A Cor Púrpura – O Musical, apresentado pelo Ministério do Turismo e pela Bradesco Seguros, iniciou sua temporada em setembro de 2019, fazendo um imenso sucesso de público e crítica, recebendo 73 prêmios e 85 indicações (9 delas ainda não tiveram os resultados divulgados). Com versão musical inédita no Brasil, retorna aos palcos e apresenta temporada no Teatro Sérgio Cardoso, equipamento da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo e gerido pela Amigos da Arte, após longa pausa causada pela pandemia. O espetáculo tem direção de Tadeu Aguiar e versão brasileira de Artur Xexéo.
Após temporadas de sucesso no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Salvador, o musical inicia a retomada de sua turnê por São Paulo, trazendo à cena a produção que consagrou o espetáculo: 17 atores, 90 figurinos, um palco giratório de 6 metros de diâmetro e uma escada curva com sistema de traveling em volta do cenário.
Alice Walker foi a primeira escritora negra a ganhar o Pulitzer pelo seu livro A Cor Púrpura, que continua contemporâneo ao retratar relações humanas, de amor, poder e ódio, em um mundo marcado por estruturas e diferenças econômicas, sociais, étnicas e de gênero. O livro A Cor Púrpura foi lançado em 1982. Com direção de Steven Spielberg, a obra foi adaptada para o cinema em 1985, recebendo 11 indicações ao Oscar.
Escrito há mais de 35 anos e vencedor dos Prêmios Pulitzer, Grammy e Tony, A Cor Púrpura é um musical baseado em uma história passada na primeira metade do século XX, na zona rural do Sul dos Estados Unidos, com personagens típicos dessa região. Com um elenco em sua maioria escolhido por meio de testes, o musical apresenta a trajetória e luta de Celie contra as adversidades impostas pela vida a uma mulher negra, na Geórgia, no decorrer da primeira metade do século XX. Na adolescência, a personagem tem dois filhos de seu suposto pai, que a oferece a um fazendeiro local para criar seus herdeiros, lavar, passar e trabalhar sem remuneração. Ela é tirada à força do convívio de sua irmã caçula Nettie e passa a morar com o marido Mister. Enquanto Celie resigna-se ao sofrimento, Sofia e Shug entram em cena, mostrando que há possibilidade de mudanças e novas perspectivas, esperança e até prazer. A saga de Celie é permeada por questões sociais de extrema relevância até os dias atuais como a desigualdade, abuso de poder, racismo, machismo, sexismo e a violência contra a mulher.
Nesta retomada teatral, o elenco, em sua maioria escolhido por meio de testes, permanece praticamente o mesmo. O espetáculo apresenta a trajetória e luta de Celie (Letícia Soares) contra as adversidades impostas pela vida a uma mulher negra, na Geórgia, no decorrer da primeira metade do século XX. Na adolescência, a personagem tem dois filhos de seu suposto pai (Jorge Maya), que a oferece a um fazendeiro local para criar seus herdeiros (entre eles, Harpho – Alan Rocha), lavar, passar e trabalhar sem remuneração. Ela é tirada à força do convívio de sua irmã caçula Nettie (Ester Freitas) e passa a morar com o marido Mister (Wladimir Pinheiro). Enquanto Celie resigna-se ao sofrimento, Sofia (Erika Affonso) e Shug (Flávia Santana) entram em cena, mostrando que há possibilidade de mudanças e novas perspectivas, esperança e até prazer. A saga de Celie é permeada por questões sociais de extrema relevância até os dias atuais como a desigualdade, abuso de poder, racismo, machismo, sexismo e a violência contra a mulher. Completam o elenco: Analu Pimenta (Squeak); Suzana Santana (Jarene); Hannah Lima (Doris); Cláudia Noemi (Darlene); Caio Giovani (Grady Ensemble); Leandro Vieira (Chefe da Tribo Olinka Ensemble); Gabriel Vicente (Bobby Ensemble); Thór Junior (Pastor Ensemble); Renato Caetano (Soldado Ensemble); Nadjane Pierre (Solista da Igreja Ensemble).
