Expo Arte SP na Praça Benedito Calixto




Por Leina Mara

Acontece no dia 15 de setembro, na Praça Benedito Calixto, a 1ª Edição da Expo Arte SP. O evento trata-se de uma mostra coletiva que ativa o circuito da arte contemporânea e promove a inclusão de artistas ao mercado de arte de São Paulo.

Foto: Divulgação

A mostra ocupará um espaço exclusivo em uma das ruas que circundam a praça, conectando-se com os artesãos ali presentes que estão comemorando 31 anos da tradicional Feira da Praça Benedito Calixto. O local é um dos principais circuitos culturais da cidade e atrai mais de 10 mil pessoas todos os sábados.

“A proposta da Expo Arte SP é acrescentar ao calendário anual de eventos uma nova forma de levar a Arte às pessoas, conquistar novos corações e novos seguidores – mirando a sua ação em espaços públicos de grande circulação. Afinal, a arte é livre: livre para se expor, livre para questionar e livre pra ser sentida em todas as suas formas”, relata Eduardo Mônaco, idealizador do projeto. O artista Guilherme Kramer e Mônica Filgueira Galeria de Arte são algumas presenças confirmadas.

Serviço: 
1ª Edição Expo Arte SP
Onde: Praça Benedito Calixto 
Quando: 15 de setembro, das 10 às 18h 
Informações pelo e-mail: expoarte2018@gmail.com ou pelo site: https://goo.gl/AVNJg1

Radical Women em cartaz na Pinacoteca




As obras abordaram o corpo feminino como forma de expressão e de crítica social e política num dos períodos mais conturbados da história recente

Por Andréia Bueno

A Pinacoteca de São Paulo, museu da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, apresenta, até 19 de novembro de 2018, a grande exposição coletiva Mulheres Radicais: arte latino-americana, 1960-1985, no primeiro andar da Pinacoteca. A mostra tem curadoria da historiadora de arte e curadora venezuelana britânica Cecilia Fajardo-Hill e da pesquisadora ítalo-argentina Andrea Giunta e é a primeira na história a levar ao público um significativo mapeamento da produção experimental realizada por artistas latinas bem como sua influência na produção internacional. Quinze países estarão representados por cerca de 120 artistas, reunindo mais de 280 trabalhos em fotografia, vídeo, pintura e outros suportes.  A apresentação na capital paulista encerra a itinerância e conta com a colaboração de Valéria Piccoli, curadora-chefe da Pinacoteca.

Foto: Divulgação

Mulheres radicais aborda uma lacuna na história da arte ao dar visibilidade à surpreendente produção, realizada entre 1960 e 1985, dessas mulheres residentes em países da América Latina, além de latinas e chicanas nascidas nos Estados Unidos. Entre elas, constam na mostra algumas das artistas mais influentes do século XX — como Lygia Pape, Cecilia Vicuña, Ana Mendieta, Anna Maria Maiolino, Beatriz Gonzalez e Marta Minujín — ao lado de nomes menos conhecidos — como a artista mexicana Maria Eugenia Chellet, a escultora colombiana Feliza Bursztyn e as brasileiras Leticia Parente, uma das pioneiras da vídeoarte, e Teresinha Soares, escultora e pintora mineira que vem recebendo atenção internacional recentemente.
O argumento central da exposição mostra que, embora boa parte dessas artistas tenham sido figuras decisivas para a expansão e diversificação da expressão artística em nosso continente, ainda assim não haviam recebido o devido reconhecimento. “A exposição surgiu de nossa convicção comum de que o vasto conjunto de obras produzidas por artistas latino-americanas e latinas tem sido marginalizado e abafado por uma história da arte dominante, canônica e patriarcal”, definem as curadoras.  Segundo o diretor da Pinacoteca, Jochen Volz, “foram, principalmente, artistas mulheres as pioneiras que experimentaram novas formas de expressão, como performance e vídeo, entre outras. Assim, a itinerância da mostra Mulheres radicais para o Brasil é de grande relevância para a pesquisa contemporânea artística e acadêmica e o público em geral”. 
Esse rico conjunto de trabalhos, bem como os arquivos de pesquisa, coletados para a concepção da exposição, chegam finalmente ao público paulista, contribuindo para abrir novos caminhos investigativos e entendimentos acerca da história latino-americana. 
SERVIÇO
Mulheres radicais: arte latino-americana, 1960-1985
Abertura: 18 de agosto de 2018, sábado, às 11h00 
Visitação: de 18 de agosto a 19 de novembro de 2018
De quarta a segunda-feira, das 10h00 às 17h30 – com permanência até às 18h00
Pinacoteca: Praça da Luz 2, São Paulo, SP
Ingressos: R$ 6,00 (entrada); R$ 3,00 (meia-entrada para estudantes com carteirinha)
Menores de 10 anos e maiores de 60 são isentos de pagamento.
Aos sábados, a entrada da Pina é gratuita para todos.
A Pina Estação é gratuita todos os dias.
Amigo da Pina tem acesso ilimitado além de desconto na loja e no café. Também pode participar de visitas guiadas e outros eventos com a equipe da Pinacoteca. Para saber mais sobre o programa, acesse: http://pinacoteca.org.br/apoie/amigos-da-pina/

