Em janeiro, a Casa do Teatro – escola integrada ao Centro de Artes e Educação Célia Helena, dirigida por Lígia Cortez – colocará à disposição das famílias de todo o país a sua já tradicional Programação de Férias. A novidade deste ano é que as atividades serão adaptadas para o formato on-line, por conta do afastamento social, possibilitando que não só o público da cidade de São Paulo tenha acesso.
Nos dias 18, 19, 20, 21, 26, 27 e 28 de janeiro, sempre das 15h às 17h, crianças e adolescentes, divididos por faixas etárias, serão convidados a fazer uma viagem artística, tendo contato com lendas, literatura, meio ambiente, costumes e histórias, que contam um pouco sobre a cultura de alguns povos das Américas Latina e Central.
A programação trará uma série de atividades que exploram as artes da cena (teatro, dança e música), técnicas de animação (stop motion), edição de clipes, acrescidos das ferramentas das tecnologias de comunicação.
As oficinas são temáticas e por faixa de idade: de 7 a 9 anos, de 10 a 12 e maiores de 13 anos. Porém, cada atividade é uma experiência única com começo, meio e fim, independente de uma continuidade. As inscrições podem ser realizadas no site da Casa do Teatro (http://www.casadoteatro.com.br).
Temas – A programação de férias da Casa do Teatro estará dividida em conceitos temáticos, de acordo com cada faixa etária.
Para as crianças de 7 a 9 anos serão propostos jogos teatrais, criação de cenas, improvisação, que exercitam a curiosidade, a investigação, a reflexão, a imaginação e a criatividade. Histórias e lendas latinas e brasileiras provocam a construção de roteiros e clipes para a montagem de um filme. Nesta viagem, os participantes se deparam com a descoberta dos mistérios da civilização asteca, os desafios para conseguirem se salvar da cidade perdida dos incas, Machu Pichu. Haverá ainda descobertas sobre o misterioso código Maia.
Já paras crianças com idades entre 10 e 12 anos a proposta das atividades é divertir e ao mesmo tempo exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos por meio da cooperação mútua, a partir de estímulos das artes visuais e da literatura. Os viajantes começam pelo México, em meio as cores vibrantes de Frida Kahlo, a criação de novelas, a imersão em obras de poetas brasileiros, chegando ao universo de Guimarães Rosa, no sertão brasileiro.
Por fim, os adolescentes a partir de 13 anos poderão explorar atividades que estimulam o agir pessoal e coletivo, com autonomia, pensamento crítico, comunicação de ideias e muita criatividade. Os participantes deparam-se com perguntas do poeta chileno Pablo Neruda, com as instruções para viver do escritor argentino Julio Cortázar e seguem para uma visita na Casa Azul de Frida Kahlo. A partir destes “encontros”, os jovens serão convidados a criar poemas em stop motion, “cantar” histórias e criar um trailer em coletivo.
Uma ideia (ou várias). Começam as primeiras digressões, as leituras, os ajustes e os ensaios de uma peça; as performances e as interações do elenco com o público em praça pública para a construção da dramaturgia; o diálogo com estudiosos convidados para aprofundar o processo de criação. Assim se compõe o webdocumentário “A gente pode tudo pelo menos por enquanto“, o registro do processo artístico, dos ensaios e das estreias nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, de OUTROS, a mais recente peça do Grupo Galpão, estreada em 2018.
Dirigido por Luiz Felipe Fernandes, o filme é dividido em seis episódios, de cerca de 15 minutos cada, que vão ao ar às segundas e quintas-feiras, entre 11 e 28 de janeiro de 2021, no canal de YouTube da companhia. Os lançamentos vão se somando, ficando todos disponibilizados até 11 de fevereiro.
“A câmera se torna quase que um integrante do Galpão, captando toda a intimidade entre essas pessoas que estão há quarenta anos juntos”, conta Luiz. O diretor acompanhou por quase um ano – entre março de 2018 a março de 2019 – o processo que resultou em OUTROS. Ao final, o cineasta tinha cerca de 150 horas e milhares de imagens captadas de forma bastante intimista.
Alteridade e poesia: “A gente pode tudo pelo menos por enquanto”
A peça OUTROS partiu de dois temas: alteridade e poesia. Relacionando esses assuntos, diretor, atores e atrizes transpuseram para o palco o amadurecimento das dúvidas e inquietações contemporâneas que já tinham sido levantadas em NÓS (de 2016), também dirigida por Marcio Abreu. Esses dois assuntos acabaram sendo pilares também para “A gente pode tudo pelo menos por enquanto”.
