‘Kafka e a boneca viajante’ estreia em SP


Créditos: Divulgação/ Ale Catan


Referência obrigatória na literatura mundial do século XX, o escritor Franz Kafka (1883-1924) teria vivido, já no fim da vida, uma história curiosa. Ao caminhar por uma praça perto de sua casa, encontrou uma menina que chorava por ter perdido sua boneca. Sensibilizado pelo sofrimento da criança, ele passou a escrever cartas à menina como se fossem enviadas pela boneca, em que descrevia suas incríveis aventuras pelo mundo. A bela e intrigante história já foi contada em livros, contos e peças, mas até hoje não há provas de que realmente tenha acontecido – as cartas jamais foram encontradas, tampouco a dona da boneca.

Idealizada pelo empreendedor cultural Felipe Heráclito Lima e produzida por Maria Angela Menezes e Amanda Menezes, a montagem inédita tem patrocínio da BB Seguros e realização do Centro Cultural Banco do Brasil. Depois do sucesso da temporada carioca e passar pelas cidades: Brasília, Belo Horizonte e São Luís, o musical chega na cidade de São Paulo no Teatro Villa Lobos.

Com dramaturgia de Rafael Primot, direção de João Fonseca e direção musical de Tony Lucchesi, o espetáculo Kafka e a boneca viajante é inspirado em uma dessas versões – o livro homônimo do escritor catalão Jordi Sierra i Fabra.

“Quando Felipe me procurou com a ideia de adaptar o livro do Jordi, eu já conhecia a história das cartas. O livro é curto, voltado ao público infanto-juvenil e conta essa história de uma maneira simples. O desafio foi fazer um espetáculo um pouco mais profundo, levando para o universo adulto. E aí resolvi trazer elementos da vida de Kafka para a história da própria garota, coisas que o escritor passou na infância dele, como a relação conturbada com o pai. E também referências a seus livros”, explica Rafael Primot.

A narrativa não linear reforça o ritmo ágil da montagem, alternando passado, presente e futuro, assim como a realidade vivida pelo Sr. K (André Dias), sua esposa Dora (Lilian Valeska) e a menina Rita (Carol Garcia) é atravessada pelo mundo ficcional das cartas, onde Brígida, a boneca interpretada por Alessandra Maestrini, ganha vida. A metalinguagem é outro recurso utilizado, como explica João Fonseca: “O jogo cênico proposto pela dramaturgia do Rafael tem uma agilidade e eu entendi que tinha que fazer uma brincadeira teatral, com os atores se arrumando em cena, se maquiando, lembrando que é um jogo, uma brincadeira. É um combinado, um faz de conta que todos, inclusive a criança, sabe que não é real”. Na construção da mise en scène, destaca-se também o trabalho de direção de movimento de Márcia Rubin, em especial da personagem de Maestrini.

A trilha é um caso à parte e se impõe como elemento dramatúrgico. No repertório, interpretado pelo elenco, estão músicas de artistas como Caetano Veloso, Candeia, Cartola, Chico Buarque, Djavan, Lenine, Raul Seixas e Rita Lee e até uma composição inédita assinada por João Fonseca e o diretor musical Tony Lucchesi, que também assina os arranjos: “Eu e o João tivemos liberdade para escolher canções que pudessem contribuir com a dramaturgia, ficassem orgânicas dentro do que a cena pede. E durante o trabalho com os atores nos ensaios, outras ideias foram aparecendo. Há ainda uma canção original que eu e João compusemos, cantada pela menina, num momento muito emocionante”, adianta Tony. “Quando vi que tinha essas quatro vozes especialíssimas à disposição, defini que os arranjos vocais seriam a tônica desse projeto, na construção do fio condutor da música. Como os quatro estão em cena praticamente o tempo todo, o arranjo vocal vem como forma de contribuir com a cena e unificar a linguagem de um repertório tão diverso”, detalha. Tony estará em cena tocando piano e também contará com uma base gravada por uma banda, que será usada em alguns momentos do espetáculo.

A cenografia de Nello Marrese reforça o simbolismo da passagem do tempo, seja do fim da vida do escritor, da transformação da menina em mulher e da viagem da boneca pelo mundo. Cubos, alguns móveis, um móbile, selos, carimbos, além de um fundo neutro para valorizar o desenho de luz criado por Paulo César Medeiros, compõem a cena. João Pimenta criou figurinos que remetem à época em que Kafka viveu seus últimos anos, na década de 1920.

“Estamos sempre no fio da navalha de não infantilizar, mas também preservar essa singeleza da história. É um grande escritor à beira da morte, sem forças para escrever e de repente encontra uma menina, a dor daquela menina, que era um pouco como ele, faz com que ele retome a escrita. Como a arte transforma tudo, como a arte conseguiu curar a menina, como ele adquiriu esse último prazer na vida, achando energia para escrever”, analisa João Fonseca.

Rafael Primot concorda e completa: “Tem uma coisa inocente da menina se desvinculando da boneca, o amadurecimento e crescimento de uma menina se transformando em mulher, e ao mesmo tempo a despedida da vida desse autor. Achei que esses dois temas poderiam conversar. Como que um escritor como ele, no fim da vida, poderia transmitir esperança. É uma história de esperança e sobre a transformação do amor”.

Espetáculo Musical “Kafka e a boneca viajante”

Teatro Villa Lobos (720 lugares)

Shopping Villa Lobos – 4º andar
Av. Dra. Ruth Cardoso, 4777 – Pinheiros
WhatsApp (11) 97613-5942
(11) 3024-3705
(11) 3024-3738

Classificação: Livre

Duração: 80 minutos

De 20 de outubro até 10 de dezembro

Sexta 21h Sábado 20h e Domingo 18h

VALORES:
Plateia Central: R$150,00
Plateia Lateral: R$130,00
Plateia: R$110,00
Plateia Alta: R$100,00
Balcão: R$40,00
Vendas ON LINE: https://site.bileto.sympla.com.br/teatrovillalobos
PRESENCIAL: Totem de vendas no primeiro andar, próximo ao restaurante América, no Shopping Villa Lobos.
Bilheteria do Teatro VillaLobos – Nos dias dos espetáculos, 3h antes do horário até o início da apresentação.

Ícaro Silva, Claudio Lins, Hugo Bonemer participam da 6ª edição do “Tudo ao contrário”


Créditos: Clarissa Ribeiro


O CEFTEM realiza no dia 30 de novembro a 6ª edição do “Tudo ao Contrário” no Teatro Riachuelo (RJ) às 20h. O evento, dirigido por Reiner Tenente e João Fonseca terá renda arrecadada para a Sociedade Viva Cazuza e Casinha, e contará com apresentações de artistas conhecidos do segmento musical.

O show vai contar com apresentação de vários artistas conhecidos do segmento musical, como Hugo Bonemer, Suzy Brasil, Ícaro Silva, André Dias, Laila Garin, Claudio Lins, Cris Pompeu, Stella Maria Rodrigues, Gottsha, Nando Brandão, Helga Nemetik, Soraya Ravenle entre outros *. Todos voluntários, em prol de uma boa causa: arrecadar fundos para as instituições.

O evento, idealizado por Caio Loki (Loki Entretenimento), tem direção musical de Tony Lucchesi, coreografias de Quéops, direção de produção de Joana Mendes e realização de João Fonseca e CEFTEM.

– Acho que é um momento muito importante para a nossa cultura, depois de um período mais crítico da pandemia, além da falta do sucateamento do nosso setor, o ‘Tudo ao Contrário’ vem com essa função de mostrar que através da arte iremos continuar a resistir e ajudar a sociedade. Falar de cultura e das questões de diversidade são de extrema importância, o show vem para tratar delas, de maneira divertida ele ajuda a sociedade a perceber que somos todos iguais, além de fortalecer a união entre todos os artistas – finaliza Reiner Tenente.

Os ingressos já estão à venda pelo Sympla: Clique aqui!

Mais informações pelo https://www.instagram.com/tudoaocontrariomusical/

* Artistas, e números, sujeitos a alteração, dependendo da agenda dos mesmos.

Tudo ao Contrário 6 – A Cena em Prol da Vida

Dia 30 de novembro – 20h
Teatro Riachuelo
Rua do Passeio 38/40 – Centro – Rio de Janeiro – RJ
Ingressos: Plateia Vip: R$ 120
Plateia normal: R$ 60
Balcão e balcão nobre: R$ 40
Classificação: 12 anos
Duração: 120 min
Telefone: (21) 3554-2934

‘Vingança – O Musical’ reestreia em nova casa e com elenco renovado


Créditos: Caio Gallucci


Sucesso do teatro musical brasileiro dos últimos anos, o espetáculo Vingança volta ao cartaz em junho no Teatro Raul Cortez em São Paulo. Após nove anos, o cultuado musical de Anna Toledo com músicas de Lupicínio Rodrigues reestreia em nova casa e com elenco renovado.

Para viver o melodrama envolvendo amores não-correspondidos, intrigas, ciúmes e traições, entram em cena os atores Danilo de Moura, Maria Bia e Lola Fanucchi. Do elenco original continuam Jonathas Joba, Sergio Rufino e Anna Toledo.

“É claro que eu pensei três vezes antes de retomar o papel”, conta Anna, “pois é mexer numa memória preciosa. Por outro lado, que oportunidade maravilhosa de voltar a esta peça e apresentá-la a um novo público. Tem quase dez anos desde a última temporada, um monte de gente só conhece o Vingança de ouvir o CD.”

Créditos: Caio Gallucci

A complexa trama de Vingança trata de uma ciranda de paixões entre amantes. A inspiração veio das canções do compositor gaúcho Lupicínio Rodrigues (1914-1974), um dos maiores nomes do gênero samba-canção, que inclusive foi o responsável pela expressão “dor de cotovelo”. Suas canções (“Nervos de Aço”, “Nunca”, “Ela Disse-me Assim”, Vingança”, etc) falam principalmente de amores não-correspondidos, traições e vinganças.

“A dor-de-cotovelo foi a sofrência dos anos 50”, brinca o diretor musical Guilherme Terra. Como a sofrência, o gênero dor-de-cotovelo também foi alvo de preconceito da crítica até ser abraçado nos anos 70 por artistas como Caetano Veloso e Maria Bethânia.

Como bom melodrama, Vingança toca em questões sensíveis, como o machismo, a violência, a hipocrisia e as várias formas de abuso. “Talvez estas questões fiquem mais evidentes hoje, em 2022, do que foram em 2013, quando a peça estreou.”, comenta o diretor Andre Dias. “Pode ser mais intenso, pode ser mais incômodo, mas é um risco que vale a pena correr.”

Mais uma produção da Morente Forte Produções Teatrais, a volta de Vingança é mais um sonho acalentado pelas sócias Selma Morente e Célia Forte nos últimos quase 3 anos e que se torna realidade a partir do dia 24 de junho até 28 de agosto, sempre às sextas, sábados e domingos no teatro Raul Cortez.

SERVIÇO
VINGANÇA – O musical

Teatro Raul Cortez (513 lugares)
Rua Dr Plínio Barreto, 285
Informações: 3254-1631

Bilheteria: terça a quinta das 14h às 20h; sexta, sábado e domingo das 14h até o início do espetáculo.
Aceitamos todos os cartões de débito e crédito. Não aceita cheque.
Ar-condicionado e acesso para cadeirantes.

Estreia dia 24 de junho

Sexta e sábado: 21h
Domingo: 16h
Ingressos:
Sexta, sábado e domingo – R$ 80

Estacionamento no local: R$30,00
Vendas: Sympla

Temporada até 28 de agosto

Renata Brás, a ciumenta da A Praça é Nossa, estreia monólogo em SP

Renata Brás, a ciumenta da A Praça é Nossa, estreia monólogo em SP

Créditos: Divulgação


Renata Brás volta aos palcos teatrais com a sua personagem do programa “A Praça é Nossa“, do SBT. A atriz apresenta o espetáculo “A Ciumenta“, nos dias 20 e 21 de fevereiro, no Espaço Cultural Brica Braque, em São Paulo.

Com direção de André Dias, “A Ciumenta“ é Renata, uma mulher intensa, insegura, que vive uma relação de extrema possessividade com o seu marido Apolo. Sempre desconfiando e testando incansavelmente o marido, acaba se colocando em situações que beiram ao ridículo. De forma muito divertida e fazendo analogias a temas comuns do cotidiano, “Renata” reflete sobre sentimentos, atitudes, paranóias e autoconhecimento.

Decidida a encontrar a cura, ela disserta suas experiências de forma leve, bem humorada, mas sempre com um pouco de contradição e no sense, claro. A Ciumenta é um monólogo intenso e engraçado sobre o ciúme e as feridas abertas de um coração machucado e apaixonado.

SERVIÇO

A CIUMENTA

21 de fevereiro de 2021, 16h>17h
ESPACO CULTURAL BRICA BRAQUE – São Paulo, SP
Ingressos: Sympla

Com Flavio Tolezani e grande elenco, Narciso tem sua primeira leitura


Créditos: Divulgação


Terceiro texto assinado pelo multifacetado Marcelo Varzea, com direção de Leopoldo Pacheco, o espetáculo Narciso compõe o Ciclo de Leituras Teatrais da Vivo e terá sua primeira leitura, aberta ao público , na próxima terça-feira (20) no Auditório Eco Berrini. Com Flavio Tolezani, André Dias, Paula Cohen e Jota Barletta no elenco, o drama aborda a homofobia e conflitos existentes entre irmãos, independente da distância e do tempo.

No fim da década de 90, na pacata cidade do interior paulista de Atibânia, dois irmãos gêmeos univitelinos descobrem o sexo entre si, em brincadeiras homoeróticas, e acabam por viver uma espécie de romance oculto até conhecerem a brejeira Rosa, dividindo a paixão dos irmãos Henrique e Ronaldo. Uma sequência de competições, fatos e suas versões, dessas relações espelhadas provocam um escândalo na região e Henrique é escorraçado. Desaparecendo por vinte anos.

Créditos: Divulgação

Dia 11 de setembro de 2019, vinte anos depois, o pai dos gêmeos está à beira da morte no hospital. É também aniversário de dezoito anos de Caio, filho de Ronaldo e Rosa, que tem uma assustadora semelhança com o pai e o tio. Henrique volta e provoca todos os valores, tensões sexuais, questionamentos, homofobia, hipocrisia, revelações e valores da família. Uma tragédia anunciada.

Tensão sexual, assédio físico e moral, incesto e sexualidade pulsam nessa trama de reflexos. Com entrada gratuita, os ingressos podem ser reservados em https://bit.ly/2TGV70r.

Arte: Divulgação

Serviço 

Terça às 19h00
20 de Agosto
Auditório ECO BERRINI
Av. Engenheiro Luís Carlos Berrini, 1376 ( próximo à estação Berrini da CPTM)
Reserva de lugares: https://bit.ly/2TGV70r
Entrada gratuita

Theatro Net Rio recebe o musical 4 Faces do Amor




Por Leina Mara

A história de vida e paixão entre os personagens Duda e Cacau (representados por 4 atores) através do texto teatral original de Eduardo Bakr (Vencedor do Prêmio Bibi Ferreira 2016 como Melhor Ator) e das consagradas músicas de Ivan Lins, 4 Faces do Amor estará em cartaz no Theatro Net Rio a partir do dia 10 de janeiro.

Foto: Divulgação

Sinopse – 4 Faces do Amor poderia ser apenas mais uma deliciosa comédia romântica musical, contando os encontros e desencontros, as venturas e desventuras de Duda e Cacau: golpes do destino, ciúmes desmedidos, impulsos, fetiches, briguinhas, alegrias, situações inusitadas e cenas de paixão que nos fazem ver o amor como um sonho a ser alcançado, e que nos fazem pensar (ou repensar) nossas relações como aventuras possíveis e reais. Tudo isso seria muito simples se DUDA não fosse o apelido de Eduardo e, ao mesmo tempo, o apelido de Eduarda. E, ainda, se CACAU não fosse o nome pelo qual Cláudia é chamada, e, também, o nome pelo Cláudio é conhecido.

Nessa gostosa brincadeira que tem início no alto de um prédio (em seu heliporto), duas atrizes e dois atores se desdobram para viver os personagens Duda e Cacau, lançando luz sobre quatro das diversas possibilidades do amor, contando e cantando suas próprias histórias através da música e poesia de Ivan Lins e do texto ágil e brilhante de Eduardo Bakr.

O espetáculo é estrelado pelos atores Amanda Acosta, André Dias/Maurício Baduh, Cristiano Gualda e Sabrina Korgut e possui sucessos de Ivan Lins, como “Pontos Cardeais”, “Vitoriosa”, “Começar de Novo”, dentre outros.

SERVIÇO

THEATRO NET RIO

RUA SIQUEIRA CAMPOS, 143 – COPACABANA

21 2147 8060

TERÇA E QUARTA, 21H

R$ 60 e R$ 30

DE 10 DE JANEIRO A 1 DE FEVEREIRO DE 2017

614 lugares