A Filha do Reich, de Paulo Stucchi, lançado no Brasil pela editora Jangada, do grupo Editorial Pensamento. Ao receber a notícia da morte do pai Olaf – um ex-soldado alemão refugiado no Brasil – o designer Hugo Seemann viaja para a cidade de Nova Petrópolis, na Serra Gaúcha, para cuidar do funeral.
O que parecia ser uma mera formalidade de despedida torna-se uma intensa jornada ao passado. Uma trama que envolve milagres, traição, amizade, amor e morte em um cenário inusitado: os horrores da Alemanha nazista.Durante o período que esteve na cidade gaúcha, Hugo é bombardeado com informações referentes ao passado do pai: uma chave misteriosa, um baú cheio de lembranças, um caderno revelador e cartas enigmáticas.
É com o surgimento de Valesca Proença que Hugo fica ainda mais instigado. Ela lhe mostra uma carta enviada por Olaf à sua mãe, contendo estranhas revelações que contradizem tudo o que achavam que sabiam a respeito de seus respectivos pais. Neste momento, Valesca e Hugo iniciam uma saga para descobrir, muito mais do que suas origens, o passado sombrio de Olaf. A obscura organização – surgida na época do Terceiro Reich – está por trás de um grande segredo: a verdadeira identidade de uma criança conhecida somente como A Filha do Reich.
O livro é perfeito para quem gosta de mistérios e reviravoltas. Os capítulos se alternam entre passado e presente e o autor revela os enigmas em doses homeopáticas, o que motiva o leitor a virar cada vez mais páginas. Além disso, os diálogos prendem e fazem dessa ficção um exercício mental fácil de ser elaborado, em um contexto para lá de estimulante e descrições cheias de detalhes.