Rita Lee destaca-se no universo literário com obras de sucesso


Créditos: Guilherme Samora/Globo Livros


Um dos maiores ícones do Rock Nacional, Rita Lee, que está com 71 anos de idade, está atualmente dedicada ao universo literário. Sem apresentar trabalhos musicais desde 2012, a artista passou a se dedicar mais à sua família e aos livros.

Não há muito tempo, lançou Dropz, obra publicada pela Globo Livros e que conta com 61 contos, todos com ilustrações feitas por ela. Para a capa, ela utilizou um autorretrato, pintado em 1997, presente dela para o marido, parceiro musical e pai de seus três filhos, Roberto de Carvalho. Defensora dos direitos dos animais, ela dedica o livro aos bichinhos de toda a sua vida.

Créditos: Divulgação

FavoRita pode ser considerado uma extensão de sua autobiografia, intitulada “Rita Lee – Uma Autobiografia”, apresentando imagens e também alguns poucos textos da cantora, que vão de uma pensata feminista a um atraente capítulo sobre seus problemas com a censura. As imagens são, em sua maioria, repletas de momentos de Rita Lee no palco, ou diante das câmeras. O livro também traz ensaios feitos especialmente para o projeto.

Um dos capítulos mais importantes da obra, chamado “Dossiê Rita Perigosa”, aborda os problemas da cantora com a ditadura, incluindo letras de músicas censuradas e reproduções de documentos oficiais sobre determinações dos censores em relação às canções.

Créditos: Divulgação

Rita Lee, que já podemos dizer que se consagrou no mundo dos livros, deixa em suas obras uma vontade, por parte do leitor, de ler mais do que ela tem a oferecer e também faz com que o leitor torça para que venha mais por aí. Torcemos, não é verdade?

Casa Porto das Artes Plásticas recebe exposição Studio Butterfly e outras fábulas




Contemplada pelo Prêmio Funarte Conexão Circulação Artes Visuais, a mostra começa no dia 20 de novembro de 2018

