10 motivos para visitar a exposição “Hebe Eterna”


Créditos: Divulgação


Desde o falecimento da apresentadora Hebe Camargo, a expectativa sobre produções em homenagem à ela aumentou. Um livro e um espetáculo de teatro já foram lançados, agora, a exposição “Hebe Eterna” promete trazer ao público, um pouco mais sobre a vida de Hebe. Confira 10 motivos para visitar a exposição!

1. Objetos Pessoais de Hebe

A mostra traz objetos do acervo pessoal de Hebe, como vestidos, bolsas, sapatos e acessórios, além das perucas usadas nos últimos anos de sua vida.

2. Momentos de sua Carreira

Você também poderá ver um pouco mais sobre a carreira de Hebe em dois andares do Farol Santander. São 11 ambientes com mais de 200 fotos e vídeos de trechos de seus programas.

3. É uma mostra interativa

Além de ter acesso ao que pertenceu à rainha da TV brasileira, você também poderá ter a chance de, através de recursos interativos, sentar-se no famoso sofá da Hebe, além de dar um selinho na apresentadora.

Créditos: Alan Oju / Divulgação

4. Saiba mais sobre a vida de Hebe

Para os fãs mais fervorosos, há uma detalhada linha do tempo, logo no início da exposição, disposta em uma parede inteira, mostrando desde o nascimento aos primeiros passos profissionais da apresentadora em Taubaté. Além disso, o sucesso como cantora e todas as etapas de sua carreira na TV, da Tupi ao SBT, incluindo Record, Bandeirantes e RedeTV!. Tudo ilustrado por fotos de cada época.

5. Depoimentos de profissionais que conviveram com Hebe

No primeiro andar da exposição, você encontrará nada menos do que uma réplica do camarim onde Hebe se preparava para entrar no ar. Junto a ele, você poderá conferir vídeos com depoimentos dos profissionais que cuidavam da estrela. Neles, são relembradas algumas das histórias de Hebe.

6. Veja alguns dos penteados da apresentadora

Ainda, no mesmo ambiente, você verá perucas com alguns dos penteados usados por Hebe. Há ainda, a possibilidade de você “posar” com algum dos visuais da apresentadora, por meio de uma experiência interativa.

Créditos: Alan Oju / Divulgação

7. Faça uma viagem no tempo

Uma sala reproduz imagens antigas de seus programas, através de aparelhos de TV de todas as décadas, desde as TVs de tubo, até as de hoje, de tela plana.

8. Sinta-se próximo de Hebe

Tendo acesso a tantos elementos da vida de Hebe, é impossível não se sentir mais próximo de como era a rotina da artista. Se você a acompanhava, é uma ótima oportunidade de conhecer melhor a rotina de Hebe.

9. Tenha uma visão mais íntima de Hebe

Quase ao final da exposição, o visitante poderá ver retratos com personalidades que passaram pelo programa de Hebe, como Roberto Carlos, Ayrton Senna, Julio Iglesias, Xuxa, Pelé, Ronaldo Nazário e praticamente todos os músicos brasileiros de relevância nacional, em uma mesa de jantar, montada em uma sala.

10. Veja os looks mais raros de Hebe

Na mostra, você terá acesso aos belos vestidos usados ao longo da carreira de Hebe, incluindo o raro vestido “asa-delta”, usado por Hebe em 1986, na estreia de seu programa no SBT. A maioria deles, usados pela apresentadora em seus programas e nunca repetidos, são acompanhados de imagens dela usando-os na TV.

Créditos: Alan Oju / Divulgação

Serviço

Exposição “Hebe Eterna”

Quando: até o dia 02 de junho de 2019. Terça, Quarta, Quinta. Sexta, Sábado e Domingo. Terça-feira a sábado, das 9h às 20h; Domingo, das 9h às 19h

Onde: Farol Santander – R. João Brícola, 24 – Centro, São Paulo – SP

Estado da Natureza, exposição individual de Pedro Motta no Centro Cultural FIESP


Créditos: Pedro Motta


Em sua individual Estado da Natureza, que estreia na Galeria de Fotos do Centro Cultural Fiesp no dia 27 de fevereiro, o artista Pedro Motta propõe novos desmembramentos de sua pesquisa sobre as relações entre elementos naturais e comportamento humano, seus atritos e convergências. Ao todo, são 45 trabalhos divididos em três grandes séries, que o público poderá conhecer gratuitamente até o dia 12 de maio.