Serviço A COR PÚRPURA
TEATRO SÉRGIO CARDOSO
Sala Nydia Licia – 100% da lotação
Obedecendo aos protocolos de prevenção contra o COVID 19
Rua Rui Barbosa, 153 – Bela Vista, São Paulo, SP – CEP 01326-010
O teatro esteve em festa na noite da última quarta-feira no palco do Teatro Sérgio Cardoso, em São Paulo. Após 1 ano e sete meses de hiato provocado pela pandemia da Covid-19, o Prêmio Bibi Ferreira retornou de forma híbrida e adaptada, com participantes e público presentes em capacidade reduzida, respeitando todos os protocolos de prevenção sanitária. A noite de grandes homenagens celebrou a união da classe e reconheceu os destaques teatrais do segundo semestre de 2019 e início de 2020, até o fechamento dos teatros.
Em mais uma edição apresentada pelos mestres de cerimônia Alessandra Maestrini e Miguel Falabella, o Prêmio contemplou diversas categorias dos profissionais de teatro musical e também teatro de prosa (avaliado desde 2019), além de iniciativas como receber, entre os anfitriões, artistas que estão cartaz ou que estarão, em 2022, como forma de incentivar e ampliar a divulgação de seus trabalhos e a volta dos teatros. Outra iniciativa valorizada foi o Fundo Marlene Colé – de apoio a técnicos e artistas das artes Cênicas.
A iniciativa da APTI – Associação de Produtores Teatrais Independentes -, recebeu a Medalha Arthur Azevedo, que tem como missão reconhecer grandes profissionais, projetos e feitos dentro da Cultura, por amparar os profissionais da classe artística que se viram sem fonte de renda durante o fechamento dos teatros em mais de um ano. A coordenação geral do projeto é de André Acioli, Dani Angelotti, Gabriel Fontes Paiva e do também ator, Odilon Wagner, que estiveram presentes no local.
Entre os convidados, estiveram o Prefeito de São Paulo Ricardo Nunes, que abriu oficialmente a cerimônia e saudou a nova Secretária de Cultura de São Paulo, Aline Torres, e toda a classe artística. O Prefeito, que esteve acompanhado da primeira-dama, Regina Carnovale, ainda ressaltou sobre a alegre marca de 100% da primeira dose de vacinação em pessoas acima de 18 anos na capital.
Também na Abertura da cerimônia, o idealizador do Prêmio Bibi Ferreira, Marllos Silva, responsável pela Marcenaria de Cultura, realizadora do evento, discursou emocionado sobre a felicidade do retorno aos palcos e a saudade dos amigos e colegas de trabalho que deixaram a cena no último ano.
“Ah, que saudade de pisar num palco! Saudade de poder abraçar nossos colegas, de poder ficar perto. Mais de 20 meses sendo obrigados a nos vermos apenas pela tela. Justo nós, povo do teatro, que vive do ao vivo, que gosta de olhar para frente e ver o refletor cegando a gente, ouvir a respiração do público, esperar a risada cair para continuar o texto.
Que tempos foram esses meus amigos, quando tudo foi tirado de nós. Mas a vacina finalmente chegou! Os amigos que nós perdemos infelizmente não voltarão para os palcos e as coxias. Nessa retomada, eles passaram a morar na grande e maravilhosa história do Teatro Brasileiro. E cabe a nós preservar a história desses colegas que não estarão mais do nosso lado”, trouxe o idealizador do Prêmio em sua reflexão de abertura.
Discursos emocionados e homenagens
“O Camareiro”, da TSM Empreendimentos Artísticos, venceu na categoria de “Melhor Peça” na 8ª edição do Prêmio Bibi Ferreira e marcou a noite como um dos grandes momentos de homenagem a Tarcísio Meira, falecido em agosto deste ano. A peça foi o último trabalho de Tarcísio nos palcos e seu reconhecimento na categoria de “Melhor Ator em Peça de Teatro”, junto ao também falecido Sérgio Mamberti, trouxe lágrimas aos presentes. Foi a primeira vez que dois atores venceram o prêmio nesta categoria e uma forma de homenagear a relevante contribuição artística destes grandes nomes da dramaturgia.
O filho de Sérgio Mamberti, Duda Mamberti, subiu ao palco para receber o troféu de seu pai, agradecendo a homenagem e também oferecendo a honra aos outros indicados na categoria. Duda se emocionou ao dizer ao público sobre como é substituir o papel de Sérgio na obra “O Ovo de Ouro”, que rendeu a indicação ao pai, falecido em setembro deste ano, e usou de muita simpatia ao dizer que seu pai está agora intercedendo pela Arte, de onde estiver.
