#TBT: Relembre duas cenas de “Chaves – Um Tributo Musical”

Prêmio Bibi Ferreira anuncia indicados da 8ª edição

Créditos: Rafael Beck / Divulgação


Hoje é quinta-feira, e como já é tradição no mundo, dia de Throwback Thursday, aquele momento quando a gente posta alguma foto ou vídeo mais antigo, de algum momento especial que tenha marcado a nossa vida.

Aqui no Acesso Cultural não é diferente e, a partir de hoje, você poderá conferir vídeos de momentos especiais dos musicais nos quais estivemos e gostamos. Hoje é dia de “Chaves – Um Tributo Musical”, o musical em homenagem a Roberto Gómez Bolaños, o Chespirito, e uma celebração a toda a sua obra, que fez e faz fãs em todo o mundo até hoje.

Em São Paulo, o espetáculo esteve em cartaz por duas temporadas, em 2019 e 2020 no Teatro Opus e sairá em turnê, a princípio em Recife e Fortaleza, assim que a situação causada pela pandemia do COVID – 19 se normalizar. Na temporada nacional, algumas trocas de atores acontecerão, entre os quais estão Gustavo Wabner, que interpretará Quico no lugar de Diego Velloso e também Gabriel Ebling, que viverá Tufo.

Para começar, vamos rever o número de apresentação da “Turma do Chaves”, onde Roberto Gómez Bolaños (vivido por Fabiano Augusto) apresenta os personagens mais queridos da Vila, entre os quais estão Quico (Diego Velloso), Chiquinha (Carol Costa), o próprio Chaves (interpretado por Mateus Ribeiro), entre outros. Confira!

Veja agora “Bom dia, Como vai sua Tia?”, onde o universo dos palhaços, tão presentes na vida de Bolaños tem um destaque muito especial, recepcionando o artista assim que ele chega no céu. O time dos palhaços é formado pelos atores Nay Fernandes (Paçoquinha), Benjamin (Mauricio Xavier), Vladimir (Thiago Carreira), Dr. Zambeta (Dante Paccola), entre outros.

E você, já conferiu “Chaves – Um Tributo Musical”? Qual é a sua cena preferida? Não deixe de acessar o nosso site para saber tudo sobre Teatro Musical!

Entrevista Exclusiva: Velson D’Souza, o Silvio Santos de “Silvio Santos Vem Aí – O Musical”


Créditos: Marçal Sulzbach


Velson D’Souza canta, dança e atua, mas quase seguiu a carreira de atleta de futebol. Mas sua paixão pelas artes o levou a outro caminho e hoje, com mais de 40 trabalhos em seu currículo, interpreta um dos mais importantes comunicadores e empresários do Brasil: Silvio Santos, no musical “Silvio Santos Vem Aí – O Musical”, que homenageia o artista e toda a sua trajetória. Conversamos com Velson sobre o trabalho atual, além dos papéis de sua carreira e você confere a seguir!

Acesso Cultural: Você está vivendo o protagonista, um dos principais nomes da comunicação, Silvio Santos, no musical “Silvio Santos Vem Aí”. Qual foi a forma encontrada por você, de diferenciar-se e não cair no lugar-comum de ser apenas um imitador de Silvio Santos, que também é um dos nomes mais imitados do nosso país?

Velson D’Souza: Eu acho que o mais importante foi encarar o personagem da maneira como encaro qualquer outro que faço. O mesmo tipo de estudo, dissecando cena a cena, observando a trajetória do personagem no período contado pelo espetáculo, enfim, fazendo o trabalho de ator que devemos fazer quando somos presenteados com a oportunidade de interpretar um personagem. Claro que tem vários fatores que diferenciam este papel de outros, a responsabilidade é maior, é uma pessoa muito conhecida, muito imitada, simplesmente o maior comunicador do país. Porém, ao abordar um papel, eu me permito mergulhar no seu interior, no interno do personagem, e sair um pouco do externo, da parte física dele. Ficar na parte externa seria ficar na caricatura e imitação. Eu apenas confiei que a parte externa eu já dominava de certa forma, mas também não negligencia ela. Estudei bastante o gestual e tudo mais. Foquei em dar mais importância, a princípio, para a parte interna do personagem. Pois no final das contas, todo personagem é um equilíbrio de seu exterior e interior.

