Entrevista Exclusiva com Sergio Guizé


Créditos: Lucas Marasta


Após o sucesso no Rio de Janeiro, o cantor e ator Sergio Guizé se prepara para estrear a turnê do álbum ‘À Deriva’ em São Paulo. O show acontece no dia 17 de março às 20h, no Teatro Porto Seguro.

Conversamos com o multi artista que aterrissou em São Paulo para a première do longa “Me Tira da Mira”  e  que antecipou durante a coletiva que  está ensaiando seu novo espetáculo que estreia no final do mês no “Cemitério de Automóveis”.

Confira detalhes e a  expectativa de Guizé para a apresentação que acontece nesta quinta-feira:

Acesso Cultural: Sergio, quais são as suas expectativas para esse primeiro show na capital paulista?

Sergio Guizé: São as melhores possíveis. Estamos muito felizes em poder trazer esse trabalho para a capital paulista. Realizamos a primeira apresentação mês passado no Rio de Janeiro e foi bem bacana. Recebemos muito carinho do público presente e acredito que em São Paulo isso não será diferente. Teremos a participação especial do Renato Godá, que é um cara incrível e que eu sou fã. Fiquei muito feliz em saber da participação desse show. Tenho certeza que será incrível. Estamos felizes e ansiosos.

Renato Godá | Créditos: Cisco Vasques

AC: Você compôs diversas  músicas do seu repertório, quais são as suas inspirações na hora de compor?

SG: No caso deste álbum, ele foi muito inspirado no momento de isolamento que estávamos vivendo durante a Pandemia. Quando começou a pandemia eu estava com vários trabalhos em andamento, tanto na TV como no cinema, teatro e com a banda Tio Che.

Quando parou tudo e eu me vi em casa, comecei a escrever. Inclusive a música A Deriva, que dá nome ao álbum, foi a primeira a ser composta veio de uma frase do Mario Bortoloto e retrata bem um momento que estamos passando, isolados e a deriva de tudo sem saber o que nos espera depois. O álbum todo gira em torno dessa reflexão e retrata muito do que estava sentindo durante esse momento difícil que ainda estamos passando.

AC: No show você faz homenagens a Cartola, Belchior e Secos e Molhados, quais são as suas referências musicais e o que podemos esperar ver na sua apresentação?

SG: Preparamos um show muito especial com músicas que eu já cantava e eu que eu achei que cabiam nesse universo de ‘A Deriva’ junto com as composições e parcerias. Este álbum reúne canções que tem a ver com o momento de isolamento, onde me encontrei em minha chácara podendo refletir sobre muitas coisas. Foi um período em que pude trabalhar mais a espiritualidade também.

A banda Desfocados, que me acompanha neste projeto, juntou os instrumentos pesados do punk rock com vários outros instrumentos. Foi criado dentro de uma chácara por cerca de dez dias vivendo aquilo. Acho que a cultura tem muito a ver com o ambiente onde vivemos e o modo de vida que estamos vivendo naquele momento. Quero convidar todos vocês do Acesso Cultural para ir ao meu show no dia 17 de março no Teatro Porto Seguro. Os ingressos já estão disponíveis na Sympla.  Obrigada todos pelo carinho.

Créditos: Lucas Marasta

Acompanhado dos músicos Jorge Bittar (Surf Sessions), Renato Azambuja (Surf Sessions), Junior Fernandes (Surf Sessions), André Gieswein (Tio Che) e Paulo Verissimo (Distintos Filhos), Guizé apresentará canções do seu primeiro álbum solo e releituras de grandes sucessos.

Lançado recentemente, o álbum À Deriva, traz toda a pluralidade artística de Guizé e ressalta o seu talento como cantor e compositor. Sergio que também brilha na segunda temporada da série Verdades Secretas (Globoplay), reuniu neste trabalho dez canções.

Para acessar o Teatro Porto Seguro, será necessário apresentar o comprovante de vacinação contra a Covid-19 original ou digital (disponível nas plataformas ConectSUS, e-SaúdeSP e Poupatempo), conforme os protocolos das autoridades sanitárias. Além disso, é obrigatório o uso de máscaras antes, durante e após o espetáculo.

Serviço

Sergio Guizé no show À Deriva

Participação especial de Renato Godá

Dia 17 de março, quinta-feira, às 20h.

Ingressos: R$ 70 plateia / R$ 60 balcão e frisas.

Classificação: Livre.

Duração: 80 minutos.

