Exposição Xilogravura no Sesc Santo Amaro




De 10 de novembro a 17 de fevereiro, oito artistas da cena contemporânea da xilografia expõem seus trabalhos na mostra Madeira Nova.

Por Andréia Bueno
Com mais de 20 trabalhos de oito artistas jovens, a exposição Madeira Nova foi aberta neste sábado (10) no Sesc Santo Amaro. A Mostra, que tem curadoria de Célia Barros, fica em cartaz no Espaço das Artes da unidade até 17 de fevereiro de 2019. A entrada é gratuita.
Figure 1 Obra Dicotomia do Ser, de Júlia Bastos, xilogravura sobre papel de arroz (2016)
Fazem parte da exposição Madeira Nova os artistas Santidio Pereira, Luisa Almeida, Kamila Vasques, Igor Santos, Julia Bastos, Gabriel Balbino, Rafael Pinto e Fernando Melo. Em comum, possuem pesquisas direcionadas para a imagem em grande formato, buscando inovar nos materiais de impressão, com novas possibilidades de linguagem e valorização da investigação estética. A maioria das obras é inédita.
A reprodução por meio de matrizes de madeira visando a multiplicação de imagens começou a ganhar mais adeptos no Brasil no século XIX – antes não se têm notícias da prática em terras brasileiras, já que os portugueses não permitiam a existência de nenhum tipo de imprensa em sua colônia. Mas a partir do final do século, já é possível encontrar alguns trabalhos feitos por esta técnica, como a literatura de cordel. Mas existem outras tantas formas de consolidação da ‘xilo’. “Artistas hoje renomados tiveram, na xilogravura, sua principal fonte de investigação estética. Após uma efervescência da xilogravura em Lambe-lambe, que ocupou os espaços públicos da cidade de São Paulo nos anos 2000, os movimentos coletivos da gravura têm-se dedicado, mais recentemente, com euforia e ótimos resultados, às feiras gráficas, onde surgem novas parcerias em projetos editoriais, formando novos circuitos e mercados para a gravura contemporânea”, conta Célia.
SERVIÇO 
Sesc Santo Amaro (Espaço das Artes)
Com Santidio Pereira, Luisa Almeida, Kamila Vasques, Igor Santos, Julia Bastos, Gabriel Balbino, Fernando Melo e Rafael Pinto
Curadoria Celia Barros
Entrada gratuita
de 10 de novembro de 2018 a 17 de fevereiro de 2019
Horário da unidade: Terça a sexta, das 10h às 21h30. Sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h30.
Endereço: Rua Amador Bueno, 505.
Acessibilidade: universal.
Estacionamento da unidade: R$ 5,50 a primeira hora e R$ 2,00 por hora adicional (Credencial Plena); R$ 12,00 a primeira hora e R$ 3,00 por hora adicional (outros).
Disponibilidade: 158 vagas para carros e 36 para motos. A unidade possui bicicletário gratuito.

Maison Guerlain recebe exposição de arte contemporânea




Past Futures apresenta reflexões sobre o tempo, o compartilhamento e o legado através de diferentes formatos de arte

