Fundação Edson Queiroz realiza exposição no Museu Coleção Berardo, em Lisboa




Por Redação

Alberto da Veiga Guignard: Balões (1947) | Óleo sobre tela – Foto: Divulgação

A partir de 27 de outubro, o Museu Coleção Berardo, de Lisboa, recebe a exposição Modernismo Brasileiro na Coleção da Fundação Edson Queiroz. A mostra reúne 76 obras do acervo da instituição brasileira – uma seleção dos mais expressivos trabalhos criados por artistas brasileiros entre as décadas de 1920 e 1960.

Com curadoria de Regina Teixeira de Barros e projeto expográfico de Daniela Alcântara, a exposição faz parte da itinerância iniciada em 2015, com passagens pela Pinacoteca de São Paulo; Casa Fiat, em Belo Horizonte; Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre; Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba; e, mais recentemente, na Casa França-Brasil, no Rio de Janeiro. Em Lisboa, a mostra segue em cartaz até 4 de fevereiro de 2018.

A coleção na mostra

Ao longo dos últimos 30 anos, a Fundação Edson Queiroz (FEQ), mantenedora da Universidade de Fortaleza (Unifor), constituiu uma das mais sólidas coleções de arte brasileira. No Museu Coleção Berardo, um dos destaques será Duas Amigas, de Lasar Segall, pintura referencial da fase expressionista do artista. A exposição percorre também os chamados anos heroicos do modernismo brasileiro, apresentando obras de Anita Malfatti, Antônio Gomide, Cícero Dias, Di Cavalcanti, Ismael Nery, Vicente do Rego Monteiro e Victor Brecheret.

A segunda geração modernista, que desponta na década de 1930, está representada por artistas como Alberto da Veiga Guignard, Cândido Portinari, Ernesto De Fiori e Flávio de Carvalho. Deste período, merecem destaque as obras de Alfredo Volpi e José Pancetti, que estabelecem uma transição entre a pintura figurativa e a abstração.

“O recorte escolhido pela curadora possibilita também fazer as mais diversas associações entre a trajetória de nossos artistas e o contexto histórico e artístico internacional. Essas foram décadas marcadas por profundas mudanças políticas, econômicas, sociais e culturais em todo mundo”, frisa o vice-reitor de extensão da Unifor, professor Randal Pompeu.

Museu Coleção Berardo – Foto: Divulgação
O núcleo dedicado à abstração geométrica – tendência dos últimos anos da década de 1940 e que se consolida na década de 1950 – abrange pintores do grupo Ruptura, de São Paulo, e artistas dos grupos Frente e Neoconcreto, ambos do Rio de Janeiro. Alguns dos nomes presentes nesse segmento são Amilcar de Castro, Franz Weissmann, Hélio Oiticica, Hércules Barsotti, Luiz Sacilotto, Lygia Clark e Willys de Castro, entre outros. Dois pioneiros da arte cinética também participam desta seleção: Abraham Palatnik e Sérvulo Esmeraldo.

Modernismo Brasileiro na Coleção da Fundação Edson Queiroz encerra com a produção das décadas de 1950 e 1960, revelando uma diversidade de expressões artísticas, evidentes nas obras de Ivan Serpa, Tomie Ohtake e Iberê Camargo. A mostra reúne ainda uma seleção de nomes que não aderiram a nenhum grupo da época, mas que adotaram uma linguagem abstrato-geométrica singular, mesclando-a com certo lirismo. Destacam-se, nessa seção, os pintores Antonio Bandeira, Maria Helena Vieira da Silva e Maria Leontina.

Serviço

Modernismo Brasileiro na Coleção da Fundação Edson Queiroz

Local: Museu Coleção Berardo, Lisboa, Portugal

Endereço: Praça do Império, 1449-003 | Lisboa, Portugal

Coquetel de abertura: 26 de outubro/2017

Período expositivo: de 27 de outubro/2017 a 4 de fevereiro/2018

40 DIAS INESQUECÍVEIS: PORTUGAL




Por Andréia Bueno

Em 2008 tive o privilégio em viajar por três continentes: americano, africano e europeu. Durante quarenta dias percorri em média 12 mil quilômetros e nos próximos dias, compartilharei um pouco do meu diário de bordo.

