Dia Internacional da Mulher: Projeto “Mulheragem” no Sesc Santo Amaro


Créditos: Elaine Campos


No mês de março, de 08 a 16/03, o Sesc Santo Amaro realiza encontros lítero-musicais entre escritoras, compositoras, musicistas, poetas, cantoras e instrumentistas que se debruçam sobre obras de outras mulheres. O projeto “Mulheragem – a vez, a voz, o verbo” conta com bate-papo, sarau e espetáculos no dia e também na semana que sucede a comemoração do Dia Internacional da Mulher, 08 de março.

O Sarau das Pretas abre a programação do Mulheragem no dia 08/03, sexta-feira, às 19h. Em um espetáculo que acontece na palavra falada, cantada e declamada, junto com os tambores e os corpos em movimento, Débora Garcia, Elizandra Souza, Jô Freitas, Taissol Ziggy e Thata Alves propõem reflexões sobre o feminino, a cultura e a ancestralidade. No sarau, as protagonistas são as mulheres negras que atuam no cenário cultural periférico de São Paulo. O Sarau das Pretas entende que a escuta é o ponto central dos encontros para partilhar a palavra. Além disso, não delimitar um único espaço para essas reuniões estimula outras mulheres negras a ocuparem todos os locais.

Depois, às 21h, Elisa Lucinda dá voz e vida a seus versos no teatro da unidade com o bate-papo “O Poder da Palavra”. A artista investiga o poder na palavra em diferentes âmbitos da vida, desde a arte até as expressões do cotidiano. A palavra é o que difere os humanos de outros animais, e tudo o que fazemos está permeado pela palavra: casar, lutar, pedir, recusar, magoar, amar, acolher… o bate-papo é uma defesa da linguagem verbal e uma reflexão em torno do machismo e do racismo intrincado no ato de negar a palavra às mulheres negras na sociedade. Idealizadora e fundadora da Casa Poema, a atriz explora as potencialidades musicais, poéticas e discursivas da expressão pela palavra.

No dia 12/03, terça-feira, às 19h30, as poetas Anna Zêpa e Evelin Sin apresentam um espetáculo lítero-musical com escritos inéditos. A apresentação é construída pelos poemas do disco 37GRAUS | POESIA EM VINIL, textos das duas poetas e também de artistas como Alice Ruiz, Ferreira Gullar, Cecília Meirelles, Maria Giulia Pinheiro. Como convidados, a cantora Alessandra Leão e o multi-instrumentista Zé Nigro sobem ao palco para compor o espetáculo com trilha composta pelo produtor musical e multi-instrumentista Marcelo Cabral e cheio de projeções de imagens das poesias e das poetas.

Créditos: Duda Portella Congas

No dia 13/03, quarta-feira, às 19h30, a programação continua. O primeiro livro da cantora Karina Buhr “Desperdiçando Rima” ganha o formato de sarau no espetáculo “Voz e Tambor”. A música e as artes visuais se misturam em uma apresentação que também inclui versões originais de canções do disco Selvática, antes de receberem o arranjo com a banda e serem apenas poesias. As crônicas também fazem parte do espetáculo, com leitura e percussões executadas ao vivo pelo baterista Bruno Buarque.

No dia seguinte, 14/03, quinta-feira, também às 19h30, uma apresentação do “A Viva Voz” traz à tona a obra de Maria Firmina dos Reis. O projeto explora a obra poética de dez mulheres que viveram e publicaram entre os séculos XVIII e XX. A compositora Socorro Lira musicou 100 poemas dessas autoras que deixaram um legado pouco conhecido e, até mesmo, reconhecido na literatura. O espetáculo também conta com a presença da escritora e professora Susana Ventura e a atriz-MC Roberta Estrela D’alva.

A noite da sexta-feira, dia 15/03, traz MC Dellacroix em seu recente trabalho #NAOQUEIRA TOUR, uma apresentação híbrida entre performance, show, instalação e poesia que acontece às 19h30. Dellacroix é preta periférica, travesti e uma voz emergente no queer rap de São Paulo. Com um formato diferente em cada apresentação, a artista convida a rapper Alice Guél para apresentar rimas e poesias do seu trabalho “Alice no País que Mais Mata Travesti”. As duas artistas usam suas vozes como instrumento para espalhar poesias de Ewá, Monna Brutal, Katrina e outras.