Por Andréia Bueno
A artista visual Virginia de Medeiros apresenta, de 20 de novembro de 2018 a 6 de janeiro de 2019, a exposição “Studio Butterfly e outras fábulas”, na Casa Porto das Artes Plásticas, em Vitória/ES. Contemplada pelo Prêmio Funarte Conexão Circulação Artes Visuais, promovido pelo o Ministério da Cultura e pela Fundação Nacional de Artes (Funarte), a mostra apresenta instalações, vídeos e fotografias na criação de narrativas que lançam um olhar surpreendente sobre histórias reais. O trabalho da artista baiana converge estratégias documentais para ir além do testemunho, questionando os limites entre realidade e ficção. A curadoria é assinada por Moacir dos Anjos.
Cais do Corpo (Foto: Virginia de Medeiros)
A exposição “Studio Butterfly e outras fábulas”, que contém cenas de nudez, reúne quatro obras: “Studio Butterfly” (2003-2006), “Cais do corpo” (2015), “Manilas Bar – Casa da Marinalva” (2014), e “Sergio e Simone # 2” (2007-2014). Segundo a artista, os pilares dos seus trabalhos são sexualidade, gênero e religião. As obras apresentam uma perspectiva do encontro com o outro e do aprofundamento dessa vivência que exige uma intensa troca de referências e de afetos. 
Para a realização da obra “Studio Butterfly”, que dá nome à exposição, a artista se dedicou por três anos ao estabelecer uma relação com várias travestis de Salvador. A vídeoinstalação apresenta o registro de testemunhos dados por várias das travestis em visita ao estúdio fotográfico montado por Virginia para acolhê-las. São depoimentos permeados por lembranças das fronteiras entre o masculino e o feminino. Em retribuição à cessão de imagens das travestis, a artista produziu books para cada uma delas. Ladeando a exibição do vídeo, projeções sequenciadas de fotografias retiradas desses books e de álbuns pessoais das travestis são instaladas: imagens das mesmas pessoas, mas feitas em condições e momentos distintos.
Já “Sergio e Simone # 2” reforça o baralhamento de gêneros sugerido na obra anterior e acrescenta, na tessitura fluida de imagens filmadas pela artista, ambiguidades identitárias que desconcertam e ensinam. O trabalho mostra, em telas distintas que por vezes se atravessam, depoimentos de duas personagens que são, ao final, uma pessoa apenas. Simone, uma travesti que tomava conta de uma fonte pública na Ladeira da Montanha, em Salvador, foi foco de Virginia em um primeiro momento. No entanto, após um delírio místico causado por overdose de crack, Simone decide abandonar a fonte. Volta para a casa dos pais, reassume seu nome de batismo, Sérgio, e se torna pregador evangélico, renegando a vida que antes levava, denunciando-a como provação de sua nova fé. A partir de então, a artista passa a filmar Sérgio, cujo comportamento parece conflitar em quase tudo com o de Simone, da sexualidade declarada às religiões que um e outro professam.
A terceira obra separa solidão e partilha, calmaria e desassossego, transgressão e obediência, entre outros pares de estados e fazeres tantas vezes distinguidos de modo artificial. Formada por um vídeo e quatro fotografias, “Manilas Bar – Casa da Marinalva” é um trabalho que foi comissionado pelo Museu de Arte do Rio (MAR). “A obra retrata o bordel de Marinalva, seu fechamento e o desaparecimento dessas pessoas e desses espaços de resistência. Mostra o processo de gentrificação, de higienização humana e de como não são pensados projetos sociais para inclusão daquelas pessoas que já ocupavam os locais”, conta Virginia.
A quarta e mais recente obra apresentada nesta exposição é “Cais do Porto”. Feita a partir de imagens e falas de prostitutas que vivem e trabalham no entorno da Praça Mauá, zona portuária do Rio de Janeiro, a obra mostra o local que foi objeto de radical intervenção urbanística na última década. Em comum com o trabalho anterior, há a vontade de registrar um tipo de vida em progressivo desmanche, dessa vez claramente acelerado pelo processo de gentrificação causado pelas mudanças implementadas na região. Em seus depoimentos, as prostitutas denunciam os mecanismos explícitos e velados de expulsão de um território. As falas das prostitutas são acompanhadas por imagens de corpos seminus que dançam e afirmam, em sensualidade contida ou aberto erotismo, a vontade de confrontar e resistir às forças que as querem regular.
Serviço:
Exposição: Studio Butterfly e outras fábulas
Artista: Virginia de Medeiros
Curador: Moacir dos Anjos
Local: Casa Porto das Artes Plásticas
Praça Manoel Silvino Monjardim, 66, Centro (antiga sede da Capitania dos Portos) – Vitória/ES
Visitação: 21 de novembro de 2018 a 6 de janeiro de 2019, de terça a sexta-feira, das 13h às 19h, e aos sábados, das 10h às 14h
Entrada franca
Classificação Indicativa: 16 anos
Informações e agendamentos de visitas guiadas: (27) 3132.5292 | exposicaostudio@gmail.com | www.funarte.gov.br

Exposição: Ex África




Por Nicole Gomez

A exposição apresenta uma diversidade de encontros culturais e interações com obras. Se apresenta uma diversidade de artistas do continente por meio de esculturas, fotografias, instalações, performances, pinturas e vídeos, por meio de quatro eixos distintos: Ecos da História, Corpos e Retratos, O Drama Urbano e Explosões Musicais.

Foto: Divulgação
Confira a programação com eventos especiais nos dois dias de abertura da exposição:

28 de abril, às 11h – Performance de Jelili Atiku, “Alaagba”

“Alaagba” é o título do performance e instalação do artista nigeriano Jelili Atikum, que faz parte da exposição. Com referências diretas à ética da religião, valores e prática de Egungun, a proposta da performance é reabrir e revisitar discussões sobre a questão da descolonização da África, através de processos performativos de etutu (rituais) de limpeza. Atiku convida o público a um passeio ao ar livre, que é concluído em sua sala dentro da exposição. 
Classificação indicativa: LIVRE.

29 de abril, às 15h – Palestra com Alfons Hug, curador da exposição

Alfons Hug, curador da exposição, bate um papo sobre a produção artística e os caminhos entre Brasil e África, com a participação de um artista convidado, colocando em pauta os desafios e aproximações entre ambas as nações no mundo contemporâneo. 
Classificação indicativa: LIVRE. A entrada é franca, mediante retirada de ingresso a partir de 1 hora antes do início do evento.

