Férias escolares: 10 dicas para ninguém enlouquecer


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Crianças correndo pela casa, cheias de energia, reclamando o tempo todo que não têm nada para fazer, jogadas no sofá o dia todo ou em frente à TV e ao computador. Pais cansados e sobrecarregados por não terem tempo de qualidade com os filhos. As férias estão chegando e muitos pais já começam a “surtar” com esse período do ano. Seria isso um castigo ou um presente para toda a família?

A maternidade tem muito desafios, e o período de férias escolares, com certeza, é um desafio para todas as famílias. Para as mães que ficam em casa, surge o sentimento de “muito tempo” para preencher com os pequenos, e para os pais que trabalham fora, fica a preocupação de quem vai cuidar dos filhos, como será a rotina e os desafios.

A melhor forma de garantir 30 dias de tranquilidade é montar uma agenda de atividades. Como tudo na vida, se for planejado com antecedência a chance de dar certo é muito maior. As crianças e os adolescentes vão sair da rotina do período escolar, mas podem criar outra rotina, bem mais leve, para o período de férias. Isso traz tranquilidade para a criança e para os adultos que estão ao redor.

Por isso, se você quer ter férias educativas e prazerosas com toda a família, monte uma agenda! E vamos te ajudar a dar os primeiros passos.

Antes de mais nada, vale lembrar que as férias são, sim, para descansar, dormir até um pouco mais tarde e deixar o corpo recuperar a energia gasta ao longo do ano, principalmente para os adolescentes, que estão em uma fase que precisam de mais horas de sono para a formação do seu corpo e cérebro.

Lembre-se: com uma agenda bem organizada você não ficará perdido e nem desesperado a cada dia.

A  psicopedagoga Fernanda Vasconcelos apresenta dicas  que podem ser aplicadas com ou sem a presença dos pais, porque, inevitavelmente, muitas famílias vivem essa realidade: as crianças estão de férias, mas os pais não. Confira!

1. Leitura de um livro com atividades educativas

A criança ou o adolescente pode escolher um livro, ou mais, para ler nas férias, mas não vale o livro da escola. Pode ser outro tipo de leitura, que tenha um tema bem atrativo para a molecada. Todos os dias, separe na agenda um tempo para leitura, que pode variar de 10 minutos, para quem ainda não desenvolveu o hábito de leitura, até quanto tempo a criança desejar – é muito importante que essa atividade seja prazerosa e não uma obrigação. Após a leitura, pode-se criar um diário com colagem, desenhos, atividades interativas, gravar um vídeo contando sobre o que leu e aprendeu. Esta atividade pode ser feita com o sem a presença dos pais, mas aconselho que, ao término de cada dia, os pais separem um tempo para verificar a atividade feita pela criança.

2. Mães unidas, jamais serão vencidas!

Combine com um grupo de amigas que também tenham filhos pequenos e organizem a agenda de forma que um dia as crianças ficam na casa da amiga e outro dia na sua casa. Assim, você “surta” um dia só, mas ganha outros dias de vale day. E o mais importante, as crianças vão amar a farra de ir na casa de um coleguinha durante as férias.

3. Peça ajuda para a família

Monte uma pequena escala com os membros da família: uma tarde na casa da vovó, uma manhã na casa da tia que ainda não tem filhos, um cineminha com o primo mais velho. Não tenha vergonha de organizar essa agenda contando com a ajuda da família. Acredite, muitas vezes as pessoas não ajudam as mães e os pais sobrecarregados porque não fazem ideia de como estão, principalmente os que ainda não têm filhos. Você precisa falar e pedir ajuda.

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4. Organize uma pequena viagem em família

Pode ser na praia, em um hotel fazenda ou em uma colônia de férias. Escolha um local que você possa se desligar um pouco da correria e dos afazeres da casa e focar exclusivamente na família.

5. Estabeleça horário para dormir

Sou a favor de a criança dormir até a hora em que o corpo pedir, principalmente nos primeiros dias das férias. Mas, definitivamente, dormir muito tarde não é nenhum pouco saudável. Sem contar que você precisa também descansar após um longo dia de atividades.

6. Aproveite para visitar a família

Uma ótima atividade para fazer e que não gasta muito. Aproveitar as férias para visitar a família: pode ser a vovó, uma tia, um familiar distante. Na correria do dia a dia não sobra muito tempo para visitar as pessoas queridas, por isso, nas férias, você pode promover e agendar esses encontros em família.