TEATRO PORTO SEGURO

Al. Barão de Piracicaba, 740 – Campos Elíseos – São Paulo.

Telefone (11) 3366.8700

Bilheteria:

Aberta somente nos dias de espetáculo, duas horas antes da atração.

Clientes Cartão Porto Seguro têm 50% de desconto.

Clientes Porto Seguro têm 30% de desconto.

Vendas: www.sympla.com.br/teatroportoseguro

Capacidade: 508 lugares.

Formas de pagamento: Cartão de crédito e débito (Visa, Mastercard, Elo e Diners).

Acessibilidade: 10 lugares para cadeirantes e 5 cadeiras para obesos.

Estacionamento no local: Estapar R$ 20,00 (self parking) – Clientes Porto Seguro têm desconto.

 

 

 

MISERY, adaptação do romance de Stephen King estreia no Teatro Porto Seguro


Créditos: Leekyung Kim


O romance Misery – Louca Obsessão, escrito nos anos 1980 pelo autor norte-americano Stephen King, um dos autores mais traduzidos e adaptados para o cinema e teatro no mundo inteiro, ganhou versão para o cinema assinada por William Goldman. Traduzida e adaptada para o português por Claudia Souto e Wendell Bendelack, Misery ganha montagem cênica que chega ao Teatro Porto Seguro, nesta sexta-feira ( 4 de fevereiro) . A produção e realização é de Bruna Dornellas e Wesley Telles, da WB Produções.

A peça conta a história de Paul Sheldon (Marcello Airoldi), um famoso escritor reconhecido pela série de best-sellers protagonizados pela personagem Misery Chastain. Após sofrer um grave acidente de carro, Paul é resgatado pela enfermeira Annie Wilkes (Mel Lisboa). A simpática senhorita é também uma leitora voraz de sua obra e se autointitula principal fã do autor.

Misery teve duas outras montagens nacionais para o teatro: a primeira, de 1994, chamava-se Obsessão, foi dirigida por Eric Nielsen e tinha como o casal protagonista Débora Duarte e Edwin Luisi. Em 2005 foi a vez de Marisa Orth e Luís Gustavo interpretarem a peça sob direção do espanhol Ricard Reguant.

A montagem de Lenate, no entanto, é a primeira adaptação direta do texto de William Goldman. Entre as versões internacionais, destacam-se a montagem da Broadway protagonizada por Bruce Willis e Laurie Metcalf em 2015 (por sua interpretação, Laurie foi nomeada para o Tony Award de Melhor Atriz de Teatro) e a versão mexicana de 2011, que conta com o renomado ator Demián Alcázar e Itatí Cantoral. Ao todo, Misery já foi montado para o teatro em dez países.

No cinema, uma versão de 1990 tornou-se uma das adaptações mais conhecidas a partir da obra de King e consagrou-se como sua terceira maior bilheteria, atrás apenas de The Green Mile e 1408. Kathy Bates ganhou o Globo de Ouro e o Oscar de Melhor Atriz por sua performance. O filme teve direção de Rob Reiner e James Caan interpretou Paul Sheldon.

A MONTAGEM

Misery já foi adaptado para o teatro a partir do roteiro de Goldman em dez países, entre eles Alemanha, Áustria, Nova Zelândia e Canadá.

A nova montagem brasileira traz um olhar contemporâneo para essa obra. “A personagem da enfermeira Annie Wilkes, obcecada pelo escritor Paul Sheldon, sempre foi retratada no teatro e no cinema de forma estereotipada, como louca e histérica, enquanto Paul ocupava sempre o papel de vítima. Procuramos nesta montagem trazer uma Annie mais esférica, olhar para dentro dela e ampliar as possíveis leituras desta obra para além daquela que coloca o gênero feminino no lugar da instabilidade trágica que precisa ser comandada pelo masculino” comenta o diretor Eric Lenate.

Lenate, que também assina a arquitetura cênica e os adereços, optou por um cenário circular, que esconde algumas partes sempre que mostra outras, uma transformação cênica que causa uma certa sensação de ilusão de ótica no público, tudo isso com o auxílio do desenho de luz de Aline Santini, figurinos e visagismo de Leopoldo Pacheco e Carol Badra, trilha sonora, sonoplastia e engenharia de som de L. P. Daniel e direção audiovisual de Júlia Rufino.

A direção de produção desta montagem é de Bruna Dornellas e Wesley Telles e a assistência de direção é de Mariana Leme. Este espetáculo é patrocinado pela ArcelorMittal e Porto Seguro através da Lei de Incentivo à Cultura do Ministério do Turismo.