A vencedora na categoria de “Melhor Atriz em Peça de Teatro” foi Irene Ravache, por sua atuação em “A Alma Despejada”. A atriz recebeu das mãos de Claudia Raia e Jarbas Homem de Mello o troféu. “Eu não conheço nenhum artista que tenha passado pela cabeça em fazer mal a um ser humano. Neste momento, como faz falta um olhar para o outro ser humano e não um deboche”, defendeu a atriz em seu discurso, pedindo mais empatia às autoridades e ao público neste difícil momento atravessado.
Entre os musicais, “Escola do Rock”, do Atelier de Cultura, faturou o prêmio de “Melhor Musical”, entre outras quatro estatuetas. Em outro momento emocionante, Mateus Ribeiro recebeu das mãos de seus “pais” no teatro – Claudia Raia e Jarbas Homem de Mello – o troféu de “Melhor Ator em Musical” por sua atuação como o protagonista de “Chaves – Um Tributo Musical”, ganhador de outras quatro categorias, incluindo “Melhor Musical Brasileiro”.
Já Letícia Soares foi premiada na categoria de “Melhor Atriz em Musical” pelo seu trabalho em “A Cor Púrpura – O Musical”, e reforçou a importância de algumas conquistas femininas em discurso poderoso. Na escolha pelo voto popular, online, “Hadassa – O Musical”, da Cia Nissi, foi o vencedor na categoria apresentada por Fabi Bang e Gottsha. O troféu de Revelação ficou para Nicole Rosemberg, uma das protagonistas de “Zorro, Nasce Uma Lenda”.
Além da entrega dos prêmios, a noite contou com apresentações de números musicais concorrentes, “Escola do Rock”, “Pippin”, “A Cor Púrpura”, “Zorro, Nasce uma Lenda”, “Chaves – Um Tributo Musical”, além de um número inédito e bem humorado de abertura, dirigido por Daniel Salve, e o emocionante In Memoriam, que, ao som da canção “Alabanza”, do musical “In The Heights”, relembrou perdas importantes no cenário artístico, entre atores e atrizes, técnicos, criativos e profissionais de diferentes áreas ligadas ao teatro.
A cerimônia está disponível na íntegra no canal do YouTube do Prêmio Bibi Ferreira.
VEJA A LISTA COMPLETA DOS VENCEDORES DO PRÊMIO BIBI FERREIRA 2021
PEÇAS DE TEATRO
MELHOR DESIGNER DE LUZ EM PEÇA DE TEATRO
DOMINGOS QUINTILIANO – O Camareiro HIRAM RAVACHE – A Alma Despejada TULIO PEZZONI – Erêndira – A Incrível e Triste História da Cândida Erêndira e Sua Avó Desalmada
MELHOR ROTEIRO ORIGINAL EM PEÇA DE TEATRO
ANDREA BASSIT – A Alma Despejada JUCA DE OLIVEIRA – Mãos Limpa LUCAS PAPP – O Ovo de Ouro
MELHOR FIGURINO EM PEÇA DE TEATRO
BETH FILIPECKI E REINALDO MACHADO – O Camareiro CASSIO BRASIL – Erêndira – A Incrível e Triste História da Cândida Erêndira e Sua Avó Desalmada MARCELO PIES – Os Sete Afluentes do Rio Ota
MELHOR CENOGRAFIA EM PEÇA DE TEATRO
ANDRÉ CORTEZ – O Camareiro HELIO EICHBAUER (in memoriam) – Os Sete Afluentes do Rio Ota MARCOS FLAKSMAN – O Inoportuno
MELHOR DIREÇÃO EM PEÇA DE TEATRO
MARCO ANTÔNIO PÂMIO – Jardim de Inverno MONIQUE GRADENBERG – Os Sete Afluentes do Rio Ota ULYSSES CRUZ – O Camareiro
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE EM PEÇA DE TEATRO
CLAUDIA MELLO – Mãos Limpa KAREN COELHO – O Camareiro MARTA MEOLLA – Jardim de Inverno
MELHOR ATOR COADJUVANTE EM PEÇA DE TEATRO
