A atriz Dani Moreno ficou conhecida pelo grande público após interpretar Aisha na novela Salve Jorge, na Rede Globo. Com trabalhos no teatro e ativa nas causas do Meio Ambiente, a atriz está no ar na reprise de Cúmplices de um Resgate, no SBT, e na novela Amor Sem Igual, na Rede Record, onde interpreta a prostituta Furacão. Dani concedeu uma entrevista em que conta um pouco sobre sua carreira e sobre esta nova personagem. Acompanhe com a gente.
Acesso Cultural: Após ter interpretado Marta, em Jesus, você emenda como Furacão, em Amor Sem Igual, novela da Record que acabou de estrear. Como foi a sua preparação para fazer uma personagem totalmente diferente da que fez na trama bíblica?
Dani Moreno: Furacão me trouxe a oportunidade de representar todas as mulheres guerreiras que conheço. O fato de ser garota de programa ficou secundário. Baseei-me em todas as mulheres fortes e batalhadoras que conheço e fui trazendo para o corpo tudo o que Furacão pedia. Foi um mergulho breve em preparação – tivemos pouco mais de um mês entre o convite e o início das gravações – Mas bastante intenso com a Day (Poderosa) e Henrique (Caio, meu filho na trama). Nos encontramos algumas vezes e trocamos experiências pessoais para dar início a um vínculo de amizade e de maternidade. O tempo foi curto, mas a disponibilidade e a vontade entre nós permitiu que nada fosse raso.
AC: Em Salve Jorge, você viveu Aisha, uma garota que foi vítima de tráfico de bebê. Qual a importância de tratar desse assunto na novela e você teve acesso a casos reais?
DM: As pessoas costumam achar que tráfico de pessoas é lenda urbana. Mas não é. Conheci, convivi e troco mensagens até hoje com pessoas que foram erradicadas na infância e buscam sua verdadeira história. O tráfico de mulheres para prostituição também é real. Conversamos com muitas mulheres que foram levadas pra fora do Brasil com a promessa de trabalho e acabaram escravas sexuais. Esse é um assunto que deve ser constantemente lembrado. A população mais pobre é a mais vulnerável a esse tipo de crime. A grande mídia é essencial para combater o tráfico humano e tenho certeza que uma novela com a magnitude e alcance de Salve Jorge, ajudou e ainda ajuda muitas pessoas a se protegerem…
AC: Você é vegana e também está ligada a projetos relacionados ao Meio Ambiente. Conte um pouco mais sobre seu estilo de vida.
DM: Sigo a dieta vegetariana desde dezembro de 2011. Passei para a dieta vegana em abril de 2019. Sempre tive uma conexão muito forte com a natureza e com os animais. Desde muito pequena! Em 2013 resgatei o primeiro animal e, desde então, sigo na proteção animal com minha comadre Júlia Bobrow. Através da página “Diário de uma Mocinha” temos alcance para divulgar os animais que resgatamos, reabilitamos, castramos e colocamos para adoção. Tudo isso sem ajuda de fundos de ONG ou algo do tipo. Contamos com parcerias, “vaquinhas” e divulgação para manter essa corrente. Pra mim, não faz sentido ajudar um animal e comer outro.
AC: Você esteve em cartaz com a peça “O Bote da Loba”. Há chance de retornar ano que vem, e de fazer uma turnê pelo Brasil?
DM: O Bote da Loba não retorna mais comigo, mas entrarei em cartaz com o meu marido no segundo semestre de 2020 com “Ainda que Seja Tarde”. Texto e direção de Márcio Macena e produção de Priscila Prade.
AC: Em seu currículo, há trabalhos em novelas e no teatro. Há possibilidade de vermos você também no cinema ano que vem?
DM: Por enquanto não houve essa chance, mas vontade não me falta!