‘O Último Concerto para Vivaldi’ reestreia em SP

'O Último Concerto para Vivaldi' reestreia em SP

Créditos: Cléber Corrêa


Espetáculo “O Último Concerto para Vivaldi” reestreia dia 13 de agosto no Teatro Nair Bello, após passar pelo Centro Cultural da Diversidade e Viga Espaço Cênico em que fez 12 sessões com ingressos esgotados (dentro da capacidade de público permitido nos locais e seguindo todas as medidas de segurança).

A peça “O Último Concerto para Vivaldi” tem texto e direção de Dan Rosseto, em seu trabalho mais autoral. No elenco estão os atores Amazyles de Almeida, Bruno Perillo e Michael Waisman. O espetáculo é o primeiro a fazer temporada no Teatro Nair Bello desde o ano passado. Relembre a nossa entrevista com os atores:

O “Último Concerto para Vivaldi” conta o último ano na vida de um professor de matemática universitário e um violinista profissional que ensaia um concerto de “As Quatro Estações” de Vivaldi. Um deles está com uma doença terminal incurável e tem apenas um ano de vida. Eles decidem transformar a casa em que moram em um hospital para que possam viver juntos durante este período.

O casal é assistido por Adilah (Amazyles de Almeida), uma enfermeira muçulmana que deixou o seu país após perder toda a sua família num confronto. Com o agravamento da doença vem uma descoberta que pode abalar a relação de Anton (Bruno Perillo) e Ben (Michael Waisman). Um deles se inscreveu num programa de morte assistida e precisa que o outro assine a documentação para que o procedimento aconteça. Neste embate entre vida e morte, o espectador é testemunha da difícil decisão entre antecipar ou não a partida quando o fim está próximo.

“O Último Concerto para Vivaldi” fecha um ciclo de obras de Dan Rosseto, iniciado com “Manual para Dias Chuvosos” em que o tema morte tem forte importância em sua obra. A peça é um drama em quatro quadros (Primavera, Verão, Outono e Inverno), passando pelas “As Quatro Estações de Vivaldi” e os estágios da doença que nos faz chegar até a morte. Na obra além da discussão sobre o tema, temos um outro assunto relacionado que é morte assistida e a sua discussão sobre ela.

“O Último Concerto para Vivaldi” é um texto realista que conta um pouco sobre a vida de Anton e Ben que vivem juntos há onze anos. O primeiro, matemático, professor universitário e pesquisador reconhecido. O segundo, um violinista profissional que toca em uma orquestra sinfônica e ensaia para um concerto de “As Quatro Estações” em homenagem a Vivaldi. Morando juntos desde que se conheceram, eles transformaram a casa onde vivem em um hospital com poucos equipamentos após a descoberta de uma doença grave em um deles, fazendo com que o outro viva os últimos meses ao lado do parceiro, como uma despedida.

Convivendo juntos e trabalhando em casa, eles passam as horas relembrando momentos de suas vidas, traçando um panorama sobre o comportamento dos casais no mundo contemporâneo, a convivência entre dois homens e tudo o que compreende esta condição. A medida que as estações do ano avançam, a doença se agrava e o público sabe enfim quem está se despedindo da vida.

O texto também relembra os anos de relação do casal, passando por momentos de ciúmes, reflexões importantes sobre o papel na sociedade, as escolhas de cada um, arte, viagens, entre outros assuntos. Eles revivem em um ano, durante as quatro estações momentos marcantes de suas vidas.

É importante ressaltar que esta obra fala de amor, em qualquer que seja a sua instância. E não trata do tema de forma a levantar bandeiras políticas ou sociais, apenas narra a relação de dois homens maduros e independentes que lutam dia após dia para um deles morrer dignamente, com a aliança e pacto de serem felizes por um ano ou até o término das quatro estações.

“O Último Concerto para Vivaldi” foi contemplado na pela Lei Emergencial Aldir Blanc, Inciso III, módulo I: Maria Alice Vergueiro; da Secretaria Municipal de Cultura da cidade de São Paulo.