SERVIÇO:
Exposição “Ex Africa”
Curadoria: Alfons Hug
De 28 de abril a 16 de julho de 2018
Agendamento gratuito através do site: http://bit.ly/ExAfricaCCBBSP
Classificação Indicativa: livre.
Local: Centro Cultural Banco do Brasil – Rua Álvares Penteado, 112 – Centro – São Paulo/SP. Próximo às estações Sé e São Bento do metrô.
Informações: (11) 3113-3651
Estacionamento conveniado: Estapar – Rua Santo Amaro, 272.
Serviço gratuito de van entre o estacionamento e o CCBB, das 14h até o horário de encerramento do último evento, com parada no trajeto da volta na Estação República do metrô.

Exposição Dog Art chega para chamar a atenção para a causa Pet




Shopping Praça da Moça traz mostra com 40 peças customizadas por famosos

Por Andréia Bueno

O Shopping Praça da Moça recebe a exposição Dog Art, que traz 40 esculturas de cachorros, em tamanho natural, customizadas por artistas como Grabriela Pugliesi, Rodrigo Faro e sua esposa Vera Viel, Carolina Dieckmann, Carol Celico, Débora Nascimento e seu marido José Loreto, Luigi Montez, Nathalia Dill, Titi Müller, a Miss Brasil Karen Porfiro, Giovanna Ewbank e Ana Hickmann, entre tantos outros nomes. 

Ana Hickmann – Foto: Divulgação
O empreendimento busca constantemente contribuir com eventos e ações que gerem uma conscientização da sociedade em relação aos animais, realizando periodicamente feira de adoção, além de serem pet friendly.

A ideia do projeto é a de chamar a atenção das pessoas para o grande número de animais abandonados e com isso incentivar as crianças e jovens a amá-los e respeitá-los, além de apresentar aos adultos alternativas para contribuir com esta causa tão nobre. O cachorro foi escolhido como símbolo por ser o bicho de estimação mais presente nos lares e reconhecido com “o melhor amigo do homem”.

Além da mostra, os clientes poderão participar de uma oficina de arte para personalizar e customizar o seu próprio pet, em esculturas de MDF, tamanho menor. As oficinas funcionam aos finais de semana, das 14h às 20h. A exposição é gratuita e fica no empreendimento até o dia 29 de abril.

Serviço
Exposição Dog Art e Oficina de Customização de Pet
Data: 13 a 29 de abril – Oficinas aos finais de semana, das 14h às 20h.
Local: Praça de Eventos 2
Shopping Praça da Moça
Rua Manoel da Nóbrega, 712 – Centro, Diadema
Telefone: (11) 4057-8900
Evento Gratuito
Estacionamento: Carros R$ 7,00 até 3 horas + R$ 1,00 por hora adicional ou fração  / Motos R$ 7,00 a diária

Exposição Trapézio com obras inéditas de Luiz Hermano no Sesc




A exposição Trapézio, com a curadoria de Cauê Alves, traz diversas peças do artista a partir do dia 21 de abril

Por Andréia Bueno

A quinta edição do projeto Desdobramentos – Acervo em Expansão realiza a exposição Trapézio do artista Luiz Hermano (Preoca/CE, 1954). Com curadoria de Cauê Alves, as obras inéditas apresentadas no Sesc Santo Amaro formam um conjunto novo dos estudos do escultor com o trapézio. A partir do dia 21 de abril, sábado, 11h da manhã. Na abertura ocorrerá um bate-papo com Luiz Hermano e Cauê Alves.

Foto: Divulgação
As diversas obras que vieram compor a exposição partem do estudo da ciência das formas, tamanho e propriedades do espaço: a geometria. Na poética de Luiz Hermano, as formas e geometrias são pontos iniciais de criação, as gravuras chamadas Teoremas, 2017, já partem de pressuposto do raciocínio lógico. Na elaboração escultórica de 2018, raciocínio e invenção acontecem a partir do trapézio, quadriláteros de dois lados paralelos, quatro vértices, que serão bases de diversas esculturas. Do encontro de um, dois, três, quatro ou seis trapézios, estruturas tridimensionais maiores e diferentes formas surgem. Estas peças que surgiram estão dispostas tanto presas nas paredes quanto penduradas no espaço expositivo.
       
