Ivan Parente retorna ao universo infantil no palco e na TV


Créditos: Henrique Tarricone


Há quem conheça Ivan Parente da televisão, na pele de Lindomar, da novela “As Aventuras de Poliana”, ou reconheça sua voz de dublagens da Disney, como o Lumiére, do live-action “A Bela e a Fera” ou como o Timão, do live-action “O Rei Leão”; há também quem o conheça pelo rosto maquiado, como integrante da trupe O Teatro Mágico, ou na forma de dezenas de outros personagens, que fazem dele um dos principais nomes do teatro musical brasileiro.

Entre tantos trabalhos, ao longo de uma década Ivan mergulhou na ludicidade de diversos contos que habitam o imaginário, e encantou em papéis como Homem de Lata, Pinóquio e Capitão Gancho. Sob a direção de Billy Bond, se apresentou dentro e fora do Brasil; e agora, quando a produtora Black & Red celebra 20 anos de trajetória, ele retorna como convidado especial de “O Mágico de Oz” – que marca o primeiro musical montado pela Cia. – na pele do Mágico. A produção estreia dia 10 de setembro no Teatro Claro SP, do Shopping Vila Olímpia.

“Voltar para esse espetáculo após 10 anos fora da Cia é muito emocionante. Creio que lá eu tive a oportunidade de me testar como ator, como diretor e até como diretor musical. Não tem como apagar a influência de um artista tão importante como o Billy Bond de nossa vida. A confiança que ele depositou em mim em 2003, quando me permitiu criar uma personagem do zero, foi determinante para o que aconteceu no resto da minha carreira. Eu segui meu coração. Desde então, sempre busquei contar histórias que transformam a vida das pessoas e que, principalmente, conversam com a minha alma e o meu coração”, diz ele, que considera o Homem de Lata seu primeiro grande papel.

Com mais de 30 anos de carreira, especialmente reconhecidos por importantes espetáculos como “A Madrinha Embriagada”, “O Homem de La Mancha”, “Les Misérables”, que o consagrou melhor ator coadjuvante nos principais prêmios do gênero, e, mais recentemente “Silvio Santos Vem Aí”, onde reforçou sua veia cômica como o caricato jurado Pedro de Lara, o artista, gosta de frisar o quanto o universo infanto-juvenil permeia sua história, tendo sempre um lugar especial entre seus projetos.

“Sempre amei trabalhar com crianças. Isso fez com que eu nunca me desconectasse da minha, e também com que eu aumentasse as possibilidades das minhas personagens. Nunca tive filtro. Acho que as crianças serão os próximos adultos, ou seja, elas serão nosso próximo público. Acho importante educar e fazer com que elas se interessem por cultura, histórias e sonhos”, reflete.

Créditos: Henrique Tarricone

Ainda envolto a projetos destinados às crianças, Ivan se prepara para estrear em breve a segunda temporada de “O Piano Mágico da Ju”, exibido pela TV Cultura; no papel de Antonello, ele se junta à renomada musicista, pianista e solista Juliana D’Agostini e sua turma de bonecos, para cantar e contar histórias sobre o universo da música, com uma abordagem sempre educativa e cultural, presente em cada um dos 40 episódios inéditos.

Antecipando as comemorações dos 20 anos desde a primeira montagem no repertório da companhia, o musical O MÁGICO DE OZ – Versão 2022, dirigido por BILLY BOND faz temporada em São Paulo a partir do próximo sábado no Teatro Claro, no Shopping Vila Olímpia. No papel principal do clássico está o ator Ivan Parente. Dorothy é interpretada por Bia Jordão.  Após quase duas décadas em cartaz, entre indas e vindas em turnês pelo Brasil, e países como Chile e Argentina, o espetáculo volta à capital paulista para celebrar o centenário da atriz Judy Garland, que marcou a história do cinema de maneira única, interpretando a doce Dorothy. Cantora, atriz e uma das maiores artistas que o mundo já viu, Garland completaria 100 anos.