7. Sessão cinema!

Organize uma sessão de cinema, faça pipoca, escureça a sala e chame alguns amigos para este momento. Os pais podem estar presentes ou apenas supervisionando a atividade. Existem muitos filmes que são educativos e divertidos ao mesmo tempo.

8. Conheça um lugar novo

Todas as férias eu coloco isso como meta: conhecer um parque novo, um museu, um shopping que nunca fui, assistir à uma peça de teatro – fazer algo diferente. Resumindo: saia da rotina!

9. Faça um ensaio fotográfico em família

Não precisa ser nada muito produzido, mas se quiser fazer uma grande produção, também não tem problema. Escolha um dia para registar as crianças brincando, o adolescente andando de skate. Peça a eles para brincarem de youtubers e “conversar” com a câmera. Ao término do dia, vocês terão registrado momentos incríveis das férias.

10. Esqueça a agenda!

É isso mesmo, eu não estou doida! Separe alguns dias na semana para não fazer nada, para não assumir nenhum compromisso, para simplesmente deitar na rede e contar piada, comer o que tiver na geladeira, para acordar tarde e não arrumar a cama. Tire alguns dias em família para simplesmente fazer o que “der na telha”.

Lembre-se sempre de que, por mais difícil que seja, a maternidade é sua maior e mais importante missão. Você está escrevendo a história de vida dos seus filhos, por isso, invista tempo, recursos financeiros e planeje essa fase tão importante. Eles crescem muito rápido, e o que nos sobra são as lembranças de momentos como esses que você está prestes a viver.

CCBB São Paulo inaugura a exposição Vaivém com mais de 300 obras dos séculos 16 ao 21


Créditos: Divulgação / CCBB


O Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo inaugura nesta quarta-feira (22) a exposição Vaivém, apresentando as redes de dormir nas artes e na cultura visual no Brasil. Com mais de 300 obras dos séculos 16 ao 21 e a participação de 141 artistas – entre eles, 32 indígenas –, a mostra tem curadoria de Raphael Fonseca, crítico, historiador da arte e curador do MAC-Niterói.

“Longe de reforçar os estereótipos da tropicalidade, esta exposição investiga as origens das redes e suas representações iconográficas: ao revisitar o passado conseguimos compreender como um fazer ancestral criado pelos povos ameríndios foi apropriado pelos europeus e, mais de cinco séculos após a invasão das Américas, ocupa um lugar de destaque no panteão que constitui a noção de uma identidade brasileira”, afirma o curador, que pesquisou o tema por mais de quatro anos para sua tese de doutorado em uma universidade pública.

Créditos: Divulgação / CCBB

Com pinturas, esculturas, instalações, fotografias, vídeos, documentos, intervenções e performances, além de objetos de cultura visual, como HQs e selos, Vaivém ocupa todos os espaços expositivos do CCBB São Paulo, do subsolo ao quarto andar, e está estruturada em seis núcleos temáticos e transhistóricos.

PERCORRENDO A EXPOSIÇÃO

Vaivém tem início com Resistências e permanências, que é apresentado no subsolo do edifício e mostra as redes como símbolo e objeto onipresente da cultura dos povos originários do Brasil. “Mesmo com séculos de colonização e até com as recentes crises políticas quanto aos direitos indígenas, elas se perpetuaram como uma das muitas tecnologias ameríndias”, diz Fonseca.

Neste núcleo, a maioria das obras é produzida por artistas contemporâneos indígenas, como Arissana Pataxó. No vídeo inédito Rede de Tucum, ela documenta Takwara Pataxó, a Dona Nega, única mulher da Reserva da Jaqueira, em Porto Seguro (BA), que ainda guarda o conhecimento sobre a produção das antigas redes de dormir Pataxó, feitas com fibras extraídas das folhas da palmeira Tucum.

Carmézia Emiliano começou a pintar de maneira autodidata em Roraima. Se tornou conhecida por telas que registram o cotidiano dos indígenas Macuxi, muitas protagonizadas por mulheres, e terá expostas pinturas feitas especialmente para o projeto, além de obras mais antigas. Também da etnia Macuxi, Jaider Esbell criou para a mostra a instalação A capitiana conta a nossa história. A uma rede de couro de boi estão presos um texto de autoria do artista e uma publicação com documentos sobre as discussões em torno das áreas indígenas de seu estado.

