Maria Clara Gueiros e Luccas Papp vivem mãe e filho em espetáculo calcado no realismo fantástico


Crédito: Leekyung Kim


O sonho de voar do homem e a expectativa dos pais diante dos filhos povoam O Falcão Vingador, tragicomédia de Luccas Papp que estreia a peça ao lado de Maria Clara Gueiros no dia 15 de julho, sexta-feira, às 21h, no Teatro Nair Bello. A montagem ganha contornos focados no realismo fantástico com direção de Ricardo Grasson e a temporada vai até 28 de agosto com sessões sextas e sábados, às 21h; e domingos às 19h.

A trama se passa no topo do precipício mais alto da pequena cidade de “Ferradura“. Lúcia, uma mulher de meia-idade de comportamento espalhafatoso, chega no local com seu filho Victor. O tímido rapaz tem apenas uma missão naquele momento: saltar da montanha com uma asa de pano nas costas projetada duas décadas antes. Seu objetivo é provar ao povo que seu falecido pai e idealizador da missão era um gênio e não um suicida. Lúcia está extasiada com esse evento, mas o garoto parece se sentir pequeno para o fardo que lhe foi dado para carregar.

O realismo fantástico guia todo o espetáculo e vai se tornar uma fábula sobre sonhos, grandeza e a busca desenfreada pela glória. Tem uma atmosfera meio Tim Burton, Guillermo del Toro com tonalidades de Federico Felini, que atinge muito mais a plateia do que um realismo. Cada um acaba criando suas leituras e interpretações, existem muitas camadas. É uma história sensível e potente de uma mãe que joga todas as suas projeções em cima do filho; é uma metáfora de como os pais criam um plano de voo completo para o filho sem deixar eles voarem pelas próprias asas“, conta Grasson.

Para o autor, os protagonistas são diferentes e ao longo da trama entram em cena questões como o despertar da consciência, o controle de um sobre o outro. “Lucia tem um desejo pela grandeza e pela glória, deslumbrada pela fama e reconhecimento. Se considera muito maior do que a cidade em que vivem. Já Victor é um jovem com ideais simples que apenas deseja ficar com a menina que ama. Todavia, ele precisa desempenhar uma missão histórica que foi destinada para ele desde criança. É como se o personagem usasse uma roupa que não cabe mais nele“.

A cenografia de Bruno Anselmo traz um estilo não-realista por meio de recursos que dão margem para a imaginação com ideia do penhasco e o topo da montanha alinhado com as formas e cores. O figurino de Fabio Namatame se inspira nos anos 1930/40, a iluminação de César Pivetti exprime o sentido de fábula, assim como a trilha sonora original de Edgar Duvivier que utilizou instrumentos como violoncelo, sanfona, trompete para construir uma atmosfera bem solar.

Crédito: Leekyung Kim

Luccas Papp fala dos detalhes que compõem a dramaturgia. “A forma manipulada como o garoto foi criado evidencia uma temática fundamental presente no enredo da obra: a projeção de sonhos dos pais em seus filhos. Na sociedade contemporânea, ainda existe uma certa idealização de como o filho deve ser e como se realizar. O espetáculo é sobre a busca pela liberdade e o texto tem essencialmente uma beleza poética com dois personagens que vão progredindo e se modificando“.

Maria Clara Gueiros retorna ao teatro para uma temporada presencial após a chegada da pandemia. Seu último espetáculo foi Loloucas, onde atuou ao lado de Heloísa Périssé em 2020. “O palco é um dos lugares que mais amo estar e será ótimo poder voltar com O Falcão Vingador. Interpreto uma mãe determinada em fazer o filho voar por meio de um projeto do falecido marido. Para a composição da personagem, tenho como referência meu lado maternal, é um texto sensível cheio de surpresas, chega até a ir para um lado obcecado“.

Crédito: Leekyung Kim

O Falcão Vingador é a terceira parceria entre Papp e Grasson, ambos também uniram direção, dramaturgia e atuação nos espetáculos O Ovo de Ouro que retratava a figura do Sonderkommando nos crematórios dos campos de concentração nazistas durante a Segunda Guerra Mundial; e A Bicicleta de Papel que mostrava uma história sobre amizade e a busca por alguma esperança após o trauma da perda.