O Mágico de Oz, dirigido por Billy Bond, foi um dos primeiros grandes musicais a chegar no Brasil, com a estreia realizada em setembro de 2003, no Teatro Via Funchal. Naquele tempo o espetáculo já contava com mais de 40 pessoas em cena, cenários rotativos e figurinos elaborados. Os personagens principais do espetáculo ganharam quatro capas da Revista Veja. Nessa trajetória, entre os atores que interpretaram o personagem-título estão Carlos Capeletti, Diego Luri e Felipe Tavolaro. O Homem de Lata foi vivido pelo ator argentino Franco Masine (hoje na série Rebelde, da Netflix), em Buenos Aires, em 2019.

O musical transporta para o palco a obra de L. Frank Baum, de 1900, criador de um dos mais populares livros escritos na literatura americana infantil. Trata-se da história de Dorothy e seu cãozinho Totó, que são levados por um terrível ciclone de uma fazenda no Kansas, nos Estados Unidos, até o Mundo de Oz. Uma terra mágica e distante, além do arco-íris. O filme, de mesmo título, é conhecido como um dos primeiros no cinema a usar bem as cores, em uma época onde quase tudo era preto e branco. Foi também considerado o melhor filme musical de todos os tempos, pelo American Film Institute.

Italiano naturalizado argentino, Billy Bond é um dos mais talentosos diretores de musicais em atividade no Brasil, responsável por produções como Les Miserables, Rent, O Beijo da Mulher Aranha, Um Dia na Broadway, além de espetáculos que encantam famílias há anos, como Cinderella, Alice no País das Maravilhas, Peter Pan, Natal Mágico, A Bela e a Fera, entre outros.

ELENCO

Mágico de Oz – Ivan Parente
Dorothy – Bia Jordão
Espantalho – Ítalo Rodrigues
Homem de Lata – Alvinho de Pádua
Leão – Márcio Yáccof
Glinda – Paula Canterini
Bruxa Malvada / Srta Gultch – Alexandra Liambos
Tio Henry – Ivan Parente
Tia Emmy – Fernanda Perfeito
Porteiro – Renan Cuise

CRIANÇAS

Soldado – Juiz – Legista – Munchkins – Papoula
Clarinha Jordão, Laura Albuquerque, Pietro Tarricone

Pirulito Esmeralda – Papoulas
Joy Domingos e Davi Okabe

Soldados Amarelos – Esmeraldas – Papoulas
Renan Cuise, Hudson Ramos, Willian Santana, Mayla Betti e Amanda Flowers.

Soldados da Bruxa
Hudson Ramos, Amanda Flowers, Luiza Freria, Tabata Cristina, Achila Felix, Carla Reis, Marcia Freire e Isabella Morcinelli.

Macacos Alados
Willian Santana e Joy Domingos.

Munchikins – Esmeraldas- Papoulas
Achila Félix, Carla Reis, Fernanda Perfeito, Luana Martins, Luiza Freria, Nicole Peticov e Tabata Cristina.

Bebês de Colo- Esmeraldas –Papoulas
Isabella Morcinelli e Márcia Freire

Serviço

O MÁGICO DE OZ. Estreia dia 10 de setembro. Sábados às 16h e Domingos às 15h30 – Curta temporada. Indicação Etária: Livre. Duração aproximada: 100 minutos. Capacidade do Teatro: 803 lugares. Acessibilidade. Teatro Claro. Shopping Vila Olímpia – R. Olimpíadas, 360 – Vila Olímpia, São Paulo – SP, 04551-000 – 1 Piso – Acesso A. Até 30 de outubro. u>

Reserva para grupos com Marcelo Lopes – grupos@brainmais.com / 11 94536-7083. Bilheteria aberta todos os dias das 12h às 20h.

Formas de Pagamentos aceitas na bilheteria: Aceitamos todos os cartões de crédito, débito e dinheiro. Parcelamento em cartão de crédito, com juros. Não aceitamos cheques.

50% de desconto destinados a:

Cliente Claro Clube: Limitado a 4 ingressos por sessão. Necessário informar o número do CPF do titular no ato da compra e apresentação da fatura na entrada do evento. Válido nas compras realizadas na bilheteria do Teatro e site da Sympla.

