Clássico Otelo, com Samara Felippo, e Intocáveis entram no Eu Faço Cultura




O Eu Faço Cultura continua trazendo novidades à cidade de São Paulo. Os espetáculos Otelo e Intocáveis estão disponíveis na vitrine de produtos do projeto. A iniciativa é uma plataforma digital que disponibiliza produtos culturais para populações de baixa renda. Os beneficiários que podem efetuar os resgates são usuários de programas sociais do governo (ex: Bolsa Família), alunos de escolas públicas por meio dos cadastros de diretores, ONGs, microempreendedores individuais e população de baixa renda, que normalmente não têm acesso à cultura.

Foto: Divulgação

No projeto, os ingressos/produtos são comprados do produtor cultural e oferecidos aos consumidores finais com subsídio total do Ministério da Cultura pela Lei Rouanet. Uma iniciativa da Federação Nacional das Associações de Empregados da CAIXA (FENAE) que, por meio do Movimento Cultural do Pessoal da CAIXA (MCPC), mobiliza os empregados da CAIXA. Além dessas milhares de doações, o projeto também conta com o patrocínio da CAIXA Seguradora e da PAR Corretora.

Nesta etapa, foram distribuídos ingressos de espetáculos teatrais nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Nova Friburgo, Goiânia, Brasília e Barra do Garça (MT). O Eu Faço Cultura continua crescendo e está prestes a inserir novas cidades. A vitrine acaba de inaugurar a parte de cinema com o UCI.

Otelo é um clássico de Shakespeare e está em cartaz no Teatro Faap. A montagem conta com a direção de Debora Dubois e tem no elenco Samara Felippo, Rafael Maia, Samuel de Assis e Antonio Ranieri, entre outros. A trama trata de paixões, traição, honra e ódio.

Com direção de Iacov Hillel, Intocáveis faz temporada Teatro Renaissance e é uma adaptação do filme homônimo francês, de Oliver Nakache e Éric Toledano. Mostra um aristocrata tetraplégico que decide contratar um jovem sem experiência para ser seu assistente. Aos poucos, a relação dos dois vai ficando mais forte.

No site já estão disponíveis entradas gratuitas para vários espetáculos em cartaz em em todo o Brasil, são 33 peças teatrais no total. Em apenas cinco meses de funcionamento, a iniciativa atingiu a marca de 150 mil pessoas beneficiadas com as ações de forma direita e indireta.
Otelo
Teatro Faap – Rua Alagoas, 903 – Higienópolis – São Paulo
Quartas e Quintas, às 20h. Até 28 de abril
Direção: Debora Dubois. Elenco: Samara Felippo, Rafael Maia, Samuel de Assis e Antonio Ranieri, entre outros.
Intocáveis
Teatro Renaissance – Al. Santos, 2.233 – Jardim Paulista – São Paulo
Sexta e Sábado, às 19h. Até 21 de maio
Direção: Iacov Hillel. Elenco: Marcello Airoldi, Val Perre, Eliana Guttman, Bruna Miglioranza, Carolina Parra, Ricardo Ripa e Fernando Oliveira.
Para conferir a galeria com todos os espetáculos, acesse o site: www.eufacocultura.com.br.

‘Holoclownsto’ estreia no Teatro Jaraguá em SP




Contemplada com o Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz, a Cia. carioca Troupp Pas D’argent estreia, em São Paulo, no dia 09 de abril o espetáculo Holoclownsto, no Teatro Jaraguá.

Foto: Divulgação

A peça conta a história de seis clowns prisioneiros que se conhecem no último vagão de um trem rumo ao desconhecido, durante uma guerra. Nesse caminho, a tolice e a doçura desses artistas transformam o horror da guerra numa poética, bem humorada e sensível jornada até a alma do ser humano em sua condição de palhaço e vice-versa.