Por Andréia Bueno
Este ano, a Guerlain comemora 190 de criação. A data celebra a história singular da casa e reforça sua incontestável inventividade e autenticidade de seu know-how. Essa é também uma oportunidade para prestar homenagem aos artistas que foram grande inspiração para a maison.
CHARBONNEL-Petit colosse gris payne-4 (Foto: Divulgação)
Através de coleções, colaborações e encontros, a Guerlain se comprometeu, desde sua fundação em 1828, a promover o talento criativo e a estabelecer conexões especiais com a cena de arte contemporânea. Agora, pelo 12º ano consecutivo, a grife participa do FIAC’s (Feira Internacional de Arte Contemporânea) Parcours Privé e marca a ocasião apresentando a série de exposições Past Futures, que pode ser explorado na Boutique 68, avenue des Champs-Élysées.
Parceira da FIAC desde 2006, a Guerlain oferece uma vitrine de prestígio com artistas internacionais de renome e vem, a cada evento, destacando novos talentos. De 19 de outubro a 9 de novembro, a exposição Past Futures reúne 20 trabalhos selecionados pela cuidados curadoria de Caroline Messensee.
A Past Futures oferece uma jornada em três níveis por mundos diferentes – vídeos, fotos, instalações, desenhos, pinturas, objetos interativos, etc – reunindo artistas como Christian Boltanski, Jean-Michel Alberola, Arotin & Serghei, Charlotte Charbonnel, Jan Fabre, Fabrice Hyber, Mehdi Meddaci, Albertine Meunier e Claire Morgan. A exposição aborda como temas principais o tempo, o compartilhamento e o legado, que são fortes valores da Guerlain. Através de narrativas íntimas, de reconstrução de memórias e de profecias ricas em imagem, o percurso artístico da mostra levanta questionamentos de temporalidade e transporta o público para dimensões espaço-tempo, por vezes indescritíveis.
Past Futures – A exposição questiona nossa relação com o tempo e com o legado
Sob o título Past Futures, os artistas se comprometem com uma pauta simbolizada particularmente pela transição do analógico para o digital ou, em outras palavras, do mundo real para o virtual. Experiência ou imaginação? Memória ou história? Muitos artistas estudam as similaridades da perda de memória e da perda de identidade ou o jeito que cada memória individual é criada a partir do intermédio da memória coletiva.
É dito que nossa memória pessoal nos permite escrever a história do nosso passado e pintar nosso próprio retrato, expressando tanto o imaginário quanto o real. Mas onde estamos quando o assunto é legado, traços e hereditariedade? A Filosofia sempre esteve interessada nessas questões, assim como os artistas visuais de nosso tempo.
Esta nova exposição tenta, mais uma vez, tocar na questão essencial, sem afirmar que tenha encontrado respostas, mas oferecendo uma variedade de abordagens proporcional ao tamanho do questionamento.
Serviço
Past Futures – Aproveite o olhar exclusivo nos trabalhos de Christian Boltanski, Fabrice Hyber, Mehdi Meddaci e Claire Morgan
Maison Guerlain – 68 Avenue des Champs-Élysées
Paris – França
Até 9 de novembro

Marcos Amaro exibe mostra inédita na Luis Maluf Art Gallery




Com uma série que transita entre a pintura e a escultura, o artista investe em substâncias industriais diversas, de densidades que transitam entre o sólido e o fluído

Por Andréia Bueno
Fragmentos de uma trajetória poética amparada pela matéria. É esse o tom da nova série do artista visual Marcos Amaro, que, no dia 8 de novembro, às 19h, inaugura sua exposição individual Aquilo que resta, na Luis Maluf Art Gallery. Com curadoria de Marcus de Lontra Costa, a mostra apresenta um recorte inédito de 11 trabalhos em que explora diferentes substâncias. Óleos, gorduras, betumes sobre chapas, latarias e fuselagens são combinados de modo a sugerir uma pintura matérica, que caminha entre o bidimensional e o tridimensional.
Foto: Divulgação

Com uma densa produção escultórica, Marcos Amaro migra para a pintura, mas não deixa de construir grandes volumes. O impacto visual de sua obra está nos materiais que explora e na relação que estabelece com os espaços que ocupa. A paleta de cores de seus trabalhos transita entre os tons que o cercam em seu ateliê de pintura, remetendo à degradação provinda do tempo. Os pontos de cor observados, por sua vez, revelam o que vibra em meio ao caos.
A mostra, que também se relaciona com o poema Resíduo, de Carlos Drummond de Andrade, revela aquilo que resta, que resiste e persiste do discurso poético do artista Marcos Amaro. “O trabalho é puramente matéria, dessa vez, explorada em uma pesquisa que transcende a trajetória artística marcada pelo uso de material aeronáutico ressignificado. Nessa produção inédita, revelo o compromisso com uma ação artística sólida, importante no contexto de realidades líquidas em que estamos inseridos”, conta o artista.

Serviço:
Luis Maluf Art Gallery
Aquilo que resta, Marcos Amaro
Abertura: 08 de novembro, às 19h
08 novembro a 08 de dezembro
Rua Peixoto Gomide, 1887 – São Paulo
Terça a sexta, 11h às 20h
Sábado, 11 às 18h

Exposição MÃE PRETA abre temporada em São Paulo




Idealizada pelas artistas visuais Isabel Löfgren e Patricia Gouvêa, a mostra reúne vídeos, fotografias e instalações

Por Andréia Bueno
As conhecidas imagens das amas-de-leite negras, registradas desde meados do século 19 ao início do século 20, são o ponto de partida da pesquisa das artistas Isabel Löfgren e Patricia Gouvêa para a realização da exposição “Mãe Preta”, que recebeu o Prêmio Funarte Conexão Circulação Artes Visuais de 2016. 
Após grande sucesso de público e crítica no Rio de Janeiro, em 2016, quando foi exibida na Galeria Pretos Novos de Arte Contemporânea (dentro do Instituto de Pesquisa e Memória Pretos Novos, na capital fluminense), com cerca de 2 mil visitantes, e também em Belo Horizonte,em 2017, no Palácio das Artes, a exposição chega a São Paulo, na Galeria Mario Schenberg, da Funarte. A exposição está em cartaz até 25 de novembro, reunindo fotografias, vídeos, instalações, performance e literatura.
Foto: Reprodução

