Festival das Marias no Brasil estreia série em versão online


Créditos: Divulgação


A edição brasileira de 2021 do Festival das Marias – Festival Internacional de Artes no Feminino, em razão do Dia Internacional da Mulher, apresenta a série Vozes de Marias, composta por 14 micro documentários, que será exibida pelos canais do projeto no Youtube, Instagram e Facebook, entre os dias 8 e 12 de março.

O Festival das Marias é palco do feminino para discussões de temas pertinentes ao fazer artístico da mulher, colocando suas criações sob os holofotes para incentivar e difundir o fazer nas artes pelo feminino e provocar reflexões sobre o impacto das desigualdades na vida das mulheres.

Foram convidadas protagonistas mulheres brasileiras, artistas de música, circo, teatro, literatura e artes visuais, que integraram a primeira edição do Festival das Marias no Brasil, em novembro de 2020. São elas: Fabiana Cozza (cantora), Consuelo de Paula (cantora, compositora e violonista), Bruna Caram (cantora, compositora e poeta), Renata Machado (atriz), Renata Pizi (cantora e compositora), Bebé Salvego (cantora), Woman Summer Quartet com Marina Dias, Sara Oliveira, Carol Uchôa e Camila Hassel (instrumentistas), Ana Sevá (cantora e compositora), Suia Legaspe (atriz e diretora), Troupe Guezá com Rubia Neiva, Joy Domingoz e Hermana Pacha (atrizes acrobatas), Bárbara Francesquine (bailarina e performer com bambolês), Painé Santamaria (palhaça e malabarista), Marina de La Riva (cantora e poeta) e Dan Agostini e Dani Sandrini (fotógrafas).

Bárbara Francesquine – Créditos: Divulgação

Para gravar os vídeos depoimentos, as artistas foram provocadas pelo ator e diretor teatral Antonio Revez, curador artístico internacional do festival, em duas situações. Na primeira, uma reflexão sobre a sensibilidade feminina na criação artística (como transparece e como se destaca da masculina). Na segunda, um depoimento sobre possíveis discriminações ou tolhimentos em relação à suas artes ou manifestações artísticas em uma sociedade onde a criação é, na maioria das vezes, dominada pelos homens.

Os relatos gravados para o Vozes de Marias são fortes e, ao mesmo tempo, sensíveis para ambas as questões colocadas por Ravez. “É surpreendente e emocionante acompanhar os depoimentos dessas mulheres para entender como se dá o feminino na narrativa poética de seus trabalhos e como elas lidam com a própria sensibilidade em um mundo essencialmente masculino”, comenta Adriana Belic, diretora do Festival das Marias no Brasil.

Bebé Salvego – Créditos: Divulgação

A primeira edição do Festival das Marias – Festival Internacional das Artes no Feminino, ocorreu em novembro de 2019, em Portugal, quando contou também com a colaboração de Adriana Belic como curadora de música para a América Latina, arregimentando artistas do calibre de Adriana Calcanhotto, Francesca Ancarola e Marina de La Riva que representaram as mulheres atuantes na música latino-americana. No Brasil, a primeira edição aconteceu em novembro de 2020 em formato online e gratuito, partir da cidade de São Paulo, SP. O evento foi programado para acontecer simultaneamente ao de Portugal, onde foi cancelado devido às medidas restritivas impostas pela pandemia do coronavírus.

Micro documentários: Vozes de Marias

Festival das Marias – Festival Internacional das Artes no Feminino

De 8 a 12 de março de 2021 – a partir de São Paulo/SP, Brasil

Grátis. Duração: até 10 minutos cada. Classificação: Livre

Canais de transmissão:

Facebook: @marias.festival

Instagram: @marias.festival

YouTube: FestivaldasMarias

8 de março (segunda)

12h – Dan Agostini

16h – Bárbara Francesquine

19h – Consuelo de Paula

9 de março (terça)

12h – Woman Summer Quartet: Marina Dias, Sara Oliveira, Carol Uchôa e Camila Hassel

16h – Painé Santamaria

19h – Bebé Salvego

10 de março (quarta)

12h – Troupe Guezá: Rubia Neiva, Joy Domingoz e Hermana Pacha

16h – Ana Sevá

19h – Marina de La Riva

11 de março (quinta)

12h – Dani Sandrini

16h – Renata Pizi e Renata Machado

19h – Bruna Caram

12 de março (sexta)

