Uma comunidade com aproximadamente 30 casas, sendo que a maior parte dos moradores são da terceira idade. Uma paisagem industrial que havia sido abandonada, e que agora é tomada por arte e arquitetura integradas ao ecossistema local. Essa é Inujima, uma pequena ilha localizada no Mar Interior de Seto, no Japão, com apenas 0,54 km², e que ganha exposição inédita na Japan House São Paulo a partir do dia 30 de novembro, até a 6 de fevereiro de 2022, com entrada gratuita.
A mostra “Simbiose: a ilha que resiste”, com curadoria de Yuko Hasegawa, diretora do 21st Century Museum of Contemporary Art de Kanazawa, Japão, e expografia da arquiteta Kazuyo Sejima, sócia fundadora do escritório SANAA e vencedora do prêmio Pritzker em 2010, reúne obras de arte, fotos, vídeos e depoimentos de moradores de Inujima. A exposição conta também com uma grande representação arquitetônica do espaço geográfico da ilha, famosa por suas pedreiras, responsáveis por atrair o interesse da indústria ao local até meados do século XX. Depois da passagem pelo Brasil, a mostra segue para Londres e Los Angeles dentro do programa de itinerância global da Japan House.
Hoje, em meio às pequenas casas tradicionais japonesas que restaram após uma crise na atividade econômica e a evasão de habitantes, é possível encontrar obras de arte e arquitetura no local, quase como se a ilha fosse um museu a céu aberto. Este é o resultado do Inujima “Art House Project”, que desde 2010, promove a revitalização cultural de Inujima com intervenções gradativas e de pequena escala, sempre em harmonia com a natureza e com a comunidade local. Junto a Fundação Fukutake, o projeto destaca o conceito togenkyo, utilizado para denominar algo comum ao cotidiano, porém único e cheio de riqueza. Inujima é um local que possibilita trocas de vivência especiais com os habitantes que ali vivem.
Antes de Inujima “Art House Project”, um outro projeto já destacava o potencial da ilha com uma primeira intervenção: o Inujima Seirensho Art Museum, projetado pelo arquiteto Hiroshi Sambuichi, que esteve no Brasil em 2019, a convite da Japan House São Paulo, para uma série de palestras, inclusive sobre as especificidades do projeto do museu.
“Os atuais habitantes passaram por diferentes momentos da ilha: de um passado industrial ativo até uma realidade de escassa atividade e pouquíssimos habitantes com faixa etária avançada, resultante em uma mudança radical de hábitos e interesses. É um projeto que ultrapassa as lógicas do pensamento arquitetônico de práticas puramente construtivas, que exercita uma arquitetura mais experimental. Por meio da associação ‘arquitetura e arte’ propõe uma nova ocupação e uma nova maneira de se relacionar com o entorno. Sejima e Hasegawa criaram uma série de atividades para envolver os habitantes da ilha nesse lindo trabalho que estão realizando”, explica a diretora cultural da Japan House São Paulo, Natasha Barzaghi Geenen.
Como o próprio nome da exposição aponta, a simbiose se dá pela convivência harmônica e mutuamente benéfica entre diferentes organismos – o passado e o contemporâneo, o meio ambiente e a ação humana, moradores e visitantes dessa ilha tão ímpar. “Aos poucos, o projeto está mudando o panorama local. Trata-se de um processo de recriação e valorização da paisagem da ilha ao mesmo tempo que preserva e valoriza a sua história”, comenta a arquiteta Kazuyo Sejima, que também esteve na Japan House São Paulo em 2019, ocasião em que realizou algumas palestras. Dentre os destaques estão a Casa F, que traz obra de Kohei Nawa, artista de relevância internacional que apresentou uma exposição individual na Japan House São Paulo em 2017, e o Inujima Life Garden, um deslumbrante jardim ecológico localizado a uma pequena distância do vilarejo, na região oeste da ilha, onde foi recuperada uma estufa de vidro e construído um café ao ar livre. O projeto de revitalização local ainda oferece vários workshops e aulas para os habitantes locais aprenderem sobre a convivência com as plantas. Na residência artística, é oferecido um ambiente onde os artistas podem habitar e vivenciar o cotidiano da ilha enquanto desenvolvem seus projetos.
“A ilha toda está imbuída de um passado marcado, que ao invés de ser apagado, coexiste com uma renovação contemporânea importante e harmônica, que valoriza e inclui a população existente. É um interessantíssimo modelo de revitalização regional em desenvolvimento no Japão que pode servir de inspiração. Aqui no Brasil, podemos pensar em alguns paralelos muito bem-sucedidos como o Instituto Inhotim, em Brumadinho (MG) e a Usina de Arte, em Água Preta (PE)”, acrescenta Natasha. Dentro do programa JHSP Acessível, a exposição “Simbiose: a ilha que resiste” conta com recursos de audiodescrição, libras e elementos táteis. Para mais informações sobre Inujima “Art House Project”, acesse o site (em inglês).
