Maria Clara Gueiros e Luccas Papp vivem mãe e filho em espetáculo calcado no realismo fantástico


Crédito: Leekyung Kim


O sonho de voar do homem e a expectativa dos pais diante dos filhos povoam O Falcão Vingador, tragicomédia de Luccas Papp que estreia a peça ao lado de Maria Clara Gueiros no dia 15 de julho, sexta-feira, às 21h, no Teatro Nair Bello. A montagem ganha contornos focados no realismo fantástico com direção de Ricardo Grasson e a temporada vai até 28 de agosto com sessões sextas e sábados, às 21h; e domingos às 19h.

A trama se passa no topo do precipício mais alto da pequena cidade de “Ferradura“. Lúcia, uma mulher de meia-idade de comportamento espalhafatoso, chega no local com seu filho Victor. O tímido rapaz tem apenas uma missão naquele momento: saltar da montanha com uma asa de pano nas costas projetada duas décadas antes. Seu objetivo é provar ao povo que seu falecido pai e idealizador da missão era um gênio e não um suicida. Lúcia está extasiada com esse evento, mas o garoto parece se sentir pequeno para o fardo que lhe foi dado para carregar.

O realismo fantástico guia todo o espetáculo e vai se tornar uma fábula sobre sonhos, grandeza e a busca desenfreada pela glória. Tem uma atmosfera meio Tim Burton, Guillermo del Toro com tonalidades de Federico Felini, que atinge muito mais a plateia do que um realismo. Cada um acaba criando suas leituras e interpretações, existem muitas camadas. É uma história sensível e potente de uma mãe que joga todas as suas projeções em cima do filho; é uma metáfora de como os pais criam um plano de voo completo para o filho sem deixar eles voarem pelas próprias asas“, conta Grasson.

Para o autor, os protagonistas são diferentes e ao longo da trama entram em cena questões como o despertar da consciência, o controle de um sobre o outro. “Lucia tem um desejo pela grandeza e pela glória, deslumbrada pela fama e reconhecimento. Se considera muito maior do que a cidade em que vivem. Já Victor é um jovem com ideais simples que apenas deseja ficar com a menina que ama. Todavia, ele precisa desempenhar uma missão histórica que foi destinada para ele desde criança. É como se o personagem usasse uma roupa que não cabe mais nele“.

A cenografia de Bruno Anselmo traz um estilo não-realista por meio de recursos que dão margem para a imaginação com ideia do penhasco e o topo da montanha alinhado com as formas e cores. O figurino de Fabio Namatame se inspira nos anos 1930/40, a iluminação de César Pivetti exprime o sentido de fábula, assim como a trilha sonora original de Edgar Duvivier que utilizou instrumentos como violoncelo, sanfona, trompete para construir uma atmosfera bem solar.

Crédito: Leekyung Kim

Luccas Papp fala dos detalhes que compõem a dramaturgia. “A forma manipulada como o garoto foi criado evidencia uma temática fundamental presente no enredo da obra: a projeção de sonhos dos pais em seus filhos. Na sociedade contemporânea, ainda existe uma certa idealização de como o filho deve ser e como se realizar. O espetáculo é sobre a busca pela liberdade e o texto tem essencialmente uma beleza poética com dois personagens que vão progredindo e se modificando“.

Maria Clara Gueiros retorna ao teatro para uma temporada presencial após a chegada da pandemia. Seu último espetáculo foi Loloucas, onde atuou ao lado de Heloísa Périssé em 2020. “O palco é um dos lugares que mais amo estar e será ótimo poder voltar com O Falcão Vingador. Interpreto uma mãe determinada em fazer o filho voar por meio de um projeto do falecido marido. Para a composição da personagem, tenho como referência meu lado maternal, é um texto sensível cheio de surpresas, chega até a ir para um lado obcecado“.

Crédito: Leekyung Kim

O Falcão Vingador é a terceira parceria entre Papp e Grasson, ambos também uniram direção, dramaturgia e atuação nos espetáculos O Ovo de Ouro que retratava a figura do Sonderkommando nos crematórios dos campos de concentração nazistas durante a Segunda Guerra Mundial; e A Bicicleta de Papel que mostrava uma história sobre amizade e a busca por alguma esperança após o trauma da perda.