Serviço:

TEATRO NAIR BELLO

Rua Frei Caneca, 569 (Shopping Frei Caneca 3º Piso) – Consolação – SP.
Temporada: De 15 de julho a 28 de agosto. Sextas e Sábados, às 21h; e Domingos às 19h.
Ingressos: R$ 80,00 (inteira) e R$ 40,00 (meia). Duração: 80 minutos. Classificação indicativa: 10 anos.
Vendas Sympla

Capacidade: 201 lugares. Bilheteria online pela plataforma Sympa – Atendimento presencial 2 horas antes de cada apresentação.

Com direção de Kiko Rieser, espetáculo Anjo de Cristal aborda as verdades e mentiras dentro de uma relação


Créditos: Amanda Moraes


Um drama realista, embalado pelo jazz e pela sensualidade com diálogos ácidos marcam O Anjo de Cristal, novo espetáculo com dramaturgia de Luccas Papp, que está em cena ao lado de Carolina Amaral, sob a direção de Kiko Rieser. A estreia é no dia 9 de junho, quinta-feira, às 20h, no Teatro União Cultural. A temporada é sempre quinta-feira, às 20h, até 28 de julho.

A trama se passa em uma noite que era para ser comum na vida de Isadora, uma jovem acompanhante de luxo que atende em um flat dos Jardins, bairro nobre da capital paulista. Essa normalidade é interrompida com a chegada do tímido e misterioso Marcos, que ao contrário de qualquer outro cliente, parece mais interessado em sua história de vida do que em qualquer contato físico.

As alianças, de compromisso na mão dela, e de noivado na dele, são o ponto de partida para uma conversa que não só muda a vida de ambos para sempre, como também resvala em temas como a ocultação da verdade, a noção de certo ou errado e acima de tudo: a cruel posição em que a mulher está inserida na sociedade brasileira. Sedução, traição e um punhado de fantasia conduzem esse retrato contemporâneo da profissão “mais antiga” do mundo e do que leva alguém a procurá-la, seja como trabalho, seja como cliente.

“O Anjo de Cristal vem da necessidade de esmiuçar assuntos que não são muito abordados em nossa sociedade. O foco é essa questão da vida dupla, sobre quando deixamos de contar detalhes devido a conveniência, como nos moldamos para caber em determinado lugar. No espaço que se desenrola a peça, os personagens acabam se enxergando como espelho um do outro. Rola uma identificação entre eles. Todas as certezas e as estruturas sociais de cada um caem por terra. A história é como se fosse uma lupa sobre uma fatia da sociedade para revelar o peso e a universalidade da mentira dentro das relações contemporâneas”, ressalta Papp.

Para a encenação, o foco é o trabalho dos atores e relação que se estabelece entre os personagens. É um jogo constante que coloca em disputa atração, poder e empatia, por vezes em consonância, por outras em dissonância. “Dissecamos os vetores que norteiam essas ações para trabalhá-los dentro das múltiplas camadas que cada personagem tem. Especialmente no caso da personagem feminina, existe uma dicotomia muito interessante, que busquei frisar no trabalho de composição da atriz Carolina Amaral, entre Beatriz, a garota que veio do interior para fazer faculdade e para isso se prostitui, e Isadora, a personagem que ela interpreta durante os programas, buscando manter uma clara linha divisória entre o trabalho e sua vida pessoal, linha que rui e se dissolve durante a ação da peça”, conta Rieser.

Créditos: Amanda Moraes

A trilha sonora é toda calcada em jazz, blues e soul, o que por um lado traduz o gosto musical de Marcos, como ele demonstra nas músicas que pede para Isadora colocar para tocar, e por outro leva a um clima quase noir, trazendo densidade a esse conflito. O cenário dá índices de um flat impessoal, usado apenas para atendimento, onde se instaura uma atmosfera moderna que emoldura a ação.

O diretor enfatizou as qualidades que mais chamaram a atenção na dramaturgia. “Existe uma profunda discussão sobre os tênues limites entre a verdade e a mentira, incluindo as conveniências de cada uma, que se faz muito relevante em tempos como estes, de transição, em que as redes sociais tensionaram seu alcance para além do desejável, trazendo possibilidades com as quais ainda não sabemos lidar e, com isso, dissolvendo por completo a necessária distinção entre público e privado, entre imagem e simulacro. Os dois personagens são colocados numa encruzilhada e obrigados a tomar cada um uma decisão. É um texto que se abre para a reflexão, sem encerrar a discussão que propõe”.

