Exposição Animália é atração de janeiro do MorumbiShopping


Créditos: Divulgação


As férias de janeiro estão chegando, e o MorumbiShopping preparou um evento especial para toda família. Até 31 de janeiro o mall recebe a exposição Animália, uma experiência lúdica e sustentável em um cenário de inspiração multihabitat. Um ambiente agradável com esculturas dos animais e cenografia desenvolvidas em papelão e outros materiais recicláveis.

Onça pintada, Veado campeiro, Lobo guará, Girafa-Masai, Flamingo-James, são alguns dos animais representados em tamanho real na mostra. Todos produzidos manualmente pelo artista plástico Tico Volpato. Reconhecido por seu trabalho inspirado na técnica origami e low poly, o artista selecionou materiais certificados e sustentáveis para a produção das peças.

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Créditos: Divulgação

Além de admirar essas esculturas coloridas e vibrantes no mundo Animália, será possível aprender sobre cada bicho apontando a câmera do celular para o QR Code que estará ao lado de cada obra e direcionará para o portal Animália. Lá, os bichos aparecem em animação 3D e apresentam seus atributos em um layout inspirado nos jogos de Super Trunfo. Características de cada animal, ecossistema em que vivem, o status de ameaça e fotos reais deles em seus habitats fazem parte do conteúdo.

Além da experiência contemplativa e virtual, Animalia contará com um filtro especial para Instagram, que permitirá ao usuário fazer fotos criativas com a presença dos personagens em locais inusitados.

Todas as regras de distanciamento e protocolos de higiene continuam sendo respeitadas. Obrigatório o uso de máscara.

Serviço
Exposição Animália
Data: Até  31 de janeiro
Horário: 12h às 22h
Local: Atrium
Entrada: Gratuita
Endereço: Av. Roque Petroni Jr., 1089 – São Paulo/SP
Mais informações em: https://www.morumbishopping.com.br
Instagram: @morumbishopping | #AnimalianoMorumbi #EunoMBS

Galeria Lume reúne esculturas de Claudio Alvarez em mostra inédita




Exposição reúne produção recente do artista, fruto de sua pesquisa em torno da percepção.

A visão, um dos sentidos essenciais da existência humana, é carregada de ideias pré-estabelecidas sobre os fenômenos que fazem parte do cotidiano. A percepção torna-se tão automatizada que só é possível constatar que se está enxergando quando o objeto de observação desafia o olhar com alguma característica que foge do comum. Aqui, é preciso suspender os pré-julgamentos e enxergar o novo objeto de forma pura. É o que propõe o artista Claudio Alvarez na exposição Quando Vemos, em cartaz na Galeria Lume, de 3 de dezembro a 6 de fevereiro.

A mostra reúne 12 obras, produção recente do artista, nas quais ele explora figuras reais e virtuais, fazendo uso de materiais como aço inox, madeira, vidro e acrílico, lentes, refletores, imãs e espelhos.

Para Alvarez, mais do que os fenômenos físicos, que estão presentes no cotidiano, interessa investigar a percepção humana e descobrir como as pessoas funcionam em relação a convivência com o mundo externo. O artista cria mecanismos em que aquilo que se vê entra em contradição com aquilo que se sabe.

Em Janelas Invisíveis (2019) Claudio cria, através de espelhos, duas figuras que parecem ser janelas, preenchidas por círculos iluminados que se avolumam repetidamente. Neste trabalho, o artista faz referência àquilo que é visível através destas supostas janelas e, como em outras obras, remete à possibilidade de coexistência de diversos espaços simultaneamente. A multiplicação infinita de elementos de luz e sombras sugere um percurso virtual onde os limites deixam de existir.

Já na obra Odisseia (2019) ele apresenta uma espécie de transformação material. O artista criou a partir de movimentos gerados por motores elétricos e materiais que provocam interações entre luz e sombra uma mudança de estado sólido para o líquido. A obra simula a partir dessas ferramentas a movimentação da água em um aquário. Alvarez propõe jogos visuais que transitam entre o real e o virtual e instigam o visitante a refletir sobre sua própria percepção.

Serviço:
Quando Vemos, individual de Claudio Alvarez
Local: Galeria Lume
Abertura: 3 de dezembro, terça-feira, a partir das 19h
Período expositivo: 3 de dezembro a 6 de fevereiro
Visitação: de segunda a sexta-feira, das 10h às 19h | sábados, das 11h às 15h
Endereço: Rua Gumercindo Saraiva, 54 – Jardim Europa, São Paulo Telefone: (11) 4883-0351

MuBE abre mostra institucional de Tony Cragg


Créditos: divulgação


Expoente da arte contemporânea e reconhecido internacionalmente por sua obra escultórica, o artista britânico Tony Cragg apresenta um representativo conjunto de sua produção na exposição Espécies Raras, a partir de 23 de novembro, no MuBE – Museu Brasileiro da Escultura e Ecologia.