Serviço:

TEATRO NAIR BELLO

Rua Frei Caneca, 569 (Shopping Frei Caneca 3º Piso) – Consolação – SP.
Temporada: De 15 de julho a 28 de agosto. Sextas e Sábados, às 21h; e Domingos às 19h.
Ingressos: R$ 80,00 (inteira) e R$ 40,00 (meia). Duração: 80 minutos. Classificação indicativa: 10 anos.
Vendas Sympla

Capacidade: 201 lugares. Bilheteria online pela plataforma Sympa – Atendimento presencial 2 horas antes de cada apresentação.

‘Vingança – O Musical’ reestreia em nova casa e com elenco renovado


Créditos: Caio Gallucci


Sucesso do teatro musical brasileiro dos últimos anos, o espetáculo Vingança volta ao cartaz em junho no Teatro Raul Cortez em São Paulo. Após nove anos, o cultuado musical de Anna Toledo com músicas de Lupicínio Rodrigues reestreia em nova casa e com elenco renovado.

Para viver o melodrama envolvendo amores não-correspondidos, intrigas, ciúmes e traições, entram em cena os atores Danilo de Moura, Maria Bia e Lola Fanucchi. Do elenco original continuam Jonathas Joba, Sergio Rufino e Anna Toledo.

“É claro que eu pensei três vezes antes de retomar o papel”, conta Anna, “pois é mexer numa memória preciosa. Por outro lado, que oportunidade maravilhosa de voltar a esta peça e apresentá-la a um novo público. Tem quase dez anos desde a última temporada, um monte de gente só conhece o Vingança de ouvir o CD.”

Créditos: Caio Gallucci

A complexa trama de Vingança trata de uma ciranda de paixões entre amantes. A inspiração veio das canções do compositor gaúcho Lupicínio Rodrigues (1914-1974), um dos maiores nomes do gênero samba-canção, que inclusive foi o responsável pela expressão “dor de cotovelo”. Suas canções (“Nervos de Aço”, “Nunca”, “Ela Disse-me Assim”, Vingança”, etc) falam principalmente de amores não-correspondidos, traições e vinganças.

“A dor-de-cotovelo foi a sofrência dos anos 50”, brinca o diretor musical Guilherme Terra. Como a sofrência, o gênero dor-de-cotovelo também foi alvo de preconceito da crítica até ser abraçado nos anos 70 por artistas como Caetano Veloso e Maria Bethânia.

Como bom melodrama, Vingança toca em questões sensíveis, como o machismo, a violência, a hipocrisia e as várias formas de abuso. “Talvez estas questões fiquem mais evidentes hoje, em 2022, do que foram em 2013, quando a peça estreou.”, comenta o diretor Andre Dias. “Pode ser mais intenso, pode ser mais incômodo, mas é um risco que vale a pena correr.”

Mais uma produção da Morente Forte Produções Teatrais, a volta de Vingança é mais um sonho acalentado pelas sócias Selma Morente e Célia Forte nos últimos quase 3 anos e que se torna realidade a partir do dia 24 de junho até 28 de agosto, sempre às sextas, sábados e domingos no teatro Raul Cortez.

SERVIÇO
VINGANÇA – O musical

Teatro Raul Cortez (513 lugares)
Rua Dr Plínio Barreto, 285
Informações: 3254-1631

Bilheteria: terça a quinta das 14h às 20h; sexta, sábado e domingo das 14h até o início do espetáculo.
Aceitamos todos os cartões de débito e crédito. Não aceita cheque.
Ar-condicionado e acesso para cadeirantes.

Estreia dia 24 de junho

Sexta e sábado: 21h
Domingo: 16h
Ingressos:
Sexta, sábado e domingo – R$ 80

Estacionamento no local: R$30,00
Vendas: Sympla

Temporada até 28 de agosto

Ator brasileiro Daniel Mazzarolo estreia espetáculo em Nova York


Créditos: Matt Simpkins


O ator brasileiro Daniel Mazzarolo acaba de estrear a peça Radium Girls de D.W. Gregory, no Rita Morgenthau Theater, em Nova York. A peça é baseada em fatos reais e conta a história do envenenamento acidental de trabalhadoras de uma fábrica de relógios, que pintavam mostradores com tinta luminosa feita à base do elemento químico rádio. A direção é da renomada americana Pamela Moller Kareman.

Daniel Mazzarolo já se apresentou por todo o Brasil e também internacionalmente. Cursou Artes Cênicas na Escola de Comunicações e Artes da USP, onde iniciou seus estudos para se tornar um artista. Depois de fazer um intercâmbio de um semestre na Université Paris X – Nanterre, na França, voltou para o Brasil e trabalhou em diversas produções teatrais e cinematográficas. Em 2018 passou pelo CPT do renomado diretor Antunes Filho, onde ficou por um ano, antes de se mudar para Nova York para estudar no conservatório The Neighborhood Playouse of the Theater, tendo se formado no ano passado.