O autor vem de uma época bem frutífera em 2022 com a estreia de várias montagens. “Meus espetáculos estão conectados por uma tríplice principal onde os personagens têm que lidar com sua relação envolvendo família, sexualidade e Deus. Men.u lidava com a dificuldade no mercado de trabalho e quando renunciamos a nós mesmos para conquistar um lugar ao sol. Vou estrear Falcão Vingador, uma peça que retrata a projeção de sonhos de pais e filhos. O Anjo de Cristal foca mais nos relacionamentos. E todas, claro, tem um plot twist no final.”

SERVIÇO:

O ANJO DE CRISTAL
Temporada: De 9 de junho a 28 de julho. Sempre as quintas – 20h.

Teatro União Cultural – R. Mario Amaral, 209, Paraíso, São Paulo – SP, 04002-020 – Metrô Brigadeiro. Preço: R$ 60,00 (Inteira) e R$ 30 (Meia). Gênero: Drama. Duração: 70 minutos. Classificação indicativa: 16 anos. Vendas: sympla.com.br

Luccas Papp estreia tragicomédia que reflete sobre a geração de 30 anos


Créditos: Evelyn Joy


11 protagonistas divididos em sete cenas, que de tão absurdas se confundem com a realidade, que satirizam e criticam a sociedade contemporânea as crises existenciais que rondam essa geração. Esse é o universo da tragicomédia 2 Palitos – 3.0, novo espetáculo escrito e dirigido por Luccas Papp. A temporada vai até 12 de outubro com sessões sempre terça-feira, às 20h no Teatro das Artes.

O elenco conta com Fernando Maia, Gabriela Gama, Heitor Garcia, Humberto Morais, Julia Pronio, Julio Oliveira, Lauanda Varone, Leticia Bottega, Luccas Papp, Thaís Boneville e Wallie Ruy. Essa é mais uma realização daLPB Produções. O espetáculo estreou em 2017 com elenco na faixa dos 20 anos, mas agora ganha uma versão nova com referências ao novo momento pandêmico e aos tão famigerados “30 anos”.

A peça traz as seguintes cenas: um humorista iniciante perde o controle em um show de stand-up; na fila do Detran, um casal se encanta por uma jovem mais nova, desencadeando “DR” que escancara as mentiras da relação; dois amigos nerds fazem uma aposta que revela desejos ocultos dos dois; duas atrizes buscando a vaga em uma novela fazem de tudo para que a outra desista do teste; duas irmãs se reencontram no velório do pai, anos após uma delas ser expulsa de casa por ser transexual; o participante de um programa de perguntas e respostas tem a sua vida exposta sem sua permissão em rede nacional; uma festa reúne os amigos da época de escola e termina com consequências irreversíveis.

Créditos: Evelyn Joy

Luccas Papp contou mais sobre os ingredientes que levaram a criação do espetáculo. “A depressão coletiva, o preconceito, a pressão pelo sucesso instantâneo e os reflexos da não tão longínqua adolescência são algumas das temáticas abordadas pelo texto que se vale do humor ácido, da naturalidade dos diálogos e das mais inesperadas reviravoltas para surpreender e fazer o espectador se perguntar: ‘A vida é assim tão insensata?’”.

O autor ressalta que um dos objetivos da peça é aproximar o público das situações que são colocadas em cena, fazendo-o questionar se ele também não faz parte daquele mundo representado no palco.

SERVIÇO
Teatro Das Artes
Shopping Eldorado. Av. Rebouças,3970 – Pinheiros – São Paulo. 3º PISO
Ingressos: http://teatrodasartessp.com.br/peca/2-palitos-3-0/
Temporada: Até  12 de outubro. Sempre Terças, às 20h. Ingressos: R$ 60,00 (inteira) e R$ 30 (Meia). Duração: 95 minutos. Classificação Indicativa: 14 anos

Peça com Luccas Papp e Leonardo Miggiorin reestreia temporada presencial e digital

A Bicicleta de Papel, com Luccas Papp e Leonardo Miggiorin, reestreia em temporada presencial e digital

Créditos: João Sampaio e Davi Gomes


Luccas Papp e Leonardo Miggiorin repetem parceria em A Bicicleta de Papel, espetáculo sobre amizade e a superação de traumas. Com direção de Ricardo Grasson, a peça está em cartaz com nova temporada no Teatro Sérgio Cardoso, equipamento da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo e gerido pela Amigos da Arte, até 1º de agosto, com sessões aos sábados e domingos, às 19h, também com transmissão on-line das sessões através do projeto Teatro Sérgio Cardoso Digital. A capacidade da plateia presencial será reduzida, por conta das restrições de protocolo da Covid-19. O projeto é uma realização da LPB Produções e da Nosso Cultural.

