Carmen, a Grande Pequena Notável em cartaz no CCBB




Musical conta a trajetória de Carmen Miranda com linguagem do Teatro de Revista


Por Andréia Bueno
Há exatos 90 anos Carmen Miranda (1909-1955) cantava pela primeira vez na rádio carioca Roquete Pinto. Portuguesa radicada no Brasil, a cantora estava prestes a se tornar um dos maiores símbolos da cultura brasileira para todo o mundo. Em comemoração a essa data, Carmen, a Grande Pequena Notável, com direção de Kleber Montanheiro, estreia no Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo (CCBB SP). O espetáculo fica em cartaz até 26 de janeiro de 2019, com apresentações aos sábados, às 11h
Foto: Leekyung Kim
O musical é inspirado no livro homônimo de Heloísa Seixas e Julia Romeu, que venceu o Prêmio FNLIJ de Melhor Livro de Não Ficção em 2015. Quem dá vida à diva é a atriz Amanda Acosta, que divide o palco com Daniela Cury, Luciana Ramanzini, Maria Bia, Samuel de Assis e Fabiano Augusto. Os músicos Maurício Maas, Betinho Sodré, Monique Salustiano e Marco França também estão em cena.
Para contar essa história, o espetáculo adota a estrutura, a estética e as convenções do Teatro de Revista Brasileiro, no qual Carmen Miranda também se destacou. “Utilizamos a divisão em quadros, o reconhecimento imediato de tipos brasileiros e a musicalidade presente, colaborando diretamente com o texto falado, não como um apêndice musical, mas sim como dramaturgia cantada”, explica o diretor Kleber Montanheiro.
Esse tradicional gênero popular faz parte da identidade cultural brasileira, mas recentemente está em processo de desaparecimento da cena teatral por falta de conhecimento, preconceito artístico e valorização de formas americanizadas e/ou industrializadas de musicais.
A encenação tem a proposta de preservar a memória sobre a pequena notável, como a cantora era conhecida, e a época em que ela fez sucesso tanto no Brasil como nos Estados Unidos, entre os anos de 1930 e 1950. Por isso, os figurinos da protagonista são inspirados nos desenhos originais das roupas usadas por Carmen Miranda; já as vestes dos demais personagens são baseadas na moda dessas décadas.
A cenografia reproduz os principais ambientes propostos pelo livro. Esses espaços físicos são o porto do Rio de Janeiro, onde Carmen desembarca criança com seus pais; sua casa e as ruas da Cidade Maravilhosa; a loja de chapéus, onde Carmen trabalhou; o estúdio de rádio; os estúdios de Hollywood e as telas de cinema; e o céu, onde ela foi cantar em 5 de agosto de 1955. Cada cenário traz ao fundo uma palavra composta com as letras do nome da cantora em formatos grandes. Por exemplo, a palavra MAR aparece no porto, e MÃE, na casa dos pais da cantora. 
Foto: Leekyung Kim
SERVIÇO
Carmen – A Grande Pequena Notável, com direção de Kleber Montanheiro
Centro Cultural Banco do Brasil SP* – Rua Álvares Penteado, 112, Centro 
Temporada: até 26 de janeiro de 2019, aos sábados, às 11h
Apresentações extras nos dias 12/10, 2/11, 15/11 e 25/1
Ingressos: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia-entrada) 
Classificação: livre. Recomendado para crianças a partir de 5 anos
Duração: 70 minutos
Capacidade: 133 lugares
Informações: (11) 3113-3651
*Acesso ao calçadão pelas estações Sé e São Bento do Metrô. 
Estacionamento conveniado: Estapar Estacionamentos – Rua Santo Amaro, 272 – Centro, com custo de R$15 pelo período de 5 horas. É necessário validar o ticket na bilheteria do CCBB. 
Traslado gratuito: uma van faz o transporte gratuito entre o estacionamento e o CCBB, com parada na estação República do Metrô no trajeto de volta.
Informações: (11)3113-3651 | (11) 3113-3652 ou 
Acesso e facilidades para pessoas com deficiência física. Ar-condicionado.

Peça com atores cegos aborda sexualidade em SP




Espetáculo traz deficientes visuais no elenco e aborda tabus e fantasias sexuais entre cegos