DESDOBRAMENTOS 
A escultura metálica no ginásio do Sesc Santo Amaro faz parte da série Perfis (2011 a 2013), na qual Luiz Hermano, em uma visita no canteiro de obras da unidade, observou os materiais utilizados pelos trabalhadores e criou com diferenciados formatos uma composição única de vazios e vazados.
A quinta edição do projeto Desdobramentos – Acervo em Expansão cria oportunidades para o público encontrar obras de artistas que compõem o Acervo Sesc de Arte Brasileira,  no intuito de ampliar a experiência de visualização e fruição. No Sesc Santo Amaro, a proposta é expandir o encontro das pessoas com outras obras dos artistas que já expõem seus trabalhos permanentemente na Unidade.  
Serviço

TRAPÉZIO – LUIZ HERMANO. Abertura dia 21 de abril, sábado, a partir das 11h, no Espaço das Artes 1º andar. Bate-papo com artista plástico Luiz Hermano e o curador Cauê Alves, às 11h30, na data de abertura, no local da exposição. 
HORÁRIO DE VISITAÇÃO – Terça a sexta, das 10h30 às 21h, sábados, domingos e feriados, das 11h às 18h. Livre. Grátis. Até 29 de julho de 2018.
SESC SANTO AMARO

Horário de funcionamento: Terça a sexta, das 10h às 21h30. Sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h30.
Bilheteria e horário da unidade: Terça a sexta, das 10h às 21h30. Sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h30.
Endereço: Rua Amador Bueno, 505
Acessibilidade: universal.
Estacionamento da unidade: R$ 5,50 a primeira hora e R$ 2,00 por hora adicional (Credencial Plena); R$ 12,00 a primeira hora e R$ 3,00 por hora adicional (outros).
Disponibilidade: 158 vagas para carros e 36 para motos. A unidade possui bicicletário gratuito.

DEPOIS DO CHOQUE, OS TRÓPICOS é tema da próxima exposição no Anexo




Por Andréia Bueno

Parceria transatlântica para fomentar diálogos entre artistas brasileiros e portugueses, será inaugurada a exposição “depois do choque, os trópicos” nGaleria Luisa Strina em São Paulo. A iniciativa conjunta apresenta, de 7 de abril a 12 de maio, obras recentes de Beto Shwafaty (São Paulo, 1977; vive e trabalha em São Paulo), artista representado pela Luisa Strina, e de Pedro Vaz (Maputo, Moçambique, 1977; vive e trabalha em Lisboa), representado pela Kubikgallery.

Foto: Divulgação
Operando de um ponto de vista pós-colonial, o diálogo enfatiza as visões eurocêntrica e imperialista, de um lado, e cordial e colonizada, de outro, que historicamente permearam as relações entre Europa e Brasil, ainda que de forma velada. Os dois artistas partem de lugares de fala assumidamente híbridos: Vaz, português nascido em uma ex-colônia, e neoperegrino da Mata Atlântica do Brasil; Shwafaty, brasileiro que investigou processos coloniais durante um período de estadia na Inglaterra. A seleção de obras para a exposição é um reflexo desses paradoxos: está focada em trabalhos de cunho crítico e inflexível em relação aos despojos contemporâneos dos conflitos que perduram há mais de 500 anos.

Além de formarem uma cartografia evocativa de relações, como uma coleção de memórias, fatos, rumores, lugares e acontecimentos, os grupos de desenhos de Shwafaty funcionam como uma manifestação visual de relações díspares (sempre esquecidas) que geraram dramas, tragédias e experiências envolvidas na exploração de mercadorias e das riquezas que geraram. Tal legado de histórias imperiais – legado esse difícil, controverso e doloroso em ser reconhecido, pois ainda deixa rastros, afetando todos nós – imprimiu por toda parte marcas que sugerem que as ramificações dessas relações imperiais ainda estão longe de terminar.

Serviço
Abertura: Sábado, 7 de abril, 11h às 17h
Horário de visitação: Quinta-feira a Sábado das 10 às 17h
Período de exposição: 7 de abril a 12 de maio, 2018
Anexo da Galeria Luisa Strina (Rua Padre João Manuel, 974a)