Serviço Exposição “Simbiose: a ilha que resiste” Período: de 30 de novembro de 2021 a 6 de fevereiro de 2022 Segundo andar Entrada gratuita Reserva online antecipada (opcional): https://agendamento.japanhousesp.com.br/ A exposição conta com recursos de acessibilidade.
Japan House São Paulo – Avenida Paulista, 52 Horário de funcionamento: terça a sexta, das 10h às 18h; sábados, das 9h às 19h; domingos e feriados, das 9h às 18h.
Entrada gratuita
※Devido ao coronavírus, estamos funcionando com capacidade reduzida. Para mais informações, acesse o site da Japan House São Paulo.
De 1 a 12 de dezembro, a Mostra Ecofalante de Cinema promove a programação especial Xingu 60 Anos, com 31 filmes disponibilizados de forma online e gratuita. O evento marca as seis décadas de existência do Parque Indígena do Xingu, criado em 1961 para garantir a sobrevivência, melhores condições de vida e a posse da terra à população indígena da região e para preservar sua cultura, seus hábitos e suas crenças. À época a maior e mais importante reserva indígena brasileira, o parque foi uma iniciativa de sertanistas liderados pelos irmãos Villas-Bôas – Cláudio, Orlando e Leonardo.
A programação traz curtas, médias e longas-metragens, reunindo produções pioneiras realizadas a partir de 1932 até títulos finalizados em 2021 e ainda inéditos.
Destacam-se obras assinadas por cineastas consagrados – como Aurélio Michiles, Mari Corrêa, Maureen Bisilliat, Paula Gaitán e Vincent Carelli – ao lado de trabalhos recentes de realizadores indígenas originários da região do Xingu, como Takumã Kuikuro, que estreia na mostra dois novos títulos, e Kamikia Kisêdjê.
Os filmes e demais atividades podem ser acessados gratuitamente através do site do evento, sendo parceira a plataforma Cultura em Casa.
FILMES
Coprodução entre a França, Brasil e Bélgica, “Raoni” (1978) foi indicado ao Oscar de melhor documentário (em sua versão norte-americana, com locução de Marlon Brando). Na versão brasileira, com a voz de Paulo César Pereio, conquistou quatro premiações no Festival de Gramado, incluindo a de melhor filme. É esta a versão exibida na mostra. A obra acompanha a luta do cacique Raoni pela preservação do Parque Nacional do Xingu, ameaçado por grileiros, caçadores e madeireiras. O longa-metragem foi filmado clandestinamente no Parque Nacional do Xingu no princípio de 1975, durante a ditadura militar brasileira. A direção é assinada pelo cineasta e escritor belga Jean-Pierre Dutilleux (de “Amazon Forever” e “Une Histoire Amazonienne”) e pelo fotógrafo e montador brasileiro Luiz Carlos Saldanha. Na mostra, o filme é exibido em cópia recentemente digitalizada em resolução 4K, que oferece a maior qualidade de imagem.
Da fotógrafa Maureen Bisilliat, que foi parceira dos irmãos Villas-Bôas, a programação exibe “Xingu/Terra” (1981), um retrato do cotidiano de uma aldeia do grupo indígena Mehinaku, no Alto Xingu, contemplado com dupla premiação no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Plantação, pesca, cerâmica, a preparação da tinta de urucum, a modelagem da cerâmica doméstica, o relacionamento entre pais e filhos e o cerimonial de casamento são alguns dos aspectos abordados na obra. Inglesa radicada no Brasil, Bisilliat fez uma série de viagens ao Xingu, tendo lançado em 1979, em coautoria com os irmãos Cláudio e Orlando Villas-Bôas, o livro “Xingu: Território Tribal”. Segundo especialistas, ela desenvolveu um dos mais sólidos trabalhos de investigação fotográfica, focalizando temas como os sertanejos e indígenas.
Em “O Brasil Grande e os Índios Gigantes” (1995), o cineasta Aurélio Michiles (dos longas-metragens “O Cineasta da Selva” e “Tudo por Amor ao Cinema”) narra a saga da tribo Krenakarore (também conhecidos como Panará) e retrata a violenta mudança no destino dos indígenas após seu contato com os homens brancos. A obra inclui depoimentos do antropólogo Darcy Ribeiro e do economista Roberto Campos. Participam ainda os sertanistas Orlando e Cláudio Villas-Bôas, os primeiros brancos a entrarem em contato com os Krenakarore. O filme é uma produção do ISA – Instituto Socioambiental.