AC: Qual foi o seu maior aprendizado trabalhando e morando fora do país?

VS: É muito difícil resumir tudo a uma coisa. Acho que aprendi muita coisa morando fora. A maior de todas foi ter me encontrado como artista, ter mergulhado num estudo muito profundo de quem eu sou e de minhas ferramentas de trabalho. Isso me abriu muito como ator e como pessoa também, me tornou mais sensível e vulnerável, no bom sentido. Acredito que a experiência de morar tantos anos fora, ter contato com uma cultura muito diferente da que eu estava acostumado, me tornou uma pessoa melhor, mais aberta a tudo.

AC: Você acha que existe alguma semelhança entre a preparação para a carreira esportiva, que quase foi a sua escolhida, e a artística?

VS: A disciplina e a instabilidade (haha). Acredito que, pra tudo na vida, se você não é disciplinado, você não consegue atingir seus objetivos, ou melhor ainda, excede-los. Tanto para um atleta quanto para um ator, quanto mais disciplina você tiver no estudo melhores serão os resultados. A única questão é que para ambas as carreiras o artista e o atleta não dependem somente de si. Aí vejo a outra semelhança: a instabilidade. São carreiras muito instáveis, e que não dependem somente de nós. Dependemos sempre de alguém que acredite em nosso trabalho e nos dê a oportunidade. Por isso é importante ser disciplinado para estar preparado quando essa oportunidade aparecer. Até porque hoje estamos empregados em um espetáculo ou tv/filme, amanhã acaba o contrato e temos que buscar novamente novas oportunidades. Assim como no esporte. Nas duas carreiras, aqueles que alcançam seus objetivos são aqueles que não desistem nunca, e que seguem disciplinados. Isso serve para toda carreira na verdade, mas é muito presente na esportiva e artística.

AC: Você está interpretando uma figura que, talvez seja o sonho de muitos atores também fazerem, pela referência que Silvio Santos representa. Existe mais algum artista que você sonhe interpretar (seja no palco, cinema ou TV)?

VS: Sabe o que é muito interessante? Eu nunca, em milhões de anos, imaginei que estaria interpretando o Silvio Santos profissionalmente. Tem sido uma honra com certeza, e acima de tudo, um prazer imenso poder prestar essa homenagem. Eu acho que não há nenhuma pessoa ou artista que eu tenha um sonho em interpretar, mas sim alguns personagens do teatro. Tenho o sonho de interpretar Biff em “A Morte de um Caixeiro Viajante”, de Arthur Miller, pois tenho uma conexão muito grande com esse texto e com esse personagem. Tenho também como sonho trabalhar com o Eduardo Tolentino e o Grupo Tapa, sempre admirei muito o trabalho deles e foi assistindo uma peça de teatro deles que me fez interessar em ser ator.

Créditos: Adriano Dória

AC: Dos seus mais de 40 trabalhos no currículo, existe algum que foi mais especial para você? Se sim, conte qual e por quê.

VS: Impossível escolher um. Posso citar alguns por razões diferentes: “Avoar” foi um espetáculo muito importante na minha vida pois criei uma família ali, além de ter sido o primeiro trabalho grande. “Bate Papo” da Cia Arthur-Arnaldo foi muito especial pois o espetáculo trata de um tema muito importante e tinha um apelo social muito grande, além de ter sido minha primeira indicação a um Prêmio de Teatro. Os espetáculos da Cia da Revista “Clássicos para Menores” foram fundamentais para meu crescimento como ator, pois abordamos textos clássicos e diversos estilos, incluindo farsa e comédia dell’arte. Eu sempre vou escolher o trabalho do momento como o mais importante da vida, mas já posso adiantar que mesmo que me pergunte daqui 10 anos, eu vou dizer que o trabalho mais importante foi “Silvio Santos Vem Aí” por tudo o que representa, e por me trazer de volta ao teatro Brasileiro.

Para saber mais sobre “Silvio Santos Vem Aí – O Musical” e seus artistas preferidos, acesse o nosso site e as nossas redes sociais!