30% de desconto destinado a: Cliente Rede D’Or: Limitado a 4 ingressos por sessão. Necessário informar o codigo promocional fornecido pela Rede D’Or no ato da compra. Válido nas compras realizadas no site da Sympla.

Meia-Entrada: CONFIRA AS REGRAS DA LEI https://bileto.sympla.com.br/meia-entrada/

É NECESSÁRIO APRESENTAR DOCUMENTO QUE COMPROVE O DIREITO AO DESCONTO NA ENTRADA DO ESPETÁCULO.

*O benefício prevê a reserva para idosos, estudantes, jovens de baixa renda e pessoas com deficiência de pelo menos 40% dos ingressos de meia-entrada por espetáculo.

Consulte também: https://www.documentodoestudante.com.br/

Depois de grande sucesso no Rio de Janeiro, “Ponto a Ponto – 4000 Milhas” estreia curta temporada em São Paulo


Créditos: Caio Gallucci


Depois de esgotar todas as sessões da temporada carioca, a peça Ponto a Ponto – 4000 Milhas desembarca dia 15 de julho em São Paulo, no novíssimo Teatro B32. A montagem do premiado texto da americana Amy Herzog traz Luiz Fernando Guimarães de modo surpreendente: ele interpreta Vera, uma idosa que recebe a visita inesperada do neto Léo, personagem do ator Bruno Gissoni. O diálogo entre avó e neto – um jovem aventureiro que chega ao apartamento de Vera depois de passar por uma situação traumática – traz à tona diferentes temas e pontos de vista que transformam aquela relação, tão próxima e tão distante ao mesmo tempo. A primeira versão brasileira da peça tem roteiro adaptado e direção de Gustavo Barchilon, que conquistou o público paulista em 2021 com o musical “Barnum – O Rei do Show”.

A montagem, estruturada principalmente a partir do diálogo entre esses dois personagens, ganha novos contornos com a entrada em cena da atriz Renata Ricci, que interpreta dois papéis na história: Rebeca e Amanda. Com a ajuda dessas duas mulheres tão diferentes, avó e neto se reconhecem em vários aspectos da vida, mesmo tendo pontos de vista divergentes. O texto, diga-se, é premiado mundo afora desde sua estreia na Broadway em 2011, sendo finalista do prêmio Pulitzer de 2013.

“Ponto a Ponto é sobre relacionamentos e aborda como um assunto é visto por duas pessoas de modo oposto”, adianta Barchilon, que, ao adaptar o roteiro, foi fiel às marcações da autora. No entanto, ele deixa sua marca ao colocar pela primeira vez um ator no papel de Vera e convocando mulheres para a equipe criativa, tais quais o cenário de Natália Lana, o figurino de Graziela Bastos e a produção executiva de Graziele Saraiva, para citar algumas. “Distância, idade, família, morte e política são alguns tópicos que fazem qualquer plateia rir e refletir”, explica o diretor, que promete repetir o êxito que alcançou em sua estreia na direção do premiadíssimo musical “Barnum – O Rei do Show”, que ultrapassou 100 mil espectadores nas curtas temporadas realizadas em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Créditos: Van Brigido Fotografia

 

A interpretação de Luiz Fernando Guimarães traz ainda outro aspecto à peça. Ele se despe de sua experiência masculina ao caracterizar-se de Vera e dar vida a uma mulher experiente que está no fim de sua jornada. Passando longe da masculinidade frágil, Guimarães se coloca no lugar daquela senhora, de suas dores, vivências e relações. O ator ainda traz o humor característico de sua trajetória para a personagem. “Eu já interpretei outras mulheres em minha carreira, mas fazer uma idosa está sendo muito interessante. Eu já tenho 72 anos, mas me sinto jovem, então é uma experiência única construir a Vera. Estou tentando ficar o mais próximo da realidade possível, e sempre com muito humor”, revela Guimarães. “O drama da peça está centrado no personagem Léo, então, é possível brincar com o deboche que é típico na interpretação do Luiz”, conta Barchilon.

