Fazendo uma retrospectiva dos seus 30 anos de vida com as situações mais engraçadas e absurdas que vivenciou, Luccas Papp apresenta seu primeiro stand up, Não Fui Eu… Me Contaram! A montagem está em cartaz no Teatro das Artes. A temporada acontece sempre aos sábados, às 17h, até 30 de abril. A peça é mais um trabalho da LPB Produções.
No show mergulhamos em museu “popart” com referências da vida do artista e de momentos de bastidores profissionais. Revisitamos sua infância, seu primeiro beijo, manias, encontros furados e vivências profissionais, sem filtros e de uma forma bem-humorada. Até mesmo sua experiência em uma novela infantil e a luta contra a depressão são levados ao espectador, sempre com leveza e uma mensagem: estamos em constante aprendizado. Para o ator a proposta é “fazer uma reflexão sobre escolhas, pressão adolescente, saúde mental e relacionamentos interpessoais.”
O universo do humor stand up está em profunda expansão. Desde o início dos anos 2000, grandes nomes se destacam, especialmente, pela versatilidade. Atores e atrizes migraram ao universo do humor como forma de aproximarem-se de seu público e humanizarem suas imagens.
No ano em que chega aos famigerados 30,Luccas Papp, conhecido como um dramaturgo e ator de dramas, encontra na comédia uma maneira de compartilhar momentos hilários de sua carreira. Essa é uma maneira não só de exercitar sua veia humorística, como também atrair por meio do stand up, jovens que o veem como exemplo para consumirem teatro com mais frequência. A ideia de situar o espetáculo em um museu pop reforça o caráter moderno do projeto, que promete ser o primeiro de uma série de boas histórias dos bastidores do teatro e da TV pelo ponto de vista de quem cresceu dentro deles.
Formado em Filosofia pela FFLCH/USP, Luccas Papp tem mais de 20 textos registrados como autor teatral, como os premiados “O Estranho Atrás da Porta”, “MEN.U” e “O ovo de Ouro”. Foi professor e diretor de teatro da escola Fundação Bradesco por 8 anos até abrir sua própria companhia de atores em 2019. Atuou e dirigiu mais de 25 espetáculos.
Na televisão, atuou em “Nove Milímetros”, na Fox, e foi antagonista em Brilhante FC, na Nickelodeon. Filmou “Eldorado”, média- metragem de Paula Goldman, e “Lula, o Filho do Brasil”, de Fábio Barreto. Esteve no ar no elenco de “A Mira do Crime”, no FX e na Record, e fez uma participação especial em “Felizes Para Sempre”, exibido pela Rede Globo e dirigido por Fernando Meirelles.
Em 2018, estreou a novela “As Aventuras de Poliana” no SBT, interpretando o atrapalhado vilão Mosquito, que lhe rendeu o Prêmio CONTIGO! de Ator Revelação da TV. Em 2020, foi eleito um dos Under 30 da revista FORBES.
FICHA TÉCNICA Texto, direção geral e interpretação: Luccas Papp. Produção Executiva: Giulia Martins. Assistência de produção: Guilherme Bernardino. Técnica: Gustavo Gonçalo e Gabriel Tite. Assessoria de Imprensa: Adriana Balsanelli e Renato Fernandes. Realização: LPB Produções.
SERVIÇO: Não Fui Eu… Me Contaram! Temporada: Até 30 de abril. Sempre aos sábados, às 17h. Gênero: Stand up. Duração: 60 minutos. Classificação indicativa: 14 anos.
Teatro das Artes, localizado no 3º piso do Shopping Eldorado, loja 409. Av. Rebouças, 3970, Pinheiros, São Paulo – SP, 05402-600 Preço: R$60,00. Vendas: www.teatrodasartessp.com.br ou Sympla.com.br
Com produção de Hitmaker, produtora carioca que fez parte de diversos sucessos da Ludmilla, Lexa, Anitta e Luisa Sonza, Vittoria Dutra se prepara para lançar clipe que se passa no universo escolar, com cenários e figurinos inspirados nos filmes norte-americanos. Com líderes de torcida e muito basquete, a produção promete conquistar o público teen que acompanha a cantora.
