Júlia Sanchez canta e conta o amor em novo show em São Paulo


Créditos: Lorena Rezende


Foi em meio a um período pessoal de reflexão e entendimento que a cantora e atriz Júlia Sanchez se viu pronta para externalizar suas emoções de forma artística. Imersa em um amplo universo musical, representado por canções românticas no estilo jazz, pop e rock, ela idealizou e produziu seu primeiro show “Júlia Sanchez canta o Amor”, que realiza uma apresentação única e em versão inédita, dia 23 de agosto, no All of Jazz, em São Paulo.

Inspirada por mulheres fortes, a exemplo de Lady Gaga, Pitty e Nina Simone – que marcam presença no setlist de 25 canções-, a artista, que se conectou com a música ainda na infância, leva ao palco toda sua pessoalidade, impressa em cada detalhe, desde a escolha das músicas, que falam de amor de diferentes maneiras e ganham interpretações especiais com o acompanhamento de Wagner Passos ao piano, até a identidade visual, baseada em sua própria caligrafia.

O show, que contou com uma primeira apresentação há cerca de dois meses, no Espaço Cia da Revista, na capital paulista, onde Júlia se apresentava com o espetáculo musical “Tatuagem”, dirigido por Kleber Montanheiro – a quem considera seu “padrinho nas artes” e por quem se viu instigada a ir além e dar passos maiores em sua arte -, ganha agora uma versão estendida e com novidades.

Créditos: Sergio Santoian

“Essa apresentação é exatamente esse “ir além”: será um show mais longo, com duas entradas, troca de figurino e com a participação especial do cantor Carlos Júnior. Estou expandindo o ‘Júlia Sanchez canta o Amor’ para se transformar em uma experiência completa, para que o público possa se divertir, refletir e se emocionar através das canções escolhidas, afinal, as melhores músicas já feitas são sobre o amor”, conta ela, que acredita que o nome escolhido para o show seja uma síntese de todo o projeto, definido como pessoal, direto e emocional.

Sem abrir mão da faceta atriz, Júlia costura as canções com textos de sua autoria, em parceria com o produtor e diretor artístico Enrico Verta, e que atuam como fio condutor, apresentando ao público três formas de amor abordadas no show: amor à primeira vista, amor proibido e amor próprio. “Espero que todo esse sentimento possa ser cantado e sentido pelas pessoas que procuram ser arrebatadas e ao mesmo tempo, acolhidas”, diz.

Planejando outras novidades para o segundo semestre, a artista, que enxerga a música como um veículo poderoso de comunicação, celebra ainda o lançamento do seu primeiro single, “Como se eu tivesse lá”, previsto para novembro, e de seu primeiro EP, “Indomável”, para o mês de dezembro, que reunirá canções cuja as letras dialogam com a sensação de liberdade despertada pela busca da independência e da constante evolução. Acompanhe a Júlia Sanchez no Instagram: IG da Júlia.

SERVIÇO:

Data: 23 de agosto

Local: All Of Jazz – R. João Cachoeira, 1366 – Itaim Bibi, São Paulo – SP, 04535-006

Horário: 21h30

Ingressos: R$ 30,00 antecipado/ R$ 40,00 na porta

Vendas: showjuliasanchez@gmail.com

EVITA OPEN AIR – Myra Ruiz recebe Claudya, Paula Capovilla e Bianca Tadini, que já interpretaram Evita nos palcos


Créditos: Jairo Goldflus


Nesta semana, completam-se 70 anos da morte de Eva Perón (1919 – 1952), uma das mulheres mais emblemáticas da política Argentina. Sua figura foi e continua sendo tão forte que segue até hoje como tema de produções artísticas no mundo todo.

Além do musical de Tim Rice e Andrew Lloyd Webber, já visto por mais de 60 milhões de pessoas ao redor do mundo e que está em cartaz em São Paulo em grandiosa versão a céu aberto, a história de Eva Perón também foi contada nos cinemas, com a interpretação da diva Madonna e, na televisão, a figura argentina acaba de ganhar uma série biográfica disponível no catálogo do Star+.