Entrevista Exclusiva: Fabiano Augusto, o Chespirito de “Chaves – um Tributo Musical”


Créditos: Divulgação


Fabiano Augusto, artista premiado por trabalhos na televisão como o programa “Turma da Cultura”, além de “Intimação”, exibido pela Rede Vida e pelo qual recebeu reconhecimento pela ANDI (Agência Nacional pelos Direitos da Infância), também coleciona personagens importantes em espetáculos como “Rita Lee Mora ao Lado”, onde viveu o cantor Ney Matogrosso, “Carmen, a Grande Pequena Notável”, onde viveu Mario Cunha, entre outros personagens. Atualmente, o ator vive Roberto Gómez Bolaños em “Chaves – Um Tributo Musical”, que esteve recentemente em cartaz em São Paulo e deve seguir em turnê nacional em breve. Conversamos com o artista sobre este personagem, carreira e desejos para o futuro. Confira a seguir!

Acesso Cultural: Durante esse tempo como Bolaños, você acha que trouxe alguma característica da personalidade dele para a sua vida? Se sim, qual?

Fabiano Augusto: Eu acredito que o personagem, por mais diferente que ele seja de você, ele é você, porque ele é a sua forma de pensar o mundo, é o seu corpo, é a sua voz. E o meu ponto de encontro com o Bolaños foi, de cara, essa personalidade mais introvertida, muito organizado no trabalho dele, e eu também sou assim. Eu tenho uma timidez que, às vezes eu não sei o que fazer com as mãos… E o Bolaños também tinha isso, você pode ver que quando o Bolaños não está de personagem, quando ele é o Bolaños pessoa física, não a jurídica, você vê ele muito com as mãos no bolso. Então eu acho que a gente se encontrou muito nesse lugar. E o Bolaños não era um cara super extrovertido. Quando ele chegava no set de gravação, não “chegava chegando”. O Ramón Valdés (Seu Madruga) era o mais expansivo de todos, aquele cara que “chegava chegando”. O Bolaños era mais tímido, muito quieto, ele gostava de trabalhar. Eu acho que isso eu tenho muito dele. Ele chegava para trabalhar, muito concentrado. Na verdade, são personalidades muito próximas. É claro que eu tive que abrasileirar e fazer tudo isso do meu jeito. Mas eu lembro quando veio uma pessoa do grupo Chespirito para assistir ao nosso ensaio e ele me falou uma coisa muito importante: “Não deixe que a introversão e a timidez do Bolaños tirem o seu brilho na cena”. Então eu tive que dar uma “adaptada” nesse Bolaños tímido e introspectivo.

Fabiano com Mateus Ribeiro no “Chaves – Um Tributo Musical” – Créditos: Créditos: Rafael Beck

AC: Qual foi o maior desafio na construção de um personagem como Chespirito? Conte um pouco sobre como foi trazer Roberto Gómez Bolaños para os palcos brasileiros.

FA: O maior desafio de fazer o Bolaños nesse espetáculo é que eu não sou nem palhaço, nem personagem da vila, então eu fiquei um pouco sozinho, foi um trabalho muito solitário na peça. E o grande desafio foi exatamente isso. O único personagem realista, naturalista no meio de tanta exuberância. Ao mesmo tempo, você comunicar no meio de tudo isso. O desafio foi justamente buscar essa simplicidade na interpretação, e buscar muito dos meus sentimentos, levar uma verdade mesmo para esse trabalho. O personagem só funciona se ele for verdadeiro, no meio de tanto “colorido”.

AC: O que você espera da turnê de “Chaves – Um Tributo Musical” e como está, pessoalmente, se preparando para ela?

FA: Eu estou louco para fazer essa turnê! A gente estava com tudo pronto, a gente ensaiou com os novos atores que estão substituindo o Diego (Velloso, intérprete do Quico) e o substituto do Davi (Gabriel Ebling, ator e dublador). Estava tudo pronto, tudo tinindo, e com a história do COVID-19, a gente achou de bom senso adiar a nossa turnê. A gente vai fazer a turnê! Só não sabemos ainda quando. Vai depender muito da nossa saúde pública, mas espero que seja logo. Estou louco para levar o “Chaves” para outras plateias, para outras cidades.

AC: O público de “Chaves” é muito fiel há anos a tudo o que envolve o universo de Chespirito. Como foi a aceitação desses fãs a respeito do seu personagem?

