Primeiras Impressões sobre Violet Evergarden




Por colaborador Douglas Santiago

E aí pessoal, tudo bem? Um dos animes mais aguardados para esse ano por muitos é Violet Evergarden. O trailer mostra um trabalho de produção muito bom, tanto no design dos personagens, quanto nos cenários e músicas do anime, mas normalmente se espera uma queda de qualidade comparando-se o trailer ao anime, só que isso não acontece nesse caso.

Imagem: Divulgação
Após assistir os 3 primeiros episódios, tive uma grata surpresa ao ver que a produção não decepciona em nada, mantendo a qualidade prometida no trailer. Além disso, tanto cenários e soundtracks acompanham muito bem, dando o clima dramático proposto pelo anime.

O anime trata-se de um drama vivido pela personagem Violet onde ela tenta entender tudo que aconteceu no seu passado e entender os sentimentos humanos em si. A animação por mais que já focada no drama, ainda parece prometer algumas cenas de ação entre outras coisas.

Estou muito ansioso pelos próximos episódios, ver o desenvolvimento de todos os personagens e como a trama vai continuar se desenrolando. Então para aqueles que ainda tinham dúvidas sobre assistir ou não, aqui vai minha super recomendação. E bom anime.

Resenha: Viva – A Vida é Uma Festa




Por colaboradora Monica Duarte

Viva o seu momento!! É com esta mensagem que Viva – A Vida é uma Festa (Coco), a animação da Disney Pixar, promete agradar a família toda.

Foto: Divulgação

Uma produção colorida, cheia de brilho e repleta de emoção, aborda os laços familiares e seus valores na vida terrena e espiritual. Laços eternos entre vivos e mortos de uma maneira leve e respeitosa.

A mensagem do filme foi inspirada no Dia dos Mortos, celebração tradicional no  México, onde a morte tem significado único. Em vez de lamentada, é festejada uma vez ao ano — de 31 de outubro a 2 de novembro (Dia de Finados no Brasil). Durante a festa, considerada pela Unesco como patrimônio da humanidade, é tradição reunir família e amigos para comemorar a visita dos antepassados à Terra. Se, no Brasil, a data é sinônimo de cemitérios lotados e melancolia, no México a animação toma conta, pois se acredita que os mortos devem ser recebidos com alegria e coisas de que gostavam enquanto vivos. A famosa caveira mexicana (La Catrina), altares coloridos, fantasias, comidas e bebidas típicas mudam a cara de várias cidades do país.

Foto: Divulgação

O personagem principal, Miguel é um menino de 12 anos que quer muito ser um músico famoso, mas precisa lidar com sua família que desaprova seu sonho. Determinado a virar o jogo, ele acaba desencadeando uma série de eventos ligados a um mistério de 100 anos que surpreenderá a todos com um desfecho emocionante e alegre como o México!!

Destaca-se também Dante o cachorrinho de  estimação engraçado  e companheiro inseparável do Miguel, Hector que  faz todos rirem, vovó e sua sandália mais rápida do México, mamãe coco (bisavó do Miguel) e os demais  membros da família Rivera.

Foto: Divulgação

A música é o motor que move Miguel para a realização dos seus sonhos, mas a trilha sonora da animação encanta e emociona a todos durante o filme.

As histórias e os legados de Anne Frank em um livro que marca gerações: seu diário




Por colaboradora Monise Rigamonti

“Quando escrevo, sinto um alívio, a minha dor desaparece, a coragem volta. Mas me pergunto: algum dia escreverei algo importante? Virei a ser jornalista ou escritora? Espero que sim, espero de todo o meu coração! Ao escrever, sei esclarecer tudo, os meus pensamentos, os meus ideais, as minhas fantasias. […] Não quero perder a coragem. Tudo tem que dar certo pois estou decidida a escrever!” 

Notas escritas por Anne Frank na data de Terça-Feira, 4 de abril de 1944. 

