‘Trava Bruta’ estreia no Centro Cultural São Paulo com texto e interpretação de Leonarda Glück


Créditos: Alessandra Haro


Estreia dia 7 de dezembro, às 21h no Centro Cultural São Paulo, o espetáculo TRAVA BRUTA, manifesto que parte da experiência transexual da autora Leonarda Glück para propor uma ponte e um embate entre o contexto artístico e a conjuntura política e social brasileira atuais no que se refere ao campo da sexualidade. O trabalho marca as comemorações de 25 anos de carreira da artista e também o seu reencontro com o diretor Gustavo Bitencourt.

Com ampla trajetória no campo das artes cênicas brasileiras, Leonarda fundou importantes coletivos nacionais como a Companhia Silenciosa e a Selvática Ações Artísticas e apresentou seus trabalhos em diversos países da Europa e América Latina, esta é a primeira vez que Leonarda aborda exclusivamente a questão da transexualidade em uma de suas criações. O espetáculo é uma espécie de vertiginoso poema cuja principal metáfora reúne o ato de bloquear e impedir a livre movimentação com a capacidade de brutalidade da natureza humana, sua violência e sua incivilidade. “Como é experimentar um corpo que provoca um misto de repulsa e desejo a um só tempo? O que tem a cultura a ver com a transexualidade? Como é ser uma artista trans no Brasil de 2021? Resposta não há, mas ainda há a poesia. E, mesmo que alquebrado, ainda há o teatro”, diz Leonarda.

A artista conta que começou a escrever o texto para a peça em 2018 em Curitiba, sua cidade natal, antes de se radicar em São Paulo. “Me veio uma possível angústia repentina: a de talvez não ter conseguido em outro momento antes escrever tão intimamente sobre o assunto da transexualidade, e seus efeitos na minha mente e na vida social da qual faço parte”, diz Leonarda, que arrastou por meses a tarefa de terminar o texto.

Créditos: Alessandra Haro

Já em 2019, a montagem foi premiada pelo Centro Cultural São Paulo, integrando a 6ª Mostra de Dramaturgia em Pequenos Formatos da instituição. Após ter sua estreia suspensa por conta da pandemia, o trabalho foi retomado em 2021 e estreará presencialmente na Sala Jardel Filho, onde serão disponibilizados 160 ingressos. Sobre a pandemia, Glück faz questão de frisar: “A gente entrou no modo catástrofe que meio que está até agora. As pessoas trans ficaram ainda mais vulneráveis do que já eram antes. E elas eram muito. São, no Brasil. Física e psicologicamente.”

A direção da obra, que é produzida pela Pomeiro Gestão Cultural, produtora que realiza a gestão dos projetos de Leonarda, ficou a cargo de Gustavo Bitencourt, parceiro de Glück há mais de 20 anos. Juntos os dois já desenvolveram criações em performance, dança e teatro, com destaque para Valsa Nº 6, montagem do texto de Nelson Rodrigues premiada pela Funarte, feita em 2012 na ocasião do centenário do autor.

Quando foi convidado para dirigir o espetáculo, Gustavo Bitencourt ficou com um pouco de medo. “Porque era um texto que falava muito da experiência dela como mulher trans no Brasil. Onde é que eu ia poder contribuir nisso? O que é que eu sei disso? Mas lendo e relendo, e conversando com ela, fui vendo o quanto esse texto também fala de muitas coisas que dizem respeito a todo mundo, e que era importante que a gente olhasse tanto pro que tem de específico nesse contexto do qual ela fala, quanto pra onde essa história se conecta com outras tantas”. Partindo daí, ele conta que foram entendendo o texto de Trava Bruta como um jeito de falar de coisas que são reais e concretas e nem por isso menos ficcionais.