Créditos: Divulgação / CCBB

Outro destaque é Yermollay Caripoune, que, vivendo na região do Oiapoque, entre a aldeia e a cidade, participou de poucas exposições fora do Amapá. Na série de seis desenhos que desenvolveu para Vaivém, o artista apresenta a narrativa dos Karipuna sobre a origem das redes de dormir.

O núcleo reúne ainda trabalhos de grandes nomes da arte brasileira, como fotografias dos artistas e ativistas das causas indígenas Bené Fonteles e Cláudia Andujar, e o objeto de Bispo do Rosário Rede de Socorro, uma pequena rede de tecido onde se lê o título da obra.

O segundo núcleo da exposição, A rede como escultura, a escultura como rede, tem trabalhos que mostram redes de dormir a partir da linguagem escultórica e que estão distribuídos por diferentes espaços do CCBB São Paulo, a começar pelo hall de entrada. Rede Social é uma instalação interativa do coletivo Opavivará!, com uma rede gigante que convida o público a se deitar e balançar ao som de chocalhos.

Estão neste núcleo trabalhos do jovem artista Gustavo Caboco, de Curitiba e filho de mãe indígena, e Sallissa Rosa, nascida em Goiânia e filha de pai indígena. Ele apresenta uma série de gravuras em que discute seu pertencimento e não-pertencimento às culturas ameríndias no Brasil. Ela, um vídeo criado a partir de selfies enviadas por mulheres em redes de dormir, que revela uma visão complexa sobre o lugar da mulher indígena na sociedade contemporânea brasileira.

Créditos: Divulgação / CCBB

No segundo andar do edifício estão dois núcleos. Olhar para o outro, olhar para si traz documentos e trabalhos de artistas históricos e viajantes, como Hans Staden, Jean-Baptiste Debret e Johann Moritz Rugendas, que registraram os aspectos da vida no Brasil durante a colonização. Ao lado deles, artistas contemporâneos indígenas foram convidados a desconstruir o olhar eurocêntrico dessas imagens a respeito de seus antepassados e propor novas narrativas.

Entre eles, dois do Amazonas: a pintora Duhigó Tukano, que apresenta a inédita acrílica Nepũ Arquepũ (Rede Macaco), sobre o ritual de nascimento de um bebê Tukano, e Dhiani Pa’saro, ainda pouco conhecido fora de seu estado natal, que expõe a marchetaria Wũnũ Phunô (Rede Preguiça), composta por 33 tipos de madeira e inspirada em duas variações de grafismos indígenas: o “casco de besouro” (Wanano) e o “asa de borboleta” (Ticuna).

O coletivo MAHKU (Movimento dos Artistas Huni Kuin), do Acré, criou para o CCBB São Paulo uma pintura mural que faz referência ao canto Yube Nawa Aibu, entoado para trazer força e abrir os caminhos em cerimônias tradicionais. Já Denilson Baniwá, nascido no Amazonas e residente no Rio de Janeiro, fez intervenções digitais e físicas sobre obras de artistas brancos que retrataram povos indígenas.

Créditos: Divulgação / CCBB

Em Disseminações: entre o público e o privado as redes surgem em atividades do cotidiano do Brasil colonial, como mobiliário, meio de transporte e práticas funerárias. Um dos destaques é Dalton Paula, artista afro-brasileiro de Goiás, que lança em suas pinturas um olhar sobre as narrativas a respeito da negritude no Brasil desde a colonização.

Os lugares que as redes ocupam na vida contemporânea no Brasil, em especial na região Norte, também estão pontuados nesse núcleo. Fotografias de Luiz Braga, por exemplo, exibem redes de dormir em cenas do dia-a-dia no Pará.

No terceiro andar do CCBB São Paulo, Modernidades: espaços para a preguiça, a rede passa a ser associada à preguiça, à estafa e ao descanso decorrentes do encontro entre o trabalho braçal e o calor tropical. O ponto central é ocupado por “Macunaíma” (1929), livro de Mário de Andrade. O personagem que passa grande parte da história deitado em uma rede está em obras de diferentes linguagens.

Carybé foi o primeiro artista a fazer ilustrações de Macunaíma. Um desenho pouco exibido de Tarsila do Amaral mostra o Batizado de Macunaíma. Joaquim Pedro de Andrade dirigiu o longa-metragem que, estrelado por Grande Otelo, completa 50 anos em 2019, e os cartunistas Angelo Abu e Dan X adaptaram a história em quadrinhos.