Esta exposição enfatiza a produção realizada a partir dos anos 2000, mas traz ainda peças emblemáticas feitas nas décadas de 1980 e 1990. São 43 esculturas e cerca de 70 desenhos provenientes da coleção do próprio artista e que permitem ao público uma imersão no processo criativo de Cragg.

Multidisciplinar, Cragg trabalha com uma diversidade de materiais e processos criativos. O artista se empenha constantemente na busca por novas relações entre pessoas e o mundo material, não havendo limites para as ideias ou formas que possa conceber, ele investiga os limites dos volumes, linhas e superfícies. Faz uso de materiais como madeira, bronze, gesso e cerâmica, além de plástico, poliestireno, aço e vidro.

Na mostra a ser exibida no MuBE, figuram importantes obras históricas, a exemplo de Minster (1988), feita de anéis e engrenagens de aço; Eroded Landscape (1999), uma escultura construída por várias camadas de objetos de vidro como: copos, vasos, lustres, garrafas; Secretions (1995), construída a partir de dados colados. Estas obras revelam um processo construtivo a partir da justaposição de objetos pré-existentes. Outras séries de esculturas utiliza materiais diversos como madeira, bronze, fibra de vidro, alumínio, de tal modo que o próprio material da escultura conduz às soluções formais e estéticas das mesmas.

Ao longo de seu processo de criação, Cragg instiga uma dupla movimentação ontológica: um corpo que antes não existia passa a estar no mundo com sua forma e matéria, ao mesmo tempo em que os corpos viventes e falantes transformam-se.

Serviço

Espécies Raras, individual de Tony Cragg
Local: MuBE – Museu Brasileiro da Escultura e Ecologia
Data: 23 de novembro, sábado, de 15h às 18h
Período expositivo: de 24 de novembro a 01 de março de 2020
Endereço: Rua Alemanha, 221, Jardim Europa, São Paulo
Entrada gratuita

Exposição coletiva na Casa de Cultura do Parque discute aspecto tridimensional


Créditos: Divulgação


A mostra, que propõe refletir sobre o uso de diversas práticas escultóricas para representar tanto figuras humanas, quanto formas geométricas e a validade real do termo “esculturas”, tem texto de apresentação de Ana Avelar e reúne trabalhos dos artistas brasileiros Alexandre da Cunha, Claudio Cretti, Edgar de Souza, Eduardo Frota, Felipe Cohen, Flávio Cerqueira, Ivens Machado, José Rezende, Laura Vinci, Nino Cais, Pablo Reinoso, Ricardo Becker, Rodrigo Cardoso e Tatiana Blass.

Os trabalhos expostos são divididos em dois eixos: O primeiro, endereçado à figura humana, indica a história tradicional da escultura, com o corpo aparecendo em diversas escalas ou fragmentos, ora como metáfora para uma conduta moral e ética, ora para fins religiosos ou místicos.

Créditos: Divulgação

A geometria, o segundo eixo da exposição, aparece conjugada à realidade do corpo. O Minimalismo, marco da arte contemporânea, rompe com o gesto heróico do artista sobre o material e revela a experiência do corpo do indivíduo em contraponto aos objetos sem detalhes, ordenados em série, dentro de uma lógica evidente e simples.

No mesmo dia da abertura da exposição, o Terra Nova, novo módulo de artes plásticas da Flip, e a Casa de Cultura do Parque promovem um encontro com José Miguel Wisnik. A palestra seguida de bate-papo tem como tema o processo de criação de Máquinas do Mundo, do Núcleo de Arte da Mundana Companhia de Teatro. A obra contempla elementos das artes plásticas, da literatura e do teatro e explora as potencialidades estéticas contidas no contraponto entre o poema “A Máquina do Mundo”, de Carlos Drummond de Andrade, “O Delírio”, sétimo capítulo de “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, de Machado de Assis, e um capítulo de “A Paixão Segundo G.H.”, de Clarice Lispector.