A programação do “Mulheragem” termina dia 16/03, sábado, às 19h, com o espetáculo “Canções de Atormentar”, com a poeta Angélica Freitas e a cantora e multi-instrumentista Juliana Perdigão. A apresentação é um conjunto de quatro performances curtas criadas e apresentadas pelas duas artistas: “Canções de Atormentar”, “Crianças Kids”, “Crianças que Voam” e “Consumo”. Em uma combinação entre poesia e música, elas abordam temas como mulheres, infância, política e consumo.

SERVIÇO

SARAU DAS PRETAS
Quando: 08/03, sexta-feira
Horário: 19h
Local: Praça Coberta (térreo)
Classificação: Livre
Grátis

BATE-PAPO “O PODER DA PALAVRA”, COM ELISA LUCINDA
Quando: 08/03, sexta-feira
Horário: 21h
Local: Teatro (1º andar)
Classificação: Livre
Grátis

37GRAUS | POESIA EM VINIL
Quando: 12/03, terça-feira
Horário: 19h30
Local: Praça Coberta (térreo)
Classificação: Livre
Grátis

VOZ E TAMBOR, COM KARINA BUHR
Quando: 13/03, quarta-feira
Horário: 19h30
Local: Espaço das Artes (1º andar)
Classificação: Livre
Grátis

A VIVA VOZ, COM SUSANA VENTURA, SOCORRO LIRA E ROBERTA ESTRELA D’ALVA
Quando: 14/03, quinta-feira
Horário: 19h30
Local: Espaço das Artes (1º andar)
Classificação: Livre
Grátis

#NAOQUEIRA TOUR, COM MC DELLACROIX E PARTICIPAÇÃO DE ALICE GUÉL
Quando: 15/03, sexta-feira
Horário: 19h30
Local: Espaço das Artes (1º andar)
Classificação: 14 anos
Grátis

CANÇÕES DE ATORMENTAR
Quando: 16/03, sábado
Horário: 19h00
Local: Espaço das Artes (1º andar)
Classificação: Livre
Grátis

SESC SANTO AMARO
Bilheteria e horário da unidade: Terça a sexta, das 10h às 21h30. Sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h30.
Endereço: Rua Amador Bueno, 505.
Acessibilidade: universal.
Estacionamento da unidade: R$ 5,50 a primeira hora e R$ 2,00 por hora adicional (Credencial Plena); R$ 12,00 a primeira hora e R$ 3,00 por hora adicional (outros).
Disponibilidade: 158 vagas para carros e 36 para motos. A unidade possui bicicletário gratuito.

Quinta edição de Todos os Gêneros Mostra de Arte e Diversidade no Itaú Cultural




Por colaboradora Marcella Nascimento

Entre os dias 10 a 20 de maio, o Itaú cultural em São Paulo, traz a quinta edição de “Todos os Gêneros de Arte e Diversidade”. Neste ano, a mostra tem como tema a vida soropositiva.

Arte: Divulgação
O evento, contará ainda, com outras questões ligadas ao corpo, à afetividade, à sexualidade e  à   diversidade  e ainda  com a mostras de curtas-metragens, mesas de debate, apresentações teatrais, performances, além de um show com o cantor pernambucano Almério, uma festa – o Cabaré Todos os Gêneros, e o lançamento do livro “Tente Entender o que Tento Dizer Poesia HIV/Aids”, organizado pelo escritor, jornalista e ativista de direitos humanos Ramon Nunes Mello. Vale a pena conferir! Os ingressos são gratuitos. 
Confira um pouco do que vai rolar:

MESAS DE DEBATES
10.5 | Sorofobia, Onde se Esconde o Preconceito (20h)
12.5 | O Diário Virtual: Youtubers e o HIV/Aids (16h)
13.5 | Desconstruindo o HIV (16h)
16.5 | Literatura Pós-Coquetel: Novas Narrativas do HIV/Aids (16h)
17.5 | Negritude & HIV/Aids: o Corpo Negro, a Militância e a Epidemia (20h)
18.5 | Novos Rumos do Tratamento do HIV/Aids (16h)
19.5 | Visibilidade ou Não: Modos de Ocupar o Mundo (16h)
20.5 | Encontro com o Espectador – Edição Todos os Gêneros (15h)

PERFORMANCES
10.5 | Cura (20h)
17.5 | Sangue (20h)
19.5 | Poema Maldito (16h)