O texto de Luccas Papp se passa na virada do milênio, durante a noite do dia 31 de dezembro de 2000, onde se encontra Ian (Luccas Papp), um rapaz que poucos meses antes ultrapassou o farol vermelho e sofreu um acidente que matou toda sua família e lhe transformou em uma figura solitária e repleta de culpa. Suas únicas companhias são um gravador, uma bolinha de borracha e o peru que nunca fica pronto. É nesse momento que Noah (Leonardo Miggiorin), seu melhor amigo, entra em sua casa com uma missão: passar o ano novo com Ian e provar-lhe que ainda há tempo para viver e ter esperança em dias melhores.

É um texto que escrevi há dois anos, nem imaginava que o mundo iria virar de ponta cabeça. É uma história sobre traumas, mas acima de tudo é sobre a capacidade de se perdoar. Meu personagem enfrenta um processo difícil para se libertar e construir algo novo. A dramaturgia é permeada por diálogos curtos, entrecortados, alguns monólogos narrativos, e retrata muito a cultura pop daquela época”, conta Luccas Papp.

A Bicicleta de Papel, com Luccas Papp e Leonardo Miggiorin, reestreia em temporada presencial e digital
Créditos: João Sampaio e Davi Gomes

A direção de Ricardo Grasson prioriza a interpretação e todos os elementos cênicos costuram e valorizam o cerne da trama que é a palavra. “Encenação, cenografia, iluminação, figurino e trilha sonora são minimalistas para enfatizar a relação do duo, são amigos de anos que lidam com problemas reais. A trama usa a força do amor para abordar todos os conflitos de forma lúdica e imagética em uma linguagem contemporânea com a intenção de criar uma reflexão sobre esperança, futuro e a superação da culpa em seus espectadores”, diz o diretor.

O projeto tem participações especiais em off de Elias Andreato, Ando Camargo, Rita Batata e Lívia Marques, os atores dão voz para apresentador e repórteres na cobertura de réveillon. O figurino é de Cássio Scapin, luz de Gabriele Souza, além da cenografia assinada pelo diretor e o autor.

Papp e Miggiorin interpretaram os melhores amigos em O Ovo de Ouro, texto de Papp que estreou em 2019 e contava uma história pouco conhecida da Segunda Guerra Mundial, a figura do Sonderkommando nos campos de concentração. Nesta montagem, criou-se uma relação e um entrosamento que serão colocados novamente no palco.

Eles instigam um ao outro, além da própria direção. O jogo entre eles é recomposto de uma outra maneira agora, essa amizade foi construída na produção anterior e volta a ser enfatizada com o novo texto. É importante tocar nessas questões devido aos momentos que estamos vivendo com a pandemia. A peça é contra essa política de cancelamento do mundo, reforça que podemos reescrever a nossa própria história e viver o novo”, ressalta Grasson que dirigiu a dupla em ambos os trabalhos.

Miggiorin descreveu os mecanismos que o auxiliaram na criação de Noah. “O maior exercício é acreditar na força da presença. A construção do papel foi pautada no exercício do ‘aqui agora’. Então preciso fazer uma meditação para entrar em cena, me concentrar e me conectar, como se não tivesse mais nada a fazer no mundo, senão estar ali, presente, com aquelas pessoas, naquele lugar. Meu personagem adora músicas dos anos 80, e estou ouvindo muito, além de relembrar de como era a vida no contexto do ano de 2001, período em que a história acontece”.

