Exposição: Desassossego




Por Nicole Gomez

Em seu primeiro trabalho autoral, Amanda Requena explora os elementos estéticos que permeiam seu universo criativo. Em Desassossego, a artista se utiliza de materiais como revistas e restos de material gráfico encontrados pelas ruas de São Paulo. Amanda transmite através da ressignificação desses elementos a forma como enxerga o mundo ao seu redor.

Foto: Divulgação


Em um exercício de internalização, desconstrução e projeção por meio de texturas e abstrações das formas e composições dos quadros, a artista transmite a inquietude destes mesmos espaços em sua vida. 

Serviço
Exposição Desassossego
Quando: Dia 8 de fevereiro, às 19h
Onde: Casa da Luz – Rua Mauá, 512, Centro – São Paulo – Contato: (11) 3326-7274
Gratuito

Alex Flemming inaugura exposição em São Paulo




O artista por trás dos rostos anônimos do Metrô Sumaré apresenta mostra gratuita na casa-museu Ema Klabin

Por Rodrigo Bueno

O artista plástico Alex Flemming, que ficou nacionalmente conhecido após a instalação de rostos anônimos em painéis de vidro sobrepostos por poemas brasileiros na Estação Sumaré do Metrô de São Paulo, inaugurou no último sábado (28) a intervenção com a série “Anaconda” na casa-museu Ema Klabin. A mostra, inédita no Brasil, compõe-se da apropriação artística de treze tapetes persas, de variados tamanhos, incluindo pequenos tapetes de oração, sobre os quais Flemming introduz a pintura de uma cobra.

Foto: Henrique Luz
As serpentes, de forte valor simbólico, são pintadas com tratamento cromático que estabelece um inquietante diálogo com as tramas coloridas, ou seja, com a padronagem dos tapetes. Em certas obras, as serpentes se destacam do tecido e se sobrepõem a ele, estabelecendo contrastes de forma e de cor; em outras, elas se mimetizam no território das tramas, se mostram mais traiçoeiras e se encontram disfarçadas em seu ambiente, pois suas cores e seus desenhos se assemelham às cores e aos padrões dos tapetes.

Com entrada gratuita, a instalação Anaconda ocupa todos os ambientes da casa-museu Ema Klabin: hall, galeria, salão, sala de jantar, quarto principal e quarto de hóspedes. A exposição fica aberta para visitação até dia 17 de dezembro.  A mostra faz parte da série Intervalo Contemporâneo, que convida artistas para criarem trabalhos que interfiram no ambiente interno da casa. Os trabalhos instalados neste espaço são um contraponto para a coleção adquirida por Ema Klabin, inserindo o debate de uma produção contemporânea no percurso da visita, abrindo espaço para esse intervalo abranger uma diferente experiência e possibilitar um novo olhar perante essa coleção e suas interferências.
Serviço

Exposição Alex Flemming

Data: 28/10/2017 à 17/12/2017

Horários: das 14h às 18h

Local: Fundação Casa-Museu Ema Klabin

Endereço: Rua Portugal, 43 – Jardim Europa

Entrada Gratuita

Espaço Cultural Porto Seguro apresenta a exposição Tempo presente




Tomie Ohtake, Nazareno e Laura Belém são alguns dos autores das instalações da nova mostra que convida o público a interagir

Por Andréia Bueno
Leandro Lima e Gisela Motta: Espera

Os arcos de Tomie Ohtake, inertes, parecem pedir por alguma ação. Em contato com um público disposto a experimentar e participar, a criação da consagrada artista transforma obra e espectadores em um único corpo, num único tempo. Os arcos assumem o movimento que já se pressentia em suas formas e realizam sua condição intrínseca e paradoxal de esculturas em constante transformação.

Esse convite à interatividade é justamente um dos objetivos de Amanda Dafoe e Rodrigo Villela, curadores de Tempo presente, mostra em cartaz no Espaço Cultural Porto Seguro de 1º de novembro a 17 de dezembro de 2017 com entrada gratuita.

O nome da mostra foi inspirado no poema Mãos dadas, de Carlos Drummond de Andrade. Drummond, especialmente em dois trechos desse belíssimo poema, parece se voltar para os temas do convívio e participação como fatores essenciais a qualquer proposição, seja estética ou o que for: ´O presente é tão grande, não nos afastemos / Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas’, e ´O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes / A vida presente´, afirma Rodrigo.