SERVIÇO:

LOCAL: Teatro Nair Bello – Shopping Frei Caneca 3º piso (Rua Frei Caneca, 569 – Consolação), 90 lugares. Com acessibilidade para cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida.

DATA: 13/08 até 22/08 (Sexta e sábado 20h e domingo 18h)

INGRESSOS: Gratuito, retirada através do Sympla.

INFORMAÇÕES: 11 3472-2414 e @oultimoconcerto

DURAÇÃO: 100 minutos

CLASSIFICAÇÃO: 12 anos

‘O Som e a Sílaba’ retorna a São Paulo no Teatro Santander

'O Som e a Sílaba' retorna a São Paulo no Teatro Santander

Créditos: Julia Lanari


Após o Governo do Estado de São Paulo anunciar um avanço na vacinação contra a COVID-19, ampliação nos horários de funcionamento de estabelecimentos dos mais variados setores da economia e um aumento na capacidade de ocupação dos mesmos, o cenário cultural da cidade volta a respirar. Graças a essas medidas, um dos musicais nacionais mais celebrados e premiados retorna oficialmente à cidade de São Paulo! Nos dias 6, 7, 8, 13, 14 e 15 de agosto de 2021 o público irá voltar a se divertir e se emocionar com a comédia musical “O Som e a Sílaba“, no Teatro Santander, localizado no Complexo JK Iguatemi. O espetáculo, vencedor de 6 estatuetas e com 42 indicações nas principais premiações do país, conta com texto e direção de Miguel Falabella e foi especialmente concebido para Alessandra Maestrini e Mirna Rubim viverem na pele as duas personagens principais.

Os ingressos, que tem disponibilidade reduzida a 60% da capacidade total da casa, já estão à venda pela internet e pela bilheteria oficial (sem taxa de conveniência – Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 2041). “O Som e a Sílaba” é apresentado pelo Ministério do Turismo e Santander, com realização da Maestrini Produções, conhecida por sempre deixar sua marca registrada de sensibilidade e bom humor em todos os projetos que realiza. Em sua essência, o slogan que retrata bastante o espetáculo: “porque a vida pode ser profundamente espirituosa!

O Som e a Sílaba” trata da relação entre Sarah Leighton (Alessandra Maestrini) e Leonor Delise (Mirna Rubim), duas mulheres muito diferentes. A primeira, jovem e com dificuldades em se enquadrar na sociedade, porém completamente única, por conta do diagnóstico de Síndrome de Asperger. Sarah é uma Savant: possui um autismo altamente funcional que, por um lado, lhe permite habilidades em algumas áreas, entre elas números e música; e que, por outro, faz com que ela se comunique com o mundo de uma maneira inusitada, gerando situações hilárias. Já a segunda, uma diva internacional da ópera com mais de 50 anos que, por acasos da vida, se tornou professora de canto. Direta, elegante, refinada e aparentemente bem resolvida. Aparentemente.

“A maioria dos savants conhecidos é homem.” Diz Sarah. “Os homens querem ganhar em tudo sempre!” responde Leonor. “Nós estamos sendo cobradas até hoje por causa daquela maldita costela…“.

Com diálogos e situações divertidas entre duas pessoas de universos tão distintos, acaba nascendo das diferenças uma cumplicidade; uma transforma a vida da outra, até que o público se pergunta: quem, de fato, está ensinando a quem?

'O Som e a Sílaba' retorna a São Paulo no Teatro Santander
Créditos: Pedro Jardim de Mattos

O Som e a Sílaba celebra o mistério e a singularidade da mente humana, com um texto engraçado, cheio de afeto e comovente.

Em torno dessa montagem reuniu-se uma equipe de categoria que constrói uma verdadeira pintura viva: o elegante cenário ficou nas mãos de Zezinho Santos e Turíbio Santos; a luz sensível de Wagner Freire complementa os premiados figurinos de Ligia Rocha e Marco Pacheco que, juntamente com o visagismo de Wilson Eliodoro, materializam os cativantes personagens do musical. O Som e a Sílaba conta com o design de som de Mario Jorge Andrade, que leva a experiência auditiva do espetáculo, com todos os números musicais cantados ao vivo pelas atrizes, para um novo patamar de excelência.