Leonarda e Gustavo, então, se encontraram na ideia de ficção, como nos diz o diretor: “Ficção que é o que eu pesquiso, é a minha profissão – como drag queen, que é o que eu faço da vida faz 12 anos – e é uma necessidade básica de qualquer ser humano. Básica como fazer xixi, cocô, comer, tomar água, dormir. Humano prescinde de ficção pra viver, e em diferentes medidas, com diferentes graus de comprometimento e de risco, todo mundo vai dando um jeito de concretizar”.

Créditos: Alessandra Haro

A ideia de ficção que move a criação reflete-se, em todos os recursos técnicos utilizados na montagem: seja na criação em videoprojeções de Ricardo Kenji ou na trilha original desenvolvida por Jo Mistinguett, estas camadas ficcionais são construídas e destruídas em cena. O mesmo acontece nos figurinos assinados por Fabianna Pescara e Renata Skrobot e no desenho de luz de Wagner Antônio, que cumprem a função de revelar e ocultar alguns dos signos explorados na montagem.

Para Gustavo, o ponto chave da ideia de ficção explorada no trabalho encontra-se no fato de que “algumas ficções são permitidas e outras não. Quando se trata de gênero, as pessoas tendem a ficar muito assustadas”. TRAVA BRUTA desloca o seu olhar para um dos principais dilemas culturais, políticos e sociais de hoje: a ideia da diversidade. Neste caso, ela se refere muito mais ao lugar ocupado pelas pessoas trans na sociedade brasileira e mundial. Leonarda é enfática: “Chego aqui com a certeza de que o herói macho branco, heterossexual, cristão e suas ideias precisam urgentemente ser substituídos, trocados ou mesmo revisitados por outros ângulos. Estão chatos. De alguns eu ainda gosto muito, mas estão chatos.”

Esta primeira temporada presencial será realizada entre os dias 7 e 12 de dezembro, de terça a sábado às 21h e domingo às 20h. Os ingressos variam de R$15,00 a R$30,00 e haverá, em todas as apresentações, uma cota de ingressos gratuitos para pessoas trans, que poderá ser retirada presencialmente, uma hora antes do espetáculo.

SERVIÇO: TRAVA BRUTA

Temporada presencial.

Centro Cultural São Paulo – Sala Jardel Filho

Rua Vergueiro, 1000 – Paraíso, São Paulo

Temporada: 7 a 12 de dezembro

Horários: Terça a sábado, 21h e domingo 20h.

Ingressos: R$30,00 (inteira) e R$15,00 (meia-entrada)

Bilheteria abre uma hora antes do espetáculo ou antecipado pelo link Sympla

Classificação: 18 anos

Duração: 60 minutos

‘Crime Cor de Rosa’ em curta temporada no Teatro West Plaza


Créditos: Divulgação


Fechando a trilogia de espetáculos premiados produzidos pela Cia dos Reis com temática LGBTQIA+ compostos por “Louca Terapia” e “Querido Amigo”, a nova aposta da Cia é “Crime Cor De Rosa” um espetáculo que traz comicidade, suspense e música no mesmo ambiente.

Com um texto intrigante, cenário chamativo e figurinos extravagantes a peça ainda traz outras surpresas oferecidas para quem vai assistir, incluindo brindes. O espetáculo promete envolver com música, charme, traição, vingança, ambição e mistério. Você também está sob suspeita, descubra o Crime Cor de Rosa.

Créditos: Divulgação

Sinopse:

Em um show na boate Cor de Rosa acontece um assassinato, os artistas que estavam no palco se tornam os principais suspeitos na visão de um policial e um investigador que acabaram de chegar. As diferenças entre os colegas de profissão vêm à tona e o mistério aumenta quando eles desconfiam que os recém-chegados podem não ser quem eles dizem que são. Em meio a um suspense cômico será difícil não se envolver para investigar o Crime Cor de Rosa. Você também está sob suspeita.

