Intervenção celebra mulheres negras na mostra de William Forsythe


Créditos: Clarissa Lambert


Neste fim de semana, nos dias 18 e 19/05, a Cia Pé no Mundo convida o público para respirar, transpirar, ressoar, lembrar e valorizar a história de importantes mulheres negras que, mesmo vivendo em situações de extrema adversidade, resistiram, ganharam destaque e influenciaram toda a cultura e produção intelectual brasileira.

Dirigido e coreografado por Cláudia Nwabasili e Roges Doglas, espetáculo, ao mesmo tempo que celebra o protagonismo de lideranças fundamentais, como Aqualtune, Dandara , Maria Firmina dos Reis, Luísa Mahin, Carolina Maria de Jesus, Ruth de Souza e Mercedes Batista, experimenta livremente a movimentação corporal gerada pelos estímulos da exposição de William Forsythe. A mostra, pela primeira vez no Brasil, está instalada no Sesc Pompéia. Pensando nisso, ntervenção dialoga, também, com a arquitetura da unidade projetada por Lina Bo Bardi.

Créditos: Clarissa Lambert

Compondo o elenco, além dos diretores Cláudia Nwabasili e Roges Doglas, Micaela Rodrigues, Victtória Damásio, Ana Pina, Cristiano Saraiva, Thaís Menutole, Andrus Santana, Carolina Martins e Giovana Andrade. O figurino é assinado por Juliana Andrade. Já a orientação de pesquisa teórica é da Mariana Queen Nwabasili.

Possibilitando refletir e criar novos imaginários para o corpo negro através das artes, a Cia Pé no Mundo para a exposição “William Forsythe: Objetos Coreográficos” inspira-se, essencialmente, em potências femininas.

Mulheres. Negras. Nomes atemporais.

SERVIÇO:

Sesc Pompeia recebe intervenção da Cia Pé no Mundo para “William Forsythe: Objetos Coreográficos”

Dias 18 e 19 de maio
Sábado a partir das 18h | Domingo a partir das 11h30
Atividade Gratuita

Sesc Pompeia – Rua Clélia, 93
*Não possui estacionamento.

Tuyo e convidadas na Casa Natura Musical


Créditos: Divulgação


Na sexta, 15 de março, às 22h, na Casa Natura Musical, a banda Tuyo faz show especial do álbum Pra Curar, com a participação das convidadas Dandara Manoela e Nina Oliveira, além de outra grande cantora surpresa, que vai encantar o público, na semana do Dia Internacional da Mulher.

A banda é formada por Machado (voz, baixo, violão, programação e samplers), Lio (voz, samplers e surdo) e Lay Soares (voz e violão), com participação de Gianlucca Azevedo (guitarra/controladora). Em 2016, as irmãs Lay e Lio conquistaram a simpatia do grande público, ao participarem do programa The Voice Brasil (Rede Globo).

A Tuyo funde organicidade e texturas eletrônicas com temáticas existenciais. Seu EP de estreia, Pra Doer (2017), apresenta o estilo contemplativo do trio. Em novembro de 2018, o álbum Pra Curar sedimenta sua identidade, trazendo uma proposta vocal audaciosa, letras sensíveis e beats complexos. Com uma estética que passa pelo folk e vai desde o lo-fi hip hop até o synth pop, a Tuyo cria um som potente, capaz de despertar a vulnerabilidade com leveza.

No repertório deste show na Casa Natura Musical, músicas como Aquela Sacada, A Brincadeira Mais Engraçada do Universo, Eu Não Te Conheço, Terminal, Conselho do Bom Senso e Amadurece e Apodrece. E é a própria Lio que conta mais sobre este show:

Protagonizada por mulheres negras, a noite prevê a exibição de depoimentos dessas e de outras mulheres sobre luto, solidão, manter-se sã diante do cenário de combate à aniquilação e apagamento da nossa existência. Em seguida, uma pequena fala sobre o tema e encerrando a noite, o espetáculo.

A ideia é estabelecer a partir da música uma atmosfera de reflexão sobre o estereótipo da mulher negra forte, sobre permanecer saudável emocionalmente na militância, sobre enfrentar o medo de sentir as coisas e outros impedimentos quando o assunto é sentir. Temas bastante objetivos, mas abordados a partir da subjetividade poética das canções. O show tem um viés de sensibilidade e delicadeza na intenção de provocar e acolher o sentir. Elencamos canções sensíveis do disco Pra Curar e contamos com convidadas como Nina Oliveira e Dandara Manoela.

Créditos: Divulgação

Convidadas

Além de uma grande convidada surpresa, a banda Tuyo receberá no palco da Casa Natura Musical nomes como Nina Oliveira e Dandara Manoela.