O projeto surgiu de uma pesquisa artística de Isabel e Patricia, iniciada em 2015, que busca, visto que é um trabalho em constante progressão, traçar os elos e as ressonâncias entre a condição social da maternidade durante a escravidão por meio de releituras de imagens e arquivos do período, o desaparecimento da história escravocrata na malha urbana das cidades brasileiras e as vozes de mulheres e mães negras na contemporaneidade. O intuito da mostra é discutir a questão da memória da escravidão e o legado da mulher negra na formação da sociedade brasileira dentro da história visual do país.
Inédita em São Paulo, a exposição – que ainda seguirá para São Luís, no Maranhão, em dezembro – inclui o lançamento de um catálogo com contribuições de nomes nacionais e internacionais, como a antropóloga e curadora-adjunta para histórias e narrativas no Masp, Lilia Moritz Schwarcz (USP); a antropóloga e pesquisadora Martina Ahlert (UFMA); o escritor Alex Castro; o historiador e diretor do Núcleo de Estudos e Pesquisa do Instituto de Pesquisa e Memória Pretos Novos, Júlio César Medeiros da Silva Pereira (UFF); a historiadora da arte, educadora criativa e curadora britânico-nigeriana Temi Odumosu (Universidade. de Malmö – Suécia); e a fotógrafa, escritora e professora do ICP-Bard (EUA), a norte-americana Qiana Mestrich.
Um dos pontos altos da exposição é a vídeo-instalação “Modos de Fala e Escuta” (com 27 minutos de duração), que reúne o depoimento de sete mães negras sobre maternidade, racismo, memória, ancestralidade, violência e lutas cotidianas. Nesse sentido, outro destaque da mostra é a obra “Mural das Heroínas”, com 20 retratos de líderes negras, desde Luísa Mahin, Tereza de Benguela e Nzinga de Angola às feministas Lélia Gonzalez e Beatriz do Nascimento, além de figuras políticas como Laudelina de Campos e Marielle Franco, entre outras, que simbolizam as conquistas sociais, a luta, a resistência, a voz e o lugar histórico da mulher negra no Brasil. 
A exposição também conta, ainda, com a minibiblioteca Mãe Preta, que conta com publicações de autoras negras contemporânea se uma seção voltada para a literatura infanto-juvenil com títulos sobre protagonismo negro para consulta do público.
Dividida em oito séries, “Mãe Preta” apresenta instalações, colagens e intervenções em gravuras e fotografias, que, reunidas, propõem uma reinvenção poética da iconografia relacionada às mães pretas dentro de uma linguagem contemporânea tendo como ponto de partida imagens fotográficas do acervo do Instituto Moreira Salles, do Rio de Janeiro, e releituras de livros com gravuras de Jean-Baptiste Debret, Johan Moritz Rugendas e outros artistas. Isabel e Patricia criaram intervenções nessas imagens com objetos óticos, como lupas e lentes, que destacam a complexidade das relações das amas-de-leite com as crianças brancas de seus senhores e das mulheres escravizadas e seus próprios filhos dentro de contextos domésticos, urbanos e rurais. 
Para esta edição, as artistas fizeram uma imersão nos contextos específicos de São Paulo e São Luís, para onde a exposição viajará após a etapa paulistana. Na capital paulista, as artistas seguiram o debate sobre o apagamento da história negra da cidade e, no Maranhão, realizaram entrevistas com lideranças femininas dos Quilombos Santa Rosa dos Pretos e Santa Joana, que resultaram em obras inéditas que serão apreciadas pelo público.
O catálogo da exposição será lançado em 10 de novembro, na Galeria Funarte, em São Paulo. Na ocasião, haverá uma oficina gratuita com a escritora, poetisa e cordelista Jarid Arraes, cearense radicada em São Paulo e autora da coletânea “Heroínas Negras Brasileiras em 15 Cordéis”, lançado pela Pólen Livros em 2017.