Dentre diversos países, tive a oportunidade em conhecer Portugal e durante quatro dias visitei Coimbra, Fátima e  Lisboa.

No trajeto realizado entre Madrid e Coimbra (minha base em Portugal) fui agraciada com uma bela estrada que cortava cidades encantadoras como Salamanca e Segóvia e atravessando a fronteira avistei no topo de uma igreja um belo ninho feito por cegonhas. Mas, voltando a “terrinha”, tema do dia, compartilharei um pouco do que vivi neste país que me recebeu de braços abertos.

     Foto: Andréia Bueno

Após passar por cidades como Serra da Estrela, cheguei a Coimbra, cidade que  estende-se ao longo do encantador rio Mondego (o maior rio nacional) situada entre os distritos de Aveiro e Viseu.

     Foto: Arquivo Pessoal


No ponto mais elevado da cidade, temos a prestigiada Universidade de Coimbra e a sua majestosa biblioteca do século XVIII, bem como o encantador Jardim Botânico. Nesta localização privilegiada situam-se ainda a Sé Nova, do século XVI, e o famoso Museu Nacional de Machado de Castro. Não deixem de visitar o O Quebra Costas – uma longa escadaria que conduz desde a Alta de Coimbra ao centro histórico, na Baixa – tornou-se por si só numa atração turística. Ruas animadas, repletas de restaurantes típicos e bares, lojas de todo o gênero além de muitos cafés. A Sé Velha, a Câmara Municipal e a Igreja de Santa Cruz são algumas das principais atrações da região e merecem uma visita.

    Foto: Andréia Bueno

Cerca de 100 km de Coimbra, está um dos destinos mais procurados de Portugal e porque não dizer, do mundo. Fátima, um dos centros religiosos mais estimados do mundo, no qual três pastorinhos testemunharam a aparição de Nossa Senhora  no dia 13 de maio de 1917. 

Foto: Andréia Bueno

O Santuário de Fátima recebe milhões de peregrinos em busca de curas e milagres.  Na Basílica de Nossa Senhora de Fátima ( igreja tradicional) , que abriga os túmulos dos três pastorinhos, missas são realizadas de hora em hora  em diversos idiomas (alemão, francês, italiano). Na parte nova do Santuário, situa-se a  Basílica da Santíssima Trindade, que tem como diferencial a imagem do Cristo Crucificado além da acústica perfeita. No trajeto entre a Basílica e a igreja tradicional está a Capelinha das Aparições. Ela teria sido construída no local da azinheira, árvore sobre a qual se davam as aparições. E por falar em pastorinhos, temos a casa onde viviam as crianças Lúcia, Jacinta e Francisco que está aberta a visitação.

Lisboa, minha última parada rumo ao Brasil é um caso de amor a parte! Culinária da melhor qualidade, mosteiros, meios de locomoção e museus que são um must! A famosa Torre de Belém é parada obrigatória. Na saída, caminhe de volta ao Mosteiro dos Jerônimos e siga pela Rua Belém até a confeitaria mais famosa de Portugal, que vende os famosos Pastéis de Belém. O pastel de nata é de fato uma delícia, servido quentinho e com uma casquinha crocante. Bem diferente dos genéricos que vemos por aí. A receita é um segredo até hoje e os funcionários, inclusive, assinam um termo de juramento para nunca divulgar a receita. Imperdível pra quem estiver visitando a região.Outro passeio imperdível é visitar o Padrão dos Descobrimentos, monumento de pedra calcária que retrata uma caravela e vários figurões portugueses ligados à Era das Navegações e Descobrimentos.

     Foto: Divulgação

Na proa, está o personagem mais importante desta história: o Infante Dom Henrique. E entre os que estão na “caravela”, vemos Pedro Álvares Cabral, Fernão Magalhães, Vasco da Gama, entre outros. Fiquei somente um dia em Lisboa e não pude aproveitar tudo o que estava no roteiro. No próximo post, falarei sobre a Espanha e seus fascínios. Até lá!