O Atelier de Cultura promove, neste domingo (31/7), o encontro de quatro importantes atrizes do teatro musical brasileiro que interpretaram Eva Perón no musical Evita: são elas Claudya (1983), Paula Capovilla, Bianca Tadini (2011) e Myra Ruiz, que está em cartaz como protagonista de Evita – O Musical no Parque Villa-Lobos em São Paulo – SP.

A cantora Claudya interpretou Evita na primeira produção brasileira do musical em 1983. As atrizes Paula Capovilla, como Evita, e Bianca Tadini, como Evita Cover, viveram a personagem na versão brasileira de 2011. Em 2022, Myra Ruiz protagoniza uma versão repaginada do musical, na maior estrutura já construída para um espetáculo de teatro musical no Brasil.

SERVIÇO
EVITA – O MUSICAL

Até 28 de agosto de 2022
Local: Parque Villa-Lobos – Entrada pelo portão Cândido Portinari
Av. Queiroz Filho, 1365 – Alto de Pinheiros, São Paulo – SP

Obs.: A localização da megaestrutura já está disponível nos principais aplicativos de deslocamento como Waze, Google Maps, Uber e 99 digitando “Evita Open Air” na busca.

Sessões:
Quinta-feira, às 20h00
Sexta-feira às 20h00
Sábado, às 15h00 e às 19h30
Domingo, às 15h00 e às 19h30

Ingressos: De R$50,00 a R$300,00. À venda pelo bit.ly/ingressosevita

BILHETERIAS OFICIAIS (sem taxa de conveniência)

Parque Villa-Lobos (próximo à Roda Gigante)
Av. Queiroz Filho, 1365 – Alto de Pinheiros – São Paulo – SP – 05319-000

Horário de funcionamento: Quinta e sexta-feira das 16h às 20h. Sábados e domingos das 12h às 20h. Segundas, terças e quartas-feira, fechado.

Instituto Artium de Cultura
Rua Piauí, 874 – Higienópolis – São Paulo – SP – 01241-000

Horário de funcionamento: Quarta a sexta-feira, das 12h às 18h. Sábados e domingos, das 10h às 18h. Segundas-feiras, terças-feiras e feriados, fechado.

Capacidade da estrutura: 1.545 pessoas
Duração: 110 minutos mais 15 minutos de intervalo
Classificação Indicativa: Livre
Gênero: Teatro Musical

Estacionamento terceirizado pago no local próximo à entrada do evento.
Entrada próxima à Estação Villa-Lobos – Jaguaré da Linha 9 Esmeralda.
Todas as sessões contam com acessibilidade física e acessibilidade de conteúdo, com intérprete de Libras e serviço de audiodescrição.

Cliente Porto tem 30% de desconto. Desconto não cumulativo a outros descontos, limitado a 04 ingressos por CPF, válido para todas as sessões disponíveis, exceto na Plateia Silver. Consulte o passo a passo para ativação do desconto no site de vendas.

Cliente Vivo Valoriza tem 30% de desconto. Desconto não cumulativo a outros descontos, limitado a 04 ingressos por CPF, válido para todas as sessões disponíveis, exceto na Plateia Silver. Consulte o passo a passo para ativação do desconto no site de vendas.

Desconto Meia-entrada: obrigatória a apresentação do documento previsto em lei que comprove a condição de beneficiário.

Depois de grande sucesso no Rio de Janeiro, “Ponto a Ponto – 4000 Milhas” estreia curta temporada em São Paulo


Créditos: Caio Gallucci


Depois de esgotar todas as sessões da temporada carioca, a peça Ponto a Ponto – 4000 Milhas desembarca dia 15 de julho em São Paulo, no novíssimo Teatro B32. A montagem do premiado texto da americana Amy Herzog traz Luiz Fernando Guimarães de modo surpreendente: ele interpreta Vera, uma idosa que recebe a visita inesperada do neto Léo, personagem do ator Bruno Gissoni. O diálogo entre avó e neto – um jovem aventureiro que chega ao apartamento de Vera depois de passar por uma situação traumática – traz à tona diferentes temas e pontos de vista que transformam aquela relação, tão próxima e tão distante ao mesmo tempo. A primeira versão brasileira da peça tem roteiro adaptado e direção de Gustavo Barchilon, que conquistou o público paulista em 2021 com o musical “Barnum – O Rei do Show”.