Bruno Gissoni comemora estar no palco com Luiz Fernando Guimarães e reencontrar o amigo Gustavo Barchilon. “É um acontecimento voltar aos palcos em um momento de retomada pós-pandemia em uma peça que fala sobre luto e relações entre diferentes gerações”, elogia Gissoni, que complementa: “Está sendo incrível dividir o palco com o Luiz Fernando Guimarães. Além disso, estou sendo dirigido pelo Gustavo, um amigo que eu conheço desde o início de nossas relações com o teatro”.

O que distancia duas pessoas? E o que as aproxima? Por meio do diálogo entre Vera (Luiz Fernando Guimarães), uma idosa que vive sozinha na cidade grande, e Léo (Bruno Gissoni), um jovem que gosta de se aventurar de bicicleta pelas montanhas, o público percebe o que aproxima e o que distancia avó e neto, podendo transpor os debates para além da peça. ‘Ponto a Ponto – 4000 Milhas’ fica em cartaz em São Paulo entre 15 de julho e 21 de agosto no Teatro B32.

Serviço:
Onde? Teatro B32
Av. Brg. Faria Lima, 3732 – Itaim Bibi, São Paulo – SP
Quando? De 15 de julho a 21 de agosto de 2022
Horários: sexta e sábado às 20h30 e domingo às 19h
Valores: Ingressos a partir de R$ 30,00 (meia entrada)

01) PLATEIA VIP (Fila A até D) = R$ 140,00 Inteira / R$ 70,00 Meia

02) PLATEIA Superior 1 (Fila E até J) = R$ 120,00 Inteira / R$ 60,00 Meia

03) PLATEIA Superior 2 (Fila K até O) = R$ 100,00 Inteira / R$ 50,00 Meia

04) BALCÃO 1 e 2 (FUNDOS) = R$ 80,00 Inteira / R$ 40,00 Meia

05) BALCÃO 1 e 2 (LATERAIS – Visão Parcial) = R$ 60,00 Inteira / R$ 30,00 Meia

Compras via internet:
teatrob32.byinti.com/#/event/ponto-a-ponto-4000-milhas
Vendas na bilheteria do Teatro:
Terça a Sexta – 13h às 20h
Sábados e Domingos – 17h às 20h (em dias de espetáculo)
● Descontos clientes PORTO SEGURO: 20% (não é aplicado para MEIA entradas):
> Via Internet: O código de desconto deve ser resgatado no Porto Plus e utilizado no momento da compra para validação.
> Bilheteria do teatro: Mediante comprovação de carteira de identificação do seguro ou cartão de crédito Porto Seguro Bank.

Duração: 70 minutos

Com reflexão sobre as ditaduras militares, A Morte e a Donzela, com Laia do Teatro realiza últimas apresentações


Créditos: Artur Kraimmer


Questionamentos sobre as consequências das ditaduras civil-militares na América Latina são levados à cena pela Laia do Teatro em A Morte e a Donzela, do autor argentino-chileno Ariel Dorfman. O espetáculo, dirigido por Laerte Mello e estrelado por Aline Pimentel, André Barreiros e Victor Barreto, segue em cartaz até 26 de junho no Espaço Parlapatões.

Escrita em 1990, durante o período de transição para a democracia, logo após o fim da ditadura de Augusto Pinochet, a peça de Dorfman já foi traduzida para mais de 40 idiomas e ganhou uma adaptação cinematográfica bem-sucedida do diretor Roman Polanski em 1994. O autor também é conhecido por denunciar os crimes cometidos nos regimes autoritários latino-americanos em outras obras, como no livro “O Longo Adeus a Pinochet”.

A Morte e a Donzela conta a história de um casal que sofreu na própria pele a repressão no Chile e ainda convive com os fantasmas da tortura, das perdas e do medo. Paulina Salas é uma ex-ativista que foi sequestrada e brutalmente torturada durante o regime militar. E Gerardo é um proeminente advogado e militante dos Direitos Humanos.

Por uma sequência de acasos, Paulina se depara com Roberto Miranda, o homem que ela acredita ser o mais cruel de seus torturadores, dormindo em sua sala de estar. As ações e reações violentas do casal levantam questionamentos profundos sobre a elasticidade dos limites éticos em situações extremas.