16h – Suia Legaspe

19h – Fabiana Cozza

Latinidades Pretas abre edital em apoio à empreendedores negros e indígenas LGBTQIA+


Créditos: Divulgação


Os institutos Feira Preta e Afrolatinas, em parceria com a Fundação Open Society, abriram as inscrições para o edital do Latinidades Pretas, plataforma voltada ao reconhecimento, visibilização e premiação de conteúdos inéditos desenvolvidos por criadoras e criadores negros e indígenas na América Latina e Caribe, que este ano terá foco na comunidade LGBTQIA+. Ao todo, serão repassados R$ 100 mil em 100 bolsas de auxílio financeiro para empreendedores que atuam na cultura e economia criativa.

“Esta edição do Latinidades Pretas objetiva gerar renda e dar suporte a empreendedores e empreendedoras negras e indígenas, com foco na diversidade sexual e de gênero, valorizando suas trajetórias e negócios dentro da cadeia produtiva da cultura. É urgente combatermos a marginalização, discriminação e todo tipo de violência contra corpos LGBTQIA+. Queremos reafirmar que estamos comprometidas com essas vidas, com a memória, história e proteção do patrimônio cultural imaterial de suas culturas e com o reconhecimento da contribuição desta população para a sociedade”, explica Jaqueline Fernandes, fundadora do Instituto Afrolatinas.

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A iniciativa surgiu em meio à emergência da crise sanitária e humanitária global desencadeada pela pandemia da Covid-19, com o intuito de contribuir para a redução dos impactos econômicos. “Em 2020, a primeira etapa do Latinidades Pretas teve entre os seus objetivos criar um espaço para abrigar portfólios de trabalhadoras negras da cultura, registrando a memória de seus feitos e gerando novas oportunidades. O projeto recebeu 1.444 inscrições, de todas as regiões brasileiras e nove países. Ao todo, 69 trabalhadoras da cultura receberam bolsas, e seus trabalhos entregues geraram conteúdos para a plataforma Latinidades Pretas”, conta Adriana Barbosa, fundadora do Instituto Feira Preta.

Artes cênicas, visuais e plásticas, audiovisual, música, literatura, moda e gastronomia são algumas das áreas contempladas pelo edital, que também contempla as áreas técnicas, de gestão, comunicação e produção cultural. Ao se inscrever, os interessados terão seus projetos submetidos à seleção e avaliação de uma Comissão coordenada pela equipe do Instituto Afrolatinas, além de dez curadores externos. No total, 100 propostas serão contempladas com bolsas de R$ 1.000,00 cada, além de mentoria dentro da metodologia do Afrolab, programa desenvolvido pelo Instituto Feira Preta em parceria com o British Council que promove a capacitação técnica e criativa para empreendedores negros cuja metodologia leva em consideração saberes ancestrais, combinados com aspectos de valorização da cultura afro-diaspórica na América Latina, autoconhecimento, capacidade de gestão e acesso a serviços financeiros e mercados.

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Segundo as organizadoras, ao longo do projeto, o Afrolab será aplicado também para instituições e coletivos LGBTQIA+. A proposta deve ser inédita e poderá ser enviada em diferentes formatos criativos, como música, poesia, crônica, conto, texto, fotos, podcast, croquis, ensaios, performance, oficina, curso, apresentação artística, entre outros.

As inscrições para o Latinidades Pretas vão até 20 de fevereiro e devem ser feitas no site do projeto, www.latinidadespretas.com.br. Com foco na acessibilidade, a iniciativa aceita também candidaturas orais e em libras. A lista de selecionados será divulgada no dia 31 de março, nas redes sociais do projeto.

Serviço

Inscrições para o edital do Latinidades Pretas

Até 20 de fevereiro às 23h59

Formulário de inscrição e edital completo no site www.latinidadespretas.com.br

Filmes inspirados em clássicos da literatura para curtir na HBO

Filmes inspirados em clássicos da literatura para curtir na HBO

Créditos: HBO


A relação entre a literatura e o cinema sempre foi muito estreita e grandes obras literárias foram retratadas com êxito no telão. A HBO apresenta uma seleção de histórias inspiradas em clássicos da literatura disponíveis na HBO GO.

EMMA
Bill Nighy e Anya Taylor-Joy protagonizam esta adaptação da comédia homônima de Jane Austen publicada em 1815. Nesta sátira sobre as relações e o status social, a mimada, mas bem-intencionada Emma (Taylor-Joy) tem que aprender a não se meter nas questões amorosas do seu círculo social para encontrar o amor que sempre esteve diante dela.