Créditos: Jaime Portas VilaSeca

No quarto andar está o núcleo Invenções do Nordeste. Nele foram reunidas obras que transformam em imagens mitos a respeito da relação entre as redes e esta região do país, além de trabalhos em que elas surgem como símbolo de orgulho local e de sua potente indústria têxtil. Destaque para uma série de fotografias de Maurren Bisilliat pelo sertão nordestino e as cerâmicas de Mestre Vitalino que retratam grupos de pessoas enterrando entes dentro de redes.

Também no último andar do edifício, uma homenagem a Tunga. O artista que inaugurou o CCBB São Paulo, em abril de 2001, retorna à instituição 18 anos depois. A instalação Bells Falls ganha uma nova versão e é apresentada ao lado dos registros fotográficos da performance “100 Rede”, realizada em 1997 na Avenida Paulista.

Créditos: Luiz Ribeiro

Vaivém fica em cartaz no Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo até 29 de julho. A exposição será também exibida nos CCBB de Brasília (setembro/2019), Rio de Janeiro (dezembro/2019) e Belo Horizonte (março/2020).

Serviço

Local: Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo
Endereço: Rua Álvares Penteado, 112 – Centro
Período da visitação: 22 de maio a 29 de julho de 2019 – Entrada gratuita
Horário: Todos os dias, das 9h às 21h, exceto terças
Telefone: (11) 3113-3651
Acesso e facilidades para pessoas com deficiência | Ar-condicionado | Cafeteria e Restaurante | Loja
Clientes do Banco do Brasil têm 10% de desconto com Cartão Ourocard na cafeteria, restaurante e loja

Estacionamento conveniado: Estapar Rua Santo Amaro, 272
Traslado gratuito até o CCBB. No trajeto de volta, a van tem parada na estação República do Metrô
Valor: R$ 15 pelo período de 5 horas
É necessário validar o ticket na bilheteria do CCBB
ccbbsp@bb.com.br | bb.com.br/cultura| twitter.com/ccbb_sp | facebook.com/ccbbsp | instagram.com/ccbbsp

Shopping recebe exposição fotográfica Cromossomo do Amor


Créditos: Divulgação


Durante o mês de março, o Shopping Metrópole irá receber a exposição fotográfica “Cromossomo do Amor”. O evento tem o objetivo de alertar as pessoas sobre a importância da inclusão de crianças com Síndrome de Down na sociedade, desmistificar preconceitos e conscientizar que todas as pessoas são únicas, independentes e merecem ser tratadas com igualdade.

Com aproximadamente 20 fotografias, a mostra exibirá imagens das crianças em cenários divertidos e figurinos temáticos. As fotos foram produzidas de maneira criativa e individual para mostrar e valorizar a beleza e o carisma de cada uma das crianças. A exposição foi idealizada pela fotógrafa Vanessa Luciana e a ideia surgiu após fotografar uma criança com Síndrome de Down em um projeto de uma escola de educação infantil.

Créditos: Divulgação

A exposição é gratuita e ficará disponível de 07 a 31 de março em comemoração ao Dia Internacional da Síndrome de Down, celebrado oficialmente em 21 de março.

SERVIÇO:

Exposição Cromossomo do Amor
Data: 07 a 31 de março
Horário: segunda a sábado das 10h às 22h e aos domingos e feriados das 12h às 20h.
Local: Shopping Metrópole – Praça Samuel Sabatini, nº 200 – Centro – São Bernardo do Campo
Mais informações:  http://www.shoppingmetropole.com.br/
Gratuito

Exposição Dorminhocos traz fotos inéditas de Pierre Verger ao Sesc Santo André


Créditos: Pierre Verger


Pierre Verger (1902-1996) foi um etnólogo, antropólogo, pesquisador e acima de tudo, fotógrafo, que viveu grande parte da sua vida em Salvador, capital da Bahia. Aficcionado pelas culturas populares, Verger produziu registros fotográficos de grande relevância e obras escritas sobre as culturas afro-baianas e da diáspora africana, consolidando seu olhar antropológico para traços da arte e religiosidade brasileiras, seu principal foco de interesse.

Durante suas múltiplas viagens pelo mundo, o francês também direcionou seu olhar para o cotidiano urbano e suas relações com o trabalho e o corpo humano. Essa relação é matéria-prima das fotos que compõem a exposição Dorminhocos, no Sesc Santo André.

Créditos: Pierre Verger

Com curadoria de Raphael Fonseca, a exposição reúne 98 fotografias – muitas delas inéditas – que exibem o ponto de vista característico de Verger a partir de fotografias produzidas entre as décadas de 1930 e 1950, em países como Argentina, Peru, Congo, China, Polinésia Francesa, Guatemala e México. No Brasil, Verger fotografou os dorminhocos na Bahia, Pernambuco e Maranhão.