Nina Oliveira é cantora, compositora e multi-instrumentista de Guarulhos, São Paulo.
 Com primeiro trabalho lançado no início de 2019, a artista já é considerada um fenômeno na internet, ultrapassando 4 milhões de visualizações do seu conteúdo on line e vem se destacando com uma das vozes mais fortes da nova geração de compositores e intérpretes no cenário nacional.

Dandara Manoela é cantora, compositora e percussionista. Sua pluralidade musical representa um símbolo de resistência das manifestações culturais afro-brasileiras e de afirmação da mulher lésbica no campo artístico. Transitando pelo samba e pela MPB, a artista traz à tona lutas e afetos subjetivos que encontram espaço na multidão. Em 2018, lançou seu primeiro álbum, Retrato Falado, com composições como Mulher de Luta e Dona Georgina, de letras potentes.

Março tem ótimos shows na Casa Natura Musical
Ao longo de todo o mês de março, a Casa Natura Musical apresenta uma programação com grandes shows, todos já com ingressos à venda, como Carne Doce com o show Tônus (8 de março), Tuyo e convidadas (15 de março), Gaby Amarantos e Uaná System (16 de março), Gal Costa gravando seu segundo DVD na Casa Natura Musical, no show A Pele do Futuro (22 e 23 de março), Pretinho da Serrinha convida Maria Rita (28 de março), Lenine, com o show Em Trânsito (30 de março) e, para toda a família, o espetáculo Rockin Kidz (na tarde do domingo, 31 de março).

Serviço

Tuyo e convidadas
Show: Pra Curar
Participações especiais: Dandara Manoela, Nina Oliveira e uma grande convidada surpresa
Quando: sexta, 15 de março, às 22h
Abertura da Casa: 20h30
Ingressos:
Meia-entrada para todos os lotes e setores.
Pista: R$ 40 (lote 1), R$ 50 (lote 2), R$ 60 (lote 3) e R$ 80 (lote4)
Lotação para este show: 710 lugares
Classificação etária: 12 anos (menor de 12 acompanhado pelos pais ou responsáveis)

Casa Natura Musical
Rua Artur de Azevedo, 2134, Pinheiros, São Paulo, tel: (011) 3031-4143
Ingressos sem taxa de conveniência na bilheteria da Casa
Ingressos podem ser pagos com dinheiro, cartões de crédito e débito
Horário da bilheteria: de terça a sábado, das 12h às 20h. Segundas e domingos, quando houver show. Em dias de espetáculo, a bilheteria fecha mais tarde, até uma hora após o início da apresentação.
Venda de ingressos: http://www.casanaturamusical.com.br
Venda para pessoas com deficiência: 4003-6860
https://www.facebook.com/CasaNaturaMusical

Representatividade negra no Miss Universo




Por colaborador Filipe Pavão

Pela segunda vez na história, o Brasil terá uma representante negra no Miss Universo. A 65° edição do concurso acontecerá no dia 30 de janeiro, na cidade de Pasay, nas Filipinas e elegerá a mulher mais bonita do mundo.

Foto: Divulgação

Raíssa Santana é a atual Miss Brasil, pois venceu a última edição do concurso realizada em outubro de 2016. De Umuarama, no noroeste do Paraná, ela é a segunda mulher negra a vencer o concurso em toda sua história. Isso chama atenção devido ao fato de 54% da população brasileira ser considerada negra segundo pesquisa divulgada pelo IBGE. A primeira a vencer foi a gaúcha Deise Nunes, em 1986, ou seja, exatos 30 anos para que isso acontecesse mais uma vez.

Para a cantora Paula Lima, uma das juradas da edição passada do Miss Brasil, Raíssa foi descrita como “inteligente, engajada e maravilhosa”, além disso, a interprete da canção “Fiu Fiu” disse que ela “ganhou pela leveza, personalidade e muita beleza”. Agora, a jovem paranaense de 20 anos vai representar o Brasil no Miss Universo que acontecerá no final de janeiro. Raíssa concorrerá com outras misses de 100 países e vai mostrar toda a pluralidade que existe em nosso país ao mundo. 

Ainda vivemos em um país racista e é inegável a falta de representatividade negra na mídia e em posições de destaque. Pode-se associar isso a uma questão histórica de nosso país que vem desde a escravidão e possui resquícios até os dias atuais. Entretanto, há momentos que se abrem brechas para a discussão de assuntos como a beleza e a aceitação dos traços negros, além de debater os padrões de beleza impostos pela sociedade.

Segundo Raíssa, ela pretende e quer “usar toda essa repercussão [de ser a segunda negra a vencer o Miss Brasil] para ajudar meninas e mulheres a se aceitarem mais, a estar de bem com seu próprio corpo. Não apenas com o cabelo, mas também com seus traços negros”, afirmou em entrevista ao Estadão. Isso é importante porque influencia positivamente na autoestima dessas mulheres e ajuda a descontruir estereótipos enraizados pelo tempo em nosso país e em grande parte do mundo.