Exposição: Arte tem gênero? no #CCSP




Por Nicole Gomez

A Coleção de Arte da Cidade – antiga Pinacoteca Municipal, sob guarda do Centro Cultural São Paulo – CCSP é um dos mais importantes acervos públicos de arte brasileira. Como acontece em outras coleções institucionais, o número de obras de mulheres artistas no acervo é desigual entre artistas do sexo masculino e feminino. O assunto tem ganhado cada vez mais espaço e sido tema de debates.

Obra de Dora Longo Bahia ( Foto: Divulgação)
Para isso, a exposição “Arte tem gênero? Mulheres na Coleção de Arte da Cidade” chega para destacar a produção artística contemporânea de mulheres presentes no acervo do CCSP. 

A mostra, que gira em torno especificamente da questão da diferenciação entre os gêneros, tem objetivo de que o público responda à questão a partir das obras expostas de Ana Maria Tavares, Carmela Gross, Célia Euvaldo, Dora Longo Bahia, Jac Leirner, Lydia Okumura, Lygia Pape, Nazareth Pacheco, Regina Silveira, Regina Vater, Rosana Paulino, entre outras.
SERVIÇO:
Dias: de terça à sexta, das 10h às 20h, sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h. 
Até 09/10
Onde: Rua Vergueiro, 1000 – São Paulo – SP 
Classificação: Livre
Entrada Gratuita. Não há a necessidade de retirada de ingressos.

Bob Wolfenson apresenta retrospectiva no Espaço Cultural Porto Seguro




Retratos traz mais de 200 retratos de um dos principais fotógrafos do país; Caetano Veloso, Tais Araújo e Anitta estão entre as figuras clicadas pelo artista.

Por Andréia Bueno

Uma das referências nacionais como retratista, fotógrafo de nus e de moda, Bob Wolfenson transita com a mesma destreza entre a publicidade e a arte. Ao longo de seus quase 50 anos de carreira, é responsável por alguns dos retratos mais marcantes da iconografia brasileira recente.

Fernanda Young, 2018, São Paulo | Luiz Melodia, 1995, São Paulo| © Bob Wolfenson

Aquele que se define como especialista em breves encontros, comemora sua trajetória em Bob Wolfenson: Retratos, no Espaço Cultural Porto Seguro, a partir de 23 de agosto. Com curadoria de Rodrigo Villela, a exposição apresenta ao público diferentes aspectos de uma atividade profissional intensa e convida a um singular passeio pelos costumes e protagonistas das últimas décadas de nossa história.

A mostra abarca e funde diferentes núcleos: há espaço, por exemplo, para personalidades da cultura, do esporte, da política e da moda, com fotos produzidas para editoriais ou por iniciativa do fotógrafo. Entre os retratados, nomes como Hélio Oiticica, Fernanda Montenegro, Caetano Veloso, Tais Araújo, Marília Gabriela, Lázaro Ramos, Camila Pitanga, Anitta, Ludmila, Laerte, Zé Celso, Lula, Fernando Henrique Cardoso, Paulo Maluf, Luiza Erundina, Eduardo Suplicy, Pelé, Ronaldo e muitos outros.

A exposição traz mais de 200 retratos, vários deles ainda inéditos, realizados pelo fotógrafo ao longo de 45 anos. “Partimos de uma seleção inicial de mais de mil fotografias até chegarmos ao conjunto que apresentamos aqui na exposição. Foi um trabalho árduo, mas extremamente prazeroso”, comenta o curador.

O mais antigo é um registro de 1973 do dramaturgo e diretor teatral José Celso Martinez Corrêa. Em um dos piores períodos do regime militar, Zé Celso estava impedido pela censura de apresentar seus espetáculos, um ano antes do exílio em Portugal. Bastante conhecido pelo experimentalismo, já era uma das referências do movimento tropicalista pela encenação de O Rei da Vela, espetáculo-manifesto escrito por Oswald Andrade.

Um dos mais recentes foi o do também fotógrafo Sebastião Salgado: há pouco mais de um mês da abertura da mostra, Bob viajou a Paris, onde Salgado vive atualmente, especialmente para fazer o retrato. “É um fotógrafo que admiro e que sempre desejei conhecer. Fazer um retrato para a exposição foi um excelente pretexto”, brinca Bob.