A Bicicleta de Papel, com Luccas Papp e Leonardo Miggiorin, reestreia em temporada presencial e digital
Créditos: João Sampaio e Davi Gomes

O ator ainda destaca que um dos maiores artifícios da peça é trazer uma reflexão sobre o momento atual vivido por todos nós. “O isolamento está muito além da pandemia, muitos de nós já estávamos isolados do mundo antes mesmo dessa quarentena. Perdemos tempo com bobagens, não entendemos ainda o valor da presença. Este espetáculo fala sobre estar presente enquanto ainda temos tempo. Enquanto ainda estamos aqui”.

A atmosfera de A Bicicleta de Papel dialoga com os enredos de dois espetáculos de Luccas Papp que foram encenados recentemente. A Ponte refletia sobre a cultura do cancelamento e O Estranho Atrás Da Porta discutia como a intolerância e o preconceito impactavam a vida de dois jovens. “Gosto muito de retratar relações familiares e afetivas, além das perdas, tanto no sentido da morte ou de um status. Nossas vidas se baseiam muito dentro deste conjunto e na quebra deles. Trafegar por estes caminhos é algo que me instiga retratar”, finaliza Papp.

Serviço:
A BICICLETA DE PAPEL
Temporada: De 27 de junho a 1º de agosto. Sábados e domingos, à 19h.
Ingresso: R$ 40,00 (inteira) – R$ 20,00 (meia entrada).
Gênero: Drama. Duração: 60 minutos. Classificação indicativa: 10 anos.

Teatro Sérgio Cardoso – Sala Paschoal Carlos Magno
Rua Rui Barbosa, 153 – Bela Vista. São Paulo – SP.
Sala Paschoal Carlos Magno 149 lugares (143 + 6 cadeirantes).
(40% da capacidade total da plateia, conforme estabelecido pelo protocolo do Governo do Estado e da Prefeitura da capital).
Ingressos: Sympla
Atenção à diferenciação entre os ingressos para a temporada presencial e a digital.
A sala de transmissão digital abre com 15 minutos de antecedência. É recomendável acessá-la antes do horário de início da apresentação.

MORADORES DO BIXIGA E BELA VISTA
50% de desconto nos ingressos*
No Teatro Sérgio Cardoso os moradores do Bixiga e da Bela Vista podem adquirir ingressos pela metade do preço. Vá até a bilheteria do teatro com um comprovante de residência e verifique as condições e disponibilidade de ingressos promocionais. (Até dois ingressos por CPF).

– O Teatro Sérgio Cardoso e as produções seguem rigorosamente o protocolo estabelecido pelo Governo do Estado e pela Prefeitura da capital para ocupação dos espaços culturais durante a pandemia de COVID-19.

Luccas Papp cria espetáculo inspirado na pandemia global

Luccas Papp cria espetáculo inspirado na pandemia global

Créditos: Davi Gomes


Inspirado no momento difícil atual da pandemia, Luccas Papp estreia novo texto. O Finado Betta e Os Irmãos Rubel faz temporada até 26 de junho, sempre sábados, às 18h, com transmissão ao vivo pelo Sympla Streaming Beta. No palco, ele estará ao lado de Pietra Quintela na trama em que também dirige ao lado de seu irmão Matheus Papp. O espetáculo marca reencontro entre os atores que trabalharam juntos na novela As Aventuras de Poliana, do SBT.

Na trama, Martha é uma esperta jovem de 13 anos que vive a dura realidade de uma epidemia viral até então sem cura. Órfã de pai e mãe, ela vive com Alec, seu irmão mais velho. Depois de alguns testes secretos realizados pelos maiores laboratórios do país, Martha descobre que não só é imune ao vírus, como tem dentro de seu organismo o componente necessário para a vacina que poderá salvar grande parte da humanidade.

Existe apenas um problema: ela morrerá no processo de extração. Decidida a se sacrificar pelo mundo, Martha precisa convencer seu irmão a assinar a autorização necessária para o procedimento. Ele, contudo, está decidido a não perder a sua única família, mesmo que isso custe a vida de tantos outros. Tudo isso na presença de um peixe Betta morto boiando em um aquário. É durante essa derradeira conversa que se nota a importância do diálogo, da fraternidade, e especialmente: da necessidade de se amar todos os dias, com gestos e palavras.

Luccas Papp cria espetáculo inspirado na pandemia global
Créditos: Davi Gomes

Escrito durante a pandemia de COVID-19, Papp criou uma história que coloca a doença como pano de fundo do que que realmente é discutido dentro da dramaturgia: seríamos capazes de abrir mão do que mais amamos para um bem maior? Ou ainda mais: precisamos de momentos extremos para demonstrar o amor que está dentro de nós?