As fotos escolhidas para exposição integram o acervo da Fundação Pierre Veger, em Salvador, localizada na casa em que o fotógrafo viveu durante anos. As imagens, de origens singulares, mostram os caminhos percorridos por Verger em seu estúdio público: ruas, vielas, praças. Seu olhar se debruça para a relação de corpos fatigados que descansam em locais públicos devido à intensa modernização e consolidação de uma rotina de trabalho extenuante.

Constantes nas obras de Verger, os tons de preto e branco contextualizam o trabalho como uma atividade melancólica, que afasta o corpo dos desejos da mente e se adapta às condições oferecidas e disponíveis para expurgar o cansaço. Um homem que dorme sobre o lombo de um burro, no México; outro que se apoia em uma tenda de frutas em Salvador. Árvores, bancos, balcões, escadas e calçadas se tornam camas. Braços, colunas, paredes e degraus como travesseiros. Pierre Verger convida o espectador a olhar atentamente flagrantes preciosos de simplicidade impactante, onde a ausência de gestos os torna silenciosamente elegantes e originais.

Dorminhocos é uma oportunidade para o público conhecer outro aspecto da obra de Verger, que é marcada pelo tema das religiões afro-brasileiras. Além disso, a mostra provoca questões como a relação entre classe, raça e contrastes sociais; o lugar da mulher no mercado de trabalho e no espaço público (são poucas as fotos com presença feminina na exposição) e a relação das pessoas com o meio urbano.

Pierre Edouard Léopold Verger nasceu em Paris, no dia 4 de novembro de 1902. Desfrutou de boa situação financeira e levou uma vida convencional até 1932, ano em que aprendeu um ofício e descobriu uma paixão: fotografia e viagens. De dezembro daquele ano até agosto de 1946, foram quase 14 anos consecutivos de viagens ao redor do mundo. Verger negociava suas fotos com jornais, agências, empresas e centros de pesquisa. Mas tudo mudou quando desembarcou na Bahia ainda naquele ano. Enquanto a Europa vivia o pós-guerra, Verger encontrou em Salvador a hospitalidade e riqueza cultural que o seduziram logo de cara.

Créditos: Pierre Verger

Apesar de ter se fixado na Bahia, o francês nunca perdeu seu espírito nômade. A história, os costumes e, principalmente, a religião praticada pelos povos iorubás e seus descendentes, na África Ocidental e na Bahia, passaram a ser os temas centrais de suas pesquisas e sua obra. Como colaborador e pesquisador visitante de várias universidades, publicou suas pesquisas em artigos acadêmicos, comunicações e livros.

Em 1988, Verger criou a Fundação Pierre Verger (FPV), da qual era doador, mantenedor e presidente, assumindo assim a transformação da sua própria casa na sede da Fundação e num centro de pesquisa. Verger faleceu em fevereiro de 1996, deixando à Fundação Pierre Verger a tarefa de prosseguir com o seu trabalho.

Serviço

Exposição Dorminhocos – Sesc Santo André
Visitação
13 de março a 16 de junho de 2019.
Terça a sexta, das 10h às 22h.
Sábados, domingos e feriados, das 10h às 19h.

SESC SANTO ANDRÉ
Rua Tamarutaca, 302 – Vila Guiomar – Santo André
Telefone – (11) 4469-1311
Estacionamento (vagas limitadas): Credencial Plena – R$ 5 (R$ 1,50 por hora adicional) |
Outros – R$ 10 (R$ 2,50 por hora adicional).
Informações sobre outras programações:
http://sescsp.org.br/santoandre

São Paulo recebe a maior exposição do artista plástico chinês Ai Weiwei




Primeira mostra do artista no Brasil é a maior já realizada – com 8 mil m2 – e traz obras históricas e outras inéditas nascidas de sua imersão pela cultura no país.