Foto: Divulgação

Para a empreitada, sete artistas nacionais foram selecionados a expor suas instalações em diferentes ambientes. Os arcos de Tomie Ohtake, mencionados acima, dividem espaço com Espera, de Leandro Lima e Gisela Motta, no piso térreo. Ali, a videoinstalação usa dois bancos para projetar as sombras de um casal que nunca estará junto, mas que vive a expectativa do encontro. O rito se repete: ora é a sombra dele que vem, senta-se, espera, levanta e vai embora; ora é a dela que repete o mesmo percurso físico-afetivo. Evocativas, as sombras são verdadeiras presenças de uma ausência. Entre as inúmeras referências e camadas interpretativas, fazem lembrar um dos mitos ocidentais da origem do desenho, em que uma jovem apaixonada risca na parede o contorno da sombra projetada do amado que se preparava para ir à guerra. Os mesmos bancos também convidam o público a se sentar e contemplar a obra “de dentro”.

A exposição contará ainda com uma programação pública, com debates, oficinas e cursos ministrados pelos artistas, com a participação de críticos. Mais uma vez, o objetivo é possibilitar que o público interessado possa explorar transversalmente os temas relativos à exposição.

Parceria com o MuBE

A exposição Tempo presente ganha também extensão para além dos limites do Espaço Cultural Porto Seguro. Dois dos arcos de Tomie Ohtake estarão expostos nos jardins do Museu Brasileiro de Escultura e Ecologia (MuBE). A parceria integra o Portas Abertas, programa do museu que nasce com o intuito de estreitar a relação da instituição com a paisagem do seu entorno e com os demais espaços culturais da cidade, promovendo o intercâmbio de experiências artísticas e a formação de redes colaborativas. Além do ECPS, a vizinha Fundação Ema Klabin também participa da iniciativa.


Serviço

Tempo presente
Vernissage: 31 de outubro, às 19h
Período de exposição: de 1º de novembro a 17 de dezembro
De segunda a sábado das 10h às 19h, domingo das 12h às 19h
Entrada gratuita

Espaço Cultural Porto Seguro
Alameda Barão de Piracicaba, 610. Campos Elíseos
Telefone: (11) 3226-7361
Capacidade: 300 pessoas.
Bilheteria: terça a sábado 10h às 19h. Domingo das 10h às 17h.
Acessibilidade: O edifício é acessível para pessoas com mobilidade reduzida. 
A exposição oferece atendimento especial na visitação com mediadores bilíngues em inglês, espanhol e libras mediante agendamento prévio.
Agendamento para visitas em grupo
educativo@espacoculturalportoseguro.com.br

Estacionamento: Alameda Barão de Piracicaba, 634 (sede Porto Seguro) – De Segunda a sexta-feira até 1h30 gratuito (1ª, 2ª e 3ª hora adicional R$ 10,00 a hora. 

Serviço de vans: O Complexo Cultural Porto Seguro oferece vans gratuitas da Estação Luz até as dependências do Teatro Porto Seguro e do Espaço Cultural Porto Seguro. 
Como Pegar: na Estação Luz, na saída Rua José Paulino / Praça da Luz / Pinacoteca. Para mais informações, entre em contato pelo telefone (11) 3226-7361. Horário de funcionamento do serviço de vans: Terça a sábado das 9h à 0h. Domingo das 9h às 22h.

Restaurante Gemma – Aberto todos os dias, acompanhando o horário de funcionamento do Espaço Cultural Porto Seguro.

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Instagram @EspacoCulturalPortoSeguro

Blombô – O Marketplace de obras de arte




Por colaboradora: Marcela Duarte

Que o mercado digital é uma viagem sem volta em diversos segmentos, isso é fato, e, claro que os amantes de artes não estão de fora do universo online, muito pelo contrário, representam um volume global de vendas de 3,4 mil milhões de euros, de acordo com o estudo realizado pelo quinto ano consecutivo pela Hiscox (seguradora especializada em seguros de obras de arte exposições, museus, galerias e coleções particulares). O valor representa um crescimento de 15% comparado a 2015 e 8,4% do total do mercado de artes.