SINOPSE: Após sofrer um grave acidente de carro, o famoso escritor Paul Sheldon, conhecido pela série de best-seller sobre a personagem Misery Chastain, é resgatado pela enfermeira Annie Wilkes. Autointitulada a principal fã do autor, Annie se revolta com o desfecho trágico da personagem Misery descoberto em um manuscrito de Sheldon e o submete a uma série de torturas e ameaças.

SERVIÇO

MISERY

Estreia dia 4 de fevereiro de 2022 no Teatro Porto Seguro em São Paulo (SP).

Temporada até 27 de março de 2022

Sexta a domingo (sextas e sábados, às 20h e domingos, às 19h)

As sessões aos domingos contam com intérprete de Libras

Ingressos: Plateia: R$ 80 / Frisas e balcão: R$ 60

Classificação: 14 anos

Duração: 120 minutos

Gênero: Suspense

TEATRO PORTO SEGURO

Al. Barão de Piracicaba, 740 – Campos Elíseos – São Paulo.

Telefone (11) 3366.8700

Bilheteria:

Aberta somente nos dias de espetáculo, duas horas antes da atração.

Clientes Cartão Porto Seguro têm 50% de desconto.

Clientes Porto Seguro têm 30% de desconto.

Vendas: www.sympla.com.br/teatroportoseguro

Capacidade: 356 lugares (70% da capacidade)

Formas de pagamento: Cartão de crédito e débito (Visa, Mastercard, Elo e Diners).

Acessibilidade: 10 lugares para cadeirantes e 5 cadeiras para obesos.

Estacionamento no local: Estapar R$ 20,00 (self parking) – Clientes Porto Seguro têm desconto.

Para acessar o Teatro Porto Seguro, será necessário apresentar o comprovante de vacinação contra a Covid-19 original ou digital (disponível nas plataformas ConectSUS, e-SaúdeSP e Poupatempo), conforme os protocolos das autoridades sanitárias. Além disso, é obrigatório o uso de máscaras antes, durante e após o espetáculo.

“Cara Palavra” estreia no Teatro Porto Seguro

"Cara Palavra" estreia no Teatro Porto Seguro

Créditos: Divulgação


Empoderamento é a palavra que define o sarau poético performático com foco na poesia feminina contemporânea apresentado por Andréia Horta, Bianca Comparato, Débora Falabella e Mariana Ximenes.

Cara Palavra” estreou no sábado (24) e segue em cartaz até 15 de novembro, sempre aos sábados e domingos às 20h. No teatro, está somente a atriz Débora Falabella. Através de entradas virtuais, as atrizes e os músicos Chuck Hipolitho e Thiago Guerra se apresentam de dentro de seus apartamentos. Andréia do Rio de Janeiro, Mariana de São Paulo e Bianca da Califórnia. Em todas as apresentações, uma poeta contemporânea brasileira é convidada para integrar o espetáculo. E a convidada da noite de estreia foi a autora bestseller Ryane Leão, mundialmente conhecida nas redes sociais pelo perfil @ondejazzmeucoracao.

O projeto nasceu antes da quarentena do desejo das atrizes de realizarem algo juntas. O músico Chuck Hipolitho sugeriu a ideia de um espetáculo envolvendo música e palavra, o que instigou as artistas. Durante a pandemia, se juntaram a Gustavo Giglio e Gianluca Misiti e produziram vídeos postados semanalmente no Instagram @cara.palavra, com uma curadoria de textos variados, que vai de poesias de autoras brasileiras, letras de música, discursos políticos, até sonetos, acompanhados por música.

Pedro Brício foi convidado para fazer a costura dramatúrgica e direção do projeto, que os artistas-criadores chamam de sarau poético performático. A ideia era montar o espetáculo para os palcos, mas, com a pandemia, foi adaptado para uma temporada no Teatro Porto Seguro, mesclando presencial, virtual e transmissão digital.

A peça leva o público a refletir sobre o papel da mulher na atualidade e como o preconceito e o machismo, propriamente dito, interferem na forma como ela é tratada e vista nos dias de hoje. O feminismo dá o tom e situações mostradas no decorrer do espetáculo revela um novo mundo com fragmentos que se interligam.

"Cara Palavra" estreia no Teatro Porto Seguro
Créditos: Divulgação

As apresentações acontecem no Teatro Porto Seguro e os ingressos podem ser adquiridos aqui.