Combinando a inocência patética de um clown com o horror de uma Guerra, Holoclownsto é o pano de fundo dos conflitos internos do ser humano.  Pão Doce, Bimbinco, Bangué, Nill, Chapelím e Matraca, os clowns, brincam com suas próprias mazelas, provocando o riso por sua estupidez e por estarem dentro de uma pequena ‘tragédia’, onde espelham o próprio público e emocionam por sua incapacidade diante da guerra.

Buscam a paz interior e lutam por sua sobrevivência dentro do trem, mas, acabam por criar um caos irreversível e com isso, o vagão se torna um campo de batalha, no qual ninguém sabe onde vai dar ou a quem pedir socorro, refletindo assim, a própria vida.

Numa mistura de situações trágico-patéticas e de humor crítico, o espetáculo apresenta uma dramaturgia corporal e uma trilha sonora autoral, composta exclusivamente. A música dita o andamento das cenas e contribuem para transformação das emoções, assim como o figurino inspirado em uniformes de prisioneiros de guerra e trajes clássicos de clowns e o cenário que remete a um vagão de trem de madeira, em tamanho real, transformando a estrutura real em algo lúdico e mutável.

FICHA TÉCNICA:

Dramaturgia: Marcela Rodrigues e Natalie Rodrigues

Direção: Marcela Rodrigues

Elenco: Carolina Garcês, Lilian Meirelles, Marcela Rodrigues, Natalie Rodrigues, Orlando Caldeira e Zoatha Davi

Direção de Produção: Troupp Pas D’argent

Figurinos: Lilian Meirelles e Orlando Caldeira

Cenografia: Carolina Garcês, Natalie Rodrigues,

Desenho de Luz: Luiz Paulo Nenen

Trilha Sonora: Luciano Corrêa

Designer Gráfico: Marcela Rodrigues

Fotos: Aline Mohamad e Troupp Pas D’argent

Assessoria de Imprensa: Fabio Camara

Realização: Troupp Pas D’argent e Midixculpa Produções Artísticas

SERVIÇO:  
LOCAL: Teatro Jaraguá, Rua Martins Fontes, 71 – Centro. 271 lugares + 02 PNE.

DATA: 09/04 até 01/05 (Sábado 21h e Domingo 19h) 

INFORMAÇÕES: 3255 4380

INGRESSOS: R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia) 

DURAÇÃO: 70 min 

CLASSIFICAÇÃO: 12 anos

EQUIPE:

Troupp Pas D’argent:

A Cia estrou em 2008, seu primeiro espetáculo “Cidade das Donzelas”, após dois anos de estudo e pesquisa adentrou na cena teatral brasileira se apresentando em grandes festivais de teatro do país com temporadas em importantes teatros do Rio de Janeiro.  Conquistou o reconhecimento do público e da crítica, recebeu a indicação ao PRÊMIO SHELL na Categoria Especial do Júri pela Pesquisa de Movimento, ganhou o PRÊMIO EUROPEU COMPASSO DI ARGENTO 2010 e ganhou mais de cinquenta prêmios pelo país, o que possibilitou apresentações por todo o Brasil e exterior. A Troupp ultrapassou as fronteiras de seu estado e país, levando sua arte para SÃO PAULO, PARANÁ, MINAS GERAIS, CEARÁ, SANTA CATARINA, ESPIRITO SANTO, AMAZÔNIA MATO-GROSSENSE e também realizando turnês em diversas cidades da ITÁLIA e do CHILE. Hoje, a Troupp se firmou como uma companhia de repertório e está no processo de produção de mais um espetáculo, com a perspectiva de representar o Brasil no exterior. Uma trupe de arteiros mambembes que viaja pelos milhares de palcos e praças do mundo, apresentando espetáculos de qualidade, ministrando oficinas, debates e intercâmbio, aprimorando e enriquecendo sua arte e construindo sua história.

Reeestreia: ‘A Formiga e a Folhinha’ no Teatro Amado do Dito




A Cia Cordiais fundada em 2014, traz em suas peças valores e princípios essenciais para ajudar no desenvolvimento do pequeno cidadão de maneira lúdica, divertida e educativa.