Serviço:
Do volume e do espaço: modos de fazer
Abertura: 27 de julho
Visitação: de 27 de julho a 13 de outubro
Horário: quarta a sexta, das 11h às 19h, sábados e domingos das 10h às 18h
Entrada Gratuita
Palestra e bate-papo com José Miguel Wisnik
Máquinas do mundo: Drummond, Clarice e Machado
Evento integrante da programação do Terra Nova (novo módulo de artes visuais da Flip ).
Data: Dia 27 de julho, 16h
Gratuito
Local: Casa de Cultura do Parque
Endereço: Av. Prof. Fonseca Rodrigues, 1300 – Alto de Pinheiros
Informações: (11) 3811-9264 | acasadoparque.com

Cidade de São Paulo ganha 42 esculturas e monumentos históricos totalmente recuperados


Créditos: InfoArt


São Paulo acaba de ganhar 42 esculturas e monumentos históricos recuperados, depois de um minucioso processo de limpeza e restauração. São obras de artistas consagrados, nomes icônicos da arte brasileira, instaladas em regiões emblemáticas da cidade, como a Praça da Sé, a Avenida Paulista e o Parque Ibirapuera. A iniciativa foi patrocinada pela Bombril, com realização da Sequóia Produções, em parceria com o Ateliê Julio Moraes e apoio do Governo do Estado de São Paulo e da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo. “Queremos preservar o patrimônio cultural de São Paulo e chamar atenção às obras importantes, feitas por artistas que ajudaram a construir a história da arte no Brasil”, diz Eduardo Lara Campos, diretor da Sequóia Produções.

O longo processo de recuperação foi documentado com registro fotográfico e em vídeo. O material foi compilado em um catálogo impresso e digital que será lançado e distribuído gratuitamente no feriado de 9 de julho, no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM São Paulo). Na ocasião, também serão exibidas duas sessões do documentário Conservação de Esculturas em Espaços Públicos, que mostra todos os detalhes da ação. O trabalho de recuperação foi dividido em três fases e cada uma das obras recebeu cuidados específicos, feitos de acordo com seu estado de preservação. Foram retiradas manchas de pichações e desgastes ocasionados por intempéries diversas, realizadas pinturas e polimentos, além da instalação de coberturas para protegê-las e facilitar futuras limpezas.

Créditos: InfoArt

A primeira fase, que aconteceu de novembro a dezembro de 2018, recuperou as nove esculturas da Praça da Sé. Entre os destaques, Abertura (1970), escultura em aço de Amilcar de Castro; Voo (1967), de Caciporé Torres; Nuvem Sobre a Cidade (1979), de Nicolas Vlavianos; Emblema de São Paulo (1979), de Rubem Valentim; e as esculturas sem título de Mario Cravo Júnior, em aço inoxidável, e de Sergio Camargo, em mármore carrara. Para além das esculturas, uma obra de extrema importância para a capital: o marco zero da cidade, prisma hexagonal revestido de mármore e bronze, idealizado por Jean Gabriel Villin e Américo Neto e instalado no centro geográfico de São Paulo.

A segunda etapa, realizada entre janeiro e fevereiro deste ano, contemplou as três emblemáticas esculturas do Parque Trianon, na Avenida Paulista: Fauno (1944), de Victor Brecheret; Anhanguera (1935), de Luís Brizzolara; e Busto de Joaquim Eugenio de Lima (1952), de Roque de Mingo.

Aranha (1981), de Emanoel Araújo | Jardim de Esculturas MAM São Paulo | Créditos: InfoArt

A terceira fase, concluída em junho, recuperou as 30 obras do Jardim de Esculturas do MAM São Paulo, no Parque Ibirapuera, um dos principais acervos brasileiros expostos a céu aberto. São monumentos projetados por importantes nomes da cena contemporânea do País, com obras como Aranha (1981), de Emanoel Araújo; Carranca (1978), de Amilcar de Castro; Laminescate (1991), de Luiz Hermano; Sem título (1997), de José Resende; Sete ondas – uma escultura planetária (1995), de Amelia Toledo; Cantoneiras (1975), de Franz Weissmann; e Corrimão (1996), de Ana Maria Tavares.

“O acesso à cultura é transformador, abre precedentes de novos horizontes e perspectivas para a sociedade. Concluímos esse ambicioso projeto com o orgulho de ajudar a preservar a memória do nosso País”, afirma Guilherme Auger, diretor de marketing da Bombril.