Serviço
Cara Palavra
Até 15 novembro – Sábados às 20h. Domingo às 20h.
Ingressos: A partir de R$20.
Classificação: 16 anos.
Duração: 60 minutos.

TEATRO PORTO SEGURO
Vendas exclusivamente on-line no site Tudus.

Confira 5 motivos para não perder o espetáculo “O Ovo de Ouro”


Créditos: Créditos: Leekyung Kim


Após temporada de sucesso no Sesc Santo Amaro, o espetáculo “O Ovo de Ouro”, de Luccas Papp retornou aos palcos, desta vez no Teatro Porto Seguro, em temporada até o dia 1º de março. Para você que ainda não assistiu ou quer rever, fizemos uma seleção de 5 motivos para você ir correndo conferir esta grande história!

O Elenco
O elenco, que conta com nomes como Sergio Mamberti, Leonardo Miggiorin, Ando Camargo, Luccas Papp, Rita Batata e Martina Gallarza aborda, com muita emoção e entrega, um tema que até hoje mexe com o imaginário das pessoas e com certeza toca os espectadores.

Créditos: Shirley Fergon

O enredo, ainda atual
“O Ovo de Ouro” gira em torno do Sonderkommando ou comandos especiais, unidades de trabalho formadas por prisioneiros selecionados para trabalhar nas câmaras de gás e nos crematórios dos campos de concentração nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. Nesse contexto, Dasco conta de maneira emocionante sobre suas vivências, paixões e momentos difíceis naquele trabalho, feito exclusivamente em busca de sua própria sobrevivência. Até os dias de hoje, o Holocausto é relembrado com muito pesar e o espetáculo pode ajudar as pessoas a terem uma noção ainda maior do que foram aqueles acontecimentos.

O Texto
É impossível não se deixar levar e emocionar pelo texto de Luccas Papp, que, com muita sensibilidade, tratou do tema. Essa parte da história, tão pesada, acaba ganhando ares mais humanos através de alguns diálogos, como é o caso de um momento específico de uma conversa entre Dasco (vivido pelo próprio Luccas) e SS Weber (Ando Camargo), responsável por todo o sofrimento daquelas pessoas.

Figurinos
Com figurinos que desde o princípio remetem às vestimentas usadas pelas vítimas das câmaras de gás, além de outros detalhes, como a farda de SS Weber, o espetáculo trouxe muita fidelidade ao que aconteceu na realidade, dando traços ainda mais reais e sensíveis à obra.

A Sonoplastia
A sonoplastia envolve o espectador a partir do momento quando começa até o final. A trilha sonora tensa e os efeitos fazem parte da experiência do público de se envolver na história e é claro, sair do teatro bastante emocionado.

Se você ainda não conferiu “O Ovo de Ouro”, ainda tem a chance de assistir até o dia 1º de março, no Teatro Porto Seguro!

Serviço:

O OVO DE OURO
De 31 de janeiro a 1º de março – Sextas e sábados às 20h. Domingo às 19h.
Ingressos: R$ 70,00 plateia / R$ 50,00 balcão/frisas.
Classificação: 14 anos.
Duração: 90 minutos.
TEATRO PORTO SEGURO
Al. Barão de Piracicaba, 740 – Campos Elíseos – São Paulo.
Telefone (11) 3226.7300.
Bilheteria:
A partir de 21 de janeiro – terças e quartas, das 12h às 18h. Quintas, sextas e sábados, das 12h às 20h. Domingos, das 12h às 19h.
Vendas: Tudus
Capacidade: 508 lugares.
Formas de pagamento: Cartão de crédito e débito (Visa, Mastercard, Elo e Diners).
Acessibilidade: 10 lugares para cadeirantes e 5 cadeiras para obesos.
Estacionamento no local: Estapar R$ 20,00 (self parking) – Clientes Porto Seguro têm 50% de desconto.
Serviço de Vans: TRANSPORTE GRATUITO ESTAÇÃO LUZ – TEATRO PORTO SEGURO – ESTAÇÃO LUZ. O Teatro Porto Seguro oferece vans gratuitas da Estação Luz até as dependências do Teatro. COMO PEGAR: Na Estação Luz, na saída Rua José Paulino/Praça da Luz/Pinacoteca, vans personalizadas passam em frente ao local indicado para pegar os espectadores. Para mais informações, contate a equipe do Teatro Porto Seguro.