SERVIÇO
“MÃE PRETA” – Concebida pelas artistas visuais Isabel Löfgren e Patricia Gouvêa
Local: Galeria Mario Schenberg, Funarte, São Paulo
Endereço: Alameda Nothmann, 1058 – Campos Elíseos
Telefone: 3662-5177
Abertura: 4 de outubro,das 18h às 21h
Visitação ao público: 5 de outubro a 25 de novembro
Horário de visitação: segunda a sexta, das 11h às 19h; sábados e domingos, das 11h às 21h
Entrada: gratuita
Acesso a cadeirantes: sim
Estacionamento: conveniado

RECAPITULATIVO DAS ATRAÇÕES: 
10 de novembro: das 16h às 18h, oficina com Jarid Arraes (convites serão distribuídos meia hora antes do início da atividade)
10 de novembro: às 18h30 acontecerá o lançamento do catálogo

Rafael e a Definição da Beleza, nova exposição do Centro Cultural Fiesp




Reunindo obras do ateliê de Rafael, de seus discípulos e contemporâneos, a exposição destaca o conceito de beleza atrelado ao percurso do artista renascentista

Por Andréia Bueno
Os primeiros anos do século XVI abarcam um dos mais ricos e importantes períodos da história da arte ocidental, a Idade de Ouro do Renascimento. Rafael de Urbino (1483-1520), o mais jovem da tríade formada também por Leonardo da Vinci e Michelangelo, foi considerado o maior e mais perfeito representante desta época. Sua obra inspira-se tanto na Antiguidade Clássica quanto na natureza, materializando-se como síntese de elegância e naturalidade. É para ele que se volta a Rafael e a Definição da beleza – Da Divina proporção à graça, exposição que o Centro Cultural Fiesp recebe de 19 de setembro a 16 de dezembro, com entrada gratuita.
La Perla di Modena, 1518-1520 | RAFAEL [Raffaello Sanzio]
Com curadoria de Elisa Byington e produção da Base7 Projetos Culturais, a mostra se antecipa às celebrações que marcam os 500 anos de morte de Rafael, em 2020. A exposição traz obras de grandes mestres do Renascimento de diversas coleções italianas como a Galleria Nazionale da Umbria e de Modena, a Galleria Borghese e o Palazzo Barberini de Roma, a Santa Casa e o Museo del Tesoro de Loreto, e o Museo Nazionale di Capodimonti de Nápoles. Conta também com obras inéditas da coleção Yunes, de São Paulo, da Fundação Eva Klabin, do Rio de Janeiro, e um conjunto de mais de 50 gravuras produzidas no ateliê de Rafael e seus discípulos que hoje integra o acervo da Fundação Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro.
Além das obras, a exposição conta com diversos recursos visuais que auxiliam o visitante a compreender o processo de elaboração dos trabalhos gráficos, como é o caso de O Massacre dos Inocentes, gravura influente e de elaboração meticulosa. Entre os destaques, uma projeção monumental de Escola de Atenas, seguindo a escala original da famosa pintura de Rafael que decora o salão Stanza della Segnatura, no Vaticano.
Organizada em oito seções, a mostra convida o público a um passeio pelo fecundo percurso criativo de Rafael e pelas mudanças que a ideia de beleza sofreu ao longo do Renascimento. A mostra tem início na seção intitulada A Divina Proporção, destacando as medidas exatas que orientavam a concepção da beleza à luz dos estudos tanto matemáticos, como o de Luca Pacioli, quanto artísticos, como os tratados de Vitrúvio e de Leon Battista Alberti. Esta seção aborda também a obra de Pietro Perugino, possível mestre de Rafael, que sobre ele exerceu forte influência estética durante parte de sua vida.
O percurso segue pela seção Virtudes da Imitação, que aborda o conceito de imitação como recurso fundamental ao sistema moral e estético do Renascimento. As obras dessa seção apresentam inúmeras referências ao mundo antigo, à natureza e ao próprio mundo das artes. Aqui o público conhece uma das discussões mais importantes da exposição: a imitação e a cópia não excluem a invenção e a originalidade, pelo contrário, instituem um sistema de referências e um clima de competição que vai caracterizar o ambiente renascentista.
A seção Idade de Ouro é dividida em duas partes. A primeira é a Escola de Atenas, famoso afresco de Rafael que decora a Stanza della Segnatura, no Vaticano. Executado entre 1508 e 1511, o afresco faz uma homenagem à Filosofia. A mostra apresenta uma projeção em tamanho real, em 5 por 7,7 metros, além da exibição digital de um cartão preparatório do afresco. A segunda parte trata da rivalidade entre Michelangelo e Rafael, representada pelos dois termos que intitulam a seção Terribilidade e Sprezzatura – em referência ao virtuosismo atormentado da arte de Michelangelo e à elegância e à harmonia da arte de Rafael, respectivamente.
A quarta seção Uma nova beleza marca a ascensão da maneira moderna, com a substituição da objetividade do pensamento matemático pela subjetividade do olhar artístico. A beleza feminina inaugura essa seção com três preciosas Madonas com menino, representantes da típica graça rafaelesca, e com La Perla di Modena, pequeno óleo sobre tela de Rafael, que traz a cabeça de uma mulher, revelando o sublime dos traços do artista. Vê-se também O Triunfo da Galateia, gravura de Marco Dente executada a partir do célebre afresco de Rafael destinado a decorar a Villa Farnesina, acompanhada por uma bacia em maiolica decorada com a mesma imagem.
A mostra conta ainda com um conjunto belíssimo de gravuras da Fundação Biblioteca Nacional, realizadas pela primeira geração de gravadores do artista, jovens assistentes que receberam os originais do próprio mestre ou de seus discípulos. Ainda que não fossem gravadas de próprio punho, as estampas eram marcadas pela inscrição Raphael Invenit – invenção de Rafael, em português -, artifício que distinguiu, pela primeira vez, o papel do gravador do papel do criador, a quem cabiam os direitos autorais e a propriedade da matriz. As gravuras de quase 500 anos despertam a curiosidade de especialistas em todo mundo e ainda são pouco conhecidas do público brasileiro, que terá essa grande oportunidade de vê-las.