O livro autobiográfico e histórico, O Diário de Anne Frank, escrito por Annelies Marie Frank (12 de junho de 1929 – fevereiro de 1945), conhecida por Anne Frank. A obra póstuma fora publicada pela primeira vez nos Países Baixos (Holanda) em 1947 por iniciativa do seu pai Otto Frank. Traduzido para diversas línguas, é considerado como um clássico da literatura do século 20. A edição lida, pertence a editora Pé da Letra e o valor pago no livro foi 10 reais.  

Anne Frank  – Foto: Reprodução / Google
O Diário narra as histórias que aconteceram no Anexo Secreto (Esconderijo), localizado a Rua Princesengracht, n°263 – em Amsterdã (Holanda), prédio preservado onde funciona atualmente o Museu Anne Frank. As anotações e os escritos, aconteceram desde o dia 12 de junho de 1942 (Domingo) até 1 de agosto de 1944 (Terça-Feira), quando o exílio da família fora descoberto e as pessoas encaminhadas para os campos de concentração. 

A autora Anne Frank, é filha de Otto e Edith Frank, irmã de Margot Frank. Nascida em Frankfurt, na Alemanha, passou grande parte da vida nos Países Baixos, em Amsterdã, para onde sua família se mudou em 1933, na época da ascensão dos nazistas ao poder. 

Anne, Margot, Edith e Otto Frank  – Foto: Domínio Público
Na narrativa, os personagens que moravam no Anexo Secreto eram: os parentes de Anne (Otto, Edith e Margot), a família Van Daan (Peter, Hermann e Auguste), além do agregado, Fritz Pfeffer (Albert Dussel). Os auxiliadores na administração e por suprir a necessidade dos escondidos eram: Johannes Kleiman, Victor Kugler, Miep Gies e Bep Voskuijl – além do marido de Miep, Jan Gies, e do gerente do armazém Johannes Voskuijl, o pai de Bep. Vale o destaque para Miep, pessoa responsável por recuperar e guardar o diário e os esboços de Anne, entregues ao Otto Frank no final da guerra. 

Por incrível que pareça, o relato começa de forma leve enquanto gozava da sua liberdade. As tensões começam com a chegada dos Van Daans no espaço e as inúmeras discussões por conta dos hábitos alimentares. Outro ponto apreensivo eram as repressões que ela sofria, tanto dos seus pais como dos congregados devido a seu jeito energético, espontâneo e faladeiro de ser. O relacionamento com a sua mãe muitas vezes era conturbado, e havia alguns estranhamentos entre ela e sua irmã, mas que ao longo da história tornara-se sua confidente. 

Único lugar que se sentia à vontade para ser ela mesma e desabafar era em seu diário, apelidado de Kitty, nome inspirado em uma personagem fictícia da série de livros “Joop ter Heul” desenvolvido por Cissy Van Marxveldt, um dos seus prediletos. Ela se sentia sozinha por muitas vezes e a forma como encontrava de suprir essa carência era escrevendo. Seu maior sonho era se tornar uma escritora e uma jornalista famosa. 

Diário de Anne Frank – Foto: Domínio Público
Durante os dois anos que o diário era executado, percebemos as nuances de sua personalidade, os seus desejos, os seus sonhos, a sua intimidade. Anne relata a sua vida de maneira tão intensa: a mudança do seu corpo e a paixão que ela descobre por Peter, a relação com a escrita e outros pontos. É nítido o amadurecimento da personagem. 

Mais do que um simples livro ou diário, são informações verídicas do que houve com milhares de judeus durante a Segunda Guerra Mundial. Suas palavras as vezes doem, pois sabemos que é verdade tudo o que está dito. Anne deixou um intimo legado e ótimas confissões. Através dela é que a história pode ser reconstruída. E se ela tinha alguma dúvida se contribuiria para isso, o legado e as ações feitas em seu nome nos dizem a verdade. A apreciação do livro é recomendada para todas as idades e pessoas que queiram ver o mundo além dos seus olhos. 