Até hoje inédito comercialmente no Brasil, “Uaka” (1988) documenta delicadamente o universo e os movimentos de um dos rituais mais famosos dos povos indígenas xinguanos, o Kuarup. Premiado no Festival de Amiens (França), a obra marcou a estreia na direção de longas-metragens de Paula Gaitán, realizadora homenageada em 2021 pela Mostra de Cinema de Tiradentes. Viúva do cineasta Glauber Rocha, Gaitán dirigiu longas como “Diário de Sintra” e “Exilados do Vulcão” – este último vencedor do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro.
Dirigido por Daniel Solá Santiago (de “Família Alcântara”) e exibido no festival É Tudo Verdade, “Coração do Brasil” (2012) reúne três integrantes da expedição que demarcou o centro geográfico do Brasil em 1958 – o explorador Sérgio Vahia de Abreu, o documentarista Adrian Cowell e o cacique Raoni. Eles revisitam aldeias, reencontrando personagens e verificando a condição dos indígenas passados 50 anos da criação do Parque Indígena do Xingu.
Curta-metragista e documentarista premiado em festivais como Havana e Brasília, o cineasta Nilson Villas-Bôas promove em “O Último Kuarup Branco” (2008) uma reavaliação do Parque Indígena do Xingu após 50 anos de sua criação. Na obra, os indígenas mais velhos ainda não esqueceram as terras originais, que deixaram para trás, e alguns querem voltar às suas antigas origens.
Estão presentes em Xingu 60 Anos obras pioneiras, assinadas por Luiz Thomaz Reis, Jesco von Puttkamer e Heinz Forthmann. O documentário silencioso “Ao Redor do Brasil”, de 1932, reúne os principais registros do major Luiz Thomaz Reis (1878-1940) em suas incursões pelo interior das Regiões Norte e Centro-Oeste do Brasil, entre 1924 e 1930, acompanhando diferentes episódios do projeto militar-científico-civilizatório conhecido como Comissão Rondon.
Fotógrafo e cineasta de origem alemã, Heinz Forthmann (1915-1978) produziu uma obra que situa-se entre as mais importantes do cinema etnográfico brasileiro. Integrou a equipe de Expedições do Serviço de Proteção ao Índio (SPI) que, a partir de 1942, registrou imagens preciosas do interior do Brasil e dos povos indígenas do país. Com destaque para sua bela fotografia em cores, “Kuarup”, filme que realizou em 1966 e integra a programação, documenta o ritual homônimo dedicado aos mortos ilustres.
Considerado um dos precursores da antropologia visual no Brasil, o cineasta e fotógrafo Jesco von Puttkamer (1919-1994) dedicou grande parte da sua vida à produção de um dos maiores acervos audiovisuais existentes sobre os povos indígenas brasileiros. A programação inclui três títulos do realizador, um deles inédito no Brasil: “O Destino das Mulheres Amazonas” (1960, inédito no Brasil), sobre a lenda das amazonas e como essas mulheres e seus costumes podem ter sobrevivido em outras tribos da região. Já “Contato com uma Tribo Hostil” (1965) documenta os primeiros contatos dos irmãos Villas-Boas com os indígenas Txicão (Ikpeng) em 1965. “Incidente no Mato Grosso” (1965), por sua vez, focaliza a transferência do grupo indígena Kaiabi para o Parque do Xingu. Está programado ainda “Bubula, o Cara Vermelha” (1999), documentário sobre Jesco von Puttkamer dirigido por Luiz Eduardo Jorge, que narra sua trajetória histórica durante quatro décadas e foi premiado no Festival de Brasília e no Cine-PE | Festival Audiovisual (Recife), entre outros eventos.
Grande homenageado na terceira edição da Mostra Ecofalante de Cinema, em 2014, Washington Novaes (1934-2020) foi um jornalista que tratou com especial destaque os temas de meio ambiente e culturas indígenas. Em “Xingu – Terra Ameaçada”, série de 2007, cujo primeiro episódio é exibido na mostra, ele revisita a região do Xingu, na qual havia realizado outra série documental, “Xingu – Terra Mágica”, na década de 1980, e encontra os mesmos grupos indígenas anteriormente retratados, só que agora sofrendo com a pressão do desenvolvimento econômico.