O espetáculo vem acumulando estatuetas e indicações nas principais premiações do país (Bibi Ferreira, Reverência, Aplauso, Broadway World Brazil Award, Prêmio Imprensa Digital, Prêmio Musical Cast).

SERVIÇO
O SOM E A SÍLABA
Dia: dia 6 de agosto de 2021 (sexta-feira)
dia 7 de agosto de 2021 (sábado)
dia 8 de agosto de 2021 (domingo)
dia 13 de agosto de 2021 (sexta-feira)
dia 14 de agosto de 2021 (sábado)
dia 15 de agosto de 2021 (domingo)
Horários: Sextas-feiras e Sábados às 21h | Domingos às 18h
Local: Teatro Santander
Endereço: Shopping JK Iguatemi – Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 2041
Classificação etária: 12 anos
Capacidade: 555 pessoas

PREÇOS
PLATEIA: R$60,00 (meia-entrada) R$120,00 (inteira)
PLATEIA SUPERIOR: R$55,00 (meia-entrada) R$110,00 (inteira)
FRISA PLATEIA: R$55,00 (meia-entrada) R$110,00 (inteira)
BALCÃO: R$25,00 (meia-entrada) R$50,00 (inteira)
FRISA BALCÃO: R$25,00 (meia-entrada)R$50,00 (inteira)

INGRESSOS
Internet (com taxa de conveniência):
Sympla

Bilheteria física (sem taxa de conveniência):
Atendimento Presencial: Todos os dias 12h às 18h. Em dias de espetáculos, a bilheteria permanece aberta até o início da apresentação.
Auto-atendimento: A bilheteria do Teatro Santander possui um totem de auto-atendimento para compras de ingressos sem taxa de conveniência 24h por dia.

Adriana Calcanhotto retorna aos palcos no Teatro Claro Rio, em Copacabana


Créditos: Leo Aversa


Depois de compor e gravar um disco inteiro (“Só” – 2020) confinada em casa com colaboradores em diversas cidades do Brasil, Adriana Calcanhotto fará seu retorno aos palcos em shows voz e violão no Teatro Claro Rio, em Copacabana, nos dias 20 e 21 de agosto, às 20h. Os ingressos podem ser adquiridos pela SYMPLA.

Adriana dará uma prévia da tour que está agendada para acontecer no ano que vem, 2022, nos Estados Unidos e Europa. A primeira etapa, que seria realizada em setembro de 2021 nos Estados Unidos, acaba de ser adiada por questões sanitárias em decorrência da pandemia.

Créditos: Leo Aversa

“Os shows que farei no Teatro Claro Rio, foram marcados como quatro shows pré-tour americana porque não resisti ao convite da casa, uma das salas onde mais amo cantar, o antigo Teatro Tereza Raquel, no coração de Copacabana. Com o adiamento, os Estados Unidos ficam pra depois e os quatro shows de agosto no Rio não serão mais prés, serão o presente”, conta Adriana.

Entre as músicas que farão parte do repertório estão faixas que marcaram sua carreira, além de “Veneno Bom” (assista ao lyric vídeo aqui) — que foi a composição premiada com Menção Honrosa no International Songwriting Competition (ISC) deste ano, “Flor Encarnada” e algumas canções inéditas.

Cenário assinado por Mana Bernardes, figurino Linho 1 e iluminação por Gabriel Marques.

SERVIÇO:
Adriana Calcanhotto | Voz e Violão
Local: Teatro Claro Rio – Rua Siqueira Campos, 143 – 2º piso – Copacabana.
Data: 20 (sexta) e 21 (sábado) de agosto
Horário: 20h
Ingressos: Entre R$ 50,00 e R$ 120,00
Vendas: https://bileto.sympla.com.br/event/68327/d/103764
Capacidade: 263 lugares (capacidade em 40%)
Classificação: 12 anos

O Teatro Claro Rio segue todos os protocolos sanitários.