A primeira, Naufrágio Calado (2016/2018), é oriunda de uma junção de duas palavras que remetem a um estado psíquico de incertezas e desilusões: “naufrágio” ecoa como uma decadência dos elementos que compõem as obras (barcos e trailers abandonados), e “calado” remete ao estranhamento e silêncio que as imagens produzem. “Calado”, no linguajar náutico, é a designação dada à profundidade a que se encontra o ponto mais baixo da quilha de uma embarcação, em relação à superfície da água.

Nesse contexto, barcos ressurgem de cemitérios de navios, de uma região específica da Bretanha, Roscanvel, já os trailers procedem de outro cemitério, na Nova Zelândia. Esses elementos são inseridos em paisagens tomadas por erosões de grandes dimensões, resultantes de uma mineração de cassiterita sistêmica que operou em meados dos anos 1950, quando o Brasil tinha como lema o progresso e o desenvolvimento.

Créditos: Pedro Motta

Tais imagens podem ser interpretadas como vivências de um estado de decadência, onde natureza e sociedade são destituídas de seus valores, e os elementos são dragados pela superfície sem vida. Sendo assim, as fotografias são resultado da representação direta, da apresentação material e da construção ficcional.

A série Naufrágio Calado é composta por várias imagens de diversos formatos e segue o mesmo procedimento que o artista emprega em seus trabalhos anteriores: manipulação digital e o confronto entre os elementos naturais e humanos.

Mais que uma questão política, a assimilação dessas imagens pictóricas faz uma ponte entre o passado e o futuro incerto do país. Algumas imagens da série foram realizadas em dias de lua cheia, evocando um clima de nostalgia e estranhamento na paisagem.

Já a série Falência#2 (2016), tem imagens de diversos tipos de erosões resultantes das águas das chuvas. Suas formas são provenientes de um tempo oculto, em que a natureza demonstra sua força e beleza pela destruição. Neste momento a terra está totalmente desprovida de estrutura, criando uma espécie de sutura escultórica. A metodologia empregada na construção da imagem final é resultante de outra série do artista, Espaço Confinado. Pequenas quantidades de terra são inseridas dentro da moldura, uma vez que no Espaço Confinado a sensação de claustrofobia era aparente, agora, em Falência#2, é como se o espaço superficial da foto se esvaísse para o campo do infinito, como em uma ampulheta.

Composta por 12 imagens, a série Sumidouro (2016) faz uma metáfora ao Rio das Mortes, importante rio da região do Campo das Vertentes, famoso pelas histórias de garimpo e batalhas territoriais. Fazendo uma interligação entre as séries Falência e Sumidouro, a obra Paisagem Transposta é composta por diversas imagens de paisagens naturais provenientes de redutos naturais modificados pela ação do homem. Pequenos galhos fazem a conexão entre estes espaços.

Serviço:
Exposição Estado da Natureza
Período: de 27 de fevereiro a 12 de maio de 2019
Horários: terça a sábado, das 10h às 22h; domingos, das 10h às 20h.
Local: Galeria de Fotos do Centro Cultural Fiesp (av. Paulista, 1.313 – em frente à estação Trianon-Masp do Metrô).
Classificação indicativa: livre
Agendamentos escolares e de grupos: ccfagendamentos@sesisp.org.br
Entrada gratuita. Mais informações em http://www.centroculturalfiesp.com.br

36º Panorama da Arte Brasileira terá curadoria de Júlia Rebouças


Créditos: Sofia Colucci / Fundação Bienal de São Paulo


No segundo semestre, entre 17/08 e 15/11, o MAM São Paulo realizará, com o patrocínio da Movida aluguel de carros, sua tradicional exposição bienal: o Panorama de Arte Brasileira. Dando início aos preparativos desta edição, o museu anuncia o conceito que norteará o projeto, “Sertão”, e a curadoria de Júlia Rebouças, que desenvolverá mostra com cerca de 20 artistas.