TEATRO
11.5 e 12.5 | Lembro Todo Dia de Você (20h)
13.5 | Desmesura (19h)
16.5 | O Bebê de Tarlatana Rosa (20h)
19.5 | L, o Musical (20h)
20.5 | L, o Musical (19h)

CINEMA
14.5 e 15.5 | Mostra de Curtas (19h)

LITERATURA
16.5 | Lançamento do livro ‘Tente Entender o que Tento Dizer – Poesia HIV/Aids’ (18h)

MÚSICA
18.5 | Almério (20h) 
19.5 | Cabaré Todos os Gêneros (23h)


Serviço
Mostra de Arte e Diversidade quinta edição
Quando: De quinta (10) a domingo 20 de maio de 2018
Local: Itaú Cultural – Avenida Paulista, n°149 
Entrada gratuita
Distribuição de ingressos:
Público preferencial: duas horas antes do espetáculo | com direito a um acompanhante  ingressos liberados apenas na presença do preferencial e do acompanhante
Público não preferencial: uma hora antes do espetáculo | um ingresso por pessoa

Sol e Sonhos na Copacabana de 1900




Por Jaqueline Gomes

Obra ambientada no período da República Velha, traz romance instigante entre um embaixador francês e uma meretriz

Foto: Divulgação
O escritor brasileiro Aliel Paione acaba de lançar o livro Sol e Sonhos em Copacabana, da Editora Pandorga. Na trama, que se passa em 1900 e durante o governo de Campos Sales, Jean-Jacques Chermont Vernier, um jovem diplomata francês, se muda para o Brasil para trabalhar na Embaixada da França como consultor econômico.
Depois de cerca de um ano morando no país, ele vê uma mulher lindíssima, Verônica, ao passar em frente ao cabaré de luxo Mère Louise, que realmente existiu na época e se localizava em Copacabana, no Rio de Janeiro. Sem conseguir tirar a imagem da mulher da cabeça, resolve voltar ao local à noite para, enfim, poder conhecê-la e conversar com ela pessoalmente. Quando a vê descendo as escadas com Louise, administradora do cabaré, apaixona-se. E assim se desenrola o enredo da história.
Em uma linguagem instigante e sensível que prende a atenção do leitor do início ao fim, Paione também induz os leitores a refletirem sobre questões políticas e históricas dos tempos da política do Café com Leite e do governo republicano de Campos Sales.

O autor aborda e critica ainda a desilusão daqueles tempos criada por um capitalismo inescrupuloso e o cinismo debochado de políticos da época.

Semana da Arte traz diferentes eventos artísticos para São Paulo




Por colaboradora: Monise Rigamonti

Na próxima semana de 14 a 20 de agosto, acontece um importante evento para as artes, a Semana de Arte. Idealizada por pelos galeristas Luisa Strina e Thiago Gomide, pelo curador Ricardo Sardenberg e pelo empresário cultural Emilio Kalil. O evento abre espaço para o cinema, as artes cênicas, a música e a literatura, espalhando uma série de espetáculos pela cidade.

Foto: Divulgação

Destaques da Semana de Arte: 

14/08 (segunda-feira) >>> DANÇA
Uma aula-espetáculo de vídeo-dança centrada em potentes encontros entre coreógrafos e artistas visuais ao longo da história. Vídeos apresentarão trechos de obras de nomes como Trisha Brown, Merce Cunningham, Lucinda Childs, Vaslav Nijinsky e Lia Rodrigues, com direito a performance ao vivo da atriz Maria Luisa Mendonça. Ao final, haverá uma conversa com a crítica de dança e curadora Helena Katz.

Foto: Divulgação

Tucarena – Rua Monte Alegre, 1024 – Perdizes – São Paulo (SP). Horário 21h. Capacidade para 300 pessoas. Gratuito.

15/08 (terça-feira) >>> LITERATURA/MÚSICA
A escritora Conceição Evaristo e o bandolinista e compositor Hamilton de Holanda, se encontram em uma mesa-show para falar sobre literatura e música, ressaltando a presença africana na arte brasileira.
Tucarena – Rua Monte Alegre, 1024 – Perdizes – São Paulo (SP). Horário 21h. Capacidade para 300 pessoas. Gratuito.
>>> PALESTRAS 
Mesa 1 (10h) – Fernanda Brenner (Pivô) e Bernardo José de Souza (Fundação Iberê Camargo)
Uma conversa sobre modelos curatoriais em instituições privadas sem fins lucrativos no contexto político brasileiro atual.
Mesa 2 (11h30m) – Bernardo Ortiz, artista plástico
Palestra sobre o exercício de caminhar pela paisagem atento à percepção e aos questionamentos que dela surgem.