Serviço:
Lançamento e distribuição do catálogo Conservação de Esculturas em Espaços Públicos
Data: 9 de julho, terça-feira
Horário: das 11h às 17h
Local: Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM São Paulo)
Endereço: Parque Ibirapuera – Av. Pedro Álvares Cabral, s/n° – Vila Mariana

Exibição do documentário Conservação de Esculturas em Espaços Públicos
Data: 9 de julho
Horário: às 15h e às 17h
A entrada é por ordem de chegada e serão distribuído os ingressos uma hora antes de cada sessão
Local: Auditório Lina Bo Bardi | MAM São Paulo
Endereço: Parque Ibirapuera – Av. Pedro Álvares Cabral, s/n° – Vila Mariana

CCBB São Paulo inaugura a exposição Vaivém com mais de 300 obras dos séculos 16 ao 21


Créditos: Divulgação / CCBB


O Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo inaugura nesta quarta-feira (22) a exposição Vaivém, apresentando as redes de dormir nas artes e na cultura visual no Brasil. Com mais de 300 obras dos séculos 16 ao 21 e a participação de 141 artistas – entre eles, 32 indígenas –, a mostra tem curadoria de Raphael Fonseca, crítico, historiador da arte e curador do MAC-Niterói.

“Longe de reforçar os estereótipos da tropicalidade, esta exposição investiga as origens das redes e suas representações iconográficas: ao revisitar o passado conseguimos compreender como um fazer ancestral criado pelos povos ameríndios foi apropriado pelos europeus e, mais de cinco séculos após a invasão das Américas, ocupa um lugar de destaque no panteão que constitui a noção de uma identidade brasileira”, afirma o curador, que pesquisou o tema por mais de quatro anos para sua tese de doutorado em uma universidade pública.

Créditos: Divulgação / CCBB

Com pinturas, esculturas, instalações, fotografias, vídeos, documentos, intervenções e performances, além de objetos de cultura visual, como HQs e selos, Vaivém ocupa todos os espaços expositivos do CCBB São Paulo, do subsolo ao quarto andar, e está estruturada em seis núcleos temáticos e transhistóricos.

PERCORRENDO A EXPOSIÇÃO

Vaivém tem início com Resistências e permanências, que é apresentado no subsolo do edifício e mostra as redes como símbolo e objeto onipresente da cultura dos povos originários do Brasil. “Mesmo com séculos de colonização e até com as recentes crises políticas quanto aos direitos indígenas, elas se perpetuaram como uma das muitas tecnologias ameríndias”, diz Fonseca.

Neste núcleo, a maioria das obras é produzida por artistas contemporâneos indígenas, como Arissana Pataxó. No vídeo inédito Rede de Tucum, ela documenta Takwara Pataxó, a Dona Nega, única mulher da Reserva da Jaqueira, em Porto Seguro (BA), que ainda guarda o conhecimento sobre a produção das antigas redes de dormir Pataxó, feitas com fibras extraídas das folhas da palmeira Tucum.

Carmézia Emiliano começou a pintar de maneira autodidata em Roraima. Se tornou conhecida por telas que registram o cotidiano dos indígenas Macuxi, muitas protagonizadas por mulheres, e terá expostas pinturas feitas especialmente para o projeto, além de obras mais antigas. Também da etnia Macuxi, Jaider Esbell criou para a mostra a instalação A capitiana conta a nossa história. A uma rede de couro de boi estão presos um texto de autoria do artista e uma publicação com documentos sobre as discussões em torno das áreas indígenas de seu estado.

Créditos: Divulgação / CCBB

Outro destaque é Yermollay Caripoune, que, vivendo na região do Oiapoque, entre a aldeia e a cidade, participou de poucas exposições fora do Amapá. Na série de seis desenhos que desenvolveu para Vaivém, o artista apresenta a narrativa dos Karipuna sobre a origem das redes de dormir.

O núcleo reúne ainda trabalhos de grandes nomes da arte brasileira, como fotografias dos artistas e ativistas das causas indígenas Bené Fonteles e Cláudia Andujar, e o objeto de Bispo do Rosário Rede de Socorro, uma pequena rede de tecido onde se lê o título da obra.

O segundo núcleo da exposição, A rede como escultura, a escultura como rede, tem trabalhos que mostram redes de dormir a partir da linguagem escultórica e que estão distribuídos por diferentes espaços do CCBB São Paulo, a começar pelo hall de entrada. Rede Social é uma instalação interativa do coletivo Opavivará!, com uma rede gigante que convida o público a se deitar e balançar ao som de chocalhos.

Estão neste núcleo trabalhos do jovem artista Gustavo Caboco, de Curitiba e filho de mãe indígena, e Sallissa Rosa, nascida em Goiânia e filha de pai indígena. Ele apresenta uma série de gravuras em que discute seu pertencimento e não-pertencimento às culturas ameríndias no Brasil. Ela, um vídeo criado a partir de selfies enviadas por mulheres em redes de dormir, que revela uma visão complexa sobre o lugar da mulher indígena na sociedade contemporânea brasileira.