“Para o projeto curatorial do 36º Panorama da Arte Brasileira, tomamos o sertão como termo evocativo, que traz consigo afetos, formas, ideias, ficções. Suas imagens estão presentes em toda a cultura brasileira, ainda que nenhuma delas dê conta de tudo o que pode significar. Se o imaginário de um certo senso comum trata o sertão como vazio e aridez, a ele confrontam-se as acepções de resistência, vitalidade, experimentação, em processos criativos gestados a partir de uma ordem de saberes e práticas que desafia o projeto colonial em suas reiteradas tentativas de submissão. De forma alusiva, sertão refere-se a um só tempo à arte e ao estado da arte”, adianta Júlia Rebouças.

Créditos: Sofia Colucci / Fundação Bienal de São Paulo

Os artistas e as ideias de sertão

Como ponto de partida, a curadora toma o termo “sertão” para pensar práticas artísticas que não estão associadas a uma região geográfica, mas a processos que entendem a arte como instância de experimentação e resistência. A pesquisa inclui uma investigação por diversas cidades do território brasileiro, que resultará na apresentação de obras inéditas ou comissionadas especialmente para o 36º Panorama, trazendo uma leitura do estado atual da arte no Brasil.

Em viagens por localidades como Cachoeira, no Recôncavo baiano, Recife, Brasília, Florianópolis, São Paulo, ou pelas cidades da região do Cariri cearense, Júlia tem se encontrado com artistas que trazem em comum proposições criativas que apontam para metodologias, temas, formas de engajamento, materialidades outras, que ampliem o repertório estético e social da arte brasileira. Trata-se de uma geração em início ou meio de carreira, cuja produção aponta para territórios especulativos que dão sentido à ideia de sertão, além de artistas maduros com obras que merecem ser revisitadas à luz dos debates propostos na exposição.

“Sertão”, como tema, vem sendo retratado por escritores, artistas e compositores brasileiros há séculos, entre eles: Euclides da Cunha (1866- 1909), Graciliano Ramos (1892-1953), Jorge Amado (1912-2001), Candido Portinari (1903-1962), Tarsila do Amaral (1886-1973) e Luiz Gonzaga (1912-1989). Reconhecendo esse legado, neste Panorama de Arte Brasileira, o público encontrará uma nova visada sobre sertão, que se afasta do folclórico e distingue-se de representações regionalistas. A lista de artistas será divulgada em meados de março, em apresentação do projeto à imprensa.

5 passeios para fazer em dias de chuva em SP


Créditos: Divulgação


A cidade de São Paulo é conhecida como “Terra da Garoa” e não é por acaso. Seja qual for a estação do ano, aquela chuvinha sempre dá um jeito de aparecer, muitas vezes, atrapalhando os planos de quem marcou uma saída com os amigos. Mas isso não precisa mais ser motivo para você ficar em casa! Separamos 5 sugestões de lugares para você curtir, mesmo com chuva. Confira!

Pinacoteca do Estado

Créditos: Shutterstock

A Pinacoteca do Estado sempre recebe as principais exposições que chegam por aqui, além de ter as mostras permanentes que ocupam os andares superiores do local. É passeio obrigatório para quem visita a cidade, de fácil acesso, ao lado da Estação da luz e do Parque da Luz e localizada em uma área verde belíssima de São Paulo.

Endereço: Praça da Luz, Centro

Japan House

Créditos: Leo Martins/Veja SP

A Japan House é o primeiro centro cultural do mundo dedicado à cultura nipônica. Com entrada gratuita, o local oferece exposições, oficinas, gastronomia oriental, uma extensa biblioteca, além de muita tecnologia. Para os dias chuvosos, é uma ótima opção para passar um bom tempo explorando uma diversidade de atrações.

Endereço: Avenida Paulista, 52

Theatro Municipal de São Paulo

Créditos: Site Oficial / Theatro Municipal SP

Este é outro ponto da cidade que deveria ser considerado parada obrigatória para os visitantes da cidade. Sua linda arquitetura já seria motivo suficiente para uma visita, mas além disso, o local conta com incríveis espetáculos. Com programação variada, que inclui orquestras, corais e balés, é uma boa pedida para curtir aqueles dias chuvosos.