Foto: Divulgação

Mesa 3 (14h30m) – Paulo Sérgio Duarte, crítico e curador independente e Maria do Carmo Pontes, curadora independente
Duarte e Pontes discutem a obra do artista Antonio Dias, que durante a feira da Semana de Arte terá um solo com trabalhos dos anos 1970 no estande da Galeria Nara Roesler.
Mesa 4 (16h30m) – Isobel Whitelegg, historiadora da arte e curadora
A diretora do MA Art Museum & Gallery Studies (School of Museum Studies, Universidade de Leicester) apresenta a sua pesquisa sobre a História das bienais na America Latina nos anos 1970 e 1980, culminando com a Terceira Bienal de Havana (1989) e os significados da globalização para as bienais latino-americanas.

Centro Universitário Belas Artes de São Paulo – Rua José Antonio Coelho, 879, Vila Mariana – São Paulo (SP) 

16/08 (quarta-feira) >>> TEATRO
Encenado pela primeira vez em 1977, o espetáculo Trate-me Leão, um dos mais emblemáticos da trajetória do grupo teatral Asdrúbal Trouxe o Trombone, ganha uma leitura dramatizada, interpretada por integrantes do elenco original da peça para comemorar os 40 anos de sua estreia. Direção: Hamilton Vaz Pereira; Com Evandro Mesquita, Luiz Fernando Guimarães, Patrícia Travassos, Regina Casé.

Foto: Divulgação

Tucarena – Rua Monte Alegre, 1024 – Perdizes – São Paulo (SP). Horário 21h. Capacidade para 300 pessoas. Gratuito.

18 a 20/08 (sexta-feira, sábado e domingo) >>> ARTES VISUAIS
Para celebrar as Artes Visuais, acontecerá a Feira de Arte, sediada no Hotel Unique. Com duração de quatro dias, conta com um seleto time de galerias brasileiras e estrangeiras organizadas sob um conceito curatorial inovador. A proposta é oferecer um novo formato, em que os mercados primário e secundário não serão divididos em seções distintas e os estandes estarão dispostos de forma a criar um fluxo entre os espaços de cada expositor e um envolvimento mais profundo tanto com as obras à mostra quanto com a proposta das próprias galerias. Todas apresentarão projetos especiais, sejam solos, diálogos entre dois artistas ou montagens focadas em temas específicos. Um conjunto altamente qualificado que oferecerá ao visitante uma experiência singular: mais do que uma feira, trata-se de um grande evento de artes.

Foto: Divulgação

Hotel Unique – Av. Brigadeiro Luís Antônio, 4.700 – Jardins – São Paulo (SP). Sex(18) e Sab(19) das 10h às 20h. Dom (20) às 12h às 18h. Ingresso: R$80. 

19/08 (sábado) >>> DOCUMENTÁRIO
Exibição do documentário Maria — Não esqueça que eu venho dos trópicos, que resgata a vida e a obra de Maria Martins (1894-1973), reconhecida como uma das maiores escultoras brasileiras. Além de jogar luz sobre a monumentalidade e a ousadia do trabalho de Maria, que tratou diretamente da sexualidade com uma visão feminina e por isso recebeu severos ataques da crítica brasileira, o filme oferece um mergulho íntimo no universo particular da artista: esposa de um grande diplomata brasileiro, ela manteve uma ligação amorosa de 20 anos com o artista francês Marcel Duchamp. Direção: Francisco C. Martins. 
Após a exibição do filme, haverá uma conversa com os codiretores Francisco C. Martins e Elisa Gomes com Graça Ramos, autora do livro “Maria Martins – Escultora dos trópicos”.

CineSesc – Rua Augusta, 2075 – Cerqueira César – São Paulo (SP). Horário 11h. Capacidade 273 lugares. Gratuito.

Foto: Divulgação

>>> ARQUITETURA 
A Semana de Arte oferece uma série de passeios por marcos arquitetônicos paulistanos guiados pelo arquiteto Aieto Manetti. Dois serão autorais, percorrendo edificações dos expoentes modernistas Lina Bo Bardi e Paulo Mendes da Rocha.