O Ovo de Ouro volta em cartaz no Teatro Porto Seguro


Créditos: Shirley Fergon


Após a bem-sucedida estreia no Sesc Santo Amaro, o espetáculo O Ovo de Ouro, de Luccas Papp engata nova temporada no Teatro Porto Seguro, de 31 de janeiro a 1º de março. Com direção de Ricardo Grasson, a peça traz no elenco Sérgio Mamberti, Leonardo Miggiorin, Rita Batata, Ando Camargo, além do próprio autor. As sessões acontecem às sextas-feiras e sábados às 20h e domingos às 19h.

A função do Sonderkommando ou comandos especiais, unidades de trabalho formadas por prisioneiros selecionados para trabalhar nas câmaras de gás e nos crematórios dos campos de concentração nazistas durante a Segunda Guerra Mundial, inspira o espetáculo. Obrigados a tomar as atitudes mais atrozes para acelerar a máquina da morte nazista, esses prisioneiros conduziam outros judeus à câmara de gás, queimavam os corpos e ocultavam as provas do Holocausto. Quem se recusava a desempenhar esse papel era morto, quem não conseguia mais desempenhar a função, era exterminado com os demais.

Ovo de Ouro surge da minha necessidade de não deixar morrer esse pedaço tão importante da História que é a Segunda Guerra Mundial, o nazismo e o Holocausto. A ideia de escrever a peça surgiu em 2014, quando eu fui apresentado ao universo do Sonderkommando por meio de um pequeno artigo em uma revista. Essa figura do judeu que tem que auxiliar com o extermínio do próprio povo mexeu muito comigo e minha noção de humanidade, e me incentivou a tentar entender por que eles faziam isso, por que eles não se recusavam. Com este espetáculo temos a oportunidade de falar sobre Segunda Guerra sob o ponto de vista dessa figura pouco conhecida”, explica Luccas Papp.

Créditos: Leekyung Kim

Contada em diferentes episódios e tempos, a trama revela a vida de Dasco Nagy (Sérgio Mamberti), que foi Sonderkommando e sobreviveu ao campo de concentração de Auschwitz-Birkenau. Em cena, dois planos são apresentados – a realidade e a alucinação – para retratar a relação do protagonista Dasco Nagy quando jovem (Luccas Papp) com seu melhor amigo Sándor (Leonardo Miggiorin), com a prisioneira Judit (Rita Batata) e com o comandante alemão Weber (Ando Camargo). No presente, Dasco é entrevistado, já em idade avançada, por uma jornalista, narrando os acontecimentos mais horrorosos que viveu no campo de concentração e descrevendo a partir do seu ponto de vista os horrores e tristezas da Segunda Guerra Mundial.

O papel de Dasco é dividido pelos atores Sérgio Mamberti, que dá vida ao personagem no tempo presente/alucinação, e Luccas Papp, que o interpreta no passado/realidade, no plano da memória. “Talvez este seja um dos personagens mais desafiadores na minha carreira por uma série de fatores. Um deles é por representar o mesmo personagem que Sérgio Mamberti, o que é uma honra e uma responsabilidade muito grande. Segundo, é que ele é um sonderkommando vivendo situações de caráter tão absurdo. Eu preciso fazer com que o público acredite na realidade do que acontecia nos campos de concentração. Tenho que trabalhar com elementos obscuros no meu interior para trazer veracidade para essas situações. E como a peça é feita em ordem não cronológica – são nove cenas divididas entre passado e futuro – tenho que organizar minha cabeça para conseguir colocar a emoção certa na hora certa”, esclarece o ator e dramaturgo.

Créditos: Leekyung Kim

A dualidade interna entre ser obrigado a auxiliar na aniquilação de seu próprio povo e o medo da morte transforma o Sonderkommando em um complexo personagem a ser debatido. Nesse contexto são muitas as questões discutidas, desde o significado real de humanidade, o medo da morte, os limites da mente e da alma humana e a perda da própria identidade.

A dramaturgia foi inspirada em uma pesquisa sobre obras que discutiam os temas do Holocausto e da Segunda Guerra Mundial. Entre elas, destacam-se os livros Sonderkomamando: No Inferno das Câmaras de Gás, de Shlomo Venezia, e Depois de Auschwitz, de Eva Schloss; e o filme O Filho de Saul, de László Nemes, vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro de 2016.

Serviço:
O OVO DE OURO

De 31 de janeiro a 1º de março – Sextas e sábados às 20h. Domingo às 19h.