O texto ainda trata de questões como a preservação da memória e a reparação de crimes cometidos contra a humanidade e os efeitos provocados pelo regime opressivo para o tecido social. “O grito de Paulina é por respeito às famílias que tiveram parentes desaparecidos, é por uma punição exemplar que desencoraje postulantes a ditadores nos tempos atuais”, reflete o diretor Laerte Mello.

“Infelizmente, a peça dialoga profundamente com o Brasil de hoje. É possível ver a olhos nus nuvens totalitárias no horizonte do povo brasileiro. Basta deslizar o feed de notícias e ler sobre o desejo de parcela da sociedade em ver o retorno do AI-5, ou o fechamento do congresso e do STF, o esforço do Executivo e a celeridade do Legislativo na aprovação de leis que facilitem o acesso às armas, o anseio pela militarização do Estado, o desejo do chefe do executivo e seus apoiadores em celebrar o golpe de 64”, acrescenta.

A encenação se passa toda na casa de Paulina e Gerardo, sobretudo no quarto e na sala de estar, onde dorme o ex-torturador. Esses espaços são retratados de forma minimalista, com poucas peças imprescindíveis para a ação, como uma mesa de jantar para duas pessoas, um aparador e duas cadeiras. As paredes que dividem os ambientes são representadas com armações de madeira como se fossem molduras de quadros.

Créditos: Artur Kraimmer

A trilha sonora conta com músicas do compositor austríaco Franz Schubert, sobretudo o quarteto de cordas nº 14 em ré menor, mais conhecido como “Death and the Maiden”, nome escolhido por Ariel Dorfman como o título original da peça.

A Laia do Teatro,  responsável pela tradução, iniciou sua trajetória em 2020. Diante da necessidade de buscar novas formas de expressão artística que pudessem minimizar distâncias, o grupo partiu para a experimentação em “Só os Pássaros São Livres”, propondo um espetáculo provocativo que convidava o público a (re)pensar o alcance das interações humanas nas redes sociais. O trabalho foi escrito e coordenado por Victor Barreto e inspirado na obra de Eduardo Galeano.

Em novembro de 2021, o grupo realizou a pré-temporada de “A Morte e a Donzela”, de Ariel Dorfman, com quatro apresentações no Teatro Pequeno Ato.

Serviço
A Morte e a Donzela, de Ariel Dorfman, com Laia do Teatro
Temporada: até 26 de junho
Aos sábados, às 16h, e aos domingos, às 19h
Espaço Parlapatões – Praça Franklin Roosevelt, 158, Consolação
Ingressos: R$ 60 (inteira) e R$30 (meia-entrada)
Vendas online em sympla.com.br/produtor/espacoparlapatoes
Classificação: 16 anos
Duração: 100 minutos

Murilo Reuter, do projeto Locomotive, e Marcus Bessa lançam clipe de “Te Virar”


Créditos: Divulgação


Os artistas Murilo Reuter, do projeto Locomotive, e Marcus Bessa lançam o clipe da faixa “Te Virar”. O single que é um pop acústico que chegou na última sexta-feira (27) e ganhou o trabalho audiovisual no sábado, abordando a diversidade das mulheres independentemente do gênero, cor e etnia, destacando a sua força, determinação e o empoderamento feminino.

“Ao longo dos anos as mulheres conquistaram o seu merecido espaço em todos os setores da sociedade, particularmente achamos as mulheres muito mais evoluídas que os homens em todos os aspectos, mesmo assim ainda vivemos em um mundo machista onde o crime de feminicídio se encontra com as maiores taxas, principalmente nesse tempo de isolamento da pandemia. Então a ideia foi apresentar dois personagens masculinos cantando para todos os tipos de mulheres, etnias, cor, gênero, por isso rola essa troca de mulheres no movimento da câmera que mostram a diversidade e para que elas se sintam importantes e reverenciadas como de fato são, é uma reafirmação em total respeito pelo gênero feminino”, explica Murilo Reuter.

Junto a Murilo, a canção conta com a experiência de Marcus Bessa, muito conhecido por seus trabalhos como ator.