Para a escolha das imagens integrantes, Villela e Wolfenson adotaram alguns critérios. Para além da escolha de retratos emblemáticos, em que o fotógrafo trabalha e até mesmo discute a própria linguagem, também fotografias realizadas em momentos importantes para o País. “Com um arco temporal tão extenso, podemos observar no trabalho de Bob também uma crônica de costumes, um viés possível inclusive para uma apreciação histórica”, aponta o curador.

Para além dos retratos, que se definem pelo consentimento entre as partes, a mostra traz também um conjunto de fotografias de um lado menos divulgado do fotógrafo: sua atividade de “paparazzo”. São relances de figuras encontradas por acaso e que ele não poderia deixar passar, a exemplo de Charles Chaplin, Sophia Loren e Yoko Ono.


Serviço:
Bob Wolfenson: Retratos
Local: Espaço Cultural Porto Seguro 
Endereço: Alameda Barão de Piracicaba, 610. Campos Elíseos – São Paulo
Abertura: 23 de agosto, a partir das 19h
Período expositivo: 24 de agosto até 9 de dezembro 
Visitação: de terça a sábado, das 10h às 19h; domingos e feriados, das 10h às 17h
Capacidade: 305 pessoas
Entrada gratuita

Acessibilidade
O edifício é acessível para pessoas com mobilidade reduzida. A exposição oferece atendimento especial na visitação com mediadores bilíngues em inglês, espanhol e libras mediante agendamento prévio.

Estacionamento
Alameda Barão de Piracicaba, 634 (sede Porto Seguro). De segunda a sexta-feira, gratuito pelo período de até 1h30 (1ª, 2ª e 3ª hora adicionais R$ 10,00 a hora. A partir da 4ª hora adicional, R$ 5,00 a hora). A partir das 17h30 e aos sábados, domingos e feriados – R$ 20,00 (preço único).

Serviço de vans:
O Complexo Cultural Porto Seguro oferece vans gratuitas da Estação Luz até o Espaço Cultural Porto Seguro. Na Estação da Luz, o ponto de encontro das vans é na saída da Rua José Paulino / Praça da Luz / Pinacoteca, em frente ao Parque Jardim da Luz. Há instrutores no local para orientar o embarque. Para mais informações, entre em contato pelo telefone (11) 3226-7361.

Horário de funcionamento do serviço de vans:
Terça a sábado das 9h à 0h. Domingo das 9h às 22h.

Gemma Restaurante:
Aberto todos os dias: segunda, das 12h às 15h; terça, das 10h às 17h; quarta a sexta, das 10h às 21h; sábado, das 11h às 18h; domingo, das 11h às 16h.

Instagram: @EspacoCulturalPortoSeguro

Exposição em homenagem aos 110 anos da imigração japonesa reúne gerações de artistas




Exposição Tsudoi apresenta obras de 13 artistas nipo-brasileiros de São Paulo e do Paraná

Por Andréia Bueno

A Zuleika Bisacchi Galeria de Arte mudou de endereço e teve a reabertura de seu novo espaço em 02 de agosto (quinta-feira) com a exposição “Tsudoi”, que faz uma homenagem à arte contemporânea nipo-brasileira, em celebração aos 110 anos da Imigração Japonesa no Brasil. A partir das 19h, o novo espaço da galeria curitibana abre suas portas ao público apresentando 13 artistas do Paraná e de São Paulo, estados que concentram as maiores populações de japoneses e descendentes do país. A entrada é gratuita.

Tikashi Fukushima – Céu e Terra – 1987 ( Foto: Divulgação)
No novo endereço, na Av. do Batel, n°1550, a Zuleika Bisacchi Galeria de Arte conta com um espaço mais amplo e estruturado que o anterior, agora com 400 m2. “Neste novo ambiente, damos sequência aos trabalhos de exposições artísticas iniciados há quase três anos”, comenta a galerista Zuleika Bisacchi. “O local atual permite mais possibilidades, como exposições simultâneas, cursos e palestras, além da possibilidade  de realizar uma diversidade maior de eventos e atividades”, completa. O projeto é assinado pelo arquiteto Italo Sampaio, o mesmo que trabalhou com a galerista no primeiro endereço.
A arte dos estados mais nipônicos do Brasil

“Tsudoi” é uma exposição que promove um encontro de gerações e artistas de origem e descendência japonesa, com curadoria de Ely Sayemi Iutaka Takahassi (responsável pelos artistas de São Paulo) e Rosemeire Odahara Graça (do Paraná). Durante os dois meses da exposição, o público terá a oportunidade de apreciar e adquirir obras dos artistas Tikashi Fukushima, Manabu Mabe, Kazuo Wakabayashi, Ayao Okamoto, Yugo Mabe, Takashi Fukushima (representando o Núcleo São Paulo), Akiko Miléo, Celso Setogutte, Claudine Watanabe, Julia Ishida, Sandra Hiromoto e Tania Machado (no Núcleo Paraná). Durante a vernissage, em 02 de agosto, haverá a apresentação de uma performance do artista paranaense Yiuki Doi.