Xingu 60 Anos exibe seis produções do Vídeo nas Aldeias, projeto criado em 1986 que utiliza recursos audiovisuais para fortificar a identidade dos povos indígenas e sua cultura. O grande destaque é “Itão Kue-gü – As Hiper Mulheres” (2011), dirigido por Carlos Fausto, Leonardo Sette e Takumã Kuikuro. A obra venceu o Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba, foi premiada no FICA – Festival Internacional de Cinema Ambiental (Goiás) e nos festivais de Brasília e Gramado, além de ter sido selecionado para eventos internacionais prestigiosos, como os festivais de Roterdã, Bafici-Buenos Aires e World Cinema de Amsterdã. O longa focaliza o maior ritual feminino da região do Alto Xingu.
Também oriundos do mesmo projeto são “Kiarãsâ Yõ Sâty – O Amendoim da Cutia” (2005, eleito melhor documentário na Jornada Internacional de Cinema da Bahia e no forumdoc.bh – Festival do Filme Documentário e Etnográfico de Belo Horizonte), de Paturi Panará e Komoi Panará, sobre a colheita do amendoim e o cotidiano em uma aldeia Panará; “Imbé Gikegü – Cheiro de Pequi” (2006), de Takumã Kuikuro e Maricá Kuikuro, que explica, com muito humor, porque o pequi tem cheiro forte, segundo a lenda Kuikuro; e “Kîsêdjê ro Sujareni – Os Kisêdjê Contam a Sua História” (2011), de Kamikia Kisêdjê e Whinti Suyá, reunindo narrativas sobre os primeiros contatos com o homem branco e a história recente do povo Kîsêdjê.
Co-dirigido por Mari Corrêa – que tem outros três filmes no evento – e Vincent Carelli (dos longas “Corumbiara” e “Martírio”), “De Volta à Terra Boa” (2008) narra a trajetória do grupo indígena Panará, do desterro ao reencontro com seu território original. A narrativa parte do primeiro contato com o homem branco, em 1973, passa pelo exílio no Parque Indígena do Xingu e chega até a luta e reconquista da posse de suas terras. A produção venceu dois prêmios na Mostra Internacional do Filme Etnográfico (Rio de Janeiro).
Da cineasta Mari Corrêa, a programação apresenta outras três realizações. “Pïrínop: Meu Primeiro Contato” (2007, codirigido com Karané Ikpeng) traz as lembranças do primeiro contato dos indígenas Ikpeng com o homem branco, o exílio, a terra abandonada, o desejo e a luta pelo retorno. Já “O Corpo e os Espíritos” (1996) relata o encontro entre duas visões opostas da saúde, com médicos e pajés tentando conciliar medicina moderna e xamanismo. Por sua vez, “Para Onde Foram as Andorinhas?” (2015) alerta sobre as mudanças climáticas e o crescente calor, que prejudicam as árvores, queimam a floresta, calam as cigarras e estragam os frutos da roça. O filme, co-realizado com o ISA, foi exibido na Conferência do Clima em Paris (COP 21).
Também integra a programação o filme “Yarang Mamin” (2019), uma corealização do Instituto Catitu e do Instituto Socioambiental (ISA) dirigida pelo cineasta Kamatxi Ikpeng. O documentário retrata o dia a dia de mulheres que formaram um movimento para coletar sementes florestais, um trabalho que possibilitou o plantio de cerca de 1 milhão de árvores nas bacias do Rio Xingu e Araguaia.
Do cineasta Takumã Kuikuro, codiretor de “Itão Kue-gü – As Hiper Mulheres” e “Imbé Gikegü – Cheiro de Pequi”, o evento promove a estreia de dois trabalhos inéditos. “Kukuho – Canto Vivo Wauja” (2021) focaliza um músico, contador de histórias e líder da comunidade Waujá do Xingu que tenta preservar e compartilhar a música tradicional do seu povo. “Território Pequi” (2021) mostra como o pequi se tornou símbolo de vasto patrimônio cultural e genético. Membro da aldeia indígena Kuikuro e atualmente vivendo na aldeia Ipatse, no Parque Indígena do Xingu, Takumã Kuikuro recebeu em 2017 o prêmio honorário Bolsista da Queen Mary University of London. Foi, em 2019, o primeiro jurado indígena do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro.
Outros três filmes são dirigidos ou codirigidos pelo cineasta Kamikia Kisêdjê. “A Última Volta do Xingu” (2015, de Kamikia Kisêdjê e Wallace Nogueira) expõe os arrasadores impactos socioambientais da construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte sobre os povos da Volta Grande do rio Xingu. Vencedor de menção honrosa na Mostra Ecofalante de Cinema, “Topawa” (2019, de Kamikia Kisêdjê e Simone Giovine) traz depoimentos de mulheres da Terra Indígena Apyterewa sobre os primeiros contatos com os homens brancos, enquanto confeccionam redes e cestas a partir da palmeira de tucum. “Wotko e Kokotxi, Uma História Tapayuna” (2010, de Kamikia Kisêdjê) conta a trágica história do povo Tapayuna, que, durante décadas, combateu a invasão de suas terras. No final dos anos 1950, com a intensificação da exploração da borracha na região, alguns brancos deram a eles carne envenenada, fazendo com que grande parte do grupo morresse. O filme aborda também o ressurgimento desse povo Tapayuna, com narração por um casal sobrevivente.