FA: Eu, por sorte, não tinha um compromisso de ser igual ao Bolaños. Para fazer este personagem eu teria que falar em espanhol, então eu abrasileirei este personagem e o trouxe muito para o meu universo. Eu estava morrendo de medo do público pensar coisas como “mas esse não é o Bolaños que a gente conhece”. Mas eu fui buscar uma verdade, a minha verdade, a verdade da situação daquela cena de uma forma que o público abraçou o personagem e tem gente que fala “gente, mas você está igual ao Bolaños”, “Você está muito parecido com ele”, “você faz as caras do Bolaños”, “Você tem os trejeitos do Bolaños”. Eu sou péssimo ator para cópias, eu não consigo copiar, não consigo imitar. E eu fui exatamente nisso. Assisti tudo, todas as entrevistas do Bolaños sem estar nos personagens e tentei buscar verdade, a minha verdade de como fazer isso soar verdadeiro no palco. Era isso que o Zé Henrique de Paula, a Inês Aranha, nossa preparadora e a Fernanda Maia me pediram o tempo inteiro.

AC: Se você pudesse ter um encontro com Roberto Gómez Bolaños, assim como Chaves encontra seu criador no palco, o que diria a ele?

FA: Eu não sei se ia conseguir falar alguma coisa. Porque ele é um gênio, e quando a gente vê um gênio, a gente vê o nosso mestre, a gente se cala. Só observa. Tem aquele momento em que o Chaves e o Bolaños se encontram e ficam em silêncio, eu acho que ficaria em silêncio. Daria um abraço nele, mas acho que não conseguiria falar absolutamente nada. Com certeza eu agradeceria. Daria o meu “muito obrigado”, ficaria olhando para ele. Se eu pudesse, ficaria horas só no olhar, ali, ia ser lindo.

AC: Após tantos anos de carreira, você tem algum papel que marcou sua vida? Por quê?

FA: Eu acho que todos os papéis marcaram, porque todos os papéis tiveram o seu grau de dificuldade. Uns mais, outros menos. Mas eu lembro de todos eles com muito carinho, até com aqueles com os quais você não se satisfaz, que você pensa “eu não cheguei onde queria chegar”, até nesses a gente aprende muito, a gente sai modificado. Então não tem um personagem que me marcou mais que o outro.

Rita Lee Mora ao Lado (2014) – Créditos: Divulgação / Fabiano Augusto

AC: Qual é seu número predileto em “Chaves”?

FA: O meu número predileto de “Chaves” é, com certeza, aquele que o Chaves está na casa da Bruxa do 71, debaixo da mesa e ela está ali fazendo perguntas para os espíritos e o Chaves começa a responder como se fosse um espirito, mas sem saber que estava fazendo isso. É maravilhoso aquele episódio.

AC: Que conselho você daria para aqueles que, como você, se interessaram e estão seguindo a carreira artística desde muito cedo?

FA: Isso é uma grande questão para mim. Eu comecei muito cedo, por um desejo alucinado que eu tinha, já desde cedo por essa profissão. Eu já nasci, praticamente sabendo que eu ia fazer teatro, nunca tive dúvida. Mas sinto que comecei muito cedo, eu deixei de apreciar outras possibilidades, fui com muita “sede ao pote”. Já queria ser ator, já queria estar no palco. Com isso, eu acho que queimei algumas etapas da vida, como a infância e a adolescência. Então eu sinto muita falta de ter vivido uma vida mais pacata, de ter pensado em outras possibilidades também. O conselho que eu dou é: “estudem, mas não estudem só teatro. Não precisa ter pressa”. Eu sou um pouco contrário a crianças fazendo teatro desde cedo, mesmo que seja o desejo delas, que muitas vezes não é, muitas vezes o desejo é dos pais. A gente tem muito tempo para fazer as coisas, para que a pressa?

AC: Se você pudesse escolher qualquer personagem que ainda não tenha interpretado para fazê-lo, qual seria?

FA: Muitos. Tem muita coisa para fazer ainda. Mas eu estou louco para fazer um personagem feminino. Muita vontade de fazer um pai, um Tennessee Williams, O’Neill, um Brecht… Tem tanta coisa para fazer ainda.

Carmen, a Musical, com Amanda Acosta (2018) – Créditos: Divulgação / Fabiano Augusto

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“Silvio Santos – A Biografia” inspira musical sobre o apresentador


Créditos: Reprodução/Instagram


A obra “Silvio Santos – A Biografia”, de autoria de Marcia Batista e Anna Medeiros traz de forma única, toda a trajetória que fez de Senor Abravanel, o grande comunicador Silvio Santos, essa referência de empresário e artista para tantas pessoas. De forma surpreendente, o livro começa narrando um dos acontecimentos mais delicados na vida de Silvio: o sequestro de sua filha, Patrícia Abravanel, que, na época, mobilizou o Brasil inteiro.