“Antes de entrar pro teatro e TV, eu comecei no canto, com 11 anos de idade, quando eu fui cantar no Programa Raul Gil, foi lá que eu me apaixonei pela música. Hoje, eu sinto muito mais necessidade de estudar música do que interpretação pra TV, por exemplo. A música me exige mais preparo, estudos, e um repertório mais completo.”, revela Marcus.

Com direção de Kiko Rieser, espetáculo Anjo de Cristal aborda as verdades e mentiras dentro de uma relação


Créditos: Amanda Moraes


Um drama realista, embalado pelo jazz e pela sensualidade com diálogos ácidos marcam O Anjo de Cristal, novo espetáculo com dramaturgia de Luccas Papp, que está em cena ao lado de Carolina Amaral, sob a direção de Kiko Rieser. A estreia é no dia 9 de junho, quinta-feira, às 20h, no Teatro União Cultural. A temporada é sempre quinta-feira, às 20h, até 28 de julho.

A trama se passa em uma noite que era para ser comum na vida de Isadora, uma jovem acompanhante de luxo que atende em um flat dos Jardins, bairro nobre da capital paulista. Essa normalidade é interrompida com a chegada do tímido e misterioso Marcos, que ao contrário de qualquer outro cliente, parece mais interessado em sua história de vida do que em qualquer contato físico.

As alianças, de compromisso na mão dela, e de noivado na dele, são o ponto de partida para uma conversa que não só muda a vida de ambos para sempre, como também resvala em temas como a ocultação da verdade, a noção de certo ou errado e acima de tudo: a cruel posição em que a mulher está inserida na sociedade brasileira. Sedução, traição e um punhado de fantasia conduzem esse retrato contemporâneo da profissão “mais antiga” do mundo e do que leva alguém a procurá-la, seja como trabalho, seja como cliente.

“O Anjo de Cristal vem da necessidade de esmiuçar assuntos que não são muito abordados em nossa sociedade. O foco é essa questão da vida dupla, sobre quando deixamos de contar detalhes devido a conveniência, como nos moldamos para caber em determinado lugar. No espaço que se desenrola a peça, os personagens acabam se enxergando como espelho um do outro. Rola uma identificação entre eles. Todas as certezas e as estruturas sociais de cada um caem por terra. A história é como se fosse uma lupa sobre uma fatia da sociedade para revelar o peso e a universalidade da mentira dentro das relações contemporâneas”, ressalta Papp.

Para a encenação, o foco é o trabalho dos atores e relação que se estabelece entre os personagens. É um jogo constante que coloca em disputa atração, poder e empatia, por vezes em consonância, por outras em dissonância. “Dissecamos os vetores que norteiam essas ações para trabalhá-los dentro das múltiplas camadas que cada personagem tem. Especialmente no caso da personagem feminina, existe uma dicotomia muito interessante, que busquei frisar no trabalho de composição da atriz Carolina Amaral, entre Beatriz, a garota que veio do interior para fazer faculdade e para isso se prostitui, e Isadora, a personagem que ela interpreta durante os programas, buscando manter uma clara linha divisória entre o trabalho e sua vida pessoal, linha que rui e se dissolve durante a ação da peça”, conta Rieser.

Créditos: Amanda Moraes

A trilha sonora é toda calcada em jazz, blues e soul, o que por um lado traduz o gosto musical de Marcos, como ele demonstra nas músicas que pede para Isadora colocar para tocar, e por outro leva a um clima quase noir, trazendo densidade a esse conflito. O cenário dá índices de um flat impessoal, usado apenas para atendimento, onde se instaura uma atmosfera moderna que emoldura a ação.

O diretor enfatizou as qualidades que mais chamaram a atenção na dramaturgia. “Existe uma profunda discussão sobre os tênues limites entre a verdade e a mentira, incluindo as conveniências de cada uma, que se faz muito relevante em tempos como estes, de transição, em que as redes sociais tensionaram seu alcance para além do desejável, trazendo possibilidades com as quais ainda não sabemos lidar e, com isso, dissolvendo por completo a necessária distinção entre público e privado, entre imagem e simulacro. Os dois personagens são colocados numa encruzilhada e obrigados a tomar cada um uma decisão. É um texto que se abre para a reflexão, sem encerrar a discussão que propõe”.