Créditos: Matt Simpkins

O ator tem uma carreira consistente no palco e nas telas. Trabalhou com o premiado diretor mineiro Gabriel Villela em espetáculos como Peer Gynt (8 Prêmios São Paulo de Incentivo ao Teatro Infantil e Jovem), Boca de Ouro (um prêmio Aplauso Brasil) e Estado de Sítio (um prêmio Shell). Também trabalhou com a diretora Mika Lins nas peças Palavra de Rainha (dois prêmios Arte Qualidade Brasil), A Tartaruga de Darwin e Tutankaton. Além desses trabalhos, fundou em 2007 o grupo teatral [pH2] : estado de teatro, com o qual realizou os espetáculos Manter em local seco e arejado, Mantenha fora do alcance de crianças, Átridas e Stereo Franz. Este último representou a América do Sul no festival Büchner International em Giessen, Alemanha, em 2013.

O grupo foi contemplado pela 18ª edição da lei de Fomento ao Teatro da cidade de São Paulo, pelo prêmio ProCultura da Funarte e pelo prêmio da Funarte Myriam Muniz. No cinema, atuou nos longas-metragens Os jovens Baumann, de Bruna Carvalho Almeida, que estreou na mostra Caleidoscópio do Festival de Brasília, e Fôlego, de Renato Sircilli, que participou do Festival Latino de Cinema. Também protagonizou os curtas-metragens Tempo, dirigido por Renan Ramiro e Clara Bastos, que integrou o Mix Festival, e Anêmona, dirigido por Felipe Santo, que participou do Kinoforum.

Em Nova York, depois de se formar no conservatório, produziu e atuou na peça Miss Jules, de August Strindberg, e Passin’ de Vivian Bonnie Wright.

Após estrelar “El Rey León”, Tiago Barbosa brilha como Lola, na versão espanhola de “Kinky Boots”, e celebra sucesso da carreira internacional


Créditos: Francisco Fernández


Foi através da música, em uma competição musical, que ele chegou ao coração e aos ouvidos de milhares de pessoas no Brasil. Tiago Barbosa, o carioca de vida simples, com dom para a arte e predestinado ao sucesso, se apresentava no reality “Ídolos”, em 2012, quando surgiu a oportunidade de audicionar para a montagem brasileira de “O Rei Leão”, considerado o marco da Broadway e um dos maiores sucessos da Disney.

Soltando a voz, Tiago emocionou a banca de criativos, composta por brasileiros e americanos, entre eles a renomada diretora Julie Taymor, de quem também conquistou o abraço que o sagrou Simba, protagonista do espetáculo que mudaria sua vida para sempre. Foi aceitando o desafio para viver o filho de Mufasa que se mudou para São Paulo, e foi também por ele, que as malas foram refeitas anos depois, rumo à Europa, onde reside atualmente, desde 2016.

Desfrutando de outras experiências como ator na capital paulista, o artista abrilhantou o elenco de musicais como “Mudança de Hábito”, onde pôde explorar sua veia cômica como o capanga TJ, e também “Cinderella – O Musical da Broadway”, onde se dividia em dois papéis, Lord Pinklenton e alternante de Príncipe Topher – deixando nele a marca por ter sido o primeiro negro do mundo a interpretar o papel.

Cultivando eterna conexão com a savana de “O Rei Leão”, que inclusive, em 2014, o consagrou Melhor Ator Revelação no Prêmio Bibi Ferreira e lhe rendeu um Troféu Raça Negra, por sua contribuição à arte, ele se viu pronto para aceitar o convite de reassumir a coroa e reviver o papel na montagem espanhola, “El Rey León”, em cartaz há mais de uma década no Teatro Lope de Vega, em Madri, e onde se apresentou durante cinco anos, realizando o sonho da carreira internacional.

“O musical ‘O Rei Leão’ foi uma grande escola, como uma relação mesmo. Com momentos fáceis, momentos difíceis, momentos de riso e de choro. Mas a palavra que define esse trabalho é gratidão. Se hoje eu sou o profissional que sou, eu devo a este musical, que acreditou em mim e me deu a oportunidade. Foram anos de muita dedicação. Não houve nenhum momento em que senti que a batalha estava ganha. E isso me ensinou muito”, reflete ele, que também teve seu trabalho reconhecido em láurea estrangeira, sendo indicado nas categorias “Actor Protagonista” e “Interpretación Destacada Masculina” do Premios Teatro Musical (PTM), em 2019.