Espetáculo ‘A Noviça Mais Rebelde’ estreia no Teatro Renaissance


Créditos: João Caldas


A Noviça Mais Rebelde está comemorando 12 anos de sucesso com uma temporada popular no Teatro Renaissance. O espetáculo já circulou pelo Brasil fazendo mais de 650 apresentações e foi visto por mais de 400 mil pessoas. Só na cidade de São Paulo foram nove temporadas, nos teatros Renaissance, Raul Cortez e Santo Agostinho. No Rio de Janeiro foram quatro meses de temporada no Teatro Leblon.

Na peça, o ator Wilson de Santos dá vida à Irmã Maria José, uma freira que canta, dança e conta histórias do seu passado picante para interagir com o público enquanto aguarda a chegada da Madre Superiora, que lhe prometeu um número de destaque num espetáculo beneficente. A Noviça Mais Rebelde fará 8 únicas apresentações, de 01/08 à 19/09/2021, no Teatro Renaissance, aos domingos às 16h:00.

A Irmã Maria José é uma das personagens originais do musical “Noviças Rebeldes”, sucesso Off-Broadway chamado “Nunsense”, dirigido por Wolf Maia com a Cia Baiana de Patifaria. A Noviça Mais Rebelde é uma criação do próprio Wilson com ajuda do norte-americano Dan Goggin, autor de “Nunsense”. Na peça, a hilária freira que era renegada ao papel de contrarregra por não possuir talento – e por ter uma personalidade irreverente demais – volta tentando provar mais uma vez que sua fé pode conviver com as luzes dos holofotes e com os aplausos do público.

A comédia musical tem início quando a irmã Maria José se vê obrigada a entreter a plateia enquanto a Madre Superiora não chega para o show beneficente preparado para a noite. Improvisando jogos interativos e números musicais – todos retirados de lembranças hilárias do seu passado nada católico, antes de se converter à Igreja –, ela leva para o palco imitações e comentários sobre a vida no Brasil, num jogo direto com o público. Em pouco mais de uma hora, todos participam de um “bingo santo”, de um jogo de roleta e até de um número de cabaré. Em meio às apresentações, Irmã Maria José ainda encontra espaço para falar sobre sua vida, alternando poesia e humor ao narrar a transformação de uma “garota da vida” em uma freira católica.

Créditos: João Caldas

A Noviça Mais Rebelde estreou em 2009, em Campinas (SP). Wilson de Santos, que durante mais de dez anos fez grande sucesso em montagens da Cia. Baiana de Patifaria como “A Bofetada” e “Noviças Rebeldes”, já foi dirigido por nomes como Bibi Ferreira (Viva o Demiurgo), Jorge Takla (Vitor ou Vitória) e Charles Möeller (A Diabólica Moll Flanders). Na TV, viveu o camareiro do night club Copacabana em Kubanacan (novela de Carlos Lombardi com direção de Wolf Maya) e o personagem “Jojo”, em Duas Caras (novela de Aguinaldo Silva com direção de Wolf Maya).

Serviço

A NOVIÇA MAIS REBELDE

Duração: 90minutos

Recomendação etária: 08 anos

Teatro Renaissance (440 lugares)

Alameda Santos, nº 2233.

Temporada: 01/08 a 19/09/21

Horários: Domingos, às 16:00

Ingressos: R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia)

Vendas: www.sympla.com.br

Peça com Luccas Papp e Leonardo Miggiorin reestreia temporada presencial e digital

A Bicicleta de Papel, com Luccas Papp e Leonardo Miggiorin, reestreia em temporada presencial e digital

Créditos: João Sampaio e Davi Gomes


Luccas Papp e Leonardo Miggiorin repetem parceria em A Bicicleta de Papel, espetáculo sobre amizade e a superação de traumas. Com direção de Ricardo Grasson, a peça está em cartaz com nova temporada no Teatro Sérgio Cardoso, equipamento da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo e gerido pela Amigos da Arte, até 1º de agosto, com sessões aos sábados e domingos, às 19h, também com transmissão on-line das sessões através do projeto Teatro Sérgio Cardoso Digital. A capacidade da plateia presencial será reduzida, por conta das restrições de protocolo da Covid-19. O projeto é uma realização da LPB Produções e da Nosso Cultural.