Endereço: Praça Ramos de Azevedo, s/nº

Bilheteria: (11) 3053 2085

Fundação Maria Luisa e Oscar Americano

Créditos: Facebook Oficial da Fundação

A Fundação Maria Luisa e Oscar Americano é conhecida por oferecer seu chá da tarde, que é servido no esplendoroso Salão de Chá. A visita em si ao local já vale a pena, pois ele carrega todo um clima inglês, com decoração delicada. O chá completo é servido por pessoa, na mesa, em clima de sofisticação e inclui itens como chá ou chocolate, suco, pães variados, mini sanduíches, bolo de chocolate, bolo de rolo, pão de mel, mini cheesecake, petit four e muito mais, no valor de R$ 65 por pessoa.

Endereço: Av. Morumbi, 4077
Telefone: (11) 3742-0077

Mercadão

Créditos: Clara Velasco/G1

O Mercado Municipal de São Paulo foi inaugurado em 1933 e projetado pelo engenheiro Felisberto Ranzini, o mesmo responsável pelas fachadas do Theatro Municipal e da Pinacoteca. Para os dias de chuva, você pode visitar o local e se deliciar com os famosos pasteis, sanduíches de mortadela e frutas exóticas.

Endereço: Rua Cantareira, 306 – Centro

Aproveite os dias chuvosos de São Paulo para curtir a cidade!

Expedição S.O.S Terra 2019 a Groenlândia e a Amazônia


Créditos: Equipe S.O.S Terra, Patrícia Alves/Fujocka Creative Images


O projeto S.O.S Terra completa 10 anos – uma ação artística e ambiental liderada por Thiago Cóstackz, um dos artistas plásticos mais ativos de sua geração. A iniciativa usa o poder instigador da arte para chamar atenção às consequências da ação humana à vida no planeta.

Thiago Cóstackz acaba de chegar da jornada “Tupiland Goes to Greenland” – Expedição 2019 a Groenlândia e Amazônia. O artista e sua equipe percorreram mais de 43 mil quilômetros durante 38 dias, passando por regiões do Ártico como Groenlândia, Islândia e Dinamarca, e áreas da Floresta Amazônica. “O objetivo foi mostrar o avanço dos problemas ambientais encontrados nas primeiras viagens e fortalecer a ideia da interconexão entre esses problemas e as regiões visitadas”, afirma Cóstackz.

Para a comprovação dessas realidades, foram captadas imagens fortes e provocativas, muitas vezes beirando o “bizarro”, com o intuito de incentivar o debate acerca dessas questões, além de entrevistas com cientistas que apresentam tristes índices de um retrato nada agradável sobre a situação do planeta.

Créditos: Equipe S.O.S Terra, Patrícia Alves/Fujocka Creative Images

“Espécies têm se extinguido a um ritmo até duas mil vezes maior do que é considerado normal. Tudo isso está relacionado ao que pode ser uma nova extinção em massa. Mas, dessa vez, com o gatilho humano”, aponta o artista. A expedição tem como objetivo mostrar que não existem “eles” ou “nós” quando nos referimos a mudanças climáticas e problemas ambientais, e que mesmo acontecimentos em locais isolados podem contribuir com catástrofes em diferentes regiões do planeta.

Performances artísticas – Entre as ousadas intervenções artísticas da viagem, Cóstackz realizou a dança performática “The Great Tupi Mother on Ice” sobre um iceberg em pleno Oceano Glacial Ártico. “Um grande risco em nome da arte e da causa”, comenta. E em visita a uma tribo Tuiúca, no meio da Floresta Amazônica, o artista executou a performance “The Great Artic Mother in Amazon”, uma dança cerimonial com os índios da aldeia. “Foram alguns dos feitos mais importantes da minha carreira. Uma especial satisfação pelas realizações de um lado, mas de outro, uma pesada consciência por denunciar tantas ações humanas contra o meio ambiente e extermínio dos povos originais”.

Intervenção na Avenida Paulista

O lixo mais comum encontrado durante a expedição foi o plástico, acumulado mesmo em locais de natureza vasta e intocável. Para chamar a atenção para o problema, no dia 24 de fevereiro, Cóstackz realizará mais uma de suas impactantes intervenções urbanas. Será instalada em plena Avenida Paulista o “Oceano Plástico” – um enorme balão no formato de uma baleia cachalote gigante, com cerca de 7 metros de comprimento.