O clipe da faixa “Hoje não vou parar” conta com um grande elenco. A atriz Duda Pimenta, que interpretou a personagem Kessya em “As Aventuras de Poliana”, estará presente na produção. Além dela, João Ferreira, que possui 3,3 milhões de seguidores no TikTok, será o grande galã do clipe.
Após lançar a faixa ‘Desde que eu vi você’, em parceria com o ator e cantor Lucas Santos, em todas as plataformas digitais, Vittoria Dutra divulgou recentemente, em comemoração ao Dia dos Namorados, o clipe oficial da música no Youtube. Nas imagens, a cantora aparece ao lado do ator que interpretou o personagem Paulo em ‘Carrossel’, do SBT, e os dois protagonizam um beijo. ‘Desde que eu vi você’ também tem a assinatura da Hitmaker em sua produção. Confira!
Vittoria é uma cantora de 15 anos que está crescendo no mundo da música e já está estourando com seus trabalhos e parcerias. E não para por aí! A cantora está trabalhando duro para ser a próxima estrela teen. Após alguns lançamentos, a cantora e influenciadora digital já divulgou que está em estúdio produzindo música nova, ‘Feito Pra Mim’.
Inspirado no momento difícil atual da pandemia, Luccas Papp estreia novo texto. O Finado Betta e Os Irmãos Rubelfaz temporada até 26 de junho, sempre sábados, às 18h, com transmissão ao vivo pelo Sympla Streaming Beta. No palco, ele estará ao lado de Pietra Quintela na trama em que também dirige ao lado de seu irmão Matheus Papp. O espetáculo marca reencontro entre os atores que trabalharam juntos na novela As Aventuras de Poliana, do SBT.
Na trama, Martha é uma esperta jovem de 13 anos que vive a dura realidade de uma epidemia viral até então sem cura. Órfã de pai e mãe, ela vive com Alec, seu irmão mais velho. Depois de alguns testes secretos realizados pelos maiores laboratórios do país, Martha descobre que não só é imune ao vírus, como tem dentro de seu organismo o componente necessário para a vacina que poderá salvar grande parte da humanidade.
Existe apenas um problema: ela morrerá no processo de extração. Decidida a se sacrificar pelo mundo, Martha precisa convencer seu irmão a assinar a autorização necessária para o procedimento. Ele, contudo, está decidido a não perder a sua única família, mesmo que isso custe a vida de tantos outros. Tudo isso na presença de um peixe Betta morto boiando em um aquário. É durante essa derradeira conversa que se nota a importância do diálogo, da fraternidade, e especialmente: da necessidade de se amar todos os dias, com gestos e palavras.
Escrito durante a pandemia de COVID-19, Papp criou uma história que coloca a doença como pano de fundo do que que realmente é discutido dentro da dramaturgia: seríamos capazes de abrir mão do que mais amamos para um bem maior? Ou ainda mais: precisamos de momentos extremos para demonstrar o amor que está dentro de nós?
A peça lida com temas universais e busca, na relação entre dois irmãos, emocionar o espectador com o que há de mais puro no mundo: a conexão umbilical entre duas pessoas ligadas pelo sangue. A presença de um pequeno peixe boiando sobre a água no centro do palco coloca em cena a morte, tão iminente em tempos atuais.
Serviço O Finado Betta E Os Irmãos Rubel Temporada: até 26 de junho. Sábados – 18h (horário de Brasília). Duração: 60 minutos. Classificação indicativa: 10 anos. Ingresso mínimo: R$20,00. Demais valores: R$40,00, R$60,00 Todos os ingressos dão acesso ao mesmo conteúdo, o valor escolhido fica por conta do cliente.