Já “A História da Cutia e do Macaco” (2012) é assinado por mulheres cineastas indígenas – Wisio Kayabi e Coletivo das Cineastas Xinguanas. A obra é baseada em uma história tradicional do povo Kawaiweté.
A programação de filmes completa-se com três títulos recentes. “O Índio Cor de Rosa Contra a Fera Invisível: A Peleja de Noel Nutels” (2020), de Tiago Carvalho, reúne imagens inéditas do acervo do médico sanitarista Noel Nutels (1913-1973), que percorreu o Brasil tratando da saúde de indígenas, ribeirinhos e sertanejos, nunca deixando de registrar essas experiências com uma câmera de cinema. Multipremiada, a obra foi vencedora do prêmio de público de melhor documentário, menção especial do júri e prêmio dos estudantes no Festival de Biarritz.
“Olhares Cruzados – Parque Indígena do Xingu 50 Anos” (2011), de João Pavese, tem como fio condutor depoimentos de indígenas e não indígenas sobre a história, dilemas e desafios da consagrada terra indígena, situada no coração do Brasil. Já em “O Segundo Encontro” (2019), a cineasta Veronique Ballot recupera os passos de seu pai, o repórter-fotográfico Henri Ballot, que integrou a expedição dos irmãos Villas-Bôas na qual se deu o primeiro contato entre homens brancos e indígenas Metuktire, no norte de Mato Grosso.
DEBATES
Com o objetivo de conhecer e entender melhor o Parque Indígena do Xingu – em que circunstâncias ele foi criado, o impacto da criação da primeira grande Terra Indígena demarcada pelo governo federal e os desafios que enfrenta – Xingu 60 Anos organizou três debates.
Debate 1: Parque Indígena do Xingu (PIX): Origens – 2/12, quinta-feira, às 18h00
Com André Villas-Bôas (antropólogo e secretário executivo do ISA – Instituto Socioambiental), Maiware Kaiabi (líder do povo Kaiabi) e Mekaron Txucarramãe (líder Kayapó e primeiro indígena a se tornar diretor do PIX), com mediação de Marina Kahn (presidente do Iepé – Instituto de Pesquisa e Formação Indígena).
O encontro pretende contextualizar a decisão de criar o parque, o momento histórico em que esse projeto se concretizou e os obstáculos que os seus idealizadores tiveram que enfrentar.
Debate 2: Imagens do Xingu – 3/12, sexta-feira, às 18h00
Com Carlos Fausto (antropólogo e documentarista), Kamikia Kisêdjê (cineasta), Takumã Kuikuro (cineasta), Mari Corrêa (cineasta, fundadora e diretora do Instituto Catitu) e Vincent Carelli (indigenista, documentarista e fundador do projeto Vídeo nas Aldeias), com mediação de Flávia Guerra (documentarista e jornalista cultural).
O encontro promove uma conversa sobre a representação audiovisual dos povos indígenas da região do Xingu, desde a documentação dos cineastas – em sua maioria, estrangeiros – que acompanharam os irmãos Villas-Bôas em suas expedições, até o recente surgimento dos coletivos indígenas de cinema e sua apropriação do meio audiovisual e de sua própria representação.
Debate 3: O Xingu Hoje – 11/12, sábado, às 18h00
Com Douglas Rodrigues (médico sanitarista, do Departamento de Medicina Preventiva da Escola Paulista de Medicina / Universidade Federal de São Paulo), Ianukulá Kaiabi Suyá (presidente da ATIX – Associação Terra Indígena Xingu), Ivã Bocchini (indigenista do ISA – Instituto Socioambiental e articulador dos planos de gestão territorial – TIX), Kátia Ono (articuladora comunitária e assessora técnica em manejo de recursos naturais e fogo do ISA – Instituto Socioambiental), Sofia Mendonça (médica sanitarista e coordenadora do Projeto Xingu, do Departamento de Medicina Preventiva, da Escola Paulista de Medicina / Universidade Federal de São Paulo), Tapi Yawalapiti (professor, ex-vice-presidente do IPEAX – Instituto de Pesquisa Etno Ambiental do Xingu ex-presidente do Conselho Local de Saúde Indígena do Alto Xingu do Pólo Base Leonardo Villas Bôas e liderança indígena) e Watatakalu Yawalapiti (liderança das mulheres indígenas do Alto Xingu), com mediação de Biviany Rojas (ISA – Instituto Socioambiental).