IURI SARAIVA – Jardim de Inverno LEONARDO MIGGIORIN – O Ovo de Ouro MARCOS AZEVEDO – O Camareiro MAURICIO DESTRI – Erêndira – A Incrível e Triste História da Cândida Erêndira e Sua Avó Desalmada
MELHOR ATRIZ EM PEÇA DE TEATRO
ANDREIA HORTA – Jardim de Inverno IRENE RAVACHE – A Alma Despejada MARJORIE ESTIANO – Os Sete Afluentes do Rio Ota
MELHOR ATOR EM PEÇA DE TEATRO
CÁSSIO SCAPIN – O Camareiro DANIEL DANTAS – O Inoportuno FABRICIO PIETRO – Jardim de Inverno SERGIO MAMBERTI (in memoriam)– O Ovo de Ouro TARCÍSIO MEIRA – (in memoriam) O Camareiro
MELHOR PEÇA
ALMA DESPEJADA – Oasis Empreendimentos Artísticos Ltda JARDIM DE INVERNO – DCARTE O CAMAREIRO – TSM Empreendimentos Artísticos OS SETE AFLUENTES DO RIO OTA – Dueto Produções
MUSICAIS
MELHOR DESENHO DE SOM EM MUSICAIS
GASTON BIRSKI – Escola do Rock – O Musical TOCKO MICHELAZZO – Lazarus TOCKO MICHELAZZO – Zorro, nasce uma lenda
MELHOR DESENHO DE LUZ EM MUSICAIS
BETO BRUEL – Lazarus MIKE ROBERTSON – Escola do Rock – O Musical ROGÉRIO WILTGEN – A Cor Púrpura – O Musical
MELHOR VERSÃO EM MUSICAIS
ARTUR XEXÉO – A Cor Púrpura – O Musical DANIEL SALVE – Madagascar – Uma Aventura Musical MARIANA ELIZABETSKY E VICTOR MÜLETAHLER – Escola do Rock – O Musical
MELHOR LETRA E MÚSICA ORIGINAL EM MUSICAIS
CAIQUE OLIVEIRA E PAULO OCANHA – Hadassa – O Musical
MELHOR ROTEIRO ORIGINAL EM MUSICAIS
ELISIO LOPES JR. – Dona Ivone Lara – O Musical FERNANDA MAIA – Chaves – Um Tributo Musical
MELHOR ARRANJO ORIGINAL EM MUSICAIS
FERNANDA MAIA – Chaves – Um Tributo Musical MARIA BERALDO E MARIÁ PORTUGAL – Lazarus NANDO DUARTE – Samba Futebol Clube
MELHOR VISAGISMO EM MUSICAIS
ANDERSON BUENO – Madagascar – Uma Aventura Musical FÁBIO NAMATAME – Chaves – Um Tributo Musical FELICIANO SAN ROMAN – Escola do Rock – O Musical
MELHOR FIGURINO EM MUSICAIS
FAUSE HATEN – Madagascar – Uma Aventura Musical NEY MADEIRA E DANI VIDAL – A Cor Púrpura – O Musical THEODORO COCHRANE – Zorro, nasce uma Lenda
MELHOR CENOGRAFIA EM MUSICAIS
NATALIA LANA – A Cor Púrpura – O Musical DANIELA THOMAS E FELIPE TASSARA – Lazarus
MELHOR COREOGRAFIA EM MUSICAIS
ALONSO BARROS – Pippin BÁRBARA GUERRA E JOHNNY CAMOLESE – Zorro, nasce uma lenda GABRIEL MALO – Chaves – Um Tributo Musical
MELHOR DIREÇÃO MUSICAL EM MUSICAIS
CARLOS BAUZYS – Zorro, nasce uma lenda DANIEL ROCHA – Escola do Rock – O Musical MARIA BERALDO E MARIÁ PORTUGAL – Lazarus MELHOR DIREÇÃO EM MUSICAIS
FELIPE HIRSCH – Lazarus MARIANO DETRY – Escola do Rock ZÉ HENRIQUE DE PAULA – Chaves – Um Tributo Musical
REVELAÇÃO EM MUSICAIS
ELENCO INFANTIL – Escola do Rock – O Musical HADASSA MAZARÃO – Hadassa – O Musical LARISSA NOEL – Dona Ivone Lara – O Musical NICOLE ROSEMBERG – Zorro, nasce uma lenda NICOLAS AHNERT – Isso que é o Amor
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE EM MUSICAIS
ANALU PIMENTA – A Cor Púrpura – O Musical CAROL COSTA – Chaves – Um Tributo Musical ISABEL FILLARDIS – Dona Ivone Lara – O Musical MIRA HAAR – Pippin THAIS PIZA – Escola do Rock – O Musical
MELHOR ATOR COADJUVANTE EM MUSICAIS
ALAN ROCHA – A Cor Púrpura – O Musical DIEGO VELLOSO – Chaves – Um Tributo Musical LUCAS CÂNDIDO – Madagascar – Uma Aventura Musical SÉRGIO MENEZES – A Cor Púrpura – O Musical
MELHOR ATRIZ EM MUSICAIS