Sem jamais fechar os olhos para o que considera um divisor de águas em sua trajetória, Tiago entendeu que era hora de encerrar o ciclo, diferente do que diz uma das mais famosas versões musicais da obra, e se despediu de “O Rei Leão” ainda durante a pandemia da Covid-19, aceitando um novo desafio profissional em palco madrileño, totalmente diferente de tudo que já tinha vivido: calçar as botas vermelhas de Lola, a estrela do musical “Kinky Boots”.

Créditos: Miguel Ángel Fernández

“Foi uma decisão que eu já estava pensando há alguns anos, e a pandemia somente me ajudou a entender que era o momento de sair e de voar. Quatro meses antes de sair do espetáculo tive uma conversa com o Mr. Thomas Schlenk, para agradecer por todos estes anos de trabalho e dizer que era hora de sair, pois estava com uma grande oportunidade batendo em minha porta, pela segunda vez, e precisava aceitar. Revivemos alguns dos momentos mais emocionantes e no final ele me disse: ‘Quem é rei, sempre será lembrado como rei. Me deixe saber quando acabar seu novo trabalho, sempre estaremos aqui'”, relembra.

Mesmo com portas abertas para retornar ao posto de Simba quando quiser, foi por se sentir mais maduro e seguro para o projeto que ele aceitou se dividir entre Lola e Simon, no musical embalado por canções de Cindy Lauper e vencedor dos prêmios Tony, Emmy e Grammy. A produção, que já flertava com o artista há cinco anos, para montagens em outros países, fez sua estreia em outubro de 2021, no Gran Teatro de Espacio Ibercaja Delicias, sob a direção de Ricky Pashkus, e ganha agora nova e curta temporada no Teatro Calderón, a partir de 27 de abril.

“Lola é um diamante, um bombom, porém muito complexa, e foi justamente essa complexidade que me capturou. Vejo Lola como uma mulher trans e isso já gera outros desdobramentos e outro tipo de estudo. Eu nunca havia trabalhado com salto alto, com perucas diversas, sutiã, vestido, e tem sido muito legal. Vejo ela assim, pois sinto que se faz necessário, é sobre poder dar voz e visibilidade a essas pessoas”, conta ele sobre os caminhos que escolheu para construir sua versão da personagem durante três meses de muito estudo e preparo. “Nunca pensei que fosse tão difícil andar de salto. Foram muitas aulas e muito workshop. Pedi para a produção aulas de modos femininos, estiletto, aulas de fonética, além de ter conversado com muitas mulheres trans”. complementa.

E se “O Rei Leão” marca um antes e um depois da carreira de Tiago no Brasil, é com “Kinky Boots” que ele sente essa divisão de tempos na Europa. “Lola tem me dado um nome e um sobrenome aqui na Espanha, agora sinto que cheguei nesse país. Foi um trabalho muito intenso. Me sinto muito realizado por cada passo, cada pequena conquista, cada decisão que fui tomando com muita calma e analisando todo o panorama. Durante esses seis anos fora, tentei ao máximo manter meu trabalho no Brasil também, realizando os meus shows, ‘Estrada’, mas sempre senti que ainda havia coisas que precisava conquistar aqui na Espanha. Tenho conseguido e estou feliz de não ter desistido no meio do processo. Já tive muita vontade de regressar, claro, mas me sinto orgulhoso de não ter abandonado meus sonhos”, reflete.

E sem descartar um retorno à sua terra natal, Tiago se mostra aberto a convites e trabalhos em solo tupiniquim. “Amaria poder fazer uma temporada no Brasil, creio que após seis anos, seria muito legal fazer um projeto na minha língua e além disso: Estar mais perto da minha família e participar um pouco mais do crescimento do meu sobrinho. Não descarto nenhuma possibilidade, tudo é uma questão de conversar”, finaliza ele reacendendo esperanças.

Verás que tudo é mentira! Os dez anos do Cordão da Mentira


Créditos: Divulgação


O Cordão da Mentira é um ato público que acontece no Primeiro de Abril nas ruas do centro de São Paulo para denunciar as violências do Estado contra a população marginalizada e os movimentos sociais em luta.