O texto de Luccas Papp se passa na virada do milênio, durante a noite do dia 31 de dezembro de 2000, onde se encontra Ian (Luccas Papp), um rapaz que poucos meses antes ultrapassou o farol vermelho e sofreu um acidente que matou toda sua família e lhe transformou em uma figura solitária e repleta de culpa. Suas únicas companhias são um gravador, uma bolinha de borracha e o peru que nunca fica pronto. É nesse momento que Noah (Leonardo Miggiorin), seu melhor amigo, entra em sua casa com uma missão: passar o ano novo com Ian e provar-lhe que ainda há tempo para viver e ter esperança em dias melhores.

É um texto que escrevi há dois anos, nem imaginava que o mundo iria virar de ponta cabeça. É uma história sobre traumas, mas acima de tudo é sobre a capacidade de se perdoar. Meu personagem enfrenta um processo difícil para se libertar e construir algo novo. A dramaturgia é permeada por diálogos curtos, entrecortados, alguns monólogos narrativos, e retrata muito a cultura pop daquela época”, conta Luccas Papp.

A Bicicleta de Papel, com Luccas Papp e Leonardo Miggiorin, reestreia em temporada presencial e digital
Créditos: João Sampaio e Davi Gomes

A direção de Ricardo Grasson prioriza a interpretação e todos os elementos cênicos costuram e valorizam o cerne da trama que é a palavra. “Encenação, cenografia, iluminação, figurino e trilha sonora são minimalistas para enfatizar a relação do duo, são amigos de anos que lidam com problemas reais. A trama usa a força do amor para abordar todos os conflitos de forma lúdica e imagética em uma linguagem contemporânea com a intenção de criar uma reflexão sobre esperança, futuro e a superação da culpa em seus espectadores”, diz o diretor.

O projeto tem participações especiais em off de Elias Andreato, Ando Camargo, Rita Batata e Lívia Marques, os atores dão voz para apresentador e repórteres na cobertura de réveillon. O figurino é de Cássio Scapin, luz de Gabriele Souza, além da cenografia assinada pelo diretor e o autor.

Papp e Miggiorin interpretaram os melhores amigos em O Ovo de Ouro, texto de Papp que estreou em 2019 e contava uma história pouco conhecida da Segunda Guerra Mundial, a figura do Sonderkommando nos campos de concentração. Nesta montagem, criou-se uma relação e um entrosamento que serão colocados novamente no palco.

Eles instigam um ao outro, além da própria direção. O jogo entre eles é recomposto de uma outra maneira agora, essa amizade foi construída na produção anterior e volta a ser enfatizada com o novo texto. É importante tocar nessas questões devido aos momentos que estamos vivendo com a pandemia. A peça é contra essa política de cancelamento do mundo, reforça que podemos reescrever a nossa própria história e viver o novo”, ressalta Grasson que dirigiu a dupla em ambos os trabalhos.

Miggiorin descreveu os mecanismos que o auxiliaram na criação de Noah. “O maior exercício é acreditar na força da presença. A construção do papel foi pautada no exercício do ‘aqui agora’. Então preciso fazer uma meditação para entrar em cena, me concentrar e me conectar, como se não tivesse mais nada a fazer no mundo, senão estar ali, presente, com aquelas pessoas, naquele lugar. Meu personagem adora músicas dos anos 80, e estou ouvindo muito, além de relembrar de como era a vida no contexto do ano de 2001, período em que a história acontece”.

A Bicicleta de Papel, com Luccas Papp e Leonardo Miggiorin, reestreia em temporada presencial e digital
Créditos: João Sampaio e Davi Gomes

O ator ainda destaca que um dos maiores artifícios da peça é trazer uma reflexão sobre o momento atual vivido por todos nós. “O isolamento está muito além da pandemia, muitos de nós já estávamos isolados do mundo antes mesmo dessa quarentena. Perdemos tempo com bobagens, não entendemos ainda o valor da presença. Este espetáculo fala sobre estar presente enquanto ainda temos tempo. Enquanto ainda estamos aqui”.