Em seguida, as autoras falam sobre o sequestro do próprio comunicador, que poderia ter tido um desfecho desastroso, não fosse pela perícia das pessoas envolvidas na solução do caso.

Além deste fato específico, a obra mostra a infância difícil do apresentador, vindo de uma família de imigrantes que lutou muito para ter uma vida digna no Brasil. Desde seu primeiro trabalho como camelô, Silvio sempre teve jogo de cintura para os negócios e sempre demonstrou muita paixão pelas artes, chegando a entrar no cinema escondido com seu irmão Leon.

Créditos: Divulgação

Ao longo dos anos, foram feitas muitas obras relatando a vida de Silvio Santos, mas esta é a primeira que narra alguns detalhes até então desconhecidos pelo grande público, como por exemplo, elementos de sua vida pessoal, com o primeiro casamento e o falecimento de sua esposa, até conhecer sua atual companheira, Íris Abravanel. Sua amizade com Manoel de Nóbrega e o quanto ele foi importante na adoção de sua filha Silvia Abravanel também são mostrados.

Agora, “Silvio Santos – A Biografia” é uma das obras que inspirou o musical “Silvio Santos vem Aí”, que traz para os palcos a história de vida do comunicador.

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Entrevista: Ivan Parente, o Pedro de Lara de “Silvio Santos Vem Aí”


Créditos: Osmar Lucas


Ivan Parente, muito conhecido e consagrado por trabalhos de sucesso no teatro, TV e música, entre os quais estão a novela “As Aventuras de Poliana”, onde o artista vive o divertido Lindomar, além de importantes espetáculos de teatro como “A Ópera do Malandro“, “Les Misérables“, “Godspell“, “Alô Dolly!“, “A Madrinha Embriagada“,”O Homem de La Mancha” e o mais recente, “Silvio Santos Vem Aí”, uma homenagem ao dono do SBT. Ivan também teve seu lado musical revelado em “O Teatro Mágico”, uma verdadeira fase de muito sucesso e reconhecimento. Conversamos um pouco com o artista sobre sua trajetória. Confira a seguir!

Acesso Cultural: Qual foi o principal divisor de águas para que você descobrisse sua vocação como artista?
Ivan Parente: Muitas vezes, esse ‘divisor de águas’, tentou chamar a minha atenção, mas devo admitir que o maior deles foi o meu encontro com o Fernando Anitelli, do grupo O Teatro Mágico, na faculdade de comunicação social (FIAM). Ele estava cantando “More than Words” numa rodinha da nossa classe e eu sem querer, ou intuitivamente, comecei a fazer a segunda voz, ele parou de cantar e quis saber quem estava fazendo aquela voz. Todos olharam pra mim e eu acabei dizendo que tinha sido eu. Ele me colocou sentado ao lado dele e cantamos a música toda. Fomos aplaudidos pela classe e outras classes começaram a entrar nos corredores, foi uma delícia. Tivemos que mostrar para todos os professores e assim nasceu o “Madalenna 19”, nossa primeira banda de sucesso da faculdade. Acho que alí eu entendi que não tinha mais escolha com relação à minha profissão. Tinha sido mordido pelos aplausos. Sigo cantando até hoje ao lado do Anitelli e o considero um irmão de profissão.

AC: Com tantos trabalhos de sucesso na bagagem, em sua carreira artística, existe algum especial que você tenha gostado mais de fazer? Conte um pouco.
IP: Bom, acho que não existiu espetáculo mais gostoso de fazer do que ‘A Madrinha Embriagada’ (The Drowsy Chaperone). Eu fazia um apaixonado por musicais, por discos de vinil, contava fofocas e desmistificava segredos dos artistas que faziam parte das histórias que eu contava. Comentava o espetáculo todo. Pela primeira vez me senti parte de uma obra inteira. Creio que minha personagem, ‘Homem da Poltrona’, foi a mais carismática e fofa que fiz em toda a minha carreira. Ele contava suas histórias com tanto entusiasmo que o público embarcava junto. Ele era um homem visivelmente solitário que preferia viver a vida dos musicais do que a sua própria vida. Era triste e ao mesmo tempo encantador. Miguel Falabella, com certeza, me deu um dos maiores personagens da minha carreira. Poder contar a história de um amante de musicais, sendo um profissional de musical, é um privilégio e eu vivi para viver isso.