Assim, é possível acompanhar por meio das cenas como o espetáculo foi criado, porém de forma solta, sem prender o espectador a uma narrativa temporal e nem a um narrador que conduz a história. Falas do encenador Marcio Abreu são entremeadas com cenas de ensaio, seguidas por performances nas ruas de Belo Horizonte, quando o elenco fez intervenções artísticas e interações com os transeuntes, e assim por diante. Neste mosaico, é possível um entendimento maior da criação teatral.
Os episódios misturam, de forma quase poética, imagens da sala de ensaio, de leituras, de exercícios, de conversas do elenco com o diretor Marcio Abreu e com convidados, como a poeta, professora e dramaturga Leda Maria Martins. Além disso, são mostrados detalhes de performances de rua que fizeram parte da construção da peça, revelando detalhes que ajudaram a construir a dramaturgia do espetáculo, mas que ficam longe dos olhos do espectador. E, claro, algumas cenas das estreias da peça nas capitais carioca, paulista e mineira, para captar a reação do público ao espetáculo pronto.
O que alinhava cada episódio são temas comuns no espetáculo OUTROS. São eles: “dentro e fora” (um paralelo entre a sala de ensaio e o palco e outras interações com o público); “alteridade”; “perplexidade”; “movimento”; “insuficiência da palavra”; e “poesia”.
Por exemplo, um deles em que o tema é “Movimento”, é todo construído a partir da trilha musical e da preparação corporal dos atores. Porém, a personagem principal deste episódio é a atriz Teuda Bara. Ainda que limitada pelo corpo (ela passou por uma cirurgia no joelho durante o processo) e pela idade (acabou de completar 80 anos), o episódio mostra como isso foi incorporado ao subtexto do espetáculo, e a capacidade de Teuda, apesar de todas as limitações, de conferir leveza através dos seus movimentos.
Ter assistido OUTROS não é condição para ver o webdoc (embora ele enriqueça a experiência para quem viu) e sim uma chance de acompanhar um processo de construção teatral para quem gosta do tema. “A ideia é trazer o público para dentro, de modo intimista, mostrando detalhes e reverberando discussões”, completa Luiz.
Serviço
De 11 a 28 de janeiro de 2021 – Novos episódios às segundas e quintas-feiras, às 19h em youtube.com/grupogalpao
*os episódios ficarão disponíveis até 11 de fevereiro
Os Satyros fazem temporada gratuita do espetáculo “Novos normais: sobre sexo e outros desejos pandêmicos”, com roteiro de Ivam Cabral e Rodolfo García Vázquez e direção de Rodolfo García Vázquez. No espetáculo, vinte atores levam à cena desejos e sentimentos represados que se manifestam em tempos de “novo normal”: o sexo, as carências de afeto e contato físico, as saudades das rotinas abandonadas, as compulsões adquiridas ou intensificadas pelas drogas lícitas e ilícitas e outros desejos e manias particulares.
A peça foi criada após quase seis meses de quarentena, quando surgia o conceito de “novo normal”, tentando abarcar a nova experiência de vida social que o planeta está vivendo nestes tempos pandêmicos. Este “novo normal” seria o conjunto de novas configurações das normas de contato social. O conceito também implica na aceitação de uma situação futura para a dinâmica social, com novas regras para uma nova realidade.
A “nova normalidade” se caracteriza pela normalização do uso de máscaras e outros adereços protetivos no convívio social, a revolução na utilização de recursos digitais para atividades como o trabalho, a medicina, o ensino e o contato familiar, o receio coletivo de contatos físicos, o isolamento social, novas perspectivas sobre as necessidades pessoais.
Através de pesquisas, improvisações e debates realizados com o elenco, a companhia discutiu como o desejo se manifesta neste “novo normal”, em especial no que tange ao sexo, às carências de afeto e contato físico, às saudades das rotinas abandonadas, às compulsões adquiridas ou intensificadas pelas drogas lícitas e ilícitas e outros sentimentos represados que se expressam em nossa nova forma de estar no mundo.
“A Arte de Encarar o Medo tratava do momento de pavor que havia tomado conta de nossas vidas no início da pandemia. Era algo inédito e que destruía completamente um estilo de vida que comandávamos. Este novo trabalho traz o ‘novo normal’ como tema. O que significa viver em isolamento e receio constante de contaminação.”, conta o diretor e roteirista, Rodolfo García Vázquez.
Em 31 anos de existência, Os Satyros produziram mais de 100 espetáculos, se apresentaram em 20 países e, das mais de 100 nomeações, receberam 53 prêmios – incluindo os maiores do teatro brasileiro, como APCA, Shell, Mambembe, APETESP e Governador do Estado do Paraná.