A estrutura será alimentada por gás hélio doado pela empresa Air Liquide, principal patrocinadora da ação no Brasil e no exterior, juntamente com o aplicativo Rhapidus. “A ideia é conscientizar e alertar a população sobre o grave problema do plástico nos oceanos”, afirma. Voluntários já pré-selecionados vão juntar plástico reciclável durante uma semana de suas vidas para “alimentarem” a enorme baleia, o que deverá causar estranhamento e debate na mais famosa avenida da cidade.

E por que a Avenida Paulista?

“Como o objetivo é chamar a atenção, não poderia ser outro o lugar escolhido. A Avenida Paulista é um cenário muito especial no coração dos paulistanos, é um lugar extremamente importante para as lutas que acontecem na cidade e fazer a intervenção num domingo, quando ela fica cheia e quando as pessoas estão sem pressa, é uma oportunidade para que elas parem, ouçam o que a gente tem a dizer, absorvam um pouco da nossa causa (que é de todos nós) e quem sabe levem um pouquinho do que ouviram para o dia a dia delas, diminuindo seu impacto sobre o planeta”, diz Thiago.

Em sua última intervenção na metrópole paulistana, o artista instalou um balão de polvo gigante que fazia alusão à vida marinha severamente ameaçada pelo aquecimento das águas dos oceanos. A intervenção pode ser vista abaixo:

Expedições

Na Groenlândia, Cóstackz e sua equipe enfrentaram as piores condições climáticas possíveis. Desceram em um dos aeroportos mais perigosos do mundo. Foram dias de fortes tempestades no verão ártico, acompanhadas de rajadas de ventos que os impediam de caminhar e buscar alimento, em uma área de ursos polares (cada vez mais famintos, eles têm migrado em direção ao sul). Escaladas mortais e até escassez de comida os obrigaram a racionar comida e a pescar. Porém, nada disso os impediram de realizar ambiciosas captações de imagens e ousadas intervenções artísticas, como a dança performática: “The Great Tupi Mother on Ice”, feita sobre um iceberg em pleno Oceano Glacial Ártico.

Créditos: Equipe S.O.S Terra, Patrícia Alves/Fujocka Creative Images

Além dessa performance, o artista realizou instalações como: “Cactus in Artic”, em que instalou grandes esculturas de acrílico translúcido reciclado que sumiam em meio à paisagem gélida e apocalíptica da região. Outra obra foi instalada na Baía de Narsarsuaq, ao sul da ilha, lotada de icebergs que se desprendem da Grande Capa de Gelo da Groenlândia, a segunda maior massa de gelo da Terra, hoje a mais ameaçada pelo aquecimento global. Além disso, a turma registrou o avanço do degelo e escurecimento do gelo, que tem sido coberto com poeira cada vez mais seca e com resíduos poluentes provenientes de diversas partes do mundo, um grave e desconhecido problema.

Floresta Amazônica

Cóstackz e sua equipe visitaram regiões de devastação na maior floresta tropical do mundo, regiões de impacto do agronegócio e do crescimento desordenado de uma grande cidade como Manaus. Visitaram também os grandes rios. Quilômetros percorridos de barco, horas de caminhada dentro da selva tropical, sempre carregando quilos de equipamentos de filmagem e grandes obras a serem instaladas, em meio ao calor e ao risco do encontro com animais selvagens, entre outros perigos relacionados aos donos das terras, cujas devastações foram registradas. Mas nada os fez parar. Em cada local colheram dados, conversaram com moradores afetados por problemas atuais, tudo para entender melhor os conflitos e o desmatamento que voltou a crescer fortemente na região.

Créditos: Equipe S.O.S Terra, Patrícia Alves/Fujocka Creative Images

O artista instalou obras no Rio Negro, como a escultura “Estrada para lugar nenhum”, e a obra “Dead in Amazon” em áreas de desertificação que um dia estiveram cobertas pela mata. Ambas as esculturas feitas em vidro e espelhos, refletindo os ambientes, se fundindo com eles. Em visita a uma tribo Tuiúca, no meio da floresta, Cóstackz realizou a performance “The Great Artic Mother – visita a Amazônia” juntamente com os índios, que executaram uma dança cerimonial com o artista.