Foto: Guy Veloso

Aqui no Brasil, podemos contar com o intuitivo marketplace Blombô, onde é possível comprar e vender artes plásticas, fotografias, antiquário e design de galerias como Paulo Darzé,  Dan Galeria, Luisa Strina. A plataforma ainda oferece suporte e otimização de vendas, e apoiam  pessoas físicas que podem expor suas obras em coleções privadas.

A proposta vai além da comodidade de consumir arte no Brasil, o projeto coordenado por Lizandra Alvim e idealizado por Gustavo Ribas da Mogno Capital, permite que as obras de artistas brasileiros sejam reconhecidas e entregues em outros países, abrindo um excelente canal de exposição e mercado global.

Você poderá encontrar obras a partir de R$ 500,00 e o pagamento pode ser feito via transferência bancária ou cartão de crédito.

Foto: Artur Lescher

Vale a pena conferir os serviços do Blombô no endereço: https://www.blombo.com/pt/

O Museu de Arte Moderna (MAM) de São Paulo, apresenta o 35º Panorama da Arte Brasileira




Por Monise Rigamonti

“Há porém duas maneiras bem definidas de participação: uma é a que envolve “manipulação” ou “participação sensorial corporal”, a outra que envolve uma participação “semântica”. Esses dois modos de participação buscam como que uma participação fundamental, total, não-fracionada, envolvendo os dois processos, significativa, isto é, não se reduzem ao puro mecanismo de participar, mas concentram-se em significados novos, diferenciando-se da pura contemplação transcendental”. Esquema Geral da Nova Objetividade, Hélio Oiticica 

Foto: Laysa Elias
Nesta semana, na terça-feira (26), abriu a exposição 35º Panorama da Arte Brasileira que leva o título de Brasil por Multiplicação e conta com a curadoria de Luiz Camillo Osório. A exposição está em cartaz no Museu de Arte Moderna (MAM) em São Paulo até dezembro. 
Participam mais de 19 artistas e coletivos, consagrados e emergentes no circuito artístico brasileiro, as obras estão divididas entre a Grande Sala e a Sala Paulo Figueiredo, entre os artistas estão Dora Longo Bahia (SP), José Rufino (PB), Fernanda Gomes (RJ), Coletivo Mão na Lata e Tatiana Altberg (RJ).  No Projeto Parede participa o coletivo indígena MAHKU – Movimento dos Artistas Huni Kuin do Acre (AC), com uma pintura criada para o evento. Para a Sala de Vidro, o artista João Modé desenvolveu uma instalação inédita.  

Inspirada em dois textos críticos, um deles é do professor e crítico de literatura Roberto Schwarz chamado “Nacional por Subtração”, publicado em 1986. O outro texto é do artista multimídia Hélio Oiticica, com a nota Esquema Geral da Nova Objetividade, divulgado em 1967. 

Foto: Laysa Elias

O texto “Esquema Geral da Nova Objetividade” foi escrito em um momento nacional politicamente tenso. Hélio Oiticica, destaca seis características da arte brasileira: (1) vontade construtiva; (2) tendência para o objeto; (3) participação do espectador (corporal, tátil, semântica); (4) abordagem e tomada de posição em relação a problemas políticos, sociais e éticos; (5) tendência para proposições coletivas; (6) ressurgimento e novas formulações do conceito de antiarte. Esses conceitos foram a base para outras articulações da montagem da exposição e diálogo entre as obras de arte. 

Ainda sobre as reflexões do artista, o curador da exposição acrescenta “o pensamento se refere ao momento inaugural da produção contemporânea, o atravessamento entre arte e cultura, estética e política, indivíduo e coletividade estavam sendo inaugurados. O desafio do artista em colocar a sua voz pela primeira vez”. 