OS SATYROS DIGITAL
Desde o início da pandemia, Os Satyros vem mantendo atividade contínua com espetáculos de teatro digital. O espaço digital dos Satyros apresenta atualmente “A Arte de Encarar o Medo” e “Todos Os Sonhos do Mundo”, além das produções afro-europeia “The Art of Facing Fear” (versão internacional de “A Arte de Encarar o Medo”) e mais uma nova versão, agora americana, de “The Art of Facing Fear”, com estreia prevista para 05 de setembro.
“Novos normais: sobre sexo e outros desejos pandêmicos” é mais uma produção digital dos Satyros abordando os desafios do mundo atual.
SERVIÇO
“NOVOS NORMAIS:SOBRE SEXO E OUTROS DESEJOS PANDÊMICOS”
2020 mudou a história do mundo. De uma hora para outra precisamos rever nossa vida e todos os setores da cultura tiveram que se adaptar a uma nova realidade. E, com certeza, um dos meios que mais foram afetados foi o teatro. Mas como arte é resiliência e inquietação, um grupo teatral situado em Colônia (Alemanha) percebeu que essa também poderia ser a hora de se expressar, e sentindo que a discussão sobre criar em tempos de pandemia é muito forte e necessária, criaram a peça virtual “Revoluções Tropicalistas: uma experimentação cênica“.
A concepção da peça nasceu em formato digital, e sem encontros presenciais, desde o início, já que a Alemanha enfrentava lockdown e quarentenas estendidas. Mesmo assim, o grupo, que partilha o interesse pela língua portuguesa e pela cultura lusófona, resolveu em junho de 2020 contar essa história no meio da pandemia.
Mas como manter a teatralidade inerente ao texto estando a um palmo de uma câmera? Começaram longos ensaios diários, estudos de texto, pesquisa de linguagem, e junto com tudo isso o medo da capacidade de se adequar a tantas mudanças. Mas o medo deu vazão à vontade de criar. Foram três meses de preparação, onde todos os participantes se debruçaram em pesquisa, levantando todo o tipo de material sobre a Tropicália: de livros a documentários, passando por músicas e filmes da época, além de entrevistas e conversas informais com pessoas que viveram o movimento.
“Revoluções tropicalistas: uma experimentação cênica” é encenada por onze atores, de diferentes origens e nacionalidades. Aproveitando-se da vantagem do encontro virtual, enquanto a maioria dos participantes reside em Colônia, na Alemanha, o experimento também conta com atores do Brasil e França. A peça é toda falada em português com legendas em alemão para que o público local também possa entender.
“Desde o primeiro encontro do grupo há uma pergunta que permeia todos os ensaios: Estamos fazendo teatro? e após meses de discussões, concluímos que a resposta não é tão importante quanto o efeito que a pergunta nos causa. Ao discutir as formas do fazer teatral, nos fortalecíamos diariamente como indivíduos e como grupo, com a participação de alguns integrantes que não se conhecem pessoalmente, mas que compartilham das mesmas dores deste ano pandêmico. E chegamos à conclusão que sendo teatro ou não, temos a certeza de que estamos aqui pelo teatro, pela arte e pela cultura“, explica Alexandra Marinho, carioca que mora na Alemanha desde 2014 e é diretora da peça.
A apresentação é transmitida gratuitamente e de forma exclusiva pela plataforma Zoom, às 20h na Alemanha e 15h no Brasil. Após todas as apresentações, os atores e o diretor continuam na plataforma para conversar com o público sobre este caminho que estão seguindo e responder dúvidas dos espectadores.
SERVIÇO
Datas e horários: dias 9, 16, 23, 30 de Janeiro às 15h (seguido por debate)
A sala de espera estará aberta a partir das 14h30
IMPORTANTE: necessário fazer a inscrição previamente
Comemorando dois anos desde a sua estreia no palco do Teatro Clara Nunes, o musical que celebra o centenário de um dos maiores ídolos da música brasileira, que vendeu mais de 80 milhões de discos em sua longa carreira, está de volta. Visto por mais de 20 mil pessoas em diversas temporadas no Rio e em São Paulo, NELSON GONÇALVES – O AMOR E O TEMPO retornará aos palcos cariocas dia 8 de janeiro, mais uma vez no Teatro Clara Nunes, obedecendo a todas as normas de segurança elaboradas pela Organização Mundial da Saúde, pelo Ministério da Saúde e pela Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. A temporada vai até 30 de janeiro, de quinta a sábado, às 20h; e domingos, às 19h.