ANNA KARENINA
Keira Knightley e Jude Law protagonizam esta ambiciosa versão, dirigida por Joe Wright, da épica história de León Tolstói que explora o surgimento do amor e a natureza humana. Ambientada no ocaso do império russo, a indecisa Anna Karenina está dividida entre o marido Karenin e o amante Vronsky.

Filmes inspirados em clássicos da literatura para curtir na HBO
Créditos: HBO

HAMLET
Esta adaptação da clássica obra de Shakespeare foi indicada a quatro Oscars®, incluindo o de Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Figurino. Hamlet, o príncipe da Dinamarca, deverá vingar a morte do pai e ocupar seu lugar como rei. Mas, para isso, terá que lutar contra a sua própria família e irá se deparar com uma grande surpresa. Este ícone da literatura é levado às telas pelo diretor Kenneth Branagh e estrelado pela ganhadora do Oscar® e de quatro Globos de Ouro®, Kate Winslet.

Filmes inspirados em clássicos da literatura para curtir na HBO
Créditos: HBO

DRÁCULA DE BRAM STOKER
O aclamado diretor Francis Ford Coppola se baseia no mito original do Drácula de Bram Stoker, e o transforma em uma versão moderna de romance e terror gótico neste filme estrelado por Keanu Reeves, Winona Ryder, e pelos ganhadores do Oscar® Gary Oldman e Anthony Hopkins.

O SOL É PARA TODOS (TO KILL A MOCKINGBIRD)
Baseada no romance de Harper Lee, esta produção ganhadora do Oscar® gira em torno de Atticus Finch (Gregory Peck), um advogado viúvo do sul dos Estados Unidos, pai de dois filhos, que defende Jem, um homem negro acusado injustamente de estupro.

O GRANDE GATSBY (THE GREAT GATSBY)
Uma adaptação visualmente impactante do romance de F. Scott Fitzgerald em que a vida de Jay Gatsby é contada por seu vizinho Nick Carraway. O relato e a admiração de Nick pelo milionário revelarão, aos poucos, seu passado nebuloso. Dirigido pelo ganhador do Globo de Ouro® e do BATFA®, Baz Luhrmann, e protagonizado por Tobey Maguire, Joel Edgerton, Leonardo DiCaprio, Isla Fisher e Carey Mulligan.

Filmes inspirados em clássicos da literatura para curtir na HBO
Créditos: HBO

MACBETH
Depois de escutar uma profecia de um trio de bruxas sobre a possibilidade de que Macbeth se torne rei da Escócia, o ambicioso barão é incentivado pela mulher a conquistar o trono por meio de traições e assassinatos. Consumido pela ambição, Macbeth assassina o rei e ocupa o trono. Dos produtores de O Discurso do Rei, esta adaptação do clássico de William Skakespeare é protagonizada por Michael Fassbender e Marion Cotillard.

Filmes inspirados em clássicos da literatura para curtir na HBO
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Felipe Borg lança poema musicado de Casimiro de Abreu

Felipe Borg lança poema musicado de Casimiro de Abreu

Créditos: Karol Jannuzzi


Poderia ter ficado na brincadeira, no ímpeto do aluno que vislumbrava uma nota maior em Literatura no Ensino Médio, mas o talento do cantor e compositor Felipe Borg não deixou o seu ‘hit da adolescência’ se perder. De autoria de Casimiro de Abreu, o poema “Meus Oito Anos” – musicado pelo artista carioca ainda nos tempos de escola – ganhou nova versão e já está disponível em todas as plataformas digitais.

Repaginar esta canção foi a forma que encontrei de reviver os bons tempos da escola e incentivar as pessoas a lerem mais”, explica Borg.

A mistura de música e Literatura, não foi em vão. Quando ainda estudava na Escola Andrews (no bairro Humaitá, do Rio de Janeiro), a necessidade de alguns pontos para passar de ano nesta matéria fez com que o jovem tentasse agradar a professora com uma surpresa. “Peguei meu violão, que era o que eu tocava na época, e apresentei para ela o poema em forma de música. Ganhei os pontos que faltavam e até hoje os colegas cantam a letra de cor e salteado”, relembra sorrindo.