FERNANDA JACOB – Dona Ivone Lara – O Musical LETÍCIA SOARES – A Cor Púrpura – O Musical NICOLE ROSEMBERG – Zorro, nasce uma lenda TOTIA MEIRELES – Pippin
MELHOR ATOR EM MUSICAIS
ARTHUR BERGES – Escola do Rock – O Musical JESUÍTA BARBOSA – Lazarus JOÃO FELIPE SALDANHA – Pippin MATEUS RIBEIRO – Chaves – Um Tributo Musical MAURÍCIO XAVIER – Madagascar – Uma Aventura Musical
MELHOR MUSICAL BRASILEIRO
CHAVES – UM TRIBUTO MUSICAL – Del Claro Produções DONA IVONE LARA – O MUSICAL – Fato Produções Artísticas HADASSA – Cia Nissi SAMBA FUTEBOL CLUBE – Coisas Nossas Produções Artísticas e Tema Eventos Culturais
MELHOR MUSICAL
A COR PÚRPURA – O MUSICAL – Estamos Aqui Produções CHAVES – UM TRIBUTO MUSICAL – Del Claro Produções ESCOLA DO ROCK – O MUSICAL – Atelier de Cultura LAZARUS – Dueto Produções PIPPIN – Möeller & Botelho ZORRO, NASCE UMA LENDA – Atual Produções e Bárbaro Produções
MELHOR MUSICAL (VOTO POPULAR)
Hadassa – O Musical
MEDALHA ARTHUR AZEVEDO
Fundo Marlene Colé – Associação de Produtores Teatrais Independentes (APTI)
Com o avanço do programa de vacinação na cidade de São Paulo e o fim da quarentena, que permite, entre liberações e flexibilizações, a retomada do setor cultural e seus eventos, o Prêmio Bibi Ferreira, que já havia divulgado a realização de sua 8ª edição no Teatro Sério Cardoso, em São Paulo, de forma virtual, se adapta agora às novas possibilidades e anuncia sua cerimônia presencial, marcada para a noite de 20 de outubro, aderindo todos os protocolos e medidas de segurança do Governo do Estado.
Idealizado pelo produtor Marllos Silva, da Marcenaria de Cultura, o prêmio, considerado um dos mais importantes e realizado via PROAC LAB neste ano, receberá especialmente entre os convidados profissionais envolvidos na cerimônia e seus indicados, que compõem uma lista com mais de 100 nomes entre artistas, produtores e criativos, representantes das produções destacadas nas 29 categorias dedicadas ao teatro musical e ao teatro de prosa – este avaliado desde a última edição, em 2019. A restrição se alinha à capacidade atual permitida, limitada a 60% de ocupação.
Para os que desejarem acompanhar a cerimônia, marcada pelos tradicionais números musicais de abertura e encerramento, criados especialmente para a celebração, além das apresentações de alguns espetáculos indicados a Melhor Musical, o evento, conduzido pelos já conhecidos Mestres de Cerimônia, Alessandra Maestrini e Miguel Falabella, terá transmissão ao vivo através do #CulturaEmCasa, plataforma gratuita de conteúdo cultural criada pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, pensada para propagar a Arte.
“O Prêmio foi criado para ser um momento de confraternização da comunidade, e após um período tão longo de distanciamento, sem podermos trabalhar, exercer a nossa arte, confraternizar em palcos e coxias, a cerimônia ganha um significado ainda mais forte. É o marco da volta do teatro, o reencontro do público com os artistas. O nosso renascimento. Sem dúvida será uma cerimônia muito emocionante, poderemos homenagear os nossos colegas que não estarão mais nas coxias e palcos. O teatro está voltando, mas os artistas só fazem 50% do espetáculo, os outro 50% são feitos pelo público”, diz Marllos.