SERVIÇO
CRIME COR DE ROSA
Temporada: Teatro West Plaza
De 7 de Novembro até 19 de dezembro, aos domingos às 20h00
Elenco: Bruno Bianchi, Diógenes Gonçalves, Felipe Camelo, Gustavo Vierling Ivo Ueter e Rafa Américo.
Ingressos: Sampa Ingressos

Equipe de Produção:
Fernando Maia
Vic Vergamine

Músicas – Fernanda Ferigato e Renê Mendonça.

Criação e operação de Luz e Som: Kauan Silva

Texto de Ivo Ueter – Colaboração: Gustavo Vierling

Direção: Ivo Ueter

Realização: Cia dos Reis

Apoio: Acesso Cultural

“O que meu corpo nu te conta?”, novo espetáculo do Coletivo Impermanente estreia temporada presencial


Créditos: Otto Blodorn


Novo espetáculo do Coletivo Impermanente, “O que meu corpo nu te conta?” realiza ensaio aberto e gratuito na  Oficina Cultural Oswald de Andrade/ Três Rios.

Os trinta e seis atuantes do Coletivo Impermanente, dirigidos por Marcelo Varzea, se revezam nesta performance onde seus corpos nus, em relatos confessionais postos em minisolos de autoficção, revelam histórias marcadas em suas peles e existências.

Créditos: Otto Blodorn

Temas como homofobia, assédio sexual, etarismo, gordofobia, machismo, disforia do espelho, pretitude, racismo, compulsão, hipervalorização do erotismo, pedofilia, transfobia, maternidade, infertilidade, educação sexual, entre outros, são abordados olho no olho, respirando junto, num ato íntimo.

Cada artista tem um piso de 2mx2m pra performar, dispostos dentro de num grande tabuleiro. A duração de cada solo é de quatro minutos. Findados, o público escolhe em qual nicho assistirá a próxima rodada em sucessivas apresentações durante uma hora. Aperte o play e confira o que vem por aí!

Outros corpos nus se movem perifericamente, e desta forma é possível fazer o revezamento no fim de cada ciclo, alterando a perspectiva.  Simultaneamente as falas se sobrepõem como numa radiografia social.

Serviço

“O que meu corpo nu te conta?”
Performance
Abertura de processo/ Ensaio aberto
Coletivo Impermanente
Direção Marcelo Varzea
Oficina Cultural Oswald de Andrade/ Três Rios
Rua Três Rios 363 – Bom Retiro, São Paulo/SP
Sala 11
Dias 6 e 7 de dezembro às 20 horas.
Gratuito.

Sucesso de público e critica, ‘A Cor Púrpura’ retoma temporada no Teatro Sérgio Cardoso


Créditos: Divulgação


A Cor Púrpura – O Musical, apresentado pelo Ministério do Turismo e pela Bradesco Seguros, iniciou sua temporada em setembro de 2019, fazendo um imenso sucesso de público e crítica, recebendo 73 prêmios e 85 indicações (9 delas ainda não tiveram os resultados divulgados). Com versão musical inédita no Brasil, retorna aos palcos e apresenta temporada no Teatro Sérgio Cardoso, equipamento da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo e gerido pela Amigos da Arte, após longa pausa causada pela pandemia. O espetáculo tem direção de Tadeu Aguiar e versão brasileira de Artur Xexéo.

Após temporadas de sucesso no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Salvador, o musical inicia a retomada de sua turnê por São Paulo, trazendo à cena a produção que consagrou o espetáculo: 17 atores, 90 figurinos, um palco giratório de 6 metros de diâmetro e uma escada curva com sistema de traveling em volta do cenário.

Alice Walker foi a primeira escritora negra a ganhar o Pulitzer pelo seu livro A Cor Púrpura, que continua contemporâneo ao retratar relações humanas, de amor, poder e ódio, em um mundo marcado por estruturas e diferenças econômicas, sociais, étnicas e de gênero. O livro A Cor Púrpura foi lançado em 1982. Com direção de Steven Spielberg, a obra foi adaptada para o cinema em 1985, recebendo 11 indicações ao Oscar.