Reunidos diversos projetos, a mostra, tem como principal objetivo fazer um Panorama da Arte Brasileira. Encontramos instalações como o trabalho coletivo do RUA Arquitetos, MAS Urban Design e ETH Zurich, cuja a proposição do coletivo é trazer o Varanda Products, projeto de objetos funcionais para espaços que são ao mesmo tempo externos e internos e têm sua tradução mais popular nas lajes das periferias, entre eles o “ombrelone” que protege do sol e ao mesmo tempo capta água, a espreguiçadeira que também tampa a caixa d’água, cadeiras e mesas descartáveis, etc. Ou ainda o trabalho de João Modé, instalação inédita, que o carioca cria um jardim dentro da Sala de Vidro do MAM, em relação a uma escultura neoconcreta de Willys de Castro, na tensão entre natureza e cultura. 

    Romy Pocztaruk – Reator Argonauta – Foto: Laysa Elias

Há ainda projetos como do artista Ricardo Basbaum, na abertura apresentou uma performance chama “Conversas Coletivas”, constituído por uma leitura coletiva, que resultará em um diagrama desenhado na parede da Grande Sala, exibido durante a mostra. O trabalho do Cadu, instalação inédita, composta por uma mandala gigante feita de peças de crochê, e um vídeo. Podemos, através das diferentes obras e estéticas apresentadas na mostra, ver um Brasil entre a cidade e a floresta, as comunidades periféricas e os centros cosmopolitas, entre o caos, a indeterminação e o mito.

Quando questionado sobre o papel das artes no cenário atual, o organizador da exposição, Luiz Camillo Osório responde: “A arte sempre será sempre esse lugar de encontros inesperados, de encontros com a pluralidade, de conviver com as diferenças, esse é o grande ensinamento da arte, essa é a sua grande potência que a arte nos oferece nesse momento de crise, em que as diferenças são tão massacradas e as vozes tão enfatizadas. Como a arte pode desarmar essas reações e pensar uma outra proposição, uma outra possibilidade de invenção. O papel da arte é viabilizar a invenção e a experimentação, apostar na liberdade”. 

Por meio de diversos trabalhos artísticos como performances, vídeos, instalações, objetos e outros é possível estabelecer uma interação, dos mais diferentes níveis, envolvimentos e aptidões com o público, que de acordo com a sua vontade e disponibilidade pode criar outros olhares, interações e envolvimentos com as obras ali apresentadas. A exposição pretende criar um outro olhar para a arte contemporânea brasileira e as pluralidades culturais, étnicas, religiosas, ideológicas, que o nosso país atravessa. É possível perceber como diferentes recortes podem constituir um novo olhar menos separatista e mais unificador, se soubermos respeitar as diferenças. 


Serviço
35º Panorama da Arte Brasileira – Brasil por multiplicação
Visitação: 27 de setembro a 17 de dezembro de 2017
Local: Museu de Arte Moderna de São Paulo
Endereço: Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº – Parque Ibirapuera, próximo aos portões 2 e 3.
Horários: Terça a domingo, das 10h às 17h30 (com permanência até às 18h)
Ingresso: R$ 6. Gratuito aos sábados.
Agendamento gratuito de grupo: 5085-1313 | educativo@mam.org.br

Exposição Desvendando o Universo de Amélie Poulain está no Shopping Frei Caneca




Mais de 100 peças retratam o mundo singelo e sensível da personagem

Por Redação
Com curadoria de Hugo Umberto Carmesim, o Shopping Frei Caneca traz a exposição “Desvendando o Universo de Amélie Poulain”, personagem principal do longa metragem francês, sucesso nos cinemas. A mostra tem 100 obras e 5 itens decorativos que destacam a ótica de diversos artistas plásticos para a vida de uma jovem tímida e sonhadora que vive em seu mundo particular.

Foto: Divulgação
Entre os objetos estão o Anão de Jardim, que traduz a forma encontrada pela personagem de dizer ao seu pai para aproveitar a vida. No filme, o objeto some e o senhor Poulain recebe diversas fotos do Anão de Jardim em várias partes do mundo. Outros vários objetos que serviram de metáforas no Longa, bolinhas de gude, alcachofra, saco de ervilha, entre outros, estão na exposição e contam um pouco da visão de cada um dos artistas que compõe a mostra.

Serviço

Exposição: “Desvendando o Universo de Amélie Poulain”

Período: De 22 de setembro a 15 de outubro

Local: Piso TS – entrada principal do shopping

Endereço: Rua Frei Caneca, 569 – Cerqueira César

Mais Informações: (11) 3472-2075 – www.freicanecashopping.com.br