Ainda de acordo com o artista, a canção tem essa versão antiga, que os amigos da escola cantam até hoje e foi um verdadeiro sucesso, e a mais recente, pensada para o lançamento.

CALMA E PAZ
Mesmo tendo o piano como instrumento principal, o cantor gravou “Meus Oito Anos” de forma que remetesse à versão original. Assim, a música transmite sensações de calma e paz com um duo de voz e violão. “Minhas canções costumam ser mais alto astral, falam de sentimentos, de vivências e histórias da minha vida. Essa tem uma outra pegada”, afirma Borg.

O single foi produzido por Rique Azevedo como o selo “Cada Instante” e mixada por Matheus Pinheiro, o Math.

CARREIRA
Apesar da recente estreia na carreira profissional, Felipe Borg reúne diversos singles e uma experiência vasta com a música. Incentivado pelos pais, o artista de 30 anos resolveu se dedicar com todo amor e otimismo ao seu sonho, após finalizar os estudos em Comunicação Social com habilitação em Publicidade e Propaganda, na ESPM.

Meu pai chegou a cantar em navios, cresci vendo minha irmã cantando. Então, a música sempre esteve presente. Foi quando eu tinha 11 anos que comecei a aprender a tocar violão sozinho, autodidata. Depois, tive oportunidade de entrar para o Centro Musical Antônio Adolfo”, conta o artista.

Tendo como referência musical os artistas Samuel Rosa e Vitor Kley, Felipe compôs outras canções no estilo pop como, por exemplo, “Tunico”, inspirada em um colega da faculdade; Neste ano, o artista disponibilizou “Te quero tão bem”, feita para a namorada e com quase 20 mil players no Spotify, o single “Vem” e, agora, prepara a canção “Meus Oito Anos”.

SERVIÇO
O novo single do cantor Felipe Borg, “Meus Oito Anos”, já está disponível em todas as plataformas digitais.

Casa do Teatro disponibiliza programação de férias em novo formato


Créditos: Joao Caldas Fº/5D III


Em janeiro, a Casa do Teatro – escola integrada ao Centro de Artes e Educação Célia Helena, dirigida por Lígia Cortez – colocará à disposição das famílias de todo o país a sua já tradicional Programação de Férias. A novidade deste ano é que as atividades serão adaptadas para o formato on-line, por conta do afastamento social, possibilitando que não só o público da cidade de São Paulo tenha acesso.

Nos dias 18, 19, 20, 21, 26, 27 e 28 de janeiro, sempre das 15h às 17h, crianças e adolescentes, divididos por faixas etárias, serão convidados a fazer uma viagem artística, tendo contato com lendas, literatura, meio ambiente, costumes e histórias, que contam um pouco sobre a cultura de alguns povos das Américas Latina e Central.

Créditos: João Caldas

A programação trará uma série de atividades que exploram as artes da cena (teatro, dança e música), técnicas de animação (stop motion), edição de clipes, acrescidos das ferramentas das tecnologias de comunicação.

As oficinas são temáticas e por faixa de idade: de 7 a 9 anos, de 10 a 12 e maiores de 13 anos. Porém, cada atividade é uma experiência única com começo, meio e fim, independente de uma continuidade.
As inscrições podem ser realizadas no site da Casa do Teatro (http://www.casadoteatro.com.br).

Temas – A programação de férias da Casa do Teatro estará dividida em conceitos temáticos, de acordo com cada faixa etária.

Créditos: Acervo Casa do Teatro

Para as crianças de 7 a 9 anos serão propostos jogos teatrais, criação de cenas, improvisação, que exercitam a curiosidade, a investigação, a reflexão, a imaginação e a criatividade. Histórias e lendas latinas e brasileiras provocam a construção de roteiros e clipes para a montagem de um filme. Nesta viagem, os participantes se deparam com a descoberta dos mistérios da civilização asteca, os desafios para conseguirem se salvar da cidade perdida dos incas, Machu Pichu. Haverá ainda descobertas sobre o misterioso código Maia.

Já paras crianças com idades entre 10 e 12 anos a proposta das atividades é divertir e ao mesmo tempo exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos por meio da cooperação mútua, a partir de estímulos das artes visuais e da literatura. Os viajantes começam pelo México, em meio as cores vibrantes de Frida Kahlo, a criação de novelas, a imersão em obras de poetas brasileiros, chegando ao universo de Guimarães Rosa, no sertão brasileiro.