Escrito há mais de 35 anos e vencedor dos Prêmios Pulitzer, Grammy e Tony, A Cor Púrpura é um musical baseado em uma história passada na primeira metade do século XX, na zona rural do Sul dos Estados Unidos, com personagens típicos dessa região. Com um elenco em sua maioria escolhido por meio de testes, o musical apresenta a trajetória e luta de Celie contra as adversidades impostas pela vida a uma mulher negra, na Geórgia, no decorrer da primeira metade do século XX. Na adolescência, a personagem tem dois filhos de seu suposto pai, que a oferece a um fazendeiro local para criar seus herdeiros, lavar, passar e trabalhar sem remuneração. Ela é tirada à força do convívio de sua irmã caçula Nettie e passa a morar com o marido Mister. Enquanto Celie resigna-se ao sofrimento, Sofia e Shug entram em cena, mostrando que há possibilidade de mudanças e novas perspectivas, esperança e até prazer. A saga de Celie é permeada por questões sociais de extrema relevância até os dias atuais como a desigualdade, abuso de poder, racismo, machismo, sexismo e a violência contra a mulher.

Nesta retomada teatral, o elenco, em sua maioria escolhido por meio de testes, permanece praticamente o mesmo. O espetáculo apresenta a trajetória e luta de Celie (Letícia Soares) contra as adversidades impostas pela vida a uma mulher negra, na Geórgia, no decorrer da primeira metade do século XX. Na adolescência, a personagem tem dois filhos de seu suposto pai (Jorge Maya), que a oferece a um fazendeiro local para criar seus herdeiros (entre eles, Harpho – Alan Rocha), lavar, passar e trabalhar sem remuneração. Ela é tirada à força do convívio de sua irmã caçula Nettie (Ester Freitas) e passa a morar com o marido Mister (Wladimir Pinheiro). Enquanto Celie resigna-se ao sofrimento, Sofia (Erika Affonso) e Shug (Flávia Santana) entram em cena, mostrando que há possibilidade de mudanças e novas perspectivas, esperança e até prazer. A saga de Celie é permeada por questões sociais de extrema relevância até os dias atuais como a desigualdade, abuso de poder, racismo, machismo, sexismo e a violência contra a mulher. Completam o elenco: Analu Pimenta (Squeak); Suzana Santana (Jarene); Hannah Lima (Doris); Cláudia Noemi (Darlene); Caio Giovani (Grady Ensemble); Leandro Vieira (Chefe da Tribo Olinka Ensemble); Gabriel Vicente (Bobby Ensemble); Thór Junior (Pastor Ensemble); Renato Caetano (Soldado Ensemble); Nadjane Pierre (Solista da Igreja Ensemble).

Serviço
A COR PÚRPURA

TEATRO SÉRGIO CARDOSO

Sala Nydia Licia – 100% da lotação

Obedecendo aos protocolos de prevenção contra o COVID 19

Rua Rui Barbosa, 153 – Bela Vista, São Paulo, SP – CEP 01326-010

Bilheteria: terça a domingo a partir das 14h.

Vendas: www.sympla.com.br

NOVEMBRO e DEZEMBRO

Sexta às 20h | Sábado às 16h e 20h30 | Domingo às 17h

Ingressos:

R$ 150 (plateia 1) | R$ 120 (plateia 2) | R$ 90 (balcão 1)| R$ 75 (balcão 2)

Duração: 180 minutos

Recomendação: 12 anos

Gênero: musical

 

Conhecida dos musicais, Thais Piza entra para a 10ª edição do The Voice Brasil


Créditos: Thiago Almeida


Ela é a cara do Rock’n’roll e este fato não está ligado apenas a alguns personagens nos palcos. A piracicabana Thais Piza tem uma conexão antiga e direta com a música, caminho que já trilha há muito tempo em paralelo ao gênero que lhe trouxe maior reconhecimento nos últimos anos: os musicais. Sempre conciliando a vida de atriz com a de cantora, entre uma personagem e outra, a artista já liderou bandas, lançou singles, gravou clipes, e agora pode ser vista entre as candidatas do programa ‘The Voice Brasil’, que chega à sua 10ª edição, em formato especial.