No espetáculo A Formiga e a Folhinha que reestreia dia 09 de abril no Espaço Amado do Dito, inspirado nos 07 pecados capitais, conta a história da Formiguinha que no dia do aniversário de sua mãe sai em busca do presente perfeito para ela, uma folhinha. Quando a Dona Árvore nega esse pequeno regalo, ela resolve fazer o possível e o impossível para conseguir a folhinha, pedindo a ajuda a todos os moradores do império, desde o mais simples deles, como o Lenhador, até o mais nobre, como o Imperador.

A peça pretende levar aos pequenos espectadores mensagens positivas como: o respeito ao próximo, o desapego material, noções de sustentabilidade, respeito à natureza, respeito às pessoas mais velhas, dentre tantos outros aspectos

FICHA TÉCNICA:

Direção: J.P. Rezek

Dramaturgia: José Thomaz

Elenco: Aline Pavani, Graziela Barduco, José Thomaz, Robson Alex Pinto e Thaiz Sant’Ana 

Figurinos: Art Mis

Cenário: Douglas Sant’Ana 

Iluminação: J.P. Rezek 

Operação de Luz: Marcos Eugenio

Trilha Sonora: Claudio Barduco Ribeiro

Operação de Som e Projeção: J.P. Rezek e Marcos Eugenio 

Apoio: Kenny Belfus

Vídeos: Graziela Barduco

Fotos: Pamela Lima, Miguel Pixies e J.P. Rezek

Assessoria de Imprensa: Fabio Camara

Realização: Cia Cordiais

SERVIÇO:

LOCAL: Teatro Amado do Dito, Rua Aimbere 236 – Perdizes. 45 lugares + 02 PNE. (Estacionamento conveniado na rua Aimbere 432) 

DATA: 09/04 até 17/04 (Sábado e Domingo 16h) 

INFORMAÇÕES: 5583-2218

INGRESSOS: R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia) 

DURAÇÃO: 40 min 

CLASSIFICAÇÃO: Livre 

OS MONÓLOGOS DA VAGINA REESTREIA NO TEATRO GAZETA




Peça tem no elenco atual atores renomados como Adriana Lessa, Cacau Melo e Maximiliana Reis

Completando 16 anos de sucesso absoluto, a peça ‘Os Monólogos da Vagina’ estreia dia 15 de abril no Teatro Gazeta, com apresentações nas sextas, às 21h, sábados, às 21h e domingos, às 20h. A produção fica em cartaz até 26 de junho e tem no elenco atual Adriana Lessa, Cacau Melo e Maximiliana Reis.


A peça original foi escrita pela americana Eve Ensler a partir de mais de 200 depoimentos verídicos colhidos de mulheres em todo o mundo. A autora, que também é ativista, aborda com muito bom humor e livre de preconceitos a relação da mulher com a sua própria sexualidade.

No Brasil, com adaptação e concepção de Miguel Falabella, o espetáculo estreou em abril de 2000 no Rio de Janeiro e de lá para cá tem sido um enorme sucesso de público e crítica por onde passa.

A peça continua forte, viva e muito atual, não apenas pela diversão garantida, mas pela verdadeira mensagem contida em cada cena do texto, que traz uma reflexão sobre o universo feminino e levanta a bandeira contra a violência doméstica, estupro e a opressão sofrida pelas mulheres.

Muito mais que um espetáculo teatral, ‘Os Monólogos da Vagina’ tornou-se um Movimento Mundial. Segundo Charles Isherwood, do The New York Times, “provavelmente a mais importante obra de teatro político da última década”.

Serviço:

Espetáculo: ‘Os Monólogos da Vagina’

Local: Teatro Gazeta

Capacidade: 700 lugares

Endereço: Av. Paulista, 900 Térreo – São Paulo (Próximo ao metrô Trianon).

Bilheteria: (11) 3253-4102 – de terça a domingo, das 14h até o início do último espetáculo.

Dias e horários do espetáculo: sextas, às 21h; sábados, às 21h e domingos, às 20h.