Por fim, os adolescentes a partir de 13 anos poderão explorar atividades que estimulam o agir pessoal e coletivo, com autonomia, pensamento crítico, comunicação de ideias e muita criatividade. Os participantes deparam-se com perguntas do poeta chileno Pablo Neruda, com as instruções para viver do escritor argentino Julio Cortázar e seguem para uma visita na Casa Azul de Frida Kahlo. A partir destes “encontros”, os jovens serão convidados a criar poemas em stop motion, “cantar” histórias e criar um trailer em coletivo.

SERVIÇO

CASA DO TEATRO – 2021

PROGRAMAÇÃO DE FÉRIAS DE JANEIRO

Valor para cada atividade: R$ 50,00

Duração por atividade: das 15h às 17h

Formas de pagamento: cartões de débito ou crédito

www.casadoteatro.com.br e contato@casadoteatro.com.br

FESTIVAL MIX BRASIL anuncia programação

FESTIVAL MIX BRASIL anuncia programação

Créditos: Vento Seco


De 11 a 22 de novembro, o Festival Mix Brasil, um dos mais importantes e celebrados eventos de cultura dedicados à diversidade do mundo, realiza a sua 28ª edição de forma online e gratuita, podendo ser assistido de qualquer parte do país. Algumas sessões presenciais acontecerão no CineSesc, espetáculos teatrais no Centro Cultural da Diversidade, e exposição em diversos Centros Culturais de São Paulo, com um número limitado de espectadores. Este ano a homenageada com o prêmio Ícone Mix será a drag queen Marcia Pantera, criadora do movimento Bate-cabelo e destaque em diversos filmes do cinema nacional.

Com direção de André Fischer e direção executiva de Josi Geller, a programação do Mix em 2020 traz 101 filmes de 24 países, espetáculos de teatro, música, seminário de literatura, laboratório audiovisual, mesas sobre temas relevantes para comunidade LGBTQIA+, artes visuais e o Show do Gongo. Tudo num só lugar: a plataforma do MixBrasil.

O Festival abrirá no dia 11/11, quarta-feira, às 20h, com uma cerimônia totalmente online, que contará com um pocket show da cantora Linn da Quebrada seguido da exibição do premiado filme argentino, inédito no Brasil e selecionado para a seção Panorama do festival de Berlim, “As Mil e Uma” de Clarisa Navas, que ficará disponível na plataforma do Festival a partir do término do show. No longa, em um retrato contemporâneo da periferia da cidade argentina de Corrientes, Iris conhece Renata, uma mulher jovem com um passado difícil, e imediatamente se sente atraída por ela. Iris e seus amigos superam medos e lutam contra a intolerância ao seu redor para viverem seus primeiros amores e experiências sexuais.

A programação de longas-metragens, organizada por João Federici, exibirá títulos de diretores e atores consagrados que fizeram parte da Seleção Oficial dos Festivais de Berlim, Veneza, Toronto, Sundance, Cannes e OutFest. Inéditos no Brasil, os destaques são “The World to Come” (EUA) de Mona Fastvold (Sony Pictures Classics), que conta com Vanessa Kirby (The Crown) no elenco; “I Carry You With Me” (EUA, México) de Heidi Ewing (Sony Pictures Classics), vencedor do prêmio do público em Sundance; “Saint-Narcisse” (Canadá) do enfant-terrible Bruce LaBruce; “Lingua Franca” (EUA, Filipinas) de Isabel Sandoval, eleito o melhor filme do Queer Lisboa deste ano; “Verão de 85” (França) de François Ozon, “Suk Suk” (Hong Kong, China) de Ray Yeung Pak; “Shiva Baby” (Canadá) comédia de Emma Seligman; “Pequena Garota“, documentário francês dirigido por Sébastien Lifshitz, “Cured” (EUA) de Bennett Singer, Patrick Sammon, eleito o Melhor documentário pelo público do Frameline, “Ellie & Abbie” (Austrália) de Monica Zanetti, “Emilia” (Argentina) de César Sodero, Seleção oficial em Roterdã, “A Morte Virá e Levará Seus Olhos” (Chile) de José Luis Torres Leiva, que recebeu menção especial do júri em Mar del Plata , “A Cidade Era Nossa” (Países Baixos), de Netty van Hoorn, documentário sobre o movimento lésbico holandês nos anos 7.