Escolhida por Lulu Santos, o famoso hitmaker será o responsável por orientar e acompanhar de perto a jornada da artista no reality, e que deve ser embalada por muito pop-rock, nacional e internacional, seguindo o estilo pessoal e profissional já conhecido de Thais, que não deixa faltar em sua playlist o rock clássico e a pop disco, representados em sucessos internacionais de Alanis Morissette, Blondie, Pink, David Bowie, Lady Gaga, Aerosmith, Jon Bon Jovi, Paramore, The Interrupters, Miley Cyrus entre outros.

Influenciada pelos pais, extremamente culturais, a candidata do “Time Lulu” é filha de professora de Arte e Música, com quem aprendeu um pouco da magia da teoria, para além da prática, e de um pai ‘elvismaníaco’ e amante do Show do Rod Stewart. Juntos, o casal despertou nela, ainda criança, as melhores afinidades com bandas como Beatles, Creedence Clearwater, Bee Gees, The Rolling Stones, Abba, e uma série de outras estrelas da música que hoje fazem parte do seu repertório, com espaço ainda para vozes femininas como Kelly Clarkson, Mariah Carey e Whitney Houston.

Créditos: Thiago Almeida

Profissionalmente Thais viajou pelo Brasil em turnê com a Banda Viva Noite e há alguns anos vem se dedicando a trabalhos autorais, lançando canções que caracterizam seu estilo rocker e com uma pitada de POP, com letras reais que falam de decepções amorosas, medo das angústias da vida e do próprio cotidiano, a exemplo de ‘Nightmare’, que virou clipe, e de ‘Afraid of Love’, lançadas em 2019 e disponíveis no Spotify. Mais recentemente, a artista lançou seu novo single, ‘Falling’, criado durante o isolamento social, e que pode ser ouvido em seu canal do YouTube.

Além do Som

Junto com a paixão pela música, Thais alimenta também uma paixão pela dança e pelo teatro, universo este que adentrou cedo, de forma amadora, e que a levou a buscar por um maior aperfeiçoamento aos 19 anos, ao se mudar para São Paulo, matriculada no curso de Teatro da Faculdade Paulista de Artes, e ser aprovada em seu primeiro musical profissional, ‘Aida’, produção que ficou em cartaz no Teatro Cultura Artística e se tornou uma porta de entrada para outros trabalhos no gênero como ‘Into the Woods’, ‘New York, New York’, ‘O Primeiro Musical A Gente Nunca Esquece’ e ‘Cinderella – O Musical da Broadway’.

Mas foi em duas superproduções, bem ‘rock’n’roll’, consideradas pontos altos em sua carreira, que Thais conquistou seu espaço, além de muitos elogios, dentro do teatro musical: ‘We Will Rock You’, com canções da banda Queen, onde interpretou a personagem Oz, e ‘Escola do Rock’, onde deu vida à Patty Di Marco, ambas personagens que lhe renderam importantes indicações ao Prêmio Bibi Ferreira, na categoria Melhor Atriz Coadjuvante, sendo a mais recente celebrada há poucos meses, servindo como um alento em meio à pandemia, e como um combustível poderoso para essa retomada.

CAZAS DE CAZUZA:21 anos depois de sua estreia, Musical Tributo a Cazuza está de volta!


Créditos: Robert Schwenck


Já se passaram 31 anos desde que Cazuza, um dos maiores poetas da história da música  brasileira, nos deixou. Suas letras e canções, sua imagem irreverente e, principalmente, sua mensagem, deixaram uma marca e um legado único na história da MPB, transformando-o em um ícone jovem, cuja obra transcende o tempo e permanece viva.