Por Andréia Bueno
Protagonizado por atores deficientes visuais, o espetáculo “Volúpia da Cegueira”, que aborda a sexualidade entre quatro personagens cegos, revelando suas descobertas e fetiches mais íntimos, se apresenta no Teatro J. Safra entre os dias 05 e 07 de outubro.
Foto: Divulgação
Com texto de Daniel Porto e direção de Alexandre Lino, o espetáculo traz no elenco atores videntes e cegos, mas sem identificar quais têm a deficiência ou não, propondo uma inversão de papeis entre eles e o público.
No início da sessão, o público receberá vendas para os olhos, promovendo a experiência de escuridão vivida pelos autores. A peça propõe uma experiência sensorial, que resgata da realidade o material essencial para desmistificar o que se passa na cabeça das pessoas em relação à intimidade dos que não enxergam.
O tema é baseado na história do tio do Lino, com quem o diretor conviveu até a adolescência no interior de Pernambuco. “Estudos mostram que, para a maioria das pessoas, os cegos são seres praticamente assexuados. Eu nunca tive essa impressão, pelo contrário. Meu tio ficou cego aos 18 anos, no auge de sua descoberta sexual, e continuou sendo muito ativo mesmo depois de desenvolver a cegueira”, conta Lino.
A peça é contemplada pelo Programa Petrobras Distribuidora de Cultura, seleção pública que tem como objetivo contemplar projetos de circulação de espetáculos teatrais não inéditos, em parceria com o Ministério da Cultura.
Após a apresentação, o espetáculo da Documental Cia fará um bate-papo com o público e realizará encontro com artistas e grupos locais para trocas de experiências sobre o processo da peça. Um outro destaque da peça é a presença de intérpretes de Libras – Língua Brasileia de Sinais – e acesso especial ao deficientes visuais para o diálogo com cenário.
SERVIÇO
VOLÚPIA DA CEGUEIRA
Apresentação: 05/10 a 07/10
Horário: 21h (quinta-feira)
Classificação: 16 anos
Duração: 70 minutos
Especialmente para estas sessões: intérpretes de libras
Ingressos:
Plateia: R$ 20,00 
Mezanino: R$ 10,00 
Mezanino com visão parcial: R$ 5,00
Teatro J. Safra
Endereço: Rua Josef Kryss, 318 – Barra Funda – São Paulo – SP
Telefone: (11) 3611-3042
Abertura da Casa: 2 horas antes de cada horário de espetáculo, com serviço de lounge-bar no saguão do Teatro.
Capacidade da casa: 627 lugares
Acessibilidade para deficiente físico
Horário de Funcionamento da bilheteria
Quartas – 14h às 21h
Quintas, Sextas, Sábados e Domingos – 14h até o horário dos espetáculos
Vendas online: www.teatrojsafra.com.br 

Alice, O Musical volta em cartaz no Teatro Porto Seguro




Por Leina Mara

Entre os dias 13 de outubro e 25 de novembro, o Teatro Porto Seguro volta a receber em seu palco “Alice, O Musical”, um espetáculo baseado na famosa história infantil que promete agradar todos os públicos.
Foto: Divulgação
A famosa história da garotinha em busca de um coelho branco, perdida em um mundo de fantasias e cheio de personagens inusitados, vem de cara nova. Alice agora está crescida!  Entediada em seu quarto, Alice resolve ler um livro pra se entreter, quando de repente a visita ganha vida e a velha estante da família deixa escapar fantásticas criaturas que transformam o seu quarto num verdadeiro país das maravilhas. Nessa versão, Alice é uma adolescente encarando os questionamentos da puberdade e os anseios de envelhecer para ser “dona de seu próprio nariz”. Assim ela passa a viver grandes aventuras ao lado do Chapeleiro Maluco, do Gato Sorridente e da Rainha de Copas.
Com direção assinada pelo ator e diretor Max Oliveira, que integrou o elenco de espetáculos musicais, como Miss Saigon, A Bela e a Fera, Cats, New York, New York e A Madrinha Embriagada, e as produções The Lion King (O Rei Leão) na Espanha e na Austrália, o espetáculo é encenado pelos atores Natália Foschini, Adriano Tunes, Márcio Godoy e Thiago Sak. Além da participação especial de Paula Capovilla e Cláudio Galvan, que emprestam suas vozes à mãe de Alice e ao Gato Sorridente, respectivamente.
Serviço: 
De 13 de outubro a 25 de novembro – Sábado e domingo, às 15h.
Ingressos: R$ 60,00 – plateia / balcão e frisas – R$ 50,00.
Classificação: Livre.
Duração: 60 minutos.
Gênero: Musical infantil.
TEATRO PORTO SEGURO
Al. Barão de Piracicaba, 740 – Campos Elíseos – São Paulo.
Telefone (11) 3226.7300.
Bilheteria: De terça a sábado, das 13h às 21h e domingos, das 12h às 19h.
Capacidade: 496 lugares.