A montagem, estruturada principalmente a partir do diálogo entre esses dois personagens, ganha novos contornos com a entrada em cena da atriz Renata Ricci, que interpreta dois papéis na história: Rebeca e Amanda. Com a ajuda dessas duas mulheres tão diferentes, avó e neto se reconhecem em vários aspectos da vida, mesmo tendo pontos de vista divergentes. O texto, diga-se, é premiado mundo afora desde sua estreia na Broadway em 2011, sendo finalista do prêmio Pulitzer de 2013.

“Ponto a Ponto é sobre relacionamentos e aborda como um assunto é visto por duas pessoas de modo oposto”, adianta Barchilon, que, ao adaptar o roteiro, foi fiel às marcações da autora. No entanto, ele deixa sua marca ao colocar pela primeira vez um ator no papel de Vera e convocando mulheres para a equipe criativa, tais quais o cenário de Natália Lana, o figurino de Graziela Bastos e a produção executiva de Graziele Saraiva, para citar algumas. “Distância, idade, família, morte e política são alguns tópicos que fazem qualquer plateia rir e refletir”, explica o diretor, que promete repetir o êxito que alcançou em sua estreia na direção do premiadíssimo musical “Barnum – O Rei do Show”, que ultrapassou 100 mil espectadores nas curtas temporadas realizadas em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Créditos: Van Brigido Fotografia

 

A interpretação de Luiz Fernando Guimarães traz ainda outro aspecto à peça. Ele se despe de sua experiência masculina ao caracterizar-se de Vera e dar vida a uma mulher experiente que está no fim de sua jornada. Passando longe da masculinidade frágil, Guimarães se coloca no lugar daquela senhora, de suas dores, vivências e relações. O ator ainda traz o humor característico de sua trajetória para a personagem. “Eu já interpretei outras mulheres em minha carreira, mas fazer uma idosa está sendo muito interessante. Eu já tenho 72 anos, mas me sinto jovem, então é uma experiência única construir a Vera. Estou tentando ficar o mais próximo da realidade possível, e sempre com muito humor”, revela Guimarães. “O drama da peça está centrado no personagem Léo, então, é possível brincar com o deboche que é típico na interpretação do Luiz”, conta Barchilon.

Bruno Gissoni comemora estar no palco com Luiz Fernando Guimarães e reencontrar o amigo Gustavo Barchilon. “É um acontecimento voltar aos palcos em um momento de retomada pós-pandemia em uma peça que fala sobre luto e relações entre diferentes gerações”, elogia Gissoni, que complementa: “Está sendo incrível dividir o palco com o Luiz Fernando Guimarães. Além disso, estou sendo dirigido pelo Gustavo, um amigo que eu conheço desde o início de nossas relações com o teatro”.

O que distancia duas pessoas? E o que as aproxima? Por meio do diálogo entre Vera (Luiz Fernando Guimarães), uma idosa que vive sozinha na cidade grande, e Léo (Bruno Gissoni), um jovem que gosta de se aventurar de bicicleta pelas montanhas, o público percebe o que aproxima e o que distancia avó e neto, podendo transpor os debates para além da peça. ‘Ponto a Ponto – 4000 Milhas’ fica em cartaz em São Paulo entre 15 de julho e 21 de agosto no Teatro B32.