Todas as roupas das performances foram produzidas sem o uso de peles ou quaisquer outros produtos de grande impacto. A maioria dos tecidos foi proveniente dos restos de confecções do Brás, achados em lixos – cortes finais de rolos de tecidos, geralmente com defeitos – e de materiais certificados em sua maioria. Cóstackz procurou ao máximo evitar agressões ao planeta, tendo até o transporte e compra do material sido feito de bicicleta.

Islândia

No gélido país europeu, o artista entrevistou vários cientistas e especialistas em mudanças climáticas, como a biologista ártica Ingibjörg Svala Jónsdóttir e o prestigiado pesquisador de geologia glacial e geomorfologia Olafur Ingolfsson, ambos importantes professores das Universidades da Islândia e de Svalbard, na Noruega. Além dessas conversas, Cóstackz visitou e realizou uma performance nos campos devastados por lava e desertificação no sul do país, a 300 km da capital, Reykjavík.

Antes, o local era o lar de uma grande floresta boreal, que foi completamente destruída pelos primeiros colonos vikings, há cerca de mil anos, e que até hoje não conseguiu se recuperar, mesmo com todos os esforços do país em reflorestar a área. Com a destruição das florestas, os solos sofrem enormemente e sua recuperação é difícil. Situação que pode ser vista como exemplo para o Brasil.

Créditos: Equipe S.O.S Terra, Patrícia Alves/Fujocka Creative Images

Thiago Cóstackz é artista plástico brasileiro multimídia, documentarista e ativista ambiental. Nos últimos 10 anos, esteve envolvido em mais de 50 ações pelo Brasil e em países como Rússia, Islândia, Holanda, EUA, Inglaterra, Groenlândia e Itália, além de intervenções em lugares como o Oceano Glacial Ártico, Atlântico Sul, Caatinga e Florestas tropicais. Colaborou com astros internacionais, como Roger Waters (ex-Pink Floyd), que o escolheu para realizar uma intervenção invocando questões ambientais e de Direitos Humanos no show The Wall, realizado no Brasil em 2012.

Seu engajamento ambiental lhe rendeu uma homenagem do Ranking Benchmarking Sustentável, entregue no MASP, em 2012, onde também fez uma exposição. Foi durante seis anos Embaixador Nacional de Sustentabilidade da marca alemã Puma Sports e realizou, de forma pioneira, em 2014, a 1º expedição artístico-científica já registrada por 10 lugares ameaçados no “Planeta”, que percorreu mais de 62 mil km instalando obras que faziam conexão com problemas ambientais nestes locais.

Esta expedição originou o livro e o documentário  Caminhando sobre a Terra, com direção de Cóstackz, neto de uma índia potiguar e de imigrantes do leste europeu.

Patrocinado pelo aplicativo Rhapidus e Air Liquide, o projeto S.O.S Terra foi realizado com apoio da Secretaria de Estado da Cultura, por intermédio do Programa de Ação Cultural – PROAC do Governo do Estado de São Paulo.

Serviço

Data: 24 de fevereiro de 2019

Horário: 10h às 18h

Local: Avenida Paulista

Mais informações : http://www.costackz.com

costackz@yahoo.com.br

Oi Futuro abre a exposição “Olamapá”, de Katie Van Scherpenberg


Créditos: Van Scherpenberg


Está em cartaz desde o  dia 4 de fevereiro no  Oi Futuro, a exposição OLAMAPÁ com trabalhos de Katie Van Scherpenberg, sob a curadoria de Gabriel Perez-Barreiro. A artista vai exibir os vídeos Menarca e Landscape painting, a série de fotografias Esperando papai e a instalação Síntese. As obras referem-se à pesquisas pictóricas, sentimentos e a história dos 20 anos em que viveu na floresta amazônica com seu pai.