O Diário de Anne Frank – Editora Pé da Letra  – Foto: Divulgação

Mãe, drama estrelado por Jennifer Lawrence estreia em grande circuito




Por colaborador Jurandir Vicari

O longa Mãe ( Mother) pode ser comparado a um jantar exótico! Nem todos tem paladar para degustar tal Obra de Arte!

Foto: Divulgação
As críticas sobre ele são bem extremas seja para o bem ou para o mal. Por se tratar de uma obra recheada de metáforas, elementos figurativos, arquetípico no melhor estilo Jung ou seria provocador como Dali, coberto de referências bíblicas, penso que cada espectador terá a sua interpretação.

O diretor e autor Darren Aronofsky repete o que realiza com excelência. Entregando de bandeja uma estória brutal, cruel, nua e crua como em Cisne Negro, ao mesmo tempo usa elementos de Noé, como já citado, e digamos de passagem dois trabalhos anteriores muito bons e que também geraram controvérsias.

A escolha do elenco é deliciosa: Jennifer Lawrence, a protagonista, apresenta uma interpretação harmoniosa entre a “linda, recatada e do lar”, até chegar a “Dona de Casa Desesperada”. Os closes que compõe o filme destacam esse sabor! Michelle Pfeiffer, faz uma pequena participação, mas por alguns momentos cheguei a acreditar que ela roubaria a cena. Javier Bardem está “encorpado” como um bom vinho.  O tempo todo ele impõe seu “sabor e aroma inebriante” que seduzem a personagem principal e com certeza a maioria do público também. Os poucos momentos que ele é compreensível e bonzinho com sua esposa desperta um total desconforto, o que é surpreendente.

O figurino, fotografia, luz, tudo disposto da melhor forma possível para despertar os sentidos do espectador, e cada detalhe ínfimo se torna relevante seja quando ele é minimalista como “arroz e feijão”, seja quando ele é conturbado, rebelde, agressivo e questionador.

Mãe é o tipo de filme que vai ser discutido por muito tempo ainda, porque nem sempre o que se experimenta é aquilo, talvez seja a representação, da coisa, não fazendo muito sentido aquilo que se vê ou que se ouve, e sim o que aquelas coisas realmente significam. Um som de dor pode significar um terremoto, a casa pode ser o planeta, o poeta pode ser o criador, etc…Mas com certeza estará nas bocas de todos que se prestarem a experimentar tal “iguaria”.

Aperte o play e confira o trailer.



O Código Malicioso, e os mistérios desvendados!




Por Monise Rigamonti

Último livro da Série Hacker, o livro Código Malicioso é o 5º exemplar da saga, composta por outros títulos como Atração Magnética, Conexão Explosiva, Intensidade Máxima e Potência Extrema. Publicada pela escritora americana Meredith Wild, foi lançado no Brasil em 2016, pela editora Agir, e pode ser encontrado nas grandes livrarias como Saraiva, Fnac e outras.

Foto: Divulgação
Como era esperado, a fluidez da leitura é contínua e envolvente, alternando entre a narração de Erica Hathaway e Blake Landon. Em Potência Extrema no primeiro capítulo a autora traz a voz de Blake, mas não prossegue nos outros capítulos, o que provoca uma curiosidade gigantesca. A sorte do leitor é que a narrativa é muito bem construída e o foco é desviado para outros acontecimentos. Sendo um pouco spoiler, há um momento – que não vou dizer qual, em que Blake conta como foi a sua primeira impressão ao conhecer Erica. Deixo a inquietação de presente para vocês. 

Ao longo do livro, observamos uma evolução contínua dos personagens ao enfrentar os seus desafios, fluir com emoções constantes, só que desta vez sem tantos altos e baixos, mais equilibradas talvez.  

Foto: Divulgação
Erica Hathaway recebe um milagre inesperado, uma benção. Em contraposição, lida com alguns desafios e sobre pressão, toma algumas atitudes um tanto que imediatistas para salvar a pele do seu amado. Diferente das sagas anteriores, aqui vemos uma confiança, uma entrega, redenção e até aceitação dela perante alguns fantasmas do passado que voltam assombrar a ambos, pois a vida deles estão completamente ligadas e conectadas uma a outra. Ela vai até as últimas consequências, e transcende seus limites para salvar a pele do seu parceiro, com uma personalidade e obstinação típicas desta personagem. 