O autor vem de uma época bem frutífera em 2022 com a estreia de várias montagens. “Meus espetáculos estão conectados por uma tríplice principal onde os personagens têm que lidar com sua relação envolvendo família, sexualidade e Deus. Men.u lidava com a dificuldade no mercado de trabalho e quando renunciamos a nós mesmos para conquistar um lugar ao sol. Vou estrear Falcão Vingador, uma peça que retrata a projeção de sonhos de pais e filhos. O Anjo de Cristal foca mais nos relacionamentos. E todas, claro, tem um plot twist no final.”

SERVIÇO:

O ANJO DE CRISTAL
Temporada: De 9 de junho a 28 de julho. Sempre as quintas – 20h.

Teatro União Cultural – R. Mario Amaral, 209, Paraíso, São Paulo – SP, 04002-020 – Metrô Brigadeiro. Preço: R$ 60,00 (Inteira) e R$ 30 (Meia). Gênero: Drama. Duração: 70 minutos. Classificação indicativa: 16 anos. Vendas: sympla.com.br

Com Letícia Sabatella, “PIAF E BRECHT – A Vida em Vermelho” realiza curta temporada no Teatro B32


Créditos: Divulgação


Dois dos maiores artistas do século 20, a cantora francesa Edith Piaf (1915-1963) e o poeta e dramaturgo alemão Bertolt Brecht (1898-1956) conversam sobre suas vidas, obras, anseios, angústias, medos, sonhos e realizações. Esse improvável encontro imaginado por Aimar Labaki em ‘Piaf e Brecht’ traria à tona um potente embate entre duas ideologias e visões de mundo radicalmente opostas.

Ela sentiu na própria pele a miséria ao longo de sua infância, conheceu as dores do amor, tornou-se uma das cantoras mais amadas da França, viveu intensamente e encontrou a solidão no fim – poderia ser uma personagem do teatro de brechtiano. Ele conceituou a tragédia do homem, revolucionou o teatro mundial e lançou um olhar profundo para as relações humanas no sistema capitalista, a mesma sociedade que a consumiu.

Num final de tarde, em um antigo cabaret, Bertolt e Edith ensaiam o espetáculo que apresentarão naquela noite acompanhados por três músicos. Eles interpretam suas composições e outras músicas famosas de sua época como se estivessem em uma competição. A partir de cartas, solilóquios, memórias e autocitações, Brecht coloca o homem em xeque, enquanto Piaf expõe a própria alma.

Além de sua evidente qualidade artística, as canções – sempre executadas ao vivo – revelam visões de mundo bem diferentes. Por isso, mais do que competir pelo título de melhor cancioneiro, os dois artistas disputam pelo melhor modo de vida. Ao longo da encenação, esses dois universos mostram que podem coexistir.

O encontro é usado para evocar uma série de temas importantes tanto para o Brasil como para o mundo contemporâneo. Letícia Sabatella e Fernando Alves Pinto interpretam os protagonistas e outros personagens que vão invadindo a ação.

O espetáculo apresenta uma coletânea das principais canções de dois grandes artistas do século 20, o poeta e dramaturgo alemão Bertolt Brecht e a cantora francesa Edith Piaf, que possuem realidades e ideologias opostas. Em um encontro hipotético na sala de ensaios, eles falam sobre suas vidas, obras, anseios, angústias, medos, sonhos e realizações. O que começa como a tentativa de montar uma peça termina em um tsunami de sensações e pensamentos.

SERVIÇO

“Piaf e Brecht – A Vida em Vermelho”

TEATRO B32 (480 lugares)

Endereço: Avenida Brigadeiro Faria Lima, 3.732 – Itaim Bibi – SP

Ingressos através do link: https://teatrob32.byinti.com/

Data: 2, 3 e 4 de junho (quinta, sexta e sábado)

Horário: quinta a sábado 20h

Classificação: 12 anos

Ingresso:

Inteira 120,00/ Meia 60,00 Plateia 1

Inteira 100,00 / meia 50,00 Plateia 2

Inteira 80,00/ meia 40,00 Plateia 3

Inteira 60,00 / meia 30,00 – Balcão 1 e 2