Ingressos: R$ 70,00 plateia / R$ 50,00 balcão/frisas.

Classificação: 14 anos.

Duração: 90 minutos.

TEATRO PORTO SEGURO

Al. Barão de Piracicaba, 740 – Campos Elíseos – São Paulo.

Telefone (11) 3226.7300.

Bilheteria:

De 16 de dezembro a 12 de janeiro – bilheteria fechada.

De 13 a 18 de janeiro – de segunda a sexta, das 12h às 18h.

A partir de 21 de janeiro – terças e quartas, das 12h às 18h. Quintas, sextas e sábados, das 12h às 20h. Domingos, das 12h às 19h.

Vendas: http://www.tudus.com.br

Capacidade: 508 lugares.

Formas de pagamento: Cartão de crédito e débito (Visa, Mastercard, Elo e Diners).

Acessibilidade: 10 lugares para cadeirantes e 5 cadeiras para obesos.

Estacionamento no local: Estapar R$ 20,00 (self parking) – Clientes Porto Seguro têm 50% de desconto.

Serviço de Vans: TRANSPORTE GRATUITO ESTAÇÃO LUZ – TEATRO PORTO SEGURO – ESTAÇÃO LUZ. O Teatro Porto Seguro oferece vans gratuitas da Estação Luz até as dependências do Teatro. COMO PEGAR: Na Estação Luz, na saída Rua José Paulino/Praça da Luz/Pinacoteca, vans personalizadas passam em frente ao local indicado para pegar os espectadores. Para mais informações, contate a equipe do Teatro Porto Seguro.

Bicicletário – grátis.

Última semana de ‘A História de Nós 2’ no Teatro Porto Seguro


Créditos: Crica Richter


Em cartaz há 10 anos e com média de 800 mil espectadores vistos em mais de 30 cidades, A História de Nós Dois está em curta temporada no Teatro Porto Seguro, em São Paulo. Com texto de Lícia Manzo (autora das novelas A Vida da Gente, de 2011, e Sete Vidas, de 2015), o espetáculo é protagonizado por Alexandra Richter e Mouhamed Hafouch e conta a história de um casal já separado que recapitula os altos e baixos da relação na noite em que ele retorna ao apartamento para pegar seus pertences.

Lena e Edu começam apaixonados, mostrando as descobertas e o prazer do início do relacionamento. A leveza de serem somente dois. Após alguns anos de casamento e um filho pequeno, os dois se transformam em seis: Lena, Mammy, Maria Helena, Edu, Duca e Carlos Eduardo, dando voz e desejo às diferentes facetas de um mesmo homem e uma mesma mulher, provocando uma instabilidade na vida do casal que não consegue mais encontrar uma sintonia e a cumplicidade de antes. Nos 65 minutos de espetáculo, o espectador é conduzido por um texto questionador, provocador e com muitas pitadas de humor, que mostra os momentos da relação sob a perspectiva de cada personagem. A relação, filho, anseios profissionais, sonhos… todos esses questionamentos são levantados durante o espetáculo, comprovando que a relacionamento dos personagens tem muito em comum com o nosso, em algum momento da vida. Em cena, Alexandra e Mouhamed esbanjam química e conseguem valorizar ainda mais o texto de Lícia. Os atores divertem e emocionam na medida certa, levando o público a uma experiência bastante satisfatória.

Créditos: Crica Richter

Com direção de Ernesto Piccolo, A História de Nós Dois já concorreu aos Prêmio Shell e APCA de melhor texto. Quem ainda não assistiu, o espetáculo fica em cartaz até 27 de outubro no Teatro Porto Seguro. Vale a pena conferir!

Serviço:
Temporada: até 27 de outubro de 2019
Sextas e sábados: 21h. Domingos: 18h. Bilheteria: Terça a sábado, das 13h às 21h. Domingo, das 12h às 19h.
Telefone: 11 3226 7300
Teatro Porto Seguro: Alameda Barão de Piracicaba, 740 – Campos Elísios – São Paulo/SP
Ingresso: Sexta-feira – R$ 80,00 (plateia/inteira) e R$ 40,00 (meia) – balcão e frisa R$ 45,00 (inteira) e R$ 22,50 (meia).
Sábado e Domingo – R$ 100,00 plateia (inteira) e R$ 50,00(meia), balcão e frisa R$ 45,00 (inteira) e R$ 22,50 (meia).
Classificação: 12 anos. Duração: 65 minutos. Gênero: Comédia romântica. Lotação: 496 Lugares.