Blake Landon, continua com uma personalidade rebelde, contestadora, provocadora e um gênio possessivo e dominador, características únicas e peculiares desta figura. Volta a ser assombrado pelas armadilhas de Trevor, um hacker que segue os passos do seu irmão Brian, que se suicidou ao perceber que cometera erros e seria punido por isso, mas que sempre culpou Blake, que intimamente se auto culpava, pela morte ocorrida. Existe uma agonia com relação ao desfecho deste ciclo, a impressão que passa é que de alguma maneira as coisas continuaram a se repetir, como o transcurso da vida real. 

Para surpresa de todos, ele também sofre uma traição, e das pesadas. Confesso que ler o enredo se desvendando, os segredos, os mistérios aparecendo, e os confrontos, fiquei com as emoções a flor da pele, querendo entrar na história e fazer justiça com as minhas próprias mãos, e falar poucas e boas, até agredir o traidor, o pregador de peças. Em defesa do seu amado, Erica interferiu e lutou até o fim para que a verdade fosse desvendada, mas há dores e batalhas que só couberam ao Blake enfrentar. 

Foto: Monise Rigamonti
Meredith Wild nos mantém conectados a história do primeiro ao último livro e capítulo da série, e deixa outras hipóteses na nossa imaginação do que poderia ter acontecido caso os personagens agissem de forma diferente, e o “se” é algo intrigante, abre espaços para outras possibilidades e narrativas. Os mistérios são desvendados e o roteiro é entrelaçado, fechando uma história como se encerra um ciclo da vida, podendo ser revivido, ou se tornar apenas uma memória.  

Essa é a sua morte nos leva a refletir sobre nossas obsessões




Por colaboradora Luci Cara



O trailer é bastante perturbador/interessante, e o início desse filme também!

Ao perceber que a audiência de um programa televisivo  do tipo reality show (casamento com um milionário) disparou , após a transmissão ao vivo da tentativa de assassinato seguida de suicídio, de uma das pretendentes, a diretora do programa tem a ideia de transmitir suicídios ao vivo, de pessoas que tenham essa intenção .

Os motivos são variados : desde uma falência , uma doença incurável, até busca por alguma contribuição financeira para a família , como uma espécie de seguro de vida (normalmente seguros de vida não cobrem suicídio).

Acontece que o argumento para sustentar o protagonista como defensor de seu novo programa simplesmente não se sustenta : diz que promove a vida e não a morte, e algumas outras frases “de efeito” que não convencem. 

Falta o fundamental, roteiro, ao filme.



Vale a pena assistir , se o espectador busca uma reflexão um pouco simplista de nossa obsessão pela morbidez, pelo julgamento precipitado, pela divulgação instantânea e veloz das mazelas humanas. 

Mas não vale se for esperar por uma estória bem contada , fundamentada em alguma explicação lógica. 

Porque existem tantos reality shows, tantos jornais sensacionalistas, tantos programas de TV que exploram a violência, os conflitos familiares, as separações, as brigas, isso nem é tão difícil de entender (para mim, é uma espécie de alívio ao ver que os ricos e/ou famosos também sofrem, ou mesmo se sentir menos triste/miserável ao ver o sofrimento alheio). 

Imaginar que somente barreiras jurídicas poderiam impedir nossa obsessão pela tragédia é ver o quanto chegamos ao fundo do poço como espécie teoricamente evoluída.  

Um filme assustador, diferente, que poderia ter ido um pouco mais longe se melhor trabalhado, poderia ser um motivo para refletirmos, e se tornou apenas uma sequência de cenas chocantes. Há de agradar aos que buscam alguma coisa inusual, sem se importar com quanto de coerência apresenta . 

Aperte o play e confira o trailer.