Créditos: Caio Gallucci

AC: Sobre Lindomar, de “As Aventuras de Poliana”, qual característica da personalidade dele faz com que os telespectadores da novela se identifiquem tanto com ele?
IP: Acho que a simplicidade com que ele vê a vida. Ele é um cara honesto e inocente, ou seja, uma personagem difícil de se ver hoje em dia. Hoje todo mundo quer levar vantagem em tudo. Quer ‘fazer gato’ para ver a TV a cabo porque é caro demais, quer ganhar na loteria porque trabalhar é chato demais, quer ter um carro potente para apostar corrida nas ruas e por aí vai. Sinto que o ser humano se encontra numa competição diária e o Lindomar Gomes vai exatamente na contra mão. Ele vai encontrar o dono do dinheiro perdido. Ele vai morrer trabalhando. Essa personagem é o que todo mundo gostaria de ser, mas que não cabe muito na sociedade capitalista e consumista de hoje. Uma sociedade que sofre de ansiedade porque fica o dia inteiro nas redes sociais olhando pra cor mais verde do quintal do vizinho. Lindomar vê as cores das suas grandes conquistas e dá valor à elas. Morre de amor pela sua rainha Arlete (Letícia Tomazella) e amaria ter tido mais estudo e condições para dar uma vida melhor para seu filho Vinicius (Vincenzo Richy). Às vezes chamam ele de covarde, mas tudo depende do ponto de vista e eu creio que do ponto de vista da personagem, o Lindomar é um cara íntegro. Acho que a característica que chama mais a atenção dos telespectadores é o caráter incrível que ele tem e que tem faltado tanto em nossa sociedade.

Créditos: Lourival Ribeiro / SBT

AC: Após muitas personagens no teatro, quais características delas você considera que trouxe para a sua própria personalidade?
IP: Todas (risos). A cada ano eu faço uma personagem mais diferente do que a outra. Fiquei impressionado quando fiz o balanço um tempo atrás e percebi que fui do luxo ao lixo várias vezes. Encarnar personagens como o ‘Thenardier’, de Les Misérables, me fez entender melhor a condição humana, a respeitar os limites de uma sociedade criada a partir de quem tem mais e de quem tem menos. Eu tento não trazer nada da personagem para a minha personalidade porque isso pode gerar um efeito dominó no meu dia a dia. Tento deixar a personagem somente lá no palco. Mas confesso que um certo sarcasmo e um mau humor eu herdei do Thenardier kkkkkkkkk. Acho que como as minhas personagens são, na sua maioria, comediantes, isso trouxe um pouco mais de leveza e bom humor também para os ambientes em que eu transito. Prefiro as vezes perder o amigo e não perder a piada. Com amor, mas sempre com bom humor.

AC: Você viverá, muito em breve, o icônico jurado Pedro de Lara no musical “Silvio Santos Vem Aí”. O que podemos esperar da personagem? Veremos “um pouco do Ivan” na figura icônica de Pedro de Lara? Conte um pouco sobre o que vem por aí.
IP: Pedro de Lara era chamado de ‘jurado carrasco’, ou seja, pela apresentação você já sabe o que pode esperar dessa personagem, não é mesmo? Eu investi mais nos gestos e nas características explosivas do que em imitar todos os detalhes. Eu escolhi o riso e as rixas com a platéia – e ele amava irritar a platéia. Eu escolhi o homem que começa falando manso e se descontrola ao ouvir a primeira vaia. A direção gostou tanto que me colocou no espetáculo todo (risos). Tem um pouco do Ivan sim, porque eu também sou um pouco explosivo, mas mais controlado do que o Pedro de Lara, e é claro que você vai poder ver o Ivan humorista que os espectadores estão acostumados e gostam. Acho que o público vai se encantar com o que vai ver no musical ‘Silvio Santos Vem Aí’. Está hilário. Um elenco de primeira e uma equipe incrível da primeira produção da Paris Cultural. Tá muito bem dirigido pela Marília Toledo e pela Fernanda Chamma. Elas pegaram o clima daquela época e retrataram um pouco da experiência de um dia num programa de auditório, ou seja, é diversão garantida para quem entra no clima!