O debate coloca em discussão quais são as condições atuais de vida e manutenção do modo de vida dos povos indígenas – o Parque Indígena do Xingu está cumprindo a sua função original? Como os povos indígenas veem esse território hoje e a possibilidade de sua preservação diante dos muitos desafios?
Xingu 60 Anos é viabilizado através da Lei de Incentivo à Cultura e do Programa de Apoio à Cultura (ProAC). Tem patrocínio do Mercado Livre, Colgate e da Spcine, empresa pública de fomento ao audiovisual vinculada à Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo. Conta com apoio da White Martins, Valgroup e Itaú. É uma produção da Doc & Outras Coisas e coprodução da Química Cultural. A realização é da Ecofalante, do Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, do Ministério do Turismo e do Governo Federal.
Mais importante evento audiovisual sul-americano dedicado às temáticas socioambientais, a Mostra Ecofalante de Cinema realizou sua 10ª edição nos meses de agosto e setembro últimos. A iniciativa, da ONG Ecofalante, tem direção de Chico Guariba.
SERVIÇO:
Xingu 60 Anos – programação especial da Mostra Ecofalante de Cinema
Novo espetáculo do Coletivo Impermanente, “O que meu corpo nu te conta?” realiza ensaio aberto e gratuito na Oficina Cultural Oswald de Andrade/ Três Rios.
Os trinta e seis atuantes do Coletivo Impermanente, dirigidos por Marcelo Varzea, se revezam nesta performance onde seus corpos nus, em relatos confessionais postos em minisolos de autoficção, revelam histórias marcadas em suas peles e existências.
Temas como homofobia, assédio sexual, etarismo, gordofobia, machismo, disforia do espelho, pretitude, racismo, compulsão, hipervalorização do erotismo, pedofilia, transfobia, maternidade, infertilidade, educação sexual, entre outros, são abordados olho no olho, respirando junto, num ato íntimo.
Cada artista tem um piso de 2mx2m pra performar, dispostos dentro de num grande tabuleiro. A duração de cada solo é de quatro minutos. Findados, o público escolhe em qual nicho assistirá a próxima rodada em sucessivas apresentações durante uma hora. Aperte o play e confira o que vem por aí!
Outros corpos nus se movem perifericamente, e desta forma é possível fazer o revezamento no fim de cada ciclo, alterando a perspectiva. Simultaneamente as falas se sobrepõem como numa radiografia social.
Serviço
“O que meu corpo nu te conta?” Performance Abertura de processo/ Ensaio aberto Coletivo Impermanente Direção Marcelo Varzea Oficina Cultural Oswald de Andrade/ Três Rios Rua Três Rios 363 – Bom Retiro, São Paulo/SP Sala 11 Dias 6 e 7 de dezembro às 20 horas. Gratuito.
A peça Tem um Rio na Biblioteca já foi apresentada para mais de 10 mil crianças desde 2019 em diferentes cidades brasileiras e agora é oferecida gratuitamente para as escolas de Antônio Dias – MG com patrocínio da Bemisa. Uma realização da Companhia da Cultura, com mais de 25 anos de experiência em criação e gestão de projetos. São 9 apresentações que acontecem de 8 a 12 de novembro de 2021.
De forma bem-humorada e didática, os personagens Zizi e Vavá se encantam com as possibilidades de ajudar o planeta Terra na tarefa de enfrentar a poluição. Apresentando às crianças uma reflexão sobre os cuidados com o meio ambiente, o espetáculo traz conteúdos como uso da água potável, combate aos agrotóxicos, os 5 “R’s” (repensar, reduzir, recusar, reutilizar e reciclar), saneamento básico, sustentabilidade, e isso de uma forma que os conceitos se disseminem e ganhem importância nos seus contextos e cotidianos.
A jornada dos personagens é bem-sucedida pois descobrem nos livros as soluções para salvar o planeta e se encantam então com o poder da leitura, passando por histórias e descobertas que ilustram a diferença que o conhecimento faz, todo o poder que a leitura pode gerar, incentivando as crianças ao maior contato com os livros.
Segundo a produção do espetáculo, “as crianças refletem sobre as ações humanas e as consequências que poderão ocorrer se continuarmos com a degradação do planeta. De forma lúdica e alegre, contribuindo também para a saúde mental e emocional das crianças, sua realização é um importante passo para a transformação de hábitos de cidadãos responsáveis e comprometidos com a sociedade em que vivem”.
Protocolos contra Covid
Como estamos ainda em um momento frágil, mesmo com as cidades com poucos números de casos, estamos em circulação e, por isso, tomando os devidos cuidados. Por isso, pedimos que as crianças se posicionem com o distanciamento social, usando máscaras, bem como, sempre que possível, utilizar espaços abertos e com ventilação. Ao final do espetáculo, pedimos que as crianças sejam retiradas do local da apresentação para que a equipe faça a desmontagem. Infelizmente, não será permitido abraçar e fotografar pertinho do elenco. Poderemos fazer uma foto do palco com todos atrás, cada um em seus lugares, se assim desejarem.
Foi durante o assustador, porém encorajador, hiato provocado pela pandemia, que a atriz e cantora Renata Ricci, conhecida de diversos trabalhos nos palcos e na TV, encontrou forças para tirar do papel um desejo antigo do coração: homenagear Carmen Miranda, a estrela que fincou uma bandeira verde e amarela no exterior. Construído há poucas, porém cuidadosas mãos, o espetáculo-show “Pra Você Gostar de Mim”, que faz recortes da vida e obra da famosa luso-brasileira, realiza apresentações gratuitas dias 29 e 30 de outubro, às 20hrs, no YouTube.
O projeto, que deriva de uma ideia ainda maior, pensada para celebrar a história das talentosas irmãs Carmen e Aurora, em “As Irmãs Miranda”, previsto para 2022, é fruto de uma conexão antiga, que começou ainda na infância, entre Renata e a dona das mais de 300 canções registradas no Brasil e EUA, e que ganhou força na adolescência, quando a artista passou a se interessar por teatro e conhecer as obras da “Pequena Notável” para o cinema, porém, foi através de um mergulho em sua biografia, que ela descobriu motivos que mereciam os palcos.
“Me apaixonei primeiro por sua figura, depois por sua história. Quando pensava na Carmen, antes de estudá-la, naturalmente me vinha em mente os chapéus e as frutas, mas depois de conhecê-la, penso primeiro nela como uma mulher à frente do seu tempo, muito apaixonada pelo que fez, desbravadora e que abriu caminho não só para as mulheres – ainda que principalmente para elas –, mas para um país. Fiquei anos gestando essa ideia, de fazer algo sobre essa pessoa extremamente carismática e com uma história pessoal incrível”, diz.
Criado para ser apresentado com público presente e em formato de show, o projeto, dirigido por Celso Correia LopeseRicci, e com direção musical e arranjos de Reinaldo Sanches, ganhou novos contornos com o texto de Guilherme Gonzales, e precisou ser adaptado para o audiovisual em decorrência do momento atual. Avessa ao conceito do teatro filmado, Renata optou por aderir a um novo formato, com linguagem própria e que se aproximasse mais do cinema, o que resultou em um média-metragem, de 40 minutos de duração.
A história parte de uma passagem da artista pelo Brasil, em 1940, quando foi vaiada pelo público durante um show no Cassino da Urca, levando-a a crer que o motivo era o desgosto do povo brasileiro, em se ver estereotipado em sua representação, mas na verdade, o movimento contrário a ela fora motivado por questões políticas, em função da 2ª Guerra Mundial. Deste ponto em diante, o público acompanha Renata, solo em cena, em um encontro fictício, entre Carmen e um psicólogo, onde ela vai contando e cantando sobre emoções e sensações da estrela, apoiada em canções, por vezes responsivas, como “Disseram que Voltei Americanizada”.
Embalado por hits como “Adeus Batucada”, “Tico-Tico no Fubá” e “South American Way”, o musical, que deve chegar ao palco em 2022 como um monólogo teatral, conta com quatro músicos, Mica Matos, Rayra Maciel, Reinaldo Sanches e Samuel Morales, o visagismo de Anderson Bueno, e o figurino da So Croppeds com toques da própria Renata, que também assina a produção geral junto de Michele Narcizo.
Entre a tela e o palco
Em paralelo ao mergulho na vida de Carmen Miranda, Renata celebra a retomada da Cultura e a reabertura dos teatros abrilhantando o elenco de “Barnum – O Rei do Show”, musical em cartaz no Teatro Opus, em São Paulo, onde pôde resgatar o prazer diferente que é fazer parte de um projeto não realizado e produzido por ela, como os mais recentes “French Kiss” e “Cantrix canta Gil”, que exigem um olhar cuidadoso ampliado e uma função multitarefa. Esse é o 9º musical do circuito Broadway e Off-Broadway da atriz, que já pôde ser vista em “Sweet Charity”, “Avenida Q”, “Gypsy”, “As Bruxas de Eastwick”, “Xanadu”, “Como Vencer na Vida Sem Fazer Força” e “Forever Young”, além de obras brasileiras como “S’imbora, O Musical – A História de Wilson Simonal” e “Hebe – O Musical”, onde deu vida à Lolita Rodrigues.
Em meio às cores e movimentos do lúdico universo circense de “Barnum”, com o qual não mantinha relação até então, ela chegou a questionar se ainda saberia “fazer teatro” antes do início dos ensaios, considerando o impacto sentido pela paralisação do Coronavírus, que se estendeu por 18 meses. Mas bastaram os primeiros encontros com colegas e a rotina necessária na construção de um espetáculo, para descobrir que o seu saber estava intacto, e que ainda poderia ir além, enfrentando o medo do desconhecido e encarando aulas de trapézio para entrar em cena como cover da personagem Jenny Lind, uma das mais famosas cantoras do século XIX.
“Está sendo muito bom resgatar esse pedaço de mim, lembrar como era, e em ‘Barnum’, especificamente, pois estamos tendo uma recepção da plateia que, para mim, era inesperada. Então, além de estar voltando para o ao vivo, pós pandemia, é especial estar em um espetáculo que não é qualquer espetáculo, que está muito amarradinho e tem conquistado o público. Desde ‘Avenida Q’ não vejo rostos tão arrebatados e entregues na plateia, e isso é muito gostoso, ver adulto com cara de criança torna tudo muito mais mágico”, finaliza.
Nos dias 20 e 21 de novembro acontece de forma totalmente digital e gratuita, a terceira edição da GGCON21 (Good Game Convention), evento de eSports, tecnologia e cultura pop/geek de Natal, Rio Grande do Norte, que neste ano, poderá receber fãs do Brasil inteiro com o apoio da Booyah!, uma das maiores plataformas de streaming da internet, da Garena (Free Fire), e onde serão transmitidos todos os conteúdos.
Idealizado por Rodrigo Machado e Jomardo Jomas e com Ravi Brito como Diretor de Conteúdo, o primeiro ano do evento, que aconteceu em 2018, contou com mais de 10 mil visitantes no estádio Arena das Dunas e teve 10 áreas de conteúdo simultâneo não deixando o público ficar parado um segundo sequer. Com palestras, workshops, campeonatos, apresentações de cosplayers, desafios de Just Dance, imersões em realidade virtual e uma volta no passado com o museu do videogame fizeram da sua primeira edição um sucesso.
No segundo ano, mais de 15 mil pessoas participaram do evento, sendo que o estacionamento do Natal Shopping recebeu mais de 2 mil fãs de games que permaneceram no local acompanhando as partidas em tempo real que foram exibidas no maior telão de games da cidade com a GGCUP, a copa de games da GGCON.
“O cenário nordestino de e-sports é gigante. São diversos talentos que já vem mostrando sua força nas streams e ainda há muitos a serem revelados, bastam novas oportunidades como as que a GGCON vem buscando abrir”, afirma Rodrigo Machado. “Só em Natal, Rio Grande do Norte, mais de 300 pessoas se inscreveram para um único campeonato. Isso mostra como o cenário local é forte e pode revelar grandes talentos. É preciso buscar incentivar essa galera nova”, disse Ravi Brito.
As inscrições para participar dos campeonatos deste ano já somam mais de 780 jogadores do Brasil inteiro e um grande circuito online será realizado durante os meses de outubro e novembro. Acontecerão campeonatos de jogos como Free Fire, Counter Strike, League of Legends, Wild Rift e Valorant que darão mais de R$10 mil em premiações. Além dos campeonatos, painéis e atrações do cenário nacional participarão do evento, que tem como prioridade envolver a comunidade e trazer o máximo de inclusão entre os participantes e o público geral. Serão conteúdos voltados tanto para os gamers assíduos, passando pelos fanáticos pela cultura pop/geek e chegando até os marinheiros de primeira viagem no cenário.
“Inclusão e acessibilidade são essenciais também dentro dos esports. Com o mínimo já se faz muito, imagina se for possível dar mais oportunidades, mostrar que as possibilidades para esses jovens são totalmente alcançáveis? Que não é só coisa de TV”, conclui Jomardo Jomas.
Atrações como Nyvi Estephan, Gordox e Calango já passaram pelo evento nos dois primeiros anos e o line-up completo com as atrações deste ano da GGCON21 será divulgado no início de novembro. Desde sua primeira edição, o evento tem o apoio do Governo do Estado do Rio Grande do Norte e Prefeitura do Natal através das Leis de Incentivo Cultural e hoje conta com empresas parceiras como Arena Das Dunas, Unimed, Sebrae, Rádio Jovem Pan e recentemente pela Coca-Cola e pela plataforma de stream Booyah!.
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