Créditos: Divulgação / CCBB

No segundo andar do edifício estão dois núcleos. Olhar para o outro, olhar para si traz documentos e trabalhos de artistas históricos e viajantes, como Hans Staden, Jean-Baptiste Debret e Johann Moritz Rugendas, que registraram os aspectos da vida no Brasil durante a colonização. Ao lado deles, artistas contemporâneos indígenas foram convidados a desconstruir o olhar eurocêntrico dessas imagens a respeito de seus antepassados e propor novas narrativas.

Entre eles, dois do Amazonas: a pintora Duhigó Tukano, que apresenta a inédita acrílica Nepũ Arquepũ (Rede Macaco), sobre o ritual de nascimento de um bebê Tukano, e Dhiani Pa’saro, ainda pouco conhecido fora de seu estado natal, que expõe a marchetaria Wũnũ Phunô (Rede Preguiça), composta por 33 tipos de madeira e inspirada em duas variações de grafismos indígenas: o “casco de besouro” (Wanano) e o “asa de borboleta” (Ticuna).

O coletivo MAHKU (Movimento dos Artistas Huni Kuin), do Acré, criou para o CCBB São Paulo uma pintura mural que faz referência ao canto Yube Nawa Aibu, entoado para trazer força e abrir os caminhos em cerimônias tradicionais. Já Denilson Baniwá, nascido no Amazonas e residente no Rio de Janeiro, fez intervenções digitais e físicas sobre obras de artistas brancos que retrataram povos indígenas.

Créditos: Divulgação / CCBB

Em Disseminações: entre o público e o privado as redes surgem em atividades do cotidiano do Brasil colonial, como mobiliário, meio de transporte e práticas funerárias. Um dos destaques é Dalton Paula, artista afro-brasileiro de Goiás, que lança em suas pinturas um olhar sobre as narrativas a respeito da negritude no Brasil desde a colonização.

Os lugares que as redes ocupam na vida contemporânea no Brasil, em especial na região Norte, também estão pontuados nesse núcleo. Fotografias de Luiz Braga, por exemplo, exibem redes de dormir em cenas do dia-a-dia no Pará.

No terceiro andar do CCBB São Paulo, Modernidades: espaços para a preguiça, a rede passa a ser associada à preguiça, à estafa e ao descanso decorrentes do encontro entre o trabalho braçal e o calor tropical. O ponto central é ocupado por “Macunaíma” (1929), livro de Mário de Andrade. O personagem que passa grande parte da história deitado em uma rede está em obras de diferentes linguagens.

Carybé foi o primeiro artista a fazer ilustrações de Macunaíma. Um desenho pouco exibido de Tarsila do Amaral mostra o Batizado de Macunaíma. Joaquim Pedro de Andrade dirigiu o longa-metragem que, estrelado por Grande Otelo, completa 50 anos em 2019, e os cartunistas Angelo Abu e Dan X adaptaram a história em quadrinhos.

Créditos: Jaime Portas VilaSeca

No quarto andar está o núcleo Invenções do Nordeste. Nele foram reunidas obras que transformam em imagens mitos a respeito da relação entre as redes e esta região do país, além de trabalhos em que elas surgem como símbolo de orgulho local e de sua potente indústria têxtil. Destaque para uma série de fotografias de Maurren Bisilliat pelo sertão nordestino e as cerâmicas de Mestre Vitalino que retratam grupos de pessoas enterrando entes dentro de redes.

Também no último andar do edifício, uma homenagem a Tunga. O artista que inaugurou o CCBB São Paulo, em abril de 2001, retorna à instituição 18 anos depois. A instalação Bells Falls ganha uma nova versão e é apresentada ao lado dos registros fotográficos da performance “100 Rede”, realizada em 1997 na Avenida Paulista.

Créditos: Luiz Ribeiro

Vaivém fica em cartaz no Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo até 29 de julho. A exposição será também exibida nos CCBB de Brasília (setembro/2019), Rio de Janeiro (dezembro/2019) e Belo Horizonte (março/2020).

Serviço

Local: Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo
Endereço: Rua Álvares Penteado, 112 – Centro
Período da visitação: 22 de maio a 29 de julho de 2019 – Entrada gratuita
Horário: Todos os dias, das 9h às 21h, exceto terças
Telefone: (11) 3113-3651
Acesso e facilidades para pessoas com deficiência | Ar-condicionado | Cafeteria e Restaurante | Loja
Clientes do Banco do Brasil têm 10% de desconto com Cartão Ourocard na cafeteria, restaurante e loja

Estacionamento conveniado: Estapar Rua Santo Amaro, 272
Traslado gratuito até o CCBB. No trajeto de volta, a van tem parada na estação República do Metrô
Valor: R$ 15 pelo período de 5 horas
É necessário validar o ticket na bilheteria do CCBB
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