Mais do que nunca, num momento tão delicado para todos, o espetáculo vem resgatar a emoção e as mensagens de esperança e superação presentes na história e no repertório de Nelson Gonçalves e adaptadas para o musical, que tem texto do escritor Gabriel Chalita, além de 33 canções interpretadas pelos protagonistas: o produtor, idealizador da peça e ator Guilherme Logullo, e a atriz e cantora Jullie. A direção é de Tânia Nardini, a direção musical de Tony Lucchesi, a cenografia de Doris Rollemberg e os figurinos de Fause Haten.
Os dois intérpretes – únicos atores em cena – trazem à tona os dois lados desse grande ídolo, num diálogo constante entre o amor ou o lado emocional (Logullo) e o tempo ou o lado racional (Jullie).
Para a nova temporada, o tradicional palco da Gávea, no Rio de Janeiro, receberá a plateia com 50% de sua capacidade e protocolos de segurança sanitária, além de distanciamento social. O distanciamento social também vai acontecer no palco, com algumas adaptações na montagem, e os atores serão testados periodicamente.
“O espetáculo é muito apropriado para esse momento porque fala de superação, fala de um dos maiores cantores da história do Brasil, que apesar de muitos altos e baixos, sempre se levantou. A volta do boêmio, agora, tem um pouco desse recorte da volta de um tempo bom que todos nós esperamos“, declara o escritor Gabriel Chalita, que frisa ainda o esforço da produção para dar vida ao musical em tempos de pandemia. “Num momento tão delicado para os artistas, é um acalanto ver a peça voltar num teatro que tem responsabilidade com a saúde e com a segurança das pessoas. É importante ver a arte manter-se viva agora“.
Continuar produzindo também é motivo de orgulho para o idealizador, protagonista e produtor do espetáculo, Guilherme Logullo.
“Como produtor, é fantástico fazer o espetáculo acontecer e poder empregar essas pessoas que estão há praticamente um ano inteiro sem trabalhar. Voltar e também ver esses artistas voltando à cena aos poucos, claro, com todos os cuidados, é muito gratificante“, completa.
A atriz e cantora Jullie também analisa o novo momento. “É muito bom voltar aos palcos depois de tanto tempo distante. Ainda estamos num momento delicado, então precisamos estar atentos e tomar todo o cuidado necessário, será um retorno diferente“, diz.
Amigos de muitos anos, a atriz Myrian Rios e o produtor, ator e diretor Rogério Fabiano estreiam sua primeira parceria no teatro. Aceitaram a sugestão do também produtor Gherardo Franco para montar juntos Rainha Ester, a Escolhida por Deus para Salvar o Povo Judeu, a saga bíblica do antigo Império Persa. Com texto de Cyrano Rosalem, música de Miguel Briamonte e luz de Cláudio Brandão, o encontro do trio tem sabor especial por marcar os 45 anos de carreira da atriz, há duas décadas afastada dos palcos. O espetáculo entra em circuito comercial a partir de 9 de janeiro de 2021 no Teatro West Plaza, para temporada até 28 de fevereiro.
Quando o texto chegou às suas mãos, Myrian Rios ficou impactada, conhecia a história da mulher que salvou o povo judeu do extermínio e várias outras passagens da Bíblia “a fundo”. Católica praticante, atuou como missionária por mais de uma década na comunidade Canção Nova. “Fiquei deslumbrada, já me vi fazendo a personagem, foi amor à primeira vista.” A atriz acredita ser “providência divina, um presente de Deus” encenar um texto bíblico verídico, de uma mulher tão importante para marcar este momento de retorno aos palcos, a rainha mais importante do antigo testamento, como diz. “Tem um significado especialíssimo pra mim. Toda vez que falo o texto me emociono e sinto o peso da responsabilidade. Em certo ponto da história, a perso nagem, correndo o risco de ser morta, suplica proteção para conversar com o rei Xerxes sem ser chamada. E eu, Myrian, me vejo misturada com Ester, ao pedir proteção.”
O texto, as leituras e a montagem
O autor Cyrano Rosalem começou pesquisando as tentativas de análise da histórica Rainha Ester oriundas da Bíblia. Considerou todas superficiais e partiu para outras fontes. Foi estudar a civilização persa através dos gregos. “Daí tirei a informação de como os imperadores persas – no caso, Xerxes – lidavam com suas rainhas. Era sempre da mesma forma. Conseguia-se uma jovem, e descartava-se a velha. No caso de Ester, foi diferente, porque ela, como tinha instrução, peitou o marido. Caso raro, na época. E, por isso, reinou 15 anos. Não só salvou o seu povo, judeu, mas mandava. A Bíblia não diz nada disso. Fui atrás de outras fontes. Textos judaicos antigos, entre outros. O que importa é que a história dela é real. Nos dois sentidos. É rainha, e salvou o povo judeu do extermínio na Pérsia.”