Dez anos após sua morte, Cazuza recebeu uma das maiores homenagens, o musical tributo “Cazas de Cazuza”, escrito e montado em 2000, na virada do milênio, por um grupo de jovens artistas, tendo à frente o diretor e compositor Rodrigo Pitta, que gerou um grande sucesso e uma enorme repercussão na época, sendo visto por 80 mil pessoas. Vinte e um anos depois, o espetáculo está de volta, em nova montagem e com um novo elenco, escolhido em diversas audições realizadas no Vivo Rio.

Em dois atos, o musical mostra a história de oito personagens, Mia, Enrico, Justo, Bete, Deco, Vera, Ernesto e Dornelles, que vivem no Baixo Leblon, no Rio de Janeiro, abordando temas como preconceito, sexo, drogas, amor e desemprego presentes nas 20 músicas de Cazuza, entre elas “O Tempo não para”, “Pro Dia nascer Feliz”, “Um Trem para as Estrelas”, “Codinome Beija-Flor”, “Ideologia”, “Bete Balanço” e “Brasil”.

Créditos: Robert Schwenck

Essa nova montagem de “Cazas de Cazuza” deveria ter estreado em 2020, como parte das homenagens dos 30 anos da morte do poeta. Com o cronograma alterado pela pandemia e o atraso de mais de um ano, novas audições foram necessárias. Com participação especial de Paulinho Serra, que viverá Dornelles, os papéis principais serão interpretados por Fernando Prata ( Enrico),Yan Dufau (Deco), Jade Baraldo (Bete Balanço), Leandro Bueno (Justo), Julianne Trevisol (Mia), Janamo (Vera) e Alexandre Damascena (Ernesto).

Dois componentes do elenco da versão original estarão na nova montagem, o ator Fernando Prata que interpretou Enrico em 2000, volta a viver o papel do poeta desempregado 21 anos depois. A versão 2021 terá como Diretor Musical o cantor e compositor Jay Vaquer que fez parte do elenco da montagem original no papel de Justo.

O espetáculo retorna para três grandes apresentações no Vivo Rio nos dias 20 de Novembro, 3 e 4 de Dezembro. Mas já a partir de outubro se apresenta, em versão adaptada, dentro da programação do festival itinerante “Rock Brasil – 40 anos”, nos dias 28 e 29 de outubro no CCBB Rio de Janeiro; 16 e 17 de fevereiro de 2022 no CCBB Belo Horizonte; 31 de março e 1º de abril no CCBB São Paulo e 26 e 27 de maio no CCBB Brasília.

Escrito e dirigido por Rodrigo Pitta, então com 22 anos, “Cazas de Cazuza” chamou atenção por apresentar uma genuína e pioneira “ópera-rock” nacional com arranjos e textos inéditos, que ousava transformar canções de rock emblemáticas em um musical “estilo Broadway”, muito antes do Brasil ter se transformado em um polo consumidor e criativo de espetáculos do gênero.

Com arranjos vocais e instrumentais de Daniel Salve, a versão original contava com um elenco afiado e afinado, formado por atores e cantores desconhecidos da mídia, do teatro ou da TV, foi outro fator que fez o espetáculo se transformar em um fenômeno e lotar grandes casas de espetáculo e teatros como o Tom Brasil em São Paulo e o Canecão no Rio de Janeiro por várias semanas. No elenco original estavam Jay Vaquer, Lulo Scroback, Debora Reis, Rosana Pereira, Bukassa Kabenguele, Fernando Prata e Vanessa Gerbelli.

Créditos: Robert Schwenck

“Cazas de Cazuza” causou “furor” como se dizia antigamente, foi fenômeno de público e teve excelentes críticas, reuniu em sua plateia uma gama impressionante de personalidades como Caetano Veloso, Ney Matogrosso, Gilberto Gil, Moraes Moreira, Marilia Pera, e seu elenco foi convidado para se apresentar em programas como os de Fausto Silva, Jô Soares e Hebe Camargo, entre muitos outros lideres de audiência. Por onde passou, o
espetáculo ganhou destaque na capa de jornais, chegou a virar tema de tese em universidade e, até hoje, é grande o número de pessoas que gostaria de revê-lo ou assisti-lo pela primeira vez.