Créditos: Kassius Trindade

O musical “Silvio Santos Vem Aí” estreia hoje e traz Ivan como o icônico Pedro de Lara. Para saber mais sobre esse e outros musicais, além das novidades sobre Ivan Parente, acesse o nosso site!

K-Pop Dreams, O Musical estreia no Teatro Claro SP


Créditos: Helena Mello


K-Pop Dreams, O Musical retrata o universo do movimento musical de maior sucesso global dos últimos tempos. O espetáculo ficará em cartaz de 14 de março a 05 de abril, aos sábados e domingos, no Teatro Claro SP. Os ingressos estão à venda no site Sympla.

O elenco é formado por 20 jovens que atuam, dançam e cantam ao vivo em mais uma super produção da Boom Produções e BRZ Produções com produção local Sócrates Online Eventos.

Com roteiro e direção de Esteban Grossy e coreografias de Vini Lee, K-Pop Dreamsconta a história de Sunny, uma garota brasileira que tenta ser aceita no movimento apesar de não ter ascendência asiática. A DreamTop, uma agência nacional de talentos, procura repetir o sucesso das agências coreanas e inicia uma série de audições para formar um novo grupo musical. Sunny – com a ajuda de suas melhores amigas orientais, Min e Jessie – passa por uma completa transformação que a deixa com um visual asiático e acaba sendo aceita pela produção. Mas logo percebe que não será fácil manter a farsa em um ambiente tão competitivo e exigente.

Embalados por canções originais cantadas em português, inglês e coreano, além de sucessos de nomes como BTS, Blackpink, EXO, TXT, Red Velvet, TWICE, Monsta X, NCT-U, KARD, entre outros, o espetáculo mostra a luta diária de jovens buscando seus sonhos. Esforço diário, treinamentos exaustivos em busca da perfeição de movimentos, piruetas vocais, aulas de idiomas e extensas sessões de fotos somados a exigências contratuais, abusos físicos e psicológicos e preconceitos raciais ou sexuais resultam em inevitáveis problemas pessoais.

O lado dos outros envolvidos na realização do trabalho também é retratado por personagens como Angelina – inabalável mulher de negócios e CEO da agência – e Falcon e Fátima, profissionais de sua confiança que trabalham incansavelmente na criação de um novo fenômeno.

E assim o público é apresentado a um novo grupo musical. Jovens talentosos que atuam, cantam e dançam em um show vibrante e energético com todos os ingredientes que tornaram o K-Pop um fenômeno mundial: coreografias marcantes, figurinos modernos, efeitos visuais, música pop dançante com letras que falam sobre as angústias dos adolescentes e a pressão social para serem bem sucedidos.

Após a temporada em São Paulo, K-Pop Dreams, O Musical fará uma extensa turnê por Porto Alegre, Curitiba, Fortaleza, Recife, Rio de Janeiro, Brasília, Goiânia, entre outras cidades.

Serviço
K-Pop Dreams, O Musical
Local: Teatro Claro SP – Shopping Vila Olímpia
Endereço: R. Olimpíadas, 360 – 5o andar – Vila Olímpia – São Paulo – SP – 04551-000
Datas: Sábados e domingos de 14 de março a 05 de abril
Horário: Sábado às 18h e Domingo às 17h30
Valores e setores:
– Plateia Central: R$180,00 (inteira) e R$90,00 (meia entrada)
– Plateia Lateral: R$160,00 (inteira) e R$80,00 (meia entrada)
– Balcão 1: R$120,00 (inteira) e R$60,00 (meia entrada)
– Balcão 2: R$90,00 (inteira) e R$45,00 (meia entrada)
Vendas Online: Sympla
Ponto de Venda Sem Taxa de Conveniência: Bilheteria Teatro CLARO SP
Bilheteria do Teatro Claro SP – Shopping Vila Olímpia
– R. Olimpíadas, 360 – Piso Térreo – Vila Olímpia – São Paulo – SP – 04551-000
De 2ª a sábado, das 10h às 22h | Domingos e feriados das 12h às 20h.
Classificação etária: 12 anos
Duração: 1h30 minutos
Capacidade: 800 lugares

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