Desde 2012, sob a forma de desfil&scracho, o Cordão denuncia as torturas, assassinatos e desaparecimentos forçados do passado e do presente. Nos últimos dez anos construiu diversos atos com os sobreviventes das violências perpetradas por este longo processo de (des)construção simbólica chamado Brasil, entre eles as populações indígenas e negras, os corpos das mulheres e dos transexuais, a vida operária, sem-terra e sem-teto: os condenados da terra.

Acreditamos que a luta do Cordão é um processo de ressignificação dos espaços públicos – sobretudo em tempos sombrios como o nosso, com um ideário fascista cada vez mais presente. Através da força de seu samba, o Cordão procura construir um lugar onde as nossas tragédias ganhem expressão, em que o nosso canto ocupe as ruas.

Em 2022 o Cordão da Mentira comemora 10 anos e voltará a colocará o bloco na rua para lembrar os crimes de Estado do passado e do presente, destacando os 15 anos dos Crimes de Maio, a maior matança ocorrida após o processo de redemocratização e os 30 anos do Massacre do Carandiru, a maior carnificina prisional de nossa história. Estes dois acontecimentos marcaram a história do país e apontaram os limites do processo de redemocratização que então se construía.

Neste cenário, teremos a participação do Movimento Mães de Maio e de mães de vítimas de violência do Estado de Santos, Salvador, Rio de Janeiro e São Paulo, além de familiares de mortos e desaparecidos da ditadura, lideranças indígenas (Sônia Ara Mirim e Casé Angatú), lideranças do Movimento Negro Unificado (MNU), Padre Júlio Lancelotti, MST, MTST, homenagem ao camarada Alípio Freire, grupos de teatro, sambistas do Cordão, Quilombaque e o Bloco Agora Vai.

Esta ação foi fomentada pelo projeto “O tempo somente é porque algo acontece e onde algo acontece, o tempo está” do grupo Folias d’Arte, contemplado na 36ª Edição do Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo. Decerto, o maior valor dessa luta é a solidariedade e a imaginação para transformar o que aí está. No 1º de abril de 2021, o Cordão da Mentira aconteceu de forma virtual. Criticamos o autoritarismo brasileiro, denunciamos os apoiadores da ditadura e os crimes do atual governo e tivemos a participação de Lirinha, Ailton Krenak, Mães de Maio, Padre Julio Lancellotti, Cecília Coimbra, Kiko Dinucci, Roberta Oliveira e muitos músicos, poetas, grupos de teatro, sambistas do Núcleo Cupinzeiro, Projeto Nosso Samba e Terreiro Grande, lideranças, pensadores e movimentos sociais. Em 2022, é a hora de botar o bloco na rua!

Créditos: Divulgação

SERVIÇO

ATO: Verás que tudo é mentira. Os 10 anos do Cordão da Mentira.
Data: 01/04/2022, sexta
Horários:
16h – Concentração no Galpão do Folias
16h30 – Cortejo até o Theatro Municipal
17h – Esquentando os tamborins – Início do ato político e cultural
18h – Saída do desfil&scracho
Locais:
16h – Galpão do Folias – Rua Ana Cintra, 213 – Santa Cecília
17h – Theatro Municipal – Praça Ramos de Azevedo, s/n – República
Evento no facebook: https://fb.me/e/2hyGGclkt

Informações e contatos:
instagram: @galpaodofolias | @cordaodamentira

Prêmio Destaque Imprensa Digital anuncia indicados da 4ª edição


Créditos: Divulgação


Após um longo hiato em função da pandemia da Covid-19, é com alegria que o Prêmio Destaque Imprensa Digital (DID) celebra a retomada do setor cultural e a temporada de novas estreias, proporcionando a oportunidade de retomarem também suas atividades, bem como sua homenagem e reconhecimento aos grandes destaques do teatro musical brasileiro na cidade de São Paulo. A cerimônia, que chega a sua 4ª edição, anunciou nesta sexta-feira, 04, seus indicados.

Idealizado pelo jornalista Joaquim Araújo, responsável também pela organização junto da jornalista Grazy Pisacane, de Pedro de Landa e Wall Toledo, a celebração, em constante crescente e considerada a maior e mais importante no formato digital, surgiu da vontade de unir não apenas os profissionais do gênero, mas também a imprensa online, que se dedica a ele de inúmeras formas, elevando assim sua importância e ampliando o alcance de sua divulgação.