A atmosfera de A Bicicleta de Papel dialoga com os enredos de dois espetáculos de Luccas Papp que foram encenados recentemente. A Ponte refletia sobre a cultura do cancelamento e O Estranho Atrás Da Porta discutia como a intolerância e o preconceito impactavam a vida de dois jovens. “Gosto muito de retratar relações familiares e afetivas, além das perdas, tanto no sentido da morte ou de um status. Nossas vidas se baseiam muito dentro deste conjunto e na quebra deles. Trafegar por estes caminhos é algo que me instiga retratar”, finaliza Papp.

Serviço:
A BICICLETA DE PAPEL
Temporada: De 27 de junho a 1º de agosto. Sábados e domingos, à 19h.
Ingresso: R$ 40,00 (inteira) – R$ 20,00 (meia entrada).
Gênero: Drama. Duração: 60 minutos. Classificação indicativa: 10 anos.

Teatro Sérgio Cardoso – Sala Paschoal Carlos Magno
Rua Rui Barbosa, 153 – Bela Vista. São Paulo – SP.
Sala Paschoal Carlos Magno 149 lugares (143 + 6 cadeirantes).
(40% da capacidade total da plateia, conforme estabelecido pelo protocolo do Governo do Estado e da Prefeitura da capital).
Ingressos: Sympla
Atenção à diferenciação entre os ingressos para a temporada presencial e a digital.
A sala de transmissão digital abre com 15 minutos de antecedência. É recomendável acessá-la antes do horário de início da apresentação.

MORADORES DO BIXIGA E BELA VISTA
50% de desconto nos ingressos*
No Teatro Sérgio Cardoso os moradores do Bixiga e da Bela Vista podem adquirir ingressos pela metade do preço. Vá até a bilheteria do teatro com um comprovante de residência e verifique as condições e disponibilidade de ingressos promocionais. (Até dois ingressos por CPF).

– O Teatro Sérgio Cardoso e as produções seguem rigorosamente o protocolo estabelecido pelo Governo do Estado e pela Prefeitura da capital para ocupação dos espaços culturais durante a pandemia de COVID-19.

“A Bela e a Fera” reestreia no Teatro Claro SP

"A Bela e a Fera" reestreia no Teatro Claro SP

Créditos: Bianca Tatamiya


Com coreografias adaptadas ao protocolo de ações contra a Covid-19, atores com máscara o tempo todo e a realidade do cotidiano da pandemia inserida no espetáculo, tanto na encenação como no texto, o clássico musical A BELA E A FERA – O MUSICAL reestreia no Teatro Claro SP dia 24 de julho, sábado às 16 horas. Temporada aos sábados às 16h e domingos às 16h30 horas até dia 15 de agosto.

Responsável pela direção geral e adaptação, Billy Bond tratou de incluir, em algumas cenas, de forma sutil, marcações ressaltando a importância do uso do álcool gel e do distanciamento social. O espetáculo já foi visto por espectadores em cidades do Brasil, Argentina, Chile e Peru.

Para contar a história de Bela, a produção conta com 23 pessoas no elenco – 12 no corpo de baile e 11 atores interpretando 30 personagens. No total, 55 profissionais trabalham na montagem, entre técnicos de palco, de cabine e produtores.

Quem garante a organização e atua comandando os bastidores para que tudo dê certo é a diretora de produção Andrea Oliveira. Ela brinca que transformará os bastidores do teatro “quase num hospital” para garantir o cumprimento das regras de proteção, como todas da equipe paramentada com equipamentos de proteção individual – máscaras, face shields e aventais.

Para evitar que os atores retirem a máscara ao se maquiar no camarim, cada um faz seu make em casa e chega pronto ao teatro. Assim ninguém fica um minuto sem proteção”, conta Andrea, comentando sobre os cuidados, os novos procedimentos adotados na pandemia.

Billy revela que a partir dos anos 2000 sedimentou seu formato de encenar espetáculos musicais com total liberdade de criação. Italiano naturalizado argentino, o aclamado diretor é também responsável pela encenação de Mágico de Oz, Natal Mágico, Peter Pan, Cinderella e Os Miseráveis, entre outros.