Para aproximar a história do público, prendendo sua atenção, o diretor Rogério Fabiano concebeu a personagem Ester como uma contadora de história e solicitou ao autor Cyrano Rosalem que não pesasse muito a mão no drama. A música foi composta especialmente pelo maestro Miguel Briamonte, com impacto e emoção, com o observa o encenador. O cenário abriga três objetos de época em tons sépia e pastel, além de folhas secas espalhadas pelo piso. O figurino da atriz segue a mesma paleta de cores.
No processo de preparação, atriz e diretor passaram dois meses dedicados a uma série de leituras do texto. “Rogério, que é um excelente diretor e ator, foi me dando o tom, me dirigindo frase por frase em um processo para encontrar o tom teatral e não televisivo. Ele deixa você muito à vontade e, ao mesmo tempo, é objetivo, me ajudou demais a colocar vida na rainha Ester”, comenta Myrian, ressaltando que a interpretação em TV é diferente.
“Fomos bem-sucedidos. O texto é leve, não é dramático, não tem barriga. Myrian está dando um show de interpretação, voltando aos palcos 20 anos depois com classe e elegância. É um espetáculo dinâmico”, entusiasma-se Rogério Fabiano, frisando ainda a importância da projeção na montagem. O diretor Rogério Fabiano tem dirigido, em média, três peças por ano. Como ator, há nove está à frente da Companhia de Teatro Espírita, com quem já viveu Alan Kardec(Alan Kardec, um Olhar para a Eternidade (direção de Ana Rosa), Chico Xavier e, atualmente, Divaldo (Divaldo e Joana). O diretor também tem tempo para atuar e nos últimos anos fez participações em novelas da Globo, além do seria do Dupla Identidade (Glória Perez). Anteriormente esteve em quatro novelas na Record, entre elas, Os Mutantes.
Novela no SBT e vida na pandemia
Depois de 17 anos longe da televisão, tempo em que se dedicou à atividade de missionária e chegou a cumprir mandato de deputada estadual pelo Rio de Janeiro, Myrian Rios sentiu vontade de voltar a atuar. Aceitou o convite do SBT para viver a personagem Ruth Goulart na novela As Aventuras de Poliana. “Foram quase três anos gravando a novela, formamos uma família, fiquei encantada em trabalhar com a equipe do SBT e conhecer o Sílvio Santos pessoalmente.” Quando a segunda temporada da história estava sendo gravada e os ensaios da peça Rainha Ester também aconteciam, em janeiro de 2020, a pandemia parou tudo. “Existe uma expectativa para voltar a gravar em 2021”, adianta.
Morando em São Paulo ao lado do filho mais novo, Pedro Arthur, de 19 anos, por conta do trabalho no SBT, a atriz, que é vegetariana e estava acostumada a comer uma saladinha com arroz e feijão, liberou sua funcionária no início do isolamento, e teve de se virar e aprender a cozinhar. “Foi o lado positivo.” Myrian não teve dificuldade para lidar com o fato de ter de ficar em casa na quarentena. “Gosto de ver séries na TV, de ler e de ter tempo para fazer minhas orações”, diz ela, que sentiu falta de ir à missa, hábito diário. O lado sofrido foi ter ficado longe do filho mais velho, o rapper carioca Mank, de 24 anos, que permanece no Rio para cursar faculdade de música (“está se formando produtor fonográfico”). ”Está fazendo um ano que não o vejo.”
Sinopse do autor
Imagine-se uma jovem, no século quinto antes de Cristo, na Pérsia, Oriente Médio, pobre, vendedora de mercado, judia – um povo considerado menor pelos dominadores persas – ver-se sequestrada da família para servir de c bina ao rei. Ela não queria. A família não queria. Mas foi engaiolada e levada para o harém. Quando aconteceu uma chance de contato com o imperador, Xerxes, ela aproveitou para colocar suas ideias e sua postura. Isso a diferenciou das outras. E ela se tornou a preferida. A rainha. Por 15 anos. Era um recorde, na época. Não se sabe o que aconteceu com sua deposição. Mas para o povo judeu ela estabeleceu-se como uma salvadora. E assim é até hoje.
Sobre a história
Uma intriga entre um ministro do Imperador e o líder do povo judeu quase