Valores:

R$ 60 inteira e R$ 30 meia-entrada (sexta-feira)

R$ 70 inteira e R$ 35 meia-entrada (sábado)

R$ 60 inteira e R$ 30 meia-entrada (domingo)

Duração: 90 minutos.

Classificação etária: 12 anos.

Convênio com o Estacionamento: MultiPark (com selo do Teatro) – Rua São Carlos do Pinhal, 303 – Subsolo

Vendas na internet: www.teatrogazeta.com.br

NINGUÉM FALA DE DOLORES EM ÚNICA APRESENTAÇÃO NO TEATRO MUNICIPAL CAFÉ PEQUENO




Uma homenagem à cantora carioca Dolores Duran, considerada uma das mais belas vozes das décadas de 40 e 50
Um tom feminino e confessional marcou a música brasileira ao falar em ternura e pureza no amor. Apesar de ser uma das compositoras mais gravadas do país e ser considerada uma das mais belas vozes das décadas de 40 e 50, poucos conhecem a trajetória de Dolores Duran, que morreu prematuramente aos 29 anos. 

Divulgação 
O espetáculo Ninguém fala de Dolores, criado a partir de recortes da biografia da cantora escrita por Rodrigo Faour, faz única apresentação no dia 31 de março, no Teatro Municipal Café Pequeno. Em cena, Rachel Moraes interpreta os personagens desta história, acompanhada dos músicos Thiago da Serrinha e Rafael dos Anjos.

Uma obra que vem atravessando os tempos. Dolores gravou mais de 20 discos, cantou nas principais rádios e boates conquistando repercussão internacional. Até hoje suas canções são gravadas. Ninguém fala de Dolores narra histórias de sua vida e carreira, intercaladas por canções que marcaram época.

Mulata, de família simples, gostava da vida na boemia. Sua história ilustra a sociedade carioca da década de 50, que frequentava boates e vivia produção intelectual e artística intensa. Dolores interpretou canções em diversas línguas e ritmos. “Queremos apresentar uma singela homenagem a esta mulher inesquecível, que viveu à frente de seu tempo”, destaca Rachel Moraes. “Difícil não se emocionar com a sua música”, conclui Thiago da Serrinha. 

Divulgação 
No espetáculo, estão curiosidades de sua carreira. Por causa de você, uma de suas composições mais populares, foi escrita em apenas três minutos, com um lápis de maquiagem. Ainda em início de carreira, Tom Jobim mostrava ao piano seu novo samba-canção com Vinicius de Moraes. Dolores escreveu os novos versos e deixou um recado: “essa é a letra que fiz para essa música. Outra letra é covardia”. Vinícius, gentilmente, cedeu à parceria.

Ninguém fala de Dolores estreou em 2015 em formato de show. Após diversas apresentações, o trio escolheu desenvolver a dramaturgia e convidaram Maíra Kestenberg para dirigir o espetáculo. Bel Palmeira assina a cenografia e Wagner Carmo, a iluminação. “Imagens da época, da cantora e alguns manuscritos dão o clima ao musical”, conta Rachel. “Queremos que a natureza e feminilidade de Dolores, assim como sua força de desbravar a vida, estejam presentes”.


Canções

1) A noite do meu bem (Dolores Duran) 
2) Carioca 1954 (Ismael Neto e Antônio Maria) 
3) My funny valentine (Hodges e Hart)
4) Manias (Irmãos Cavalcante) 
5) O negócio é amar (Dolores Duran / Carlos Lira) 
6) Que murmurem (Rafael Cardenas / Rubén Fuentes) 
7) Na asa do vento (Luiz Vieira e João do Vale) 
8) A banca do distinto (Billy Blanco) 
9) Hymne A L’amour (Hino Ao Amor)/ Por causa de você (Tom Jobim e Dolores Duran) 
10) Estrada do sol (Tom Jobim e Dolores Duran) 
11) A fia de Chico Brito (Chico Anysio) 
12) Castigo (Dolores Duran)
13) Fim de caso (Dolores Duran) 
14) Solidão (Dolores Duran)
15) Coisas de mulher (Chico baiano) 
16) Noite de Paz (Dolores Duran)
17) Viva meu samba (Billy Blanco)