Brasileiros

A Mostra Competitiva de filmes nacionais deste ano reúne 9 títulos, em uma seleção fortemente marcada pelas investigações das afetividades e identidades da população LGBTQIA+. Entre os concorrentes ao Coelho de Ouro, a maioria fará a sua première nacional no Festival. Os selecionados são: “A Torre“, de Sérgio Borges (MG); “Alfabeto Sexual“, de André Medeiros Martins (SP); “Limiar“, de Coraci Ruiz (SP); “Mães do Derick” de Dê Kelm (PR); “Meu Nome É Bagdá” de Caru Alves de Souza (SP); “Para Onde Voam as Feiticeiras“, de Eliane Caffé, Carla Caffé e Beto Amaral (SP); “Valentina” de Cássio Pereira Dos Santos (MG/DF); “Vento Seco“, de Daniel Nolasco (GO) e “Vil, Má“, de Gustavo Vinagre (SP).

Quatro documentários relatam as vivências de diferentes populações ignoradas ou marginalizadas do nosso país no panorama “Vozes do Brasil Real“: “Cinema de Amor” de Edson Bastos e Henrique Filho (BA); “Homens Pink” de Renato Turnes (SP/SC); “Prazer em Conhecer” de Susanna Lira (RJ) e “Quem Pode Jogar?” de Marcos Ribeiro (RJ). Já os curtas metragens contam com uma Mostra Competitiva com 13 filmes de 7 estados, além de outros 48 trabalhos nacionais e 20 estrangeiros. Os 13 programas temáticos de curtas trarão temas como “Corpos Cênicos“, “Golden Girls & Boys“, “Identidade e Política“, “Inconciliáveis“, “Mix Jovem“, “Mulheres Alfa“, “Nós Duas“, “Sagrades“, “Sexy Boyz 2020“, “SP Mix“, “Tensão em Família” e “Crescendo com a Diversidade“, destinado ao público de todas as idades.

A 5ª edição do MixLab Spcine, encontro que visa o intercâmbio de experiências e relações profissionais na área cinematográfica, será totalmente online e abre com uma masterclass do cineasta Esmir Filho. O evento conta ainda com mesas como “Criação e produção de audiovisual LGBTQIA+ independente em tempos de pandemia” e “Produção de conteúdo LGBTQIA+ na cidade de São Paulo“. A parceria com a Spcine também é representada por uma vitrine exclusiva de destaques do festival, que será exibida dentro da plataforma Spcine Play durante 90 dias a partir do início do evento.

Um Festival para todes: Teatro, Música, Literatura, MixTalks, Artes Visuais e Show do Gongo

O Mix Music apresenta nesta edição online, shows viscerais, ao vivo, com artistas importantes da cena LGBTQIA+ como Linn da Quebrada, cantora, atriz, travesti e ativista que tem alcançado e conquistado territórios em outros países com sua performance combativa; Bia Ferreira, multi-instrumentista, cantora e compositora que conceitua sua arte como MMP: Música de Mulher Preta, Jaloo, cantor e compositor com a missão de dialogar com o seu tempo e de expressar as mazelas e alegrias de suas experiências; Martte, cantor e compositor de pop soul, considerado uma das grandes apostas do mercado fonográfico nacional.

FESTIVAL MIX BRASIL anuncia programação
Créditos: Divulgação

A parte teatral do Mix traz a primeira edição do prêmio Dramática. Seis textos inéditos, selecionados a partir de um edital, concorrerão ao Coelho de Ouro (Prêmio do Júri) e Coelho de Prata (Prêmio do Público). As apresentações, que seguirão todos os protocolos sanitários, serão ao vivo com presença de público limitado no Centro Cultural da Diversidade e transmitidas para todo o país. Os concorrentes são “Wonder! Vem pra Barra Pesada!” de Rafael Carvalho e Wallie Ruy, espetáculo do teatro Oficina inspirado na trajetória de Claudia Wonder; “Meta-Me – um Dossiê de Ode ao Júbilo“, solo de Bruno Canabarro sobre amor próprio e paixão homoerótica; “MINI-BIUs, BILs, BIOs“, com Andreya Sá e Carlos Jordão e direção de Marina Mathey, repleto de referências pops revisitadas por corpos dissidentes; “O Armário Normando“, que explora as manifestações da pornografia com direção e performance de Janaina Leite e André Medeiros Martins do Grupo XIX ; “Rainha” de Guilherme Gonzalez e atuação de Sérgio Rufino, sobre um septuagenário que decide concorrer ao título de rainha da bateria, e um manifesto de um homem que vive com HIV de “Vírus Manifesto – Onde Estão os Meus Chinelos?!…” de Davi Parizotti e direção de Thiago Sak.