Em menos de 50 apresentações, “Cazas de Cazuza” realizou o sonho de jovens desconhecidos mas, desde então, nunca mais foi assistido. Sua trilha sonora, agora disponível nos serviços de Streaming, foi lançada em CD pela SOM LIVRE, fato raro na época, para uma produção teatral nacional. Em escolas de teatro musical como a CEFTEM, no Rio de Janeiro, o espetáculo é cultuado por uma geração que nem havia nascido quando foi montado.

“Cazas de Cazuza foi a primeira grande homenagem feita a Cazuza e agora, 21 anos depois, ainda é tão atual! Eu fui ver todos os dias no Canecão e a cada dia era uma nova emoção. Não é uma biografia, não é um filme, são variações sobre um mesmo tema falando das várias facetas do Cazuza. É um musical muito bonito e vocês não podem perder, corram para comprar os ingressos”, declara Lucinha Araújo, Presidente da Sociedade Viva Cazuza e mãe do cantor.

SERVIÇO ROCK BRASIL 40 ANOS:

CCBB RJ
Local: Centro Cultural Banco do Brasil (Rua Primeiro de Março, 66 – Centro)
Telefone: (21) 3808-2020.
Horário: Domingo a Quarta-feira (09h às 19h); Quinta-feira a Sábado (09h às 20h)
Ingressos: Exposições e filmes – entrada franca
Peças e pocket shows – R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia).
*Compra e retirada de ingresso para eventos gratuitos devem ser feitas pelo site
eventim.com.br
*Venda de ingressos para teatro e pocket-shows começam com 10 dias de antecedência da
data marcada.

Serviço VIVO RIO CAZAS DE CAZUZA:

Data e horário: Sábado, 20 de novembro às 21h / Sexta, 03 de dezembro às 21h /
Sábado, 04 de dezembro às 21h.
Abertura da casa 1h antes do espetáculo.
Endereço: Vivo Rio – Av. Infante Dom Henrique, 85 – Parque do Flamengo, RJ
Informações: 2272-2901
Vendas online em vivorio.com.br
Valores: Setor 1 – R$ 180,00
Setor 2 – R$ 160,00
Setor 3 – R$ 140,00
Setor 4 – R$ 120,00
Setor 5 – R$ 80,00
Camarote A – R$ 180,00
Camarote B – R$ 160,00
Camarote C – R$ 100,00
Frisa – R$ 130,00

Protocolo de segurança e Comprovante de Vacinação:

O Vivo Rio elaborou um protocolo rígido que segue todas as recomendações das autoridades sanitárias. Nosso compromisso é com o bem-estar e a saúde do nosso público, funcionários e dos artistas que passarão pela nossa casa. A utilização da máscara é indispensável.

PASSAPORTE DA VACINA

Em atendimento ao Decreto Municipal N°: 49335, do dia 26 de agosto de 2021, para acesso ao Vivo Rio é obrigatório a apresentação do comprovante de vacinação contra a Covid-19 através do certificado digital disponível na plataforma do Sistema Único de Saúde – Conecte SUS. Além do comprovante de vacina será exigida a apresentação de um documento oficial com foto.

A exigência do comprovante será feita na entrada do Vivo Rio para todas as pessoas maiores de 18 anos.

A comprovação do ciclo vacinal completo será exigida com o calendário da vacinação na cidade do Rio de Janeiro nas datas abaixo.

60 anos ou mais: 15/09
50 anos ou mais: 16 a 30/09
40 anos ou mais: 01 a 31/10
30 anos ou mais: 01 a 15/11
18 anos ou mais: após 15/11

Veja nosso protocolo completo em vivorio.com.br