SERVIÇO

TEATRO MUNICIPAL CAFÉ PEQUENO

Espetáculo: Ninguém fala de Dolores
Dia 31 de março de 2016.
Quinta-feira, às 20h
Local: Teatro Municipal Café Pequeno
Endereço: Av. Ataulfo de Paiva, 269 – Leblon.
Informações: (21) 2294-4480
Capacidade: 80 lugares
Duração: 90 min
Classificação indicativa: 14 anos
Gênero: Musical
Ingressos: R$50 (inteira) e R$25 (meia-entrada)
 Horários da bilheteria: quarta a domingo, a partir das 16h.

HILDA E FREUD NO TEATRO MAISON DE FRANCE




O espetáculo faz um mergulho no onírico mundo da poeta Hilda Doolittle, representada por Bel Kutner, durante sua análise com Freud na época do nazismo

                                                                                 

Divulgação / Flavio Colker
A análise da poeta Hilda Doolittle com Sigmund Freud na Viena dos anos 30, compõe um dos mais importantes testemunhos sobre a prática da psicanálise efetuada por seu fundador. Durante a ascensão do nazismo, Hilda expõe com detalhes seus encontros no consultório do pai da psicanálise, onde se despe de qualquer censura para reviver seu conturbado passado que resultou em um bloqueio literário. A vida de uma mulher à frente de seu tempo, dona de um percurso marcado pelos traumas deixados durante a I Guerra Mundial, seus medos, amores, lutas, sonhos e alucinações suscitam em seu analista intervenções geniais que mudam a vida da escritora, além de fortalecer uma relação de forte amizade entre os dois.

Hilda e Freud volta à cena teatral no dia 04 de março de 2016, às 20h, no Teatro Maison de France, em curta temporada. O espetáculo, escrito por Antonio Quinet, e dirigido por ele em parceria com Regina Miranda, teve uma bem-sucedida temporada na Cidade das Artes, na Barra da Tijuca, e chega agora ao Centro da cidade. “As pessoas vão ver um Freud em ação de uma forma inimaginável através da visão de uma paciente, e não de seus próprios relatos”, sintetiza Quinet. 

Anteriormente, duas temporadas do espetáculo foram apresentadas, uma em 2013 e uma em 2015, a convite do Freud Museum, em Londres, quando também houve o lançamento do livro da peça em inglês. Em agosto do mesmo ano, Hilda e Freud também passou pela cidade de Buenos Aires, na Argentina, para em novembro fazer sua estreia nacional no palco da Cidade das Artes (Rio de Janeiro/RJ). 
Divulgação / Flavio Colker
Nas apresentações internacionais, Quinet contou com atrizes convidadas. Para a estreia nacional e a nova temporada no Maison ele chamou a atriz Bel Kutner, que se encantou imediatamente com o projeto. “Há um ano o Antonio me procurou e surgiu uma vontade de trabalharmos juntos. Depois de outros textos de sua autoria ele me apresentou Hilda e Freud e eu fiquei alucinada. Hilda era uma mulher muito sensível, que passou por coisas tenebrosas e buscou sua salvação na arte, na poesia e na psicanálise, numa época que a psicanálise estava florescendo, enquanto o mundo se deteriorava por conta das guerras. Ela pertenceu à nata da intelectualidade inglesa, e, nos anos 70, depois de sua morte, foi transformada num ícone do universo feminista por assumir em vida sua veia artística e sua bissexualidade. Uma guerreira que sobreviveu através de sua arte e sua história”.