Serviço:
Onde? Teatro B32
Av. Brg. Faria Lima, 3732 – Itaim Bibi, São Paulo – SP
Quando? De 15 de julho a 21 de agosto de 2022
Horários: sexta e sábado às 20h30 e domingo às 19h
Valores: Ingressos a partir de R$ 30,00 (meia entrada)

01) PLATEIA VIP (Fila A até D) = R$ 140,00 Inteira / R$ 70,00 Meia

02) PLATEIA Superior 1 (Fila E até J) = R$ 120,00 Inteira / R$ 60,00 Meia

03) PLATEIA Superior 2 (Fila K até O) = R$ 100,00 Inteira / R$ 50,00 Meia

04) BALCÃO 1 e 2 (FUNDOS) = R$ 80,00 Inteira / R$ 40,00 Meia

05) BALCÃO 1 e 2 (LATERAIS – Visão Parcial) = R$ 60,00 Inteira / R$ 30,00 Meia

Compras via internet:
teatrob32.byinti.com/#/event/ponto-a-ponto-4000-milhas
Vendas na bilheteria do Teatro:
Terça a Sexta – 13h às 20h
Sábados e Domingos – 17h às 20h (em dias de espetáculo)
● Descontos clientes PORTO SEGURO: 20% (não é aplicado para MEIA entradas):
> Via Internet: O código de desconto deve ser resgatado no Porto Plus e utilizado no momento da compra para validação.
> Bilheteria do teatro: Mediante comprovação de carteira de identificação do seguro ou cartão de crédito Porto Seguro Bank.

Duração: 70 minutos

Estrelado por Iara Jamra e grande elenco, “Feliz Dia das Mães” estreia em São Paulo


Créditos: Felix Graça


Comemorando 40 anos de carreira, a atriz Iara Jamra estreia no dia 08 de julho o espetáculo Feliz Dia da Mães no Teatro Morumbi Shopping em que interpreta sua primeira protagonista. O elenco ainda conta com Ivan Parente, Nicole Cordery, José Trassi, Larissa Ferrara, Felipe Hintze, Vanessa Goulart e Daniel Ortega.

A peça com texto e direção de Dan Rosseto conta a história de Dona Alma, uma mulher de quase 80 anos que mora sozinha e passa as noites vendo leilão de joias pela televisão. Viúva, criou os três filhos Paulo Horácio, Paola Helena e Paulo Henrique sempre por perto, mantendo assim, uma boa relação com sua família.

Como de costume, ela reúne seus filhos, netos e agregados para fartos almoços de domingo. Neste em especial eles farão uma surpresa, já que é o “Dia das Mães” e todos conseguirão estar presentes. Aos poucos, um a um, vão chegando para o tão aguardado encontro e o espectador começa a perceber que os convidados não se sentem tão à vontade como era o esperado. Entre segredos revelados, ironias ditas sem pudor, mágoas disparadas cheias de rancor e surpresas inesperadas, tudo dito com muito humor; está é uma família como qualquer outra, que apesar dos conflitos emocionais e ideológicos, todos se amam incondicionalmente.

Créditos: Felix Graça

Uma comédia que, além de fazer o público rir, traz à tona assuntos importantes como: família, projeção dos pais em relação aos filhos e vice-versa, escolhas profissionais, conquistas, frustrações, sonhos, síndrome do ninho vazio e o mais importante, o Alzheimer. De uma forma delicada e poética, a dramaturgia se desenvolve para mostrar como um ser humano pode sofrer alterações de humor com esta doença que atinge muitos idosos em todo o mundo.

Uma história que diverte na mesma medida em que faz pensar, afinal será impossível não se identificar com os personagens e seus conflitos que de tão cotidianos, fará o espectador um convidado especial deste almoço de dia das mães.

SERVIÇO:

FELIZ DIA DAS MÃES

LOCAL: Teatro Morumbi Shopping, Av. Roque Petroni Jr., 1089 – Jardim das Acácias. 250 lugares+ 05 PNE.