Para envolver a plateia na sensação de fazer parte do espetáculo, o diretor faz questão de efeitos especiais e de iluminação, além de recursos de gelo seco, entre outros truques, como a levitação e o vôo de um fantasma, efeitos de ilusionismo. O 4D aproxima ainda mais os espectadores do universo mágico da obra. “O público sente o aroma de rosas, da chuva, sente o vento, a neve e muitas outras sensações que fazem parte da história”, relata o diretor Billy Bond.

História
Romance originalmente escrita para adultos por Gabrielle-Suzanne Barbot, em 1740, A Bela e a Fera recebeu versão mais curta para crianças, em 1956, por Jeanne-Marie LePrince de Beaumont. O clássico conto de fadas foi eternizado no cinema pela animação de Walt Disney. Para salvar seu pai, a bondosa Bela vai morar no castelo da assustadora Fera. Mas, com o passar do tempo, a jovem descobre que a Fera não é tão má assim.

"A Bela e a Fera" reestreia no Teatro Claro SP
Créditos: Bianca Tatamya

Bela deseja para sua vida muito mais do que a pequena cidade provinciana de Villeneuve pode oferecer. Lá, ela se destaca da multidão com um ponto de vista único, uma independência vigorosa e um notável amor pelos livros. Ela anseia por viagens e aventuras, e por uma vida tão empolgante quanto as histórias que lê, mas, quando seu amado pai é aprisionado por uma fera em um castelo encantado, o destino de Bela muda para sempre. Ao arriscar sua liberdade e seu futuro, ela assume o lugar do pai, jurando que escaparia em segredo. No entanto, conforme aprende mais sobre a Fera e seu misterioso castelo, Bela descobre que pode haver mais sobre a história dele – e sobre a sua própria – do que ela jamais poderia ter imaginado.

O diretor estimula os jovens e crianças a refletir, assim como Madame Jeanne (autora do conto), que se preocupava com a essência do ser humano e queria que os jovens aprendessem a ouvir seus corações. “Não é fácil fazer espetáculos para a família, pois temos que agradar a todos. As mais difíceis de agradar são as crianças, que são perceptivas e diretas. A história tem que ser contada com muita agilidade e surpreender a cada momento. A música e a dança devem acontecer em sincronia total e os figurinos devem ser impecáveis. Tudo isso somado a uma boa adaptação são os requisitos básicos para uma superprodução musical”, completa Billy, sempre rigoroso em seus trabalhos.

"A Bela e a Fera" reestreia no Teatro Claro SP
Créditos: Bianca Tatamyia

Serviço
A BELA E A FERA – O MUSICAL – Reestreia dia 24 de julho, sábado, às 16 horas.

Local: Teatro Claro São Paulo – R. Olimpíadas, 360 – Vila Olímpia, São Paulo – SP, 04551-000
Estreia: 24/07/2021
Curta temporada: 24/07 a 15/08/2021
Data: Sábado às 16 Domingo 16h30
Ingresso: R$ 200,00 (Plateia) / R$ 180,00 (Balcão Nobre) / R$ 150,00 (Balcão)
Capacidade: 321 lugares (40% da capacidade total)
Classificação: Livre
Duração: 1h30

Descontos: 50% de desconto para cliente Claro em até 4 ingressos.
Meia-entrada: estudantes, maiores de 60 anos, professores da rede publica, PCD.

Elenco

1. Luiza Lapa (Bela)
2. Diego Luri (Fera)
3. Marcio Yacoff (Gaston)
4. Luana Martins (Ulisses )
5. Alvaro de Pádua (Lumina)
6. Ítalo Rodrigues (Tic Toc)
7. Paula Canterini (Bule e Carlota)
8. Davi Okabe (Xícara)
9. Luiz Pacini (Pai da Bela)
10. Nicole Peticov – Anacleta
11. Mayla Bety -Poltrona
12. Marcio Lousada (Fariseo)
13. Luiza ( Tapete)
14. Luana Oliveira – Pompom