Excepcionalmente este ano, a organização planeja realizar duas edições, sendo a primeira no mês de abril, referente aos últimos 26 meses, considerando espetáculos estreados entre 1ª de novembro de 2019 e 31 de dezembro de 2021 e que atendam ao regulamento, e a segunda no mês de dezembro, visando manter o calendário original e contemplando as produções que estrearem em 2022. Ao todo 25 membros da imprensa cultural, divididos em 18 veículos voltados para cultura e entretenimento, além dos especializados, acompanharam os espetáculos.

A celebração virtual, a ser realizada neste ano em parceria com o Teatro União Cultural, se difere por sua dinâmica audiovisual e números musicais inéditos, com versões exclusivas de canções dos espetáculos indicados na categoria Destaque Musical Estrangeiro – Versão Brasileira. Atualmente a láurea direciona seu olhar para o universo artístico e já reconheceu o talento de dezenas de profissionais. Nesta edição, ao todo 100 nomes foram destacados pelo time de jurados entre as 10 categorias, e os mais votados compõem a lista final com 50 indicados. Confira!

INDICADOS DID 20.21

Destaque Coreografia

Alex Martins – Naked Boys Singing! Brasil
Alonso Barros – O Rei do Show, Barnum
Barbara Guerra – Summer – Donna Summer Musical
Floriano Nogueira – Charlie e a Fantástica Fábrica de Chocolate
Katia Barros – Conserto para Dois – O Musical

Destaque Roteiro Original

Anna Toledo – Conserto para Dois – O Musical
Caique Oliveira – Hadassa – O Musical
Lucio Mauro Filho – Novos Baianos, O Musical
Marilia Toledo e Emilio Boechat – Silvio Santos Vem Aí – Uma Comédia Musical
Vitor Rocha – Bom Dia Sem Companhia

Destaque Ator Coadjuvante

Adriano Tunes – Silvio Santos Vem Aí – Uma Comédia Musical
Alan Rocha – A Cor Púrpura, O Musical
Ivan Parente – Silvio Santos Vem Aí – Uma Comédia Musical
Matheus Paiva – O Rei do Show, Barnum
Rodrigo Miallaret – Charlie e a Fantástica Fábrica de Chocolate

Destaque Atriz Coadjuvante

Analu Pimenta – A Cor Púrpura, O Musical
Daniela Cury – Silvio Santos Vem Aí – Uma Comédia Musical
Flavia Santana – A Cor Púrpura, O Musical
Giulia Nadruz – O Rei do Show, Barnum
Sara Sarres – Charlie e a Fantástica Fábrica de Chocolate

Destaque Ator

Jarbas Homem de Mello – Conserto para Dois – O Musical
Marcel Octavio – Assassinato para Dois
Murilo Rosa – O Rei do Show, Barnum
Thiago Perticarrari – Assassinato para Dois
Velson D’Souza – Silvio Santos Vem Aí – Uma Comédia Musical

Destaque Atriz

Claudia Raia – Conserto para Dois – O Musical
Jennifer Nascimento – Summer – Donna Summer Musical
Karin Hils – Summer – Donna Summer Musical
Kiara Sasso – O Rei do Show, Barnum
Letícia Soares – A Cor Púrpura, O Musical

Destaque Direção

Fernanda Chamma e Marilia Toledo – Silvio Santos Vem Aí – Uma Comédia Musical
Gustavo Barchilon – O Rei do Show, Barnum
Jarbas Homem de Mello – Conserto para Dois – O Musical
Tadeu Aguiar – A Cor Púrpura, O Musical
Zé Henrique de Paula – Assassinato para Dois

Destaque Direção Musical

Carlos Bauzys – Summer – Donna Summer Musical
Daniel Rocha – Charlie e a Fantástica Fábrica de Chocolate
Fernanda Maia – Assassinato para Dois
Thiago Gimenes – O Rei do Show, Barnum
Tony Lucchesi – A Cor Púrpura, O Musical

Destaque Musical Brasileiro

Bertoleza – Gargarejo Cia. Teatral
Bom Dia Sem Companhia – Encanto Artístico e Enxame Produções Culturais
Conserto para Dois – Raia Produções
Novos Baianos, O Musical – Dueto Produções
Silvio Santos Vem Aí – Uma Comédia Musical – Paris Cultural

Destaque Musical Estrangeiro (Versão Brasileira)

A Cor Púrpura, O Musical – Estamos Aqui Produções
Assassinato para Dois – Morente Forte
Charlie e a Fantástica Fábrica de Chocolate – Atelier de Cultura
O Rei do Show, Barnum – Barho Produções
Summer – Donna Summer Musical – Atual Produções e Bárbaro! Produções