A peça lida com temas universais e busca, na relação entre dois irmãos, emocionar o espectador com o que há de mais puro no mundo: a conexão umbilical entre duas pessoas ligadas pelo sangue. A presença de um pequeno peixe boiando sobre a água no centro do palco coloca em cena a morte, tão iminente em tempos atuais.

Serviço
O Finado Betta E Os Irmãos Rubel
Temporada: até 26 de junho. Sábados – 18h (horário de Brasília). Duração: 60 minutos. Classificação indicativa: 10 anos. Ingresso mínimo: R$20,00. Demais valores: R$40,00, R$60,00
Todos os ingressos dão acesso ao mesmo conteúdo, o valor escolhido fica por conta do cliente.

Luccas Papp estreia espetáculo que reflete cultura do cancelamento

Luccas Papp estreia espetáculo que reflete cultura do cancelamento

Créditos: Fernando Maia


Em meio a crescente onda de discussões acaloradas nas redes sociais nos últimos anos, a cultura do cancelamento virou algo corriqueiro no ambiente virtual que resulta em consequências sérias para os indivíduos envolvidos. Permeado por esse universo, Luccas Papp interpreta sua obra mais intimista: “A Ponte“. Além da autoria do próprio ator, ele também faz a direção com Matheus Papp.

O espetáculo estreia dia 5 de setembro, sábado, às 19h no Viga Espaço Cênico com sessões transmitidas ao vivo na plataforma ZOOM até 26 de setembro. Os ingressos podem ser comprados pelo Sympla e o público recebe um e-mail com todas as informações para assistir à peça no dia escolhido.

O monólogo dramático conta a história de Doni, um jovem músico que decide se jogar do alto de uma ponte e transmitir o ato em tempo real para os seus seguidores em uma live. Antes de pular, ele busca cumprir uma lista final de 9 ações “pré-suicídio”. Realizada no alto de andaimes, o solo conta com uma trilha sonora repleta de clássicos e uma composição inédita.

É um espetáculo reflexivo, crítico, que dentre diversas temáticas aborda a “sociedade do cancelamento”, a depressão e suas sequelas, o perdão, e principalmente, a oportunidade de se reinventar. A peça é um grito de liberdade em um momento em que estamos presos não só em nossas casas, mas em nossos próprios fantasmas e culpas“, conta o ator.

Luccas Papp estreia espetáculo que reflete cultura do cancelamento
Créditos: Fernando Maia

Recentemente, Lucas Papp teve destaque nos palcos com O Ovo de Ouro e O Canto de Ninguém. A primeira montagem trouxe à tona o Sonderkommando, uma figura pouco conhecida no Holocausto, e celebrou os 80 anos de Sérgio Mamberti. Já a segunda retratou um gênio fictício da música clássica com direção de Kleber Montanheiro e direção musical de João Carlos Martins. Em 2018, estreou a novela As Aventuras de Poliana, no SBT, interpretando o atrapalhado Mosquito.

SERVIÇO:

A PONTE

Temporada: De 5 a 26 de setembro. Horário: Sábados, às 19h (horário de Brasília).

Local: Viga Espaço Cênico – SP (transmitido online)

Vendas: Sympla

Duração: 60 minutos. Classificação indicativa: 12 anos.

Ingresso mínimo: A partir de R$20,00. Demais valores: R$40,00, R$60,00 (Todos os ingressos dão acesso ao mesmo conteúdo, o valor escolhido fica por conta do cliente).

INFORMAÇÕES IMPORTANTES

Para conseguir assistir ao espetáculo siga os passos abaixo:

1- Baixe o aplicativo ZOOM

2- Faça o seu cadastro no site da Sympla com um e-mail que você consiga acessar

3- Siga as instruções que estão presentes no e-mail de confirmação da compra

4- A Sala de espetáculos estará liberada para o público entrar sempre 15 minutos antes do horário do Espetáculo

5- Para acessar a sala no Site da Sympla:

Logado, entre no link MEUS INGRESSOS e clique no botão ACESSAR TRANSMISSÃO. No e-mail: Clique em ACESSAR TRANSMISSÃO.

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