Para a edição de 2021, o júri técnico, composto por Charlles Dalla, Fabiana Seragusa, Jamil Dias, Luiz Amorim, Miguel Arcanjo Prado e Ubiratan Brasil, avaliou 24 espetáculos, sendo 14 musicais e 10 não-musicais, que cumpriram temporada inédita em São Paulo entre julho de 2019 e 17 de março de 2020, considerando a realização de no mínimo 12 apresentações entre outros requisitos de elegibilidade, o que acabou por adiar a participação de espetáculos recém estreados na última semana de avaliação, como ‘Donna Summer Musical’ e ‘Silvio Santos Vem Aí’, que, com a reestreia, poderão concorrer em 2022.
“Em um momento tão difícil para nós, ter um ponto de retorno que aumente a chama do teatro é muito importante. Não vamos esquecer o que vivemos nestes 18 meses de paralisação, mas foi pensando no trabalho de todos que se dedicaram às produções de 2019 e do começo de 2020 que optamos por realizar a cerimônia celebrando estes trabalhos, para que eles não fiquem no esquecimento. Não estamos pegando de onde parou e seguimos, mas não podemos abandonar a nossa história”, finaliza Marllos.
Naked Boys Singing! é um espetáculo de teatro musical, ícone da cultura gay, que estreou no Hollywood´s Celebration Teatre, em Los Angeles nos Estados Unidos, em 1998, e que posteriormente foi montado em New York, onde se tornou o segundo musical mais longevo off-Broadway. Produzido em mais de 20 países, desde a sua estreia sempre esteve em cartaz em algum lugar do mundo. Em 2020 o espetáculo estava em cartaz em Londres, mas teve que ser interrompido devido a pandemia do novo Coronavírus.
No Brasil, a montagem nacional chega ao Teatro Sérgio Cardoso, equipamento vinculado à Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo e gerido pela Amigos da Arte. A temporada estreia de forma presencial a partir do dia 16 de outubro, sábado, às 19 horas.
Naked Boys Singing! é um espetáculo com músicas pujantes, tocadas ao vivo por um ator/pianista e defendido com energia e vitalidade por dez atores/cantores/bailarinos, além de uma equipe criativa com nove artistas. O espetáculo é dividido por 15 atos musicados, que abordam temas distintos relacionados ao corpo masculino, do cômico nonsense ao drama.
Segundo o diretor Rodrigo Alfer, a pele exposta em 2021 no musical terá um significado mais amplo e poético, principalmente pelo momento de pandemia em que fomos obrigados a nos cobrir, e temermos o corpo e contato com o outro. O musical além de libertador será uma celebração à vida.
Elenco: André Lau, Aquiles, João Hespanholeto, Luan Carvalho, Lucas Cordeiro, Raphael Mota, Ruan Rairo, Silvano Vieira, Victor Barreto, Tiago Prates e Gabriel Fabri – Pianista
Serviço Naked Boys Singing! Teatro Sérgio Cardoso – Sala Paschoal Carlos Magno e Digital – Temporada: de 16 de outubro a 19 de dezembro, sábados às 19h e domingos às 20h Ingressos: R$40,00 (inteira) e R$20,00 (meia-entrada) https://site.bileto.sympla.com.br/teatrosergiocardoso/ Duração: 80 min Classificação indicativa: 16 anos
Luccas Papp e Leonardo Miggiorin repetem parceria em A Bicicleta de Papel, espetáculo sobre amizade e a superação de traumas. Com direção de Ricardo Grasson, a peça está em cartaz com nova temporada no Teatro Sérgio Cardoso, equipamento da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo e gerido pela Amigos da Arte, até 1º de agosto, com sessões aos sábados e domingos, às 19h, também com transmissão on-line das sessões através do projeto Teatro Sérgio Cardoso Digital. A capacidade da plateia presencial será reduzida, por conta das restrições de protocolo da Covid-19. O projeto é uma realização da LPB Produções e da Nosso Cultural.
O texto de Luccas Papp se passa na virada do milênio, durante a noite do dia 31 de dezembro de 2000, onde se encontra Ian (Luccas Papp), um rapaz que poucos meses antes ultrapassou o farol vermelho e sofreu um acidente que matou toda sua família e lhe transformou em uma figura solitária e repleta de culpa. Suas únicas companhias são um gravador, uma bolinha de borracha e o peru que nunca fica pronto. É nesse momento que Noah (Leonardo Miggiorin), seu melhor amigo, entra em sua casa com uma missão: passar o ano novo com Ian e provar-lhe que ainda há tempo para viver e ter esperança em dias melhores.