DATA: 08/07 até 28/08 (Sexta e Sábado 20h e Domingo 19h)

INFORMAÇÕES: 11 5123 2800 e www.teatromorumbishopping.com.br

INGRESSOS: R$ 80,00 (inteira) e R$ 40,00 (meia)

VENDAS PELA INTERNET: https://bileto.sympla.com.br/event/73947

DURAÇÃO: 100 min

CLASSIFICAÇÃO: 12 anos

Com reflexão sobre as ditaduras militares, A Morte e a Donzela, com Laia do Teatro realiza últimas apresentações


Créditos: Artur Kraimmer


Questionamentos sobre as consequências das ditaduras civil-militares na América Latina são levados à cena pela Laia do Teatro em A Morte e a Donzela, do autor argentino-chileno Ariel Dorfman. O espetáculo, dirigido por Laerte Mello e estrelado por Aline Pimentel, André Barreiros e Victor Barreto, segue em cartaz até 26 de junho no Espaço Parlapatões.

Escrita em 1990, durante o período de transição para a democracia, logo após o fim da ditadura de Augusto Pinochet, a peça de Dorfman já foi traduzida para mais de 40 idiomas e ganhou uma adaptação cinematográfica bem-sucedida do diretor Roman Polanski em 1994. O autor também é conhecido por denunciar os crimes cometidos nos regimes autoritários latino-americanos em outras obras, como no livro “O Longo Adeus a Pinochet”.

A Morte e a Donzela conta a história de um casal que sofreu na própria pele a repressão no Chile e ainda convive com os fantasmas da tortura, das perdas e do medo. Paulina Salas é uma ex-ativista que foi sequestrada e brutalmente torturada durante o regime militar. E Gerardo é um proeminente advogado e militante dos Direitos Humanos.

Por uma sequência de acasos, Paulina se depara com Roberto Miranda, o homem que ela acredita ser o mais cruel de seus torturadores, dormindo em sua sala de estar. As ações e reações violentas do casal levantam questionamentos profundos sobre a elasticidade dos limites éticos em situações extremas.

O texto ainda trata de questões como a preservação da memória e a reparação de crimes cometidos contra a humanidade e os efeitos provocados pelo regime opressivo para o tecido social. “O grito de Paulina é por respeito às famílias que tiveram parentes desaparecidos, é por uma punição exemplar que desencoraje postulantes a ditadores nos tempos atuais”, reflete o diretor Laerte Mello.

“Infelizmente, a peça dialoga profundamente com o Brasil de hoje. É possível ver a olhos nus nuvens totalitárias no horizonte do povo brasileiro. Basta deslizar o feed de notícias e ler sobre o desejo de parcela da sociedade em ver o retorno do AI-5, ou o fechamento do congresso e do STF, o esforço do Executivo e a celeridade do Legislativo na aprovação de leis que facilitem o acesso às armas, o anseio pela militarização do Estado, o desejo do chefe do executivo e seus apoiadores em celebrar o golpe de 64”, acrescenta.

A encenação se passa toda na casa de Paulina e Gerardo, sobretudo no quarto e na sala de estar, onde dorme o ex-torturador. Esses espaços são retratados de forma minimalista, com poucas peças imprescindíveis para a ação, como uma mesa de jantar para duas pessoas, um aparador e duas cadeiras. As paredes que dividem os ambientes são representadas com armações de madeira como se fossem molduras de quadros.

Créditos: Artur Kraimmer

A trilha sonora conta com músicas do compositor austríaco Franz Schubert, sobretudo o quarteto de cordas nº 14 em ré menor, mais conhecido como “Death and the Maiden”, nome escolhido por Ariel Dorfman como o título original da peça.

A Laia do Teatro,  responsável pela tradução, iniciou sua trajetória em 2020. Diante da necessidade de buscar novas formas de expressão artística que pudessem minimizar distâncias, o grupo partiu para a experimentação em “Só os Pássaros São Livres”, propondo um espetáculo provocativo que convidava o público a (re)pensar o alcance das interações humanas nas redes sociais. O trabalho foi escrito e coordenado por Victor Barreto e inspirado na obra de Eduardo Galeano.

Em novembro de 2021, o grupo realizou a pré-temporada de “A Morte e a Donzela”, de Ariel Dorfman, com quatro apresentações no Teatro Pequeno Ato.