Amigos de muitos anos, a atriz Myrian Rios e o produtor, ator e diretor Rogério Fabiano estreiam sua primeira parceria no teatro. Aceitaram a sugestão do também produtor Gherardo Franco para montar juntos Rainha Ester, a Escolhida por Deus para Salvar o Povo Judeu, a saga bíblica do antigo Império Persa. Com texto de Cyrano Rosalem, música de Miguel Briamonte e luz de Cláudio Brandão, o encontro do trio tem sabor especial por marcar os 45 anos de carreira da atriz, há duas décadas afastada dos palcos. O espetáculo entra em circuito comercial a partir de 9 de janeiro de 2021 no Teatro West Plaza, para temporada até 28 de fevereiro.
Quando o texto chegou às suas mãos, Myrian Rios ficou impactada, conhecia a história da mulher que salvou o povo judeu do extermínio e várias outras passagens da Bíblia “a fundo”. Católica praticante, atuou como missionária por mais de uma década na comunidade Canção Nova. “Fiquei deslumbrada, já me vi fazendo a personagem, foi amor à primeira vista.” A atriz acredita ser “providência divina, um presente de Deus” encenar um texto bíblico verídico, de uma mulher tão importante para marcar este momento de retorno aos palcos, a rainha mais importante do antigo testamento, como diz. “Tem um significado especialíssimo pra mim. Toda vez que falo o texto me emociono e sinto o peso da responsabilidade. Em certo ponto da história, a perso nagem, correndo o risco de ser morta, suplica proteção para conversar com o rei Xerxes sem ser chamada. E eu, Myrian, me vejo misturada com Ester, ao pedir proteção.”
O texto, as leituras e a montagem
O autor Cyrano Rosalem começou pesquisando as tentativas de análise da histórica Rainha Ester oriundas da Bíblia. Considerou todas superficiais e partiu para outras fontes. Foi estudar a civilização persa através dos gregos. “Daí tirei a informação de como os imperadores persas – no caso, Xerxes – lidavam com suas rainhas. Era sempre da mesma forma. Conseguia-se uma jovem, e descartava-se a velha. No caso de Ester, foi diferente, porque ela, como tinha instrução, peitou o marido. Caso raro, na época. E, por isso, reinou 15 anos. Não só salvou o seu povo, judeu, mas mandava. A Bíblia não diz nada disso. Fui atrás de outras fontes. Textos judaicos antigos, entre outros. O que importa é que a história dela é real. Nos dois sentidos. É rainha, e salvou o povo judeu do extermínio na Pérsia.”
Para aproximar a história do público, prendendo sua atenção, o diretor Rogério Fabiano concebeu a personagem Ester como uma contadora de história e solicitou ao autor Cyrano Rosalem que não pesasse muito a mão no drama. A música foi composta especialmente pelo maestro Miguel Briamonte, com impacto e emoção, com o observa o encenador. O cenário abriga três objetos de época em tons sépia e pastel, além de folhas secas espalhadas pelo piso. O figurino da atriz segue a mesma paleta de cores.
No processo de preparação, atriz e diretor passaram dois meses dedicados a uma série de leituras do texto. “Rogério, que é um excelente diretor e ator, foi me dando o tom, me dirigindo frase por frase em um processo para encontrar o tom teatral e não televisivo. Ele deixa você muito à vontade e, ao mesmo tempo, é objetivo, me ajudou demais a colocar vida na rainha Ester”, comenta Myrian, ressaltando que a interpretação em TV é diferente.
“Fomos bem-sucedidos. O texto é leve, não é dramático, não tem barriga. Myrian está dando um show de interpretação, voltando aos palcos 20 anos depois com classe e elegância. É um espetáculo dinâmico”, entusiasma-se Rogério Fabiano, frisando ainda a importância da projeção na montagem. O diretor Rogério Fabiano tem dirigido, em média, três peças por ano. Como ator, há nove está à frente da Companhia de Teatro Espírita, com quem já viveu Alan Kardec(Alan Kardec, um Olhar para a Eternidade (direção de Ana Rosa), Chico Xavier e, atualmente, Divaldo (Divaldo e Joana). O diretor também tem tempo para atuar e nos últimos anos fez participações em novelas da Globo, além do seria do Dupla Identidade (Glória Perez). Anteriormente esteve em quatro novelas na Record, entre elas, Os Mutantes.