“É um texto que escrevi há dois anos, nem imaginava que o mundo iria virar de ponta cabeça. É uma história sobre traumas, mas acima de tudo é sobre a capacidade de se perdoar. Meu personagem enfrenta um processo difícil para se libertar e construir algo novo. A dramaturgia é permeada por diálogos curtos, entrecortados, alguns monólogos narrativos, e retrata muito a cultura pop daquela época”, conta Luccas Papp.
A direção de Ricardo Grasson prioriza a interpretação e todos os elementos cênicos costuram e valorizam o cerne da trama que é a palavra. “Encenação, cenografia, iluminação, figurino e trilha sonora são minimalistas para enfatizar a relação do duo, são amigos de anos que lidam com problemas reais. A trama usa a força do amor para abordar todos os conflitos de forma lúdica e imagética em uma linguagem contemporânea com a intenção de criar uma reflexão sobre esperança, futuro e a superação da culpa em seus espectadores”, diz o diretor.
O projeto tem participações especiais em off de Elias Andreato, Ando Camargo, Rita Batata e Lívia Marques, os atores dão voz para apresentador e repórteres na cobertura de réveillon. O figurino é de Cássio Scapin, luz de Gabriele Souza, além da cenografia assinada pelo diretor e o autor.
Papp e Miggiorin interpretaram os melhores amigos em O Ovo de Ouro, texto de Papp que estreou em 2019 e contava uma história pouco conhecida da Segunda Guerra Mundial, a figura do Sonderkommando nos campos de concentração. Nesta montagem, criou-se uma relação e um entrosamento que serão colocados novamente no palco.
“Eles instigam um ao outro, além da própria direção. O jogo entre eles é recomposto de uma outra maneira agora, essa amizade foi construída na produção anterior e volta a ser enfatizada com o novo texto. É importante tocar nessas questões devido aos momentos que estamos vivendo com a pandemia. A peça é contra essa política de cancelamento do mundo, reforça que podemos reescrever a nossa própria história e viver o novo”, ressalta Grasson que dirigiu a dupla em ambos os trabalhos.
Miggiorin descreveu os mecanismos que o auxiliaram na criação de Noah. “O maior exercício é acreditar na força da presença. A construção do papel foi pautada no exercício do ‘aqui agora’. Então preciso fazer uma meditação para entrar em cena, me concentrar e me conectar, como se não tivesse mais nada a fazer no mundo, senão estar ali, presente, com aquelas pessoas, naquele lugar. Meu personagem adora músicas dos anos 80, e estou ouvindo muito, além de relembrar de como era a vida no contexto do ano de 2001, período em que a história acontece”.
O ator ainda destaca que um dos maiores artifícios da peça é trazer uma reflexão sobre o momento atual vivido por todos nós. “O isolamento está muito além da pandemia, muitos de nós já estávamos isolados do mundo antes mesmo dessa quarentena. Perdemos tempo com bobagens, não entendemos ainda o valor da presença. Este espetáculo fala sobre estar presente enquanto ainda temos tempo. Enquanto ainda estamos aqui”.
A atmosfera de A Bicicleta de Papel dialoga com os enredos de dois espetáculos de Luccas Papp que foram encenados recentemente. A Ponte refletia sobre a cultura do cancelamento e O Estranho Atrás Da Porta discutia como a intolerância e o preconceito impactavam a vida de dois jovens. “Gosto muito de retratar relações familiares e afetivas, além das perdas, tanto no sentido da morte ou de um status. Nossas vidas se baseiam muito dentro deste conjunto e na quebra deles. Trafegar por estes caminhos é algo que me instiga retratar”, finaliza Papp.
Serviço: A BICICLETA DE PAPEL Temporada: De 27 de junho a 1º de agosto. Sábados e domingos, à 19h. Ingresso: R$ 40,00 (inteira) – R$ 20,00 (meia entrada). Gênero: Drama. Duração: 60 minutos. Classificação indicativa: 10 anos.
Teatro Sérgio Cardoso – Sala Paschoal Carlos Magno Rua Rui Barbosa, 153 – Bela Vista. São Paulo – SP. Sala Paschoal Carlos Magno 149 lugares (143 + 6 cadeirantes). (40% da capacidade total da plateia, conforme estabelecido pelo protocolo do Governo do Estado e da Prefeitura da capital). Ingressos: Sympla Atenção à diferenciação entre os ingressos para a temporada presencial e a digital. A sala de transmissão digital abre com 15 minutos de antecedência. É recomendável acessá-la antes do horário de início da apresentação.