A peça mescla uma linguagem poética e erudita com projeções contemporâneas que ambientam o expectador na imaginação e no inconsciente dos personagens. A direção de arte e cenografia assinadas por Analu Prestes, transportam o público para o poder evocador dos versos e das imagens poéticas do universo imaginista (movimento literário inglês) do qual Hilda Doolittle foi o símbolo. A produção dá continuidade à pesquisa “Teatro e psicanálise”, desenvolvida por Antonio Quinet no âmbito do mestrado e doutorado da Universidade Veiga de Almeida, na qual pretende transmitir a psicanálise através do teatro, e assim levar ao público, artisticamente, as descobertas da do inconsciente. 

Hilda e Freud é também resultado de uma bem-sucedida parceria entre Quinet e Regina Miranda. Ambos uniram o pensamento coreográfico teatral com o pensamento da psicologia do teatro em movimento. “Nós temos uma longa história juntos. Em quase dez anos de parceria, descobrimos que compartilhávamos dos mesmos objetivos. Foi gerada uma confiança mútua. Um desejo de tornar público um conhecimento pela via estética”, reflete Regina. Assim como Antonio Quinet, a diretora, conhecida internacionalmente como uma das mais conceituadas coreógrafas e gestoras culturais, sempre nutriu a vontade de disseminar a psicologia através da arte. “Somos complementares. Temos visões distintas sobre a mesma coisa: a subjetividade. Por isso nosso diálogo é muito rico”, conclui.   
                                                       O espetáculo

Baseada nos escritos e na correspondência de Hilda Doolittle (1886-1961), os espectadores assistem à trajetória e aos conflitos dessa delicada escritora e sua relação de amor em versos livres, definição de sua relação com seu psicanalista. Com uma vida afetiva libertária e tumultuada, de uma sensibilidade extrema e melancólica, H.D. fez algumas tentativas de análise até chegar ao divã de Freud. Em março de 1933, desembarcou em Viena e instalou-se num hotel para sessões diárias no divã em que fez sua “grande viagem” com o Professor, o “médico irrepreensível”. 

Durante esse período escreveu o diário de sua análise, com sonhos, associações, devaneios e intervenções de Freud. O relato, chamado por ela de Advento, é intenso, emocionante e em carne viva. Ela com 47 anos e ele com 77 anos iniciaram uma relação – primeiro analítica e depois de amizade – que durou até o final da vida de Freud. Em 1944, H.D. reescreveu sua experiência analítica em forma de breves capítulos, uma prosa poética em que, mesclando sonhos, realidade e imaginação, traz a narrativa reinterpretada dessa análise como um grande tributo amoroso a Freud. Neste texto, Escrito na parede, transformou uma experiência alucinatória enigmática no eixo de sua análise, mostrando Freud como um “curador de um grande museu arqueológico”, que é ao mesmo tempo o consultório e seu inconsciente. Ambos os textos compõem o livro Tribute to Freud, constituindo um testemunho, dentre os mais importantes de seus pacientes, sobre a prática da psicanálise por seu fundador.
  
Cia. Inconsciente em Cena
Fundada por Antonio Quinet em 2007 a Cia. Inconsciente em Cena cria e apresenta seus espetáculos baseados em pesquisas sobre a relação do teatro com a psicanálise junto ao Mestrado de Psicanálise, Saúde e Sociedade da UVA (apoiado pela Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano), com o objetivo de trazer ao grande público numa linguagem teatral as descobertas da psicanálise. As peças da Cia. Inconsciente em Cena já foram apresentadas nas principais capitais do país e também em Roma, Paris, Londres e Buenos Aires. 
Serviço

Espetáculo: Hilda e Freud
Estreia: 04 de março
Temporada até 27 de março
Horário: Sex e sáb às 20h dom às 18h
Local: Teatro Maison de France – Av. Pres. Antônio Carlos, 58 – Centro, Rio de Janeiro
Bilheteria: ter a dom a partir de 13h30 
Ingressos: sexta R$ 60,00 (inteira) e R$ 30,00 (meia) / sáb e dom R$70,00 (inteira) e R$ 35,00 (meia) 
Duração: 60 minutos
Gênero: Drama
Classificação: 12 anos
Capacidade do Teatro: 353 lugares