Novela no SBT e vida na pandemia
Depois de 17 anos longe da televisão, tempo em que se dedicou à atividade de missionária e chegou a cumprir mandato de deputada estadual pelo Rio de Janeiro, Myrian Rios sentiu vontade de voltar a atuar. Aceitou o convite do SBT para viver a personagem Ruth Goulart na novela As Aventuras de Poliana. “Foram quase três anos gravando a novela, formamos uma família, fiquei encantada em trabalhar com a equipe do SBT e conhecer o Sílvio Santos pessoalmente.” Quando a segunda temporada da história estava sendo gravada e os ensaios da peça Rainha Ester também aconteciam, em janeiro de 2020, a pandemia parou tudo. “Existe uma expectativa para voltar a gravar em 2021”, adianta.
Morando em São Paulo ao lado do filho mais novo, Pedro Arthur, de 19 anos, por conta do trabalho no SBT, a atriz, que é vegetariana e estava acostumada a comer uma saladinha com arroz e feijão, liberou sua funcionária no início do isolamento, e teve de se virar e aprender a cozinhar. “Foi o lado positivo.” Myrian não teve dificuldade para lidar com o fato de ter de ficar em casa na quarentena. “Gosto de ver séries na TV, de ler e de ter tempo para fazer minhas orações”, diz ela, que sentiu falta de ir à missa, hábito diário. O lado sofrido foi ter ficado longe do filho mais velho, o rapper carioca Mank, de 24 anos, que permanece no Rio para cursar faculdade de música (“está se formando produtor fonográfico”). ”Está fazendo um ano que não o vejo.”
Sinopse do autor
Imagine-se uma jovem, no século quinto antes de Cristo, na Pérsia, Oriente Médio, pobre, vendedora de mercado, judia – um povo considerado menor pelos dominadores persas – ver-se sequestrada da família para servir de c bina ao rei. Ela não queria. A família não queria. Mas foi engaiolada e levada para o harém. Quando aconteceu uma chance de contato com o imperador, Xerxes, ela aproveitou para colocar suas ideias e sua postura. Isso a diferenciou das outras. E ela se tornou a preferida. A rainha. Por 15 anos. Era um recorde, na época. Não se sabe o que aconteceu com sua deposição. Mas para o povo judeu ela estabeleceu-se como uma salvadora. E assim é até hoje.
Sobre a história
Uma intriga entre um ministro do Imperador e o líder do povo judeu quase fez com que o Persa editasse uma lei autorizando o extermínio em massa de todos os Hebreus. Nesse ínterim, surge Ester, uma das mulheres de maior beleza do reino. Colocada de lado pelo Imperador, sua rainha, Vasti foi substituída por Ester. Mas ele não sabia da origem judaica da nova esposa. Quando estava para ser promulgada a lei, Ester revelou sua identidade e a lei foi publicada oficialmente de forma mais branda, permitindo aos judeus se defenderem. Assim todo um povo foi poupado da extinção. Este é o tema central dessa peça.
Serviço
Rainha Ester, a Escolhida por Deus para Salvar o Povo Judeu. Estreia dia 9 de janeiro de 2021, às 19h. Teatro West Plaza – Sala Laura Cardoso. Shopping West Plaza. Av. Francisco Matarazzo, s/n. Telefone – 11 4858-1421. Metrô Linha 3. Temporada de 9 de janeiro a 28 de fevereiro. Sábado às 19h, domingo às 18h. Ingressos – R$ 80,00 (inteira) e R$ 40,00 (meia). Venda antecipada – R$ 40,00. Ingresso amigo – R$ 30,00. Classificação indicativa: Livre. Capacidade 80 lugares. VENDAS: Bilheteria do teatro e Sympla.
Em tempos de quarentena, a atriz e cantora Valentina Oliveira, que está no ar na novela As Aventuras de Poliana do SBT, não para de produzir conteúdo para as redes sociais!