MORADORES DO BIXIGA E BELA VISTA 50% de desconto nos ingressos* No Teatro Sérgio Cardoso os moradores do Bixiga e da Bela Vista podem adquirir ingressos pela metade do preço. Vá até a bilheteria do teatro com um comprovante de residência e verifique as condições e disponibilidade de ingressos promocionais. (Até dois ingressos por CPF).
– O Teatro Sérgio Cardoso e as produções seguem rigorosamente o protocolo estabelecido pelo Governo do Estado e pela Prefeitura da capital para ocupação dos espaços culturais durante a pandemia de COVID-19.
Monstro, da Cia. Artera de Teatro, estreia em curta-temporada no Teatro Sérgio Cardoso Digital, equipamento da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo e gerido pela Amigos da Arte. As transmissões digitais gratuitas via Sympla Streaming ocorrem a partir do dia 24 de junho, quinta-feira, 21h e a direção do espetáculo é de Davi Reis. Este projeto conta com o apoio institucional do Museu da Diversidade Sexual.
A peça conta a história de Léo (interpretado por Ricardo Corrêa, que também assina a dramaturgia), professor de natação de uma escola infantil que decide se candidatar a adotar uma criança. Tudo vai bem, até acontecer uma situação na qual um de seus alunos de sete anos o chama de gay. Este professor, então, resolve falar abertamente sobre o que é ser gay, encorajando uma cultura de aceitação e inclusão entre os seus alunos.
O olhar social transforma este homem em um ser monstruoso, não recomendado à sociedade. A partir do desejo de adoção, a peça faz um retrato sobre um homem que vai perdendo seus poucos direitos. Poderia ser a história de um homem que teve uma lâmpada estourada em seu rosto na Avenida Paulista, a de uma travesti que teve o seu coração arrancado ou a de um jovem morto e queimado por sua própria mãe. Mas é, sobretudo, a história de Léo.
“E se perdêssemos nossos direitos? O que seria família no contexto contemporâneo? O que define as funções sociais de pai e mãe nos múltiplos arranjos familiares da atualidade? Vivemos uma reconstrução de paradigmas, a fim de incluir socialmente a família homoafetiva, estas novas famílias plurais vêm cada vez mais buscando a legitimação dos seus direitos. Porém, devido à forte implicação política e religiosa envolvida na atualidade, esta comunidade é marcada e perseguida por uma onda conservadora de violência e discriminações, afinal estamos em um país que mais mata LGBTQIA+ no mundo”, diz o diretor Davi Reis.
“Monstro vem sendo gestado desde 2018, criado por uma forte sensação de medo ao final da eleição presidencial. Entendemos que vivemos em uma época de monstros sociais e, juntos, decidimos explorar neste projeto a monstruosidade na condição de discurso estético e político na identidade queer. Assim, aquilo que chamamos de monstro é uma espécie de caso limítrofe, uma forma marginalizada, um caso de abjeção. A figura do monstro é rechaçada através de diversas práticas, como transfobia, homofobia, sexismo e misoginia”, diz o dramaturgo Ricardo Corrêa.
O artista prossegue afirmando sobre o quão é desolador o terreno da discussão sobre sexualidade. “Temos uma sociedade violenta: jovens entram em escolas armados, professores são perseguidos e impedidos de promover o pensamento. Ao colocarmos em cena um professor que sofre todo tipo de violência homofóbica por expor sua sexualidade, estamos problematizando as estruturas sociais e as educacionais também. Ainda há pessoas que definem gênero por azul e rosa. Essas discussões são difíceis, mas são necessárias. Percebemos que esse é um assunto sobre o qual não se fala, há um silêncio na comunidade LGBTQIA+ e por isso decidimos incluí-lo neste projeto artístico, pelos diferenciais que ele carrega em si e por sua tamanha complexidade. Falar de adoção em sistemas sociais em crise, revela a fragilidade dos direitos conquistados frente a uma onda de intolerância”, conclui.
Serviço – Monstro Temporada: 24 de junho a 11 de julho. Quinta a domingo, 21h. Duração: 65 minutos. Classificação etária: 16 anos. Gratis | www.sympla.com.br/teatrosergiocardoso
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