Teatro: Nina, ou da fragilidade das gaivotas empalhadas




Por Leina Mara

Com texto de Maitéi Visniec e tradução de Clara Carvalho, o espetáculo “Nina, ou da fragilidade das gaivotas empalhadas” está em cartaz até dia 27 de setembro, no Centro Cultural de São Paulo – CCSP.
Foto: Leekyung Kim
No enredo, personagens do clássico “A Gaivota”, de Anton Tchekhov, se encontram em uma casa isolada pela neve. Treplev, um jovem escritor em conflito, é apaixonado por Nina, que por sua vez ama Trigorin. O desfecho trágico da peça russa é reescrita neste espetáculo, que se passa 15 anos depois dos eventos da trama original e é ambientado durante a Revolução Russa de 1917.
Com direção de Denise Weinberg e realizado pelo Coletivo Culturas em Movimento, o espetáculo é encenado pelos atores Edi Guimarães, Dinah Feldman, Francisco Brêtas e Gregory Slivar.
Serviço: 
Até 27 de setembro 
Centro Cultural de São Paulo – CCSP
Terças a quintas às 21h 
Espaço Ademar Guerra 
Endereço: Rua Vergueiro, 1000, Paraíso 
R$ 20,00
Telefone: 3397 4002

Grupo TAPA faz nova temporada de Anatol no Teatro Paulo Eiró




O Grupo Tapa segue com nova temporada de Anatol, do dramaturgo e médico austríaco Arthur Schnitzler (1862-1931), até 30 de setembro, no Teatro Paulo Eiró.



Por Andréia Bueno

Com direção de Eduardo Tolentino de Araujo e tradução feita especificamente para a encenação, a peça, publicada em 1882, é o primeiro texto teatral escrito pelo polêmico autor vienense, que flertava com as ideias do psicanalista Sigmund Freud sobre a sexualidade humana. Pouco conhecido no Brasil, Schnitzler também é autor de La Ronde (“A Ciranda”), que foi censurada em 1903 por causa de seu conteúdo erótico – semelhante ao de Anatol.
Foto: Ronaldo Gutierrez / Divulgação
Dividida em seis curtos episódios, com diálogos carregados de humor ácido, a peça traça as aventuras e desventuras de um Don Juan moderno em sua busca incessante de prazer em relações desprovidas de afeto. Em cada história, Anatol e seu cúmplice Max (uma espécie de duplo do protagonista) têm amantes diferentes – burguesas, atrizes, prostitutas e costureiras –, sem fazer distinção de idade, classe social ou estado civil.
Em uma época de moral sexual bastante elástica e liberação feminina, essas mulheres não são mocinhas frágeis e inocentes da literatura do século 19, mas sim donas da própria vida sexual. Em sua diversidade, elas revelam a vulnerabilidade do homem moderno em sua falsa crença de domínio e supremacia.
Tendo como pano de fundo a efervescência artística e intelectual de Viena na virada do século 19, ambiente que forjou o conceito de modernidade e revolucionou a vida cultural europeia do século 20. Apaixonado pela psiquiatria, Schnitzler disseca com bisturi o comportamento masculino diante de suas parceiras, seus medos e suas perplexidades.
Serviço:
ANATOL no Teatro Paulo Eiró
Até 30 de setembro – Sextas-feiras e sábados, às 21h; domingos, às 19h.
Duração: 120 minutos. Classificação: 14 anos. Ingressos: R$20 e R$10 (meia entrada).
Teatro Paulo Eiró  
Avenida Adolfo Pinheiro, 765 – Santo Amaro
Telefone: (11) 5686-8440.
Bilheteria aberta com uma hora de antecedência. 
Não aceita cartões. Tem acessibilidade. 
Não possui estacionamento conveniado. Capacidade: 600 lugares.

Espetáculo Os 3 Mundos em cartaz em São Paulo




Por Leina Mara

Primeira obra teatral dos premiados quadrinistas Fábio Moon e Gabriel Bá, o espetáculo “Os 3 Mundos” está em temporada até dezembro no Centro Cultural FIESP. O espetáculo narra um mundo pós-apocalíptico devastado por guerras. Lachesis lidera o Grupo da Serpente, uma grande família de praticantes de Kung Fu que habita as ruínas das estações do metrô e vive sob a dominação de sua líder. 
Foto: Divulgação
Ao deixar este submundo em busca de um novo membro, o grupo se depara com o Mundo das Máscaras, liderado por Acônito, que, do alto de sua torre, comanda os membros de seu grupo com mãos de ferro. Nesse enfrentamento, ambos os líderes devem lutar para manter seus súditos sob domínio e, ao mesmo tempo, derrotar o inimigo, que alimenta o desconhecido. 
Com direção de Nelson Baskerville (Prêmio Shell de Direção de 2011) e animação e projeção de Estúdio BijaRi (Prêmio Shell 2016 pelo cenário de ‘Adeus Palhaços Mortos’), o espetáculo traz elementos de animação em 3D e mescla teatro, cinema, HQ e Kung Fu. No palco, a encenação é toda feita dentro de uma caixa cênica, como se esses mundos estivesses presos em outra realidade. 
Serviço – Os 3 Mundos 
Em cartaz até 16 de dezembro
Quintas a sábados às 20h 
Domingos às 19h 
Classificação: 14 anos 
Elenco: Paula Picarelli, Thiago Amaral, Tamirys Ohanna, João Paulo Bienemann, Alice Cervera, Artur Volpi, Rafael Érnica e Luciene Bafa 
Teatro do Sesi – SP
Centro Cultural FIESP 
Avenida Paulista, 1313