% masculino e que representa parte dessas mulheres. Agora a mulher está ganhando espaço, mas antigamente não existia mulher taifeira, era só homem que trabalhava como taifeiro. Essas são mulheres que deixam suas casas, suas famílias pra irem para a plataforma e ficarem 15 dias trabalhando e apenas 15 em casa. Me sinto muito honrada em representar essas mulheres e a força delas nesse universo que ainda é mais masculino que feminino.

Acredito que cada vez mais as mulheres estão conquistando espaços que antes só homens dominavam. E eu me sinto muito feliz de poder representar essas mulheres, assim como a Maria Casadevall e a Vitoria Ferraz que também representam essas mulheres da plataforma, essas mulheres fortes, que sentem saudade do filho, do marido, mas que estão ali com o objetivo de trabalhar e ganhar a vida.