A obra de Katie van Scherpenberg é fundamental para poder entender o desenvolvimento da arte brasileira desde a década de 1980 até hoje. Com forte fundamento na pintura, seu trabalho transita por diversas linguagens como instalação, vídeo, arte ambiental e fotografia. A exposição OLAMAPÁ resgata um conjunto de trabalhos realizados sobre a região do Amapá (Amazonas), onde passou a maior parte da infância e retornou por alguns anos quando adulta. Nas obras mostradas articulam-se uma série de questões sobre a vida, o tempo, a matéria e a arte que fazem de sua obra referência chave na arte contemporânea.

Créditos: Van Scherpenberg

Artista Plástica e professora, Van Scherpenberg iniciou seus trabalhos experimentais de intervenção na paisagem na década de 1980, utilizando-se de praia, rios, jardins e florestas como suporte para suas pinturas. “Tudo o que faço é pintura. Os trabalhos não são feitos no sentido happening ou uma instalação Em cada intervenção examino aspectos, técnicas e problemas estéticos da pintura: o preto e branco em Síntese, a questão da luz em Esperando Papai, a aquarela em Menarca (pigmento se dissolvendo na água). No vídeo Landscape painting, fiz intervenções na própria natureza lembrando as expedições artísticas e cientificas do século XIX. A pintura é a técnica que eu uso para pensar e sentir. Uma busca constante de crescimento, alastramento, densidade, absorção e profundidade. Eu nunca sei exatamente o que vai acontecer, o conceito e a poesia vem depois. Quando comecei estas obras, nunca pensei em mostrá-las. Eram ensaios que eu realizava para mim. Depois, quando associei os estudos com minhas pinturas é que decidi expô-las”, declara a artista.

Para o curador da mostra, Gabriel Perez-Barreiro, também curador da edição 2018 da Bienal Internacional de São Paulo, “a obra de Katie nos ensina ou nos faz lembrar que a arte e a vida não são categorias distintas – a arte não é uma reflexão sobre a vida, mas uma parte inseparável dela, feita da mesma materialidade e dos mesmos rumos. Olhar um trabalho de Katie van Scherpenberg é entregar-se a uma experiência de pathos no seu sentido mais exato, gerando uma resposta emocional por meio de um sentimento de rendição. Um trabalho que registra um processo implacável de decadência inevitável que nos faz conscientes da nossa própria mortalidade, um fato, aliás, da mais profunda indiferença para o mundo que nos cerca.”

Obras | Intervenções | Ensaios visuais

Menarca | 2000-2017

A artista utiliza-se de pigmento vermelho para “pintar” a água, fazendo referência à menarca, primeiro fluxo menstrual feminino. Usando a água como tela a artista deixa uma marca passageira na natureza que se encarrega de dissolve-la. Trabalho realizado na praia de Boa Viagem em Niterói.

Esperando por papai | 2004

Sequência de fotos realizadas no Rio Negro, Amazonas. A personagem está sentada ao lado de uma mesa, num final de tarde com a água pela cintura. Sobre a mesa, também parcialmente encoberta pela água, um lampião aceso. As imagens captam o pôr do sol e a substituição da luz natural pela iluminação de uma lamparina, enquanto se aguarda…

Síntese | 2004-2019

Remontagem do trabalho realizado em uma pequena praia ribeirinha do Rio Negro, Amazonas. Quadrados de sal grosso dispostos à margem do rio são dissolvidos aos poucos pelas águas. Gradativamente ficam cobertos de gravetos de carvão, arrastados pelas águas, vindos das árvores destruídas pelas queimadas. O sal muito branco em contraste com a areia negra da praia amazônica e a fuligem oriunda da floresta.

Landscape painting | 2004

Registro da artista pintando folhas de árvores da floresta Amazônica às margens do Rio Negro, fazendo da paisagem sua tela e a própria obra.

Serviço

Exposição Olamapá

Local: Centro Cultural Oi Futuro – Galeria 2

Endereço: Rua Dois de Dezembro, 63 – Flamengo

Telefone: (21) 3131-3050

Abertura: 4 de fevereiro de 2019, segunda-feira, às 19h

Visitação: de 5 de fevereiro a 31 de março de 2019

Horário: de terça-feira a domingo, das 11h às 22h

Classificação indicativa: Livre para todos os públicos

Entrada Franca