Serviço:

Exposição Rafael e a Definição da Beleza – Da Divina proporção à graça
Período expositivo: até 16 de dezembro de 2018
Horários: de terça a sábado, das 10h às 22h e domingos, 10h às 20h
Local: Galeria de Arte do Centro Cultural Fiesp
Endereço: Avenida Paulista, 1313 – Cerqueira César (em frente à estação Trianon-Masp do Metrô)
Agendamentos escolares e de grupos: (11) 3146-7439 ou ccfagendamentos@sesisp.org.br
Grátis. Mais informações em www.centroculturalfiesp.com.br

Maria Laet participa da 33ª Bienal de São Paulo




Inspirada no que é sutil e silencioso, a artista integra um dos 12 projetos individuais do evento, apresentando ao público vídeos inéditos

Por Andréia Bueno
As sutilezas do cotidiano serviram de inspiração para os vídeos inéditos que Maria Laet apresenta na 33ª Bienal de São Paulo. A artista se atém aos detalhes que passam despercebidos por olhares apressados e traz intervenções poéticas em sua obra. Em Abismo das superfícies I e II, o dançar de luzes e sombras ao som de pássaros do parque do Ibirapuera tomam o chão asséptico da construção modernista de Oscar Niemeyer. Os trabalhos integram o corpo de 12 projetos individuais comissionados pelo evento.
Terra, Parque Lage 2015, ( Maria Laet)
“Quando eu vim ao Pavilhão da Bienal, me impressionou o vazio imenso criado pela arquitetura que se impõe, tão forte. E justamente por ser tudo tão grande e importante, minha atenção se voltou ainda mais para as sutilezas desse espaço vazio, o que há de mais frágil e silencioso naquele contexto, o que não está sendo visto. O contraste entre esses mundos, e onde eles se encontram, é muito potente para mim”, explica Maria Laet.
Paralelamente à Bienal, a artista apresenta a individual Poro na Galeria Marília Razuk. Com curadoria assinada por Bernardo José de Souza, a exposição reúne 11 trabalhos desenvolvidos em suportes diversos: são vídeos, fotografias, monotipias, objetos e uma instalação. Com eles, a artista propõe ao espectador uma pausa no tempo para se despir da necessidade habitual e, muitas vezes, cartesiana, pelo controle. Poro fica em cartaz até 20 de outubro e ocupam as duas salas da Galeria.
Serviço:
33ª Bienal de São Paulo – Afinidades afetivas
Até 9 de dezembro de 2018
Local: Pavilhão Ciccillo Matarazzo, Parque Ibirapuera
Poro, individual de Maria Laet
Local: Galeria Marília Razuk
Endereço: Sala 1 | Rua Jerônimo da Veiga, 131 || Sala 2 | Rua Jerônimo da Veiga 62- Itaim Bibi, São Paulo – SP
Abertura: 25 de agosto, sábado, das 12h às 17h
Período expositivo: de 27 de agosto a 20 de outubro
Visitação: de segunda a sexta, das 10h30 às 19h | Sábado, das 11h às 16h
Entrada gratuita