‘Mães de Verdade’ chega ao circuito brasileiro

'Mães de Verdade' chega ao circuito brasileiro

Créditos: Divulgação


A obra da diretora japonesa mais premiada e importante da atualidade sempre foi marcada por retratar relações familiares e sociais, e em “Mães de Verdade” não é diferente. O longa tem, ao centro, uma história de adoção, e suas consequências, anos depois. O roteiro, assinado pela própria Kawase, é baseado num romance de Mizuki Tsujimura, de 2015. O filme é co-escrito por Izumi Takahashi e An Tôn Thât.

Por conta do destino, uma vida que não era para existir chega à vida de um casal que não podia ter filhos. Essa é uma história sobre criar o próprio destino, como, se, depois da chuva, uma luz radiante purificasse o mundo“, é definição que a diretora dá ao seu filme mais recente. Para contar essa trama, o longa foi filmado em várias locações diferentes no Japão: numa ilha, na floresta, na cidade e num centro histórico. “Fizemos esse filme como se fosse uma lembrança de viagem através das estações do ano e personagens de cada lugar.

Mães de Verdade” foi selecionado para o Festival de Cannes, que, mesmo cancelado, anunciou os filmes que exibiria, dividindo-os em seções. O longa está na The Faithful (Os fiéis, em tradução livre), que comporta obras de diretoras e diretores que já tiveram ao menos um trabalho exibido no festival antes. O filme também foi exibido nos Festivais de San Sebastian, Chicago e Toronto. No Brasil, estreia na Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, que acontece de forma on-line entre 22 de outubro e 4 de novembro.

Como na maioria dos filmes da cineasta, as personagens principais são femininas, e aqui duas mulheres têm seus destinos ligados por uma adoção: uma delas se resignou a um futuro sem filhos, por conta da infertilidade do marido, e outra ficou grávida inesperadamente, e ama o filho profundamente, mas não o pode criar. Confira o trailer!

“Mães de Verdade” será lançado no Brasil pela Califórnia. Imperdível!

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Partida, de Caco Ciocler, no Petra Belas Artes


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PARTIDA, documentário dirigido por Caco Ciocler, será exibido hoje às 13h30 no Petra Belas Artes. Sua estreia foi no último dia 19, no CINESESC, na 43 º Mostra Internacional de São Paulo. O filme tem a produção de Beto Amaral e Caco Ciocler, com a produtora Cisma Produções (Vazante, O Banquete, Insolação) e coprodução da Zumbi Post.

Esta é a segunda direção de Caco Ciocler que fez sua estreia como diretor com o documentário Esse Viver Ninguém Me Tira, com a história de Aracy Moebius de Carvalho, mulher de Guimarães Rosa, que ajudou muitos judeus a emigrarem para o Brasil.

Este longa foi selecionado para o Festival de Gramado e participou da Mostra Competitiva do Festival do Rio em 2014.

No documentário PARTIDA, diante do resultado da última eleição no Brasil, a atriz Georgette Fadel decide se candidatar à presidência da República em 2022. E para se reencontrar com anseios políticos que pareciam agora impossíveis, embarcar de ônibus numa viagem ao Uruguai na utópica tentativa de passar o Réveillon nos braços do ex presidente Pepe Mujica, sua maior referência política viva. Mas não parte sozinha.


Ainda nos primeiros minutos, esbarra em Léo, um empresário rico, com posições políticas polêmicas que o tornará de cara seu antagonista e, quem diria, o maior parceiro na jornada. As irreconciliáveis brigas de sempre entre a esquerda e a direita que dividiram amigos, famílias e o país em 2018, darão lugar à paisagem caminhante. Na companhia de outros viajantes e de um grande amor, uma surpresa comum dará sentido à Partida.

Com: Georgette Fadel; Léo Steinbruch, Paula Cesari, Caco Ciocler, Vasco Pimentel, Sarah Lessa, Jefferson dos Reis, Julia Zakia, Beto Amaral, Manoela Rabinovitch, Ivan Drukier Waintrob, Luiza Zakia

Serviço:
Partida
Dia 23 às 13h30 na Petra Belas Artes Sl 1
R. da Consolação, 2423 – Consolação, São Paulo

Filmes da Mostra retratam situação ambiental do planeta


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Treze títulos selecionados para a 43ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo refletem sobre o meio ambiente, trazendo memórias, reflexões ou ensaiando um possível futuro. Os filmes com essa temática que compõem o programa foram produzidos em diversos formatos: são documentários, ficções e curtas em realidade virtual.