Foto: Divulgação

Participação gratuita. Inscrições pelo email educativo@semana.art. O critério de seleção será por ordem de solicitação. Aguarde a confirmação por email.

ROTEIRO 2 – CENTRO – CAMINHADA 
Horário: Dia 19/08 (sábado), às 15h. Número de participantes: até 25 pessoas. Duração do Percurso: aprox. 90min. Ponto de Encontro: Edifício IAB

1. Edifício IAB/1946 – rua Bento Freitas, 306
Arquitetos: Abelardo de Souza, Galiano Campaglia, Hélio Duarte, Jacob Ruchti, Rino Levi, Roberto C. Cesar e Zenon Lotufo.

2. Edifício Eiffel/1953 – Praça da República, 177
Arquitetos: Oscar Niemeyer e Carlos Lemos

3. Edifício Copan – Av. Ipiranga, 200
Arquitetos: Oscar Niemeyer e Carlos Lemos

4. Edifício Esther/1938 – rua Basílio da Gama, 29, Praça da República 76
Arquitetos: Álvaro Vital Brasil e Adhemar Marinho – T: 3256-1009

5. Edifício e Galeria Califórnia/1950 – rua Barão de Itapetininga, 255 (entrada também pela rua D. José de Barros)

Arquitetos: Oscar Niemeyer e Carlos Lemos

20/08 (domingo) >>> ARQUITETURA
ROTEIRO 3 – LINA BO BARDI e AV. PAULISTA – CAMINHADA + VAN
Horário: 20/08 (domingo), às 10h. Número de participantes: até 14 pessoas. Duração do Percurso: aprox. 180 min. Ponto de Encontro: Masp

1. Masp – Av. Paulista, 1578
Arquiteta: Lina B. Bardi

2. Edifício Paulicéia – Av. Paulista, 960
Arquitetos: Jacques Pilon e Giancarlo Gasperini

3. Edifício V Avenida – Av. Paulista, 726
Arquiteto: Pedro Paulo de Mello Saraiva

4. Edifício e Galeria Nações Unidas – Av. Paulista, 648
Arquiteta: Abelardo de Souza – INÍCIO VAN

5. Casa de Vidro/1950 – Residência Pietro Maria Bardi – Rua General Almério de Moura, 200
Arquiteta: Lina B. Bardi

6. Sesc Pompéia – rua Clélia, 93
Arquiteta: Lina B. Bardi

7. Edifício Anchieta/1940 – Av. Paulista, 2584
Arquitetos: MMM Roberto – TÉRMINO VAN

8. Conjunto Nacional – Av. Paulista, 2073
Arquiteto: David Libeskind

ROTEIRO 4 – PAULO MENDES DA ROCHA – VAN 
Horário: 20/08 (domingo), às 15h. Número de participantes: até 14 pessoas. Duração do Percurso: aprox. 180 min. Ponto de Encontro: Mube

1. Mube – Museu Brasileiro da Escultura – Av. Europa, 221
Arquiteto: Paulo Mendes da Rocha

2. Ginásio do Clube Atlético Paulistano/1957 – rua Honduras, 1400
Arquitetos: Paulo Mendes da Rocha e João de Gennaro

3. Casa no Butantã – Praça Monteiro Lobato s/n
Arquitetos: Paulo Mendes da Rocha e João de Gennaro

4. Pinacoteca do Estado de São Paulo – Praça da Luz, 2
Arquiteto: Paulo Mendes da Rocha

Em sua primeira edição, a Semana de Arte pretende trazer diferentes eventos e propostas artísticas para dialogar com o “caldeirão cultural” que é a cidade de São Paulo, e criar oportunidades para apreciar trabalhos inéditos ou reconfigurados para essa exibição. Animados para conferir essa programação? 

Resenha: A Espiã de Paulo Coelho




O livro “A Espiã”, de Paulo Coelho, foi lançado no Brasil pela editora Paralela, e marca a estreia do escritor como capista

Por colaborador Lucas Damasio

Reprodução / Internet

Ser mulher deve exigir mais força do que os homens podem imaginar. As lutas constantes dos dias atuais em uma sociedade formada pelo pensamento machista evidenciam a necessidade de se fazer frente nas batalhas em benefício da igualdade dos gêneros sob os aspectos sociais, profissionais e culturais e demonstram o quanto estamos longe de uma linha de pensamento mais coerente e que afaste a loucura da diferenciação e definição da capacidade das pessoas pelo sexo.