Serviço
A Morte e a Donzela, de Ariel Dorfman, com Laia do Teatro
Temporada: até 26 de junho
Aos sábados, às 16h, e aos domingos, às 19h
Espaço Parlapatões – Praça Franklin Roosevelt, 158, Consolação
Ingressos: R$ 60 (inteira) e R$30 (meia-entrada)
Vendas online em sympla.com.br/produtor/espacoparlapatoes
Classificação: 16 anos
Duração: 100 minutos

“Não Aprendi Dizer Adeus” aborda o tema da morte na linguagem da palhaçaria


Créditos: Caio Oviedo/Divulgação


Uma palhaça contracena com a morte. No solo teatral “Não Aprendi Dizer Adeus”, que estreia em 17 de junho, em São Paulo, a palhaça Leila Simplesmente Leila (vivida por Bárbara Salomé) fala de forma leve, divertida e metafórica sobre um dos maiores tabus de nossa sociedade, a morte. Dirigido pela carioca Rafaela Azevedo, o espetáculo de circo contemporâneo utiliza a linguagem da palhaçaria para adultos e coloca Leila diante dos cinco momentos do luto: negação, barganha, raiva, depressão e aceitação.

Idealizadora do projeto, a artista mineira Bárbara Salomé pesquisa a linguagem do palhaço para além da cena, na relação direta com as pessoas. Já trabalhou em projetos em hospitais, asilos, filas de atendimento, comunidades e é integrante do coletivo Povo Parrir, que une povos indígenas e palhaços urbanos. No início da pandemia, sua palhaça Leila convocou pessoas para uma experiência: os atendimentos artísticos online chamados de “psico-riso-mágicos”. “Eu amarrei um pano na cabeça e ativei o lado terapeuta da Leila Simplesmente Leila, que se auto-intitula ‘fraudiana, lacraniana’ e sabedora de conhecimentos ancestrais. Tive uma ótima aceitação nas redes e comecei a fazer atendimentos com pessoas em diferentes estados emocionais, dentro e fora do país”, conta a artista. Por esse trabalho, a artista foi convidada a participar do documentário “Reinvenção” e o relato dessa experiência foi publicado no ebook da Circa Festivália.

Créditos: Caio Oviedo/Divulgação

Bárbara já buscava alguém para dirigi-la em um solo sobre a morte quando conheceu Rafaela pelo Instagram. “Fiquei encantada com o que ela faz com sua palhaça Fran. É uma linguagem rápida, inteligente e contemporânea de trabalhar a palhaçaria”, explica. A atriz lembra que o tema da morte sempre a assombrou, ao menos desde que perdeu sua irmã mais nova, aos cinco anos, para um mal súbito. “A minha primeira experiência de vida é de morte. Essa lacuna sempre me provocou medo, ao mesmo tempo vontade de entendimento, já que os adultos sempre evitavam o assunto”, completa.

A diretora Rafaela, que assina o roteiro em parceria com a atriz, passava por um momento de luto quando surgiu o convite. “Quando a Bárbara me convidou, eu estava vivendo o luto recente da morte dos meus pais e avós, que faleceram em 2019 e 2020. Meu trabalho é totalmente conectado com minha vida pessoal. Aceitei de primeira e recebi como um presente. Seria interessante elaborar o luto brincando com uma palhaça”, conta a diretora. “A palhaçaria trata de tudo que é humano. O riso gerado por uma palhaça é a partir da exposição de suas próprias desgraças. Ela exagera, extrapola, inventa sobre a condição humana. Tudo o que é inadequado é próprio de uma palhaça. O medo de lidar com a morte nos gera tanta angústia que pode nos fazer morrer em vida. Que consigamos brincar com ela enquanto estivermos vivos”, finaliza.

Serviço

“Não Aprendi Dizer Adeus”

Estreia em 17/6. Até 2/7

Onde: Oficina Cultura Oswald de Andrade

Endereço: Rua Três Rios, 363, Bom Retiro (São Paulo/SP)

Quando: sextas, às 20h, e sábados, 18h.

Quanto: Grátis

Duração: 50 minutos

Classificação etária: 16 anos