Por essa ninguém esperava! Para a alegria de Marisa Orth a plateia enlouquecida ficará mais distante. No momento em que o distanciamento social é necessário, o Show do Gongo será transmitido online e ao vivo no dia 16 de novembro direto do Centro Cultural da Diversidade para todo o Brasil, quiçá para o mundo. A dinâmica continua a mesma, onde desapegados realizadores apresentam seus vídeos para o julgamento do público do Mix Brasil, cabendo à fabulosa Marisa Orth gongar ou não.

O Mix Literário, que conta com curadoria de Alexandre Rabello, chega a sua terceira edição, trazendo mesas com a participação de nomes fundamentais do mercado editorial nacional, autores e editores que discutem o lugar da comunidade LGBTQIA+ na produção literária. Entre os destaques estão “Transmasculinidades em pauta e livro” com Luiz Fernando Prado Uchôa e Jordhan Lessa; “Djuna Barnes para além das divisões binárias” com Beatriz RGB; “Olhares queer nordestinos” com Itamar Vieira Junior e Marco Severo; “Narrativas antiajuda: saúde mental na literatura queer” com Francisco Mallmann, Mike Sullivan, Natalia Borges Polesso e Maya Falks. O evento também lança, em parceria com a editora Reformatório, o prêmio Caio Fernando Abreu de Literatura, destinado à publicação em livro inédito focado na diversidade, além de premiar com o troféu Coelho de Prata uma obra publicada em livro físico entre outubro de 2019 e setembro de 2020, cuja narrativa se relacione a vivências e questões específicas da comunidade LGBTQIA+

O Mix Talks, com produção de Gustavo Koch e mediação de Ali Prando, que também são co-curadores do evento, promove a sexta edição da Conferência que ganha nova roupagem com o objetivo de aproximar o público de discussões muitas vezes restritas a ambientes acadêmicos. A lista reúne convidados como as cantoras Jup do Bairro e Marina Lima e o ativista Victor Di Marco, personalidades como Erika Palomino, atual diretora do Centro Cultural São Paulo (CCSP), e Daniel Nolasco, diretor do longa metragem “Vento Seco” (2020). Ao todo, 18 convidados vão se revezar nas conversas. Entre os temas, questões como decolonialidade na arte, a cultura ballroom e até mesmo a cantora Madonna, que inspira um painel sobre envelhecimento e mídia. “Se Toque: O Corpo Feminino Além da Erotização“, mesa de feminismo que tem a curadoria e produção de Vanessa Siqueira e mediação da Bárbara Falcão, com Gabriela Garcia, Gaia Qav e Márcia Zuliane, completa a programação.

Uma série de fotografias em grandiosos lambe-lambes, desenvolvidas pelo artista, Felippe Moraes, com o gesto da Figa, identidade visual da 28ª edição do Mix, que pela primeira vez não tem uma palavra como tema, estará em exposição espalhada por diversos centros culturais de São Paulo como CCN (Centro de Culturas Negras – Mãe Sylvia de Oxalá), CCJ(Centro Cultural da Juventude Ruth Cardoso) e CCD (Centro Cultural da Diversidade) e Vila Itororó. A exposição gratuita, que abre dia 14 de novembro e vai até 23 de dezembro, das 11h às 15h, traz este símbolo europeu que se fundiu aos cultos de terreiro, disseminando-se popularmente como amuleto de proteção contra forças destrutivas.

Toda a programação online do 28º Festival Mix Brasil de Cultura da Diversidade poderá ser acessada gratuitamente pelo site do evento. Os filmes poderão ser assistidos pelas plataformas digitais InnSaei, Sesc Digital, Spcine Play. O acesso a alguns filmes será limitado e alguns longas serão exibidos apenas em sessões presenciais.

Serviço – 28° Festival Mix Brasil de Cultura da Diversidade

11 a 22 de novembro| GRATUITO

Programação completa: MIX Brasil ou através das redes sociais: Facebook: /FestivalMixBrasil, Instagram: @FestivalMixBrasil, Twitter: @fmixbrasil e Youtube: fmixbrasil.

Gratuito| Cinema, Teatro, Música, Literatura, Talks e Artes Visuais.