Se em pleno 2017 essa luta ainda encontra enorme resistência e a idealização da figura da mulher independente, forte e segura, de pensamento e valores próprios ainda causa incomodo e não se aprofundou socialmente ao ponto de mudar alguns comportamentos e visões pré-estabelecidas, imagina o contexto disso tudo no final dos anos 1800 e inicio dos anos 1900.
Foi nesse cenário que Mata Hari, pseudômino de Margaretha Gertruida Zelle, viveu. A figura dessa mulher aguçou a curiosidade de historiadores, escritores, pesquisadores e estudiosos da primeira guerra mundial. Ela foi morta, condenada por fuzilamento em 1917, acusada de espionagem, embora as provas e argumentos de acusação apresentados em seu julgamento tenham sido questionados desde a época de sua execução.

Mata Hari foi uma dançarina exótica que fez sucesso em Paris, cidade que amava, e lá permaneceu até o inicio da grande guerra. Ela foi conhecida – e rotulada – por dormir com diversos oficiais, de ambos os lados da batalha, por ter pensamento próprio e fazer questão de se demonstrar como uma figura de grande força e independência, o que despertava o desejo dos homens e a inveja das mulheres. Essa é a personalidade que Paulo Coelho empresta à sua personagem ao narrar o pensamento de Mata Hari por meio de suas cartas, que essencialmente falam sobre o que era ser uma mulher que lutava pela independência naquela época, sem deixar de lado seus caprichos e desejos.

Reprodução / Internet

O livro “A Espiã” tem inicio com a execução da acusada, noticiada em carta por um oficial francês responsável pela sua prisão e guarda. Às páginas seguintes são narradas pela própria personagem por meio de suas cartas, descrevendo a sua infância, os abusos sofridos, a morte da mãe e o casamento infernal pela qual passou, até chegar a Paris e viver o auge de sua vida. Ela ainda fala do seu relacionamento com os diversos homens que teve, e como, em sua visão, a manipularam – ou manipularam a sua imagem de mulher forte – até conseguirem classificá-la como uma espiã perigosa que poderia prejudicar toda a guerra em benéfico dos alemães. Mas seu único crime foi, segundo Paulo Coelho, ter a coragem de ser uma mulher com opiniões e vontades próprias, e não se dobrar aos valores distorcidos de sua época, que sujeitavam as mulheres às vontades e moldes estipulados pelos homens.

Um dos pontos interessantes da obra parece ser a mudança sutil no estilo de escrita de Coelho, focando menos a narrativa em contextos espirituais maiores – como são característicos em toda a sua obra – e dando vazão aos pensamentos da personagem principal sobre o valor de suas escolhas e como elas se tornaram a fonte das consequências que teve de enfrentar a partir do momento em que decidiu viver como Mata Hari, direcionando a reflexão do leitor não aos aspectos espirituais que nos formam, mas aos conceitos culturais da sociedade, especialmente sobre a figura da mulher, e como a diferença dos gêneros pode estimular atos injustos e inescrupulosos que são, à sombra de um inconsciente coletivo que ninguém se preocupa questionar, valores degradantes que impregnam a formação social contemporânea. Claro que isso não é uma verdade absoluta, mas só uma percepção minha sobre a obra do escritor.

Livro-imagem convida o leitor a brincar de esconder com os personagens




Na obra o premiado autor e ilustrador infantojuvenil Jean-Claude Alphen cria um curioso jogo narrativo, misturando uma série de recursos  visuais


Atrás de um arbusto, uma menina assiste a um curioso desfile de animais selvagens: zebras, girafas, rinoceronte, guepardo… Mas o que à primeira vista parece a savana africana, logo se revela um jogo divertido de esconde-esconde entre duas crianças e um cachorro.

Nesse livro-imagem o autor e ilustrador Jean-Claude Alphen a imaginação é a protagonista. A ausência de palavras e o conjunto inusitado de ilustrações fazem de Escondida um convite para contemplar, refletir, desvendar e, por que não, recriar as impressionantes cenas de espera, observação e movimento que surgem, página a página.

Vários recursos narrativos visuais se combinam para criar uma atmosfera de investigação e atenção constantes: a escolha de cores frias e quentes para delimitar realidade e fantasia; os espaços em branco para acentuar contrastes; a proximidade irreal entre selva e cidade; a grandiosidade dos animais, vistos de vários ângulos; o incessante movimento de ocultação e revelação.