Ayao Okamoto – Pleione Selvagem 2016 ( Foto: Divulgação)
Entre os artistas de São Paulo, estão alguns representantes do Grupo Seibi, iniciado na década de 30 por artistas, desenhistas e pintores, agregando valor aos estudos e ao fazer artístico, até se tornarem protagonistas na história da arte brasileira. Tikashi Fukushima (1920-2001), Manabu Mabe (1924-1997) e Kazuo Wakabayashi são os nomes do Seibi com obras que podem ser apreciadas nesta exposição. “Serão expostas também obras de Takashi Fukushima. Yugo Mabe e Ayao Okamoto, artistas formados nas gerações seguintes em cujas obras notamos os elementos da expressão, do gestual herdada de seus ancestrais,  porém de certa forma, marcadas pelo arrojo da explosão das cores e das formas assimiladas da cultura brasileira”, explica a curadora Ely Sayemi Iutaka Takahassi.

No Núcleo paranaense, foram selecionados artistas residentes e atuantes no Paraná que apresentam obras que mostram o encontro entre as tradições culturais japonesas e brasileiras. “Seus trabalhos mostram aproximação, estranhamento ou deslumbramento com aspectos das naturezas, das culturas, dos imaginários e das sociedades desses dois países”, analisa a curadora Rosemeire Odahara Graça.

Serviço:
Exposição “Tsudoi”

Horário: das 19h às 22h

Em cartaz até 02 de outubro

Horários de visitação: de segunda a sexta das 10h às 19h. Sábado das 11h às 15h

Local: Zuleika Bisacchi Galeria de Arte

Endereço: Avenida do Batel, 1550, loja 3 (Curitiba – PR)

Entrada gratuita

Telefone para Informações: (41) 41 3085 5861 / 41 99227 3667

Museu de Arte Sacra de São Paulo exibe projeto inédito de Luiz Martins




“Cidades Invisíveis” apresenta esculturas, fotografias e vídeos que abordam as relações do homem com a cidade, tomando como ponto de partida o tempo presente  

Por Andréia Bueno
O Museu de Arte Sacra de São Paulo – MAS-SP, instituição da Secretaria da Cultura do Estado, inaugura “Cidades Invisíveis”, do artista plástico brasileiro Luiz Martins, sob curadoria de Ian Duarte Lucas. A mostra – formada por esculturas, fotografias e vídeos – elege o tempo presente, mesmo que instantâneo, como tema, e se desenvolve a partir do livro homônimo de Ítalo Calvino. Atento à passagem do tempo – em especial acerca de como o indivíduo se relaciona com seus entornos privado e coletivo -, o artista busca, nesta produção, uma poética dentro da relação homem – cidade, considerando vestígios esquecidos pelas ruas.

Luiz Martins, “Território Silenciado” (2015)

Em “Cidades Invisíveis”, Luiz Martins utiliza a linguagem tridimensional para abordar o espaço e suas novas possibilidades territoriais, restaurando e ressignificando o cotidiano pela aplicação do conceito de “semióforo” em objetos e fragmentos, os quais perdem o status de “coisa” e passam a transmitir energia e força afetiva. Nas palavras de José Carlos Marçal de Barros, diretor executivo do MAS-SP: “Na mostra, Luiz Martins nos mostra as cidades que não vemos, nos conduz a pensar no que existe por traz da máscara arquitetônica de grandes cidades nas quais vivemos e que, na realidade, não conhecemos. Sentimentos, paixões, alegrias e tristezas, emoções que poucas vezes afloram à vista do público”. 
Serviço
Exposição: “Cidades Invisíveis” 

Artista: Luiz Martins 

Curadoria: Ian Duarte Lucas 

Abertura: 07 de julho de 2018, sábado, às 11h 

Período: 08 de julho a 14 de outubro de 2018 

Local: Sala MAS – Metrô Tiradentes – www.museuartesacra.org.br 

Estação Tiradentes do Metrô – São Paulo – SP 

Tel.: (11) 3326-5393 – agendamento/educativo para visitas guiadas 

Horários: Terça-feira a domingo, das 9 às 17h 

Técnicas: Escultura, fotografia e vídeo 

Ingresso: Grátis aos usuários do Metrô