Por Andréia Bueno
Já passaram mais de 50.000 visitantes pela maior exposição do artista plástico chinês Ai Weiwei, na Oca – Parque Ibirapuera. Quem não foi ainda, vale a pena prestar atenção na fotografia Mutuofagia, de 1,80m por 2,20m, feita pelo fotógrafo Sérgio Coimbra. A imagem, mais uma série de outras seis fotos espalhadas pela exposição, são as únicas obras exibidas em “Ai Weiwei Raiz” feitas por um convidado externo, na qual o artista se transforma em material para a criação.
MUTUOFAGIA – Foto: Sergio Coimbra
Já tendo retratado pratos de chefs premiados do mundo todo, como o japonês Yoshihiro Narisawa, o italiano Massimo Bottura e o brasileiro Alex Atala, Sérgio Coimbra é um dos mais importantes fotógrafos de culinária do país. As fotos com o Ai Weiwei foram feitas durante visita ao estúdio do brasileiro, localizado na Vila Olímpia – São Paulo, durante o processo de montagem da exposição.
Nas imagens, Ai e seu filho se deparam com a fartura e a riqueza do Brasil, entre abacaxis, melancias, cacaus, jabuticabas e bananas, numa cena que sintetiza o ritual antropofágico mútuo em que Weiwei se propôs com sua exposição “Ai Weiwei Raiz”, em cartaz até 20 de janeiro. Depois disto, será a vez de Belo Horizonte receber a mostra, de 5 de fevereiro a 15 de abril de 2019 (no CCBB) e que segue no Rio de Janeiro, de 20 de agosto a 4 de novembro de 2019 (também no CCBB).
Exposição Ai Weiwei Raiz – Foto: Sérgio Coimbra
SERVIÇO AI WEIWEI RAIZ
De 20 de outubro de 2018 a 20 de janeiro de 2019
Oca – Parque Ibirapuera – São Paulo – SP
Horário de funcionamento:
– terça-feira a sábado das 11h às 20h (entrada até às 19h)
– domingos e feriados das 11h às 19h (entrada até às 18h)
Última entrada 1h antes do fechamento da exposição.
Fecha: somente às segundas-feiras, dias 24/12, 25/12, 31/12 e 01/01 (Natal e Ano Novo)
Ingressos:
– inteira R$ 20,00
– meia R$ 10,00 (válida somente para estudantes e pessoas de acima de 60 anos)
Os ingressos serão vendidos com horário marcado.
Local: Oca – Parque Ibirapuera
Endereço: Avenida Pedro Álvares Cabral, sem n° – Parque Ibirapuera – São Paulo – SP
Portões 1 e 2: exclusivo para pedestre
Portão 3: pedestre e veículos
Estacionamento: Zona Azul

Projeto Respira – SP: 60 fotógrafos expõem imagens da Av. Paulista




Imagens de pontos simbólicos da Avenida Paulista foram impressas em equipamento Canon, que apoia a iniciativa

Por Andréia Bueno
Do dia 06 ao dia 28 de outubro, será realizada a exposição do projeto Respira – SP 2018 com imagens de 60 fotógrafos que clicaram pontos simbólicos tanto da Avenida Paulista como do Conjunto Nacional, que completa 60 anos. A exposição acontecerá nas próprias galerias do Conjunto Nacional.
Foto: Gustavo Jardim
O evento possibilitará aos visitantes, mais de 35 mil pessoas que passam pelo local, que conheçam mais sobre a história do Conjunto Nacional, da Avenida Paulista e dos 20 anos do Espaço Cultural. A Canon do Brasil, líder mundial em soluções de imagem digital, é um dos patrocinadores do evento e foi a empresa responsável por imprimir as imagens que ficarão expostas. A empresa japonesa utilizou a impressora imagePROGRAF PRO-2000 para imprimir as fotos do evento juntamente com o papel Canson Photo Everyday Gloss.
Neste ano, foram convidados 60 fotógrafos, que tiveram total liberdade para fotografar pontos simbólicos da Avenida Paulista bem como pessoas que convivem com a avenida, além do próprio Conjunto Nacional. Depois, eles participaram de encontros, sendo o primeiro no Cine Arte, no piso térreo do Conjunto Nacional e uma saída fotográfica pela Avenida Paulista com o acompanhamento de um historiador, para que se conhecem melhor.
Nos três anos anteriores o Respira SP teve grande envolvimento de todos que passavam pela Avenida Paulista com os temas: Arvores Paulistanas, Feminino na Cidade e Esportes na Cidade.
SERVIÇO
Evento: Respira SP 2018
Local: Espaço Cultural Conjunto Nacional
Endereço: Avenida Paulista, 2073 – Piso Térreo – São Paulo
Exposição: De 06 a 28 de outubro 2016
Horário: De segunda a sábado das 9:00 às 22:00 horas – Domingos e feriados das 10:00 às 22:00 horas.