Entre eles estão os documentários europeus O Tempo das Florestas, de François-Xavier Drouet, que fala sobre a fase de industrialização sem precedentes, das florestas, Hálito Azul, de Rodrigo Areias, que mostra como uma vila que se sustenta com a pesca sofre ao ficar esmagada entre o oceano e a costa de um vulcão, e Campo, de Tiago Hespanha, que retrata um campo militar perto de Lisboa —o maior da Europa—, onde para além de testes militares de diferentes países, convivem ornitólogos, apicultores, pastores, pássaros, abelhas e ovelhas.

Além deles, também será exibido A Grande Muralha Verde, de Jared P. Scott. Produzido por Fernando Meirelles, o filme protagonizado por Inna Modja, cantora e ativista do Mali, percorre o “muro” de oito mil quilômetros de árvores que se estende por toda a largura do continente africano.

O brasileiro Tuã Ingugu, curta de Daniela Thomas sobre os Kalapalo, etnia que vive no Parque Indígena do Xingu, será exibido antes do longa Amazônia, Sociedade Anônima. Diante do fracasso do governo brasileiro em proteger a Amazônia, o documentário de Estêvão Ciavatta mostra como índios e ribeirinhos, em uma união inédita liderada pelo Cacique Juarez Saw Munduruku, enfrentam máfias de roubo de terras e desmatamento ilegal para salvar a floresta.

Além deles, serão exibidos o pré-indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro pela Macedônia, o documentário Honeyland, de Ljubomir Stefanov e Tamara Kotevska, Wantoks: Dança de Resiliência na Melanésia, de Iara Lee, as ficções A Interrupção, de Lav Diaz, Música e Apocalipse, de Max Linz, Pelo Nome de Tania, de Bénédicte Liénard e Mary Jiménez, e os filmes em realidade virtual Songbird, de Lucy Greenwell, e o nacional Fogo na Floresta, de Tadeu Jungle.

Compensação Ambiental na Mostra 

A 43ª Mostra se compromete a diminuir o impacto ambiental das emissões de gases deefeito estufa e resíduos por meio da redução e compensação das emissões de gases de efeito estufa e gestão de resíduos.

Filmes em realidade virtual têm exibição gratuita durante a Mostra


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A mais recente produção mundial em realidade virtual volta a integrar a programação da Mostra Internacional de Cinema em São Paulo. A 43ª edição do evento vai exibir gratuitamente 19 filmes no formato, sendo que a maior parte deles já foi selecionada por grandes festivais como Veneza, SXSW, Tribecca e Sundance.

Dezenove filmes compõem a lista dos curtas que serão exibidos entre 17 e 30 de outubro no Cinesesc e em itinerâncias do Circuito Spcine VR 2019. Entre os que integram a programação está o brasileiro A Linha, de Ricardo Laganaro, vencedor do Prêmio VR Experience no Festival de Veneza. O filme leva o espectador a uma maquete da São Paulo dos anos 1940. Na trama, dois bonecos em miniatura chamados Pedro e Rosa são perfeitos um para o outro, mas relutam em romper as fronteiras para viver sua história de amor.

Outro brasileiro no programa é o curta de Tadeu Jungle, Fogo na Floresta, que passeia pelo cotidiano da aldeia Piyulaga, do povo Waurá, uma etnia de 560 pessoas que vivem no Parque Indígena do Xingu, no Mato Grosso. O filme, realizado em 2017, trata-se de um alerta para o fogo que saiu do controle e ameaça as florestas e a vida no Xingu.

Além do filme de Laganaro, também compõem a lista o chinês Chuang — Através das Imagens, dirigido por Qing Shao, exibido em Veneza neste ano, Últimos Suspiros: Um Oratório Imersivo, de Lena Herzog, que integrou a seleção dos festivais SXSW e Sundance, e Ayahuasca – Viagem Cósmica, de Jan Kounen, exibido em Tribeca.

A entrada será gratuita, mediante retirada de ingresso na bilheteria do local. O Circuito Spcine VR 2019 leva os curtas em realidade virtual aos CEUs Aricanduva, Caminho do Mar, Meninos, Vila Atlântica, Jaçanã e ao Centro de Formação Cultural da Cidade Tiradentes (veja abaixo a programação).

Confira a seleção dos filmes em realidade virtual da 43ª Mostra.

CINESESC

11.11.18, de Django Schrevens e Sébastien Tixador

-22.7: EXPERIÊNCIA DO EXTREMO NORTE, de Jan Kounen, Molécule & Amaury La Burthe

A LINHA, de Ricardo Laganaro

A PONTE, de Nikita Shalenny

ARMONIA, de Bracey Smith

AYAHUASCA — VIAGEM CÓSMICA, de Jan Kounen

CHUANG — ATRAVÉS DAS IMAGENS, de Qing Shao

CLAUDE MONET, THE WATER LILY OBSESSION, de Nicolas Thépot

CRIANÇAS NÃO BRINCAM DE GUERRA, de Fabiano Mixo

EX ANIMA, de Pierre Zandrowicz, Bartabas

FOGO NA FLORESTA, de Tadeu Jungle

GYMNASIA, de Chris Lavis, Maciek Szczerbowski

INTIMIDADES: POR FELIX VALLOTTON, de Martin Charrière

O COLECIONADOR DE SONHOS, de Mi Li

SEGUNDO PASSO, de Jörg Courtial

SHENNONG, O GOSTO DA ILUSÃO, de Zheng Wang e Mi Li

SONGBIRD, de Lucy Greenwell

ÚLTIMOS SUSPIROS: UM ORATÓRIO IMERSIVO, de Lena Herzog

UM OUTRO SONHO, de Tamara Shogaolu

CIRCUITO CEU

ARMONIA, de Bracey Smith

CHUANG — ATRAVÉS DAS IMAGENS, de Qing Shao

FOGO NA FLORESTA, de Tadeu Jungle

O COLECIONADOR DE SONHOS, de Mi Li

SHENNONG, O GOSTO DA ILUSÃO, de Zheng Wang e Mi Li

SERVIÇO

Local: Cinesesc – Auditório
Data: 17 a 30/10
Horário: das 15h30 às 20h30 (de hora em hora)
* Entrada gratuita e mediante retirada de ingresso na bilheteria do Cinesesc (1h30 de antecedência para Credencial Plena Sesc e 1 hora de antecedência para os demais).
* A entrada se dará em grupos com até 7 pessoas.
* Cada espectador poderá ver um filme por retirada de ingresso. * Será necessário apresentar documento com foto.

CIRCUITO SPCINE VR 2019 – ITINERÂNCIAS
Local: CEU Aricanduva
Rua Olga Fadel Abarca – Jardim Santa Terezinha
Data: 17/10
Horário: das 15h às 20h
GRÁTIS

Local: CEU Caminho do Mar
Rua Engenheiro Armando de Arruda Pereira, 5241 – Jabaquara
Data: 20/10
Horário: das 15h às 20h
GRÁTIS

Local: CEU Meninos
R. Barbinos, 111 – São João Clímaco
Data: 23/10
Horário: das 15h às 20h
GRÁTIS

Local: CEU Vila Atlântica
Rua José Venâncio Dias, 840 – Jardim Nardini
Data: 24/10
Horário: das 15h às 20h
GRÁTIS

Local: CEU Jaçanã
Rua Francisca Espósito Tonetti, 105 – Jardim Guapira
Data: 27/10
Horário: das 15h às 20h
GRÁTIS

Local: Centro de Formação Cultural da Cidade Tiradentes
Avenida Inácio Monteiro, 6900- Cidade Tiradentes
Data: 30/10
Horário: das 15h às 20h
GRÁTIS

Três Verões estreia na Mostra Internacional de Cinema


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Três Verões, novo filme da diretora Sandra Kogut (Mutum e Campo Grande), terá estreia nacional durante a 43a Mostra Internacional de Cinema em São Paulo. O filme, que foi exibido no prestigiado Festival Internacional de Cinema de Toronto (TIFF), na abertura da mostra World Contemporary Cinema, é protagonizado por Regina Casé e faz um retrato do Brasil contemporâneo e das consequências da operação Lava a Jato.

Através do olhar de Madá (Regina Casé), uma caseira num condomínio de luxo à beira mar, acompanhamos o desmantelamento de uma família em função dos dramas políticos que abalaram o país. Três Verões se passa ao longo de três anos consecutivos (2015, 2016 e 2017), sempre na última semana do ano, entre o Natal e o Ano Novo, na luxuosa casa de veraneio da família. O personagem de Madá está entre dois mundos, ela é dona da casa sem ser: Madá manda nos empregados, mas é também submissa aos patrões.

Três Verões nasceu do desejo da diretora Sandra Kogut de falar sobre o que vem acontecendo no Brasil nestes últimos anos através de personagens que estão geralmente num canto do quadro. Ou fora da tela. Os figurantes, os invisíveis. O que acontece com aqueles que orbitam em torno dos ricos e poderosos quando a vida destes desmorona? De que maneira eles sofrem as consequências?

Além de Regina Casé, Rogério Fróes, Otávio Muller e Gisele Fróes, completam o elenco do filme Carla Ribas, Carol Pismel, Wilma Melo, Luciano Vidigal, Jessica Ellen e Daniel Rangel. No Brasil, Três Verões é distribuído pela Vitrine Filmes, e tem previsão de estreia em março de 2020.