A pequena começou na semana passada a criar uma agenda de lives com artistas como Any Gabrielly do Now United e Carol Roberto do The Voice Kids que garantiu a diversão dos seguidores.
Valentina, que tem praticado violão em casa, produziu uma versão em português da música “Heal The World” do astro Michael Jackson e publicou no seu Instagram. A adaptação da letra fala sobre a conscientização e necessidade das pessoas permanecerem em casa agora, durante esse período critico que o país tem passado.
A atriz de 12 anos também gravou um conteúdo super exclusivo e de extrema importância com um dos líderes comunitários de Paraisópolis, Gilson Rodrigues, contando um pouco como a comunidade está mobilizada em combater o coronavírus, e como as crianças estão lidando com as novas regras de convivência dentro da periferia.
Ivan Parente, muito conhecido e consagrado por trabalhos de sucesso no teatro, TV e música, entre os quais estão a novela “As Aventuras de Poliana”, onde o artista vive o divertido Lindomar, além de importantes espetáculos de teatro como “A Ópera do Malandro“, “Les Misérables“, “Godspell“, “Alô Dolly!“, “A Madrinha Embriagada“,”O Homem de La Mancha” e o mais recente, “Silvio Santos Vem Aí”, uma homenagem ao dono do SBT. Ivan também teve seu lado musical revelado em “O Teatro Mágico”, uma verdadeira fase de muito sucesso e reconhecimento. Conversamos um pouco com o artista sobre sua trajetória. Confira a seguir!
Acesso Cultural: Qual foi o principal divisor de águas para que você descobrisse sua vocação como artista? Ivan Parente: Muitas vezes, esse ‘divisor de águas’, tentou chamar a minha atenção, mas devo admitir que o maior deles foi o meu encontro com o Fernando Anitelli, do grupo O Teatro Mágico, na faculdade de comunicação social (FIAM). Ele estava cantando “More than Words” numa rodinha da nossa classe e eu sem querer, ou intuitivamente, comecei a fazer a segunda voz, ele parou de cantar e quis saber quem estava fazendo aquela voz. Todos olharam pra mim e eu acabei dizendo que tinha sido eu. Ele me colocou sentado ao lado dele e cantamos a música toda. Fomos aplaudidos pela classe e outras classes começaram a entrar nos corredores, foi uma delícia. Tivemos que mostrar para todos os professores e assim nasceu o “Madalenna 19”, nossa primeira banda de sucesso da faculdade. Acho que alí eu entendi que não tinha mais escolha com relação à minha profissão. Tinha sido mordido pelos aplausos. Sigo cantando até hoje ao lado do Anitelli e o considero um irmão de profissão.
AC: Com tantos trabalhos de sucesso na bagagem, em sua carreira artística, existe algum especial que você tenha gostado mais de fazer? Conte um pouco. IP: Bom, acho que não existiu espetáculo mais gostoso de fazer do que ‘A Madrinha Embriagada’ (The Drowsy Chaperone). Eu fazia um apaixonado por musicais, por discos de vinil, contava fofocas e desmistificava segredos dos artistas que faziam parte das histórias que eu contava. Comentava o espetáculo todo. Pela primeira vez me senti parte de uma obra inteira. Creio que minha personagem, ‘Homem da Poltrona’, foi a mais carismática e fofa que fiz em toda a minha carreira. Ele contava suas histórias com tanto entusiasmo que o público embarcava junto. Ele era um homem visivelmente solitário que preferia viver a vida dos musicais do que a sua própria vida. Era triste e ao mesmo tempo encantador. Miguel Falabella, com certeza, me deu um dos maiores personagens da minha carreira. Poder contar a história de um amante de musicais, sendo um profissional de musical, é um privilégio e eu vivi para viver isso.
AC: Sobre Lindomar, de “As Aventuras de Poliana”, qual característica da personalidade dele faz com que os telespectadores da novela se identifiquem tanto com ele? IP: Acho que a simplicidade com que ele vê a vida. Ele é um cara honesto e inocente, ou seja, uma personagem difícil de se ver hoje em dia. Hoje todo mundo quer levar vantagem em tudo. Quer ‘fazer gato’ para ver a TV a cabo porque é caro demais, quer ganhar na loteria porque trabalhar é chato demais, quer ter um carro potente para apostar corrida nas ruas e por aí vai. Sinto que o ser humano se encontra numa competição diária e o Lindomar Gomes vai exatamente na contra mão. Ele vai encontrar o dono do dinheiro perdido. Ele vai morrer trabalhando. Essa personagem é o que todo mundo gostaria de ser, mas que não cabe muito na sociedade capitalista e consumista de hoje. Uma sociedade que sofre de ansiedade porque fica o dia inteiro nas redes sociais olhando pra cor mais verde do quintal do vizinho. Lindomar vê as cores das suas grandes conquistas e dá valor à elas. Morre de amor pela sua rainha Arlete (Letícia Tomazella) e amaria ter tido mais estudo e condições para dar uma vida melhor para seu filho Vinicius (Vincenzo Richy). Às vezes chamam ele de covarde, mas tudo depende do ponto de vista e eu creio que do ponto de vista da personagem, o Lindomar é um cara íntegro. Acho que a característica que chama mais a atenção dos telespectadores é o caráter incrível que ele tem e que tem faltado tanto em nossa sociedade.
AC: Após muitas personagens no teatro, quais características delas você considera que trouxe para a sua própria personalidade? IP: Todas (risos). A cada ano eu faço uma personagem mais diferente do que a outra. Fiquei impressionado quando fiz o balanço um tempo atrás e percebi que fui do luxo ao lixo várias vezes. Encarnar personagens como o ‘Thenardier’, de Les Misérables, me fez entender melhor a condição humana, a respeitar os limites de uma sociedade criada a partir de quem tem mais e de quem tem menos. Eu tento não trazer nada da personagem para a minha personalidade porque isso pode gerar um efeito dominó no meu dia a dia. Tento deixar a personagem somente lá no palco. Mas confesso que um certo sarcasmo e um mau humor eu herdei do Thenardier kkkkkkkkk. Acho que como as minhas personagens são, na sua maioria, comediantes, isso trouxe um pouco mais de leveza e bom humor também para os ambientes em que eu transito. Prefiro as vezes perder o amigo e não perder a piada. Com amor, mas sempre com bom humor.
AC: Você viverá, muito em breve, o icônico jurado Pedro de Lara no musical “Silvio Santos Vem Aí”. O que podemos esperar da personagem? Veremos “um pouco do Ivan” na figura icônica de Pedro de Lara? Conte um pouco sobre o que vem por aí. IP: Pedro de Lara era chamado de ‘jurado carrasco’, ou seja, pela apresentação você já sabe o que pode esperar dessa personagem, não é mesmo? Eu investi mais nos gestos e nas características explosivas do que em imitar todos os detalhes. Eu escolhi o riso e as rixas com a platéia – e ele amava irritar a platéia. Eu escolhi o homem que começa falando manso e se descontrola ao ouvir a primeira vaia. A direção gostou tanto que me colocou no espetáculo todo (risos). Tem um pouco do Ivan sim, porque eu também sou um pouco explosivo, mas mais controlado do que o Pedro de Lara, e é claro que você vai poder ver o Ivan humorista que os espectadores estão acostumados e gostam. Acho que o público vai se encantar com o que vai ver no musical ‘Silvio Santos Vem Aí’. Está hilário. Um elenco de primeira e uma equipe incrível da primeira produção da Paris Cultural. Tá muito bem dirigido pela Marília Toledo e pela Fernanda Chamma. Elas pegaram o clima daquela época e retrataram um pouco da experiência de um dia num programa de auditório, ou seja, é diversão garantida para quem entra no clima!
O musical “Silvio Santos Vem Aí” estreia hoje e traz Ivan como o icônico Pedro de Lara. Para saber mais sobre esse e outros musicais, além das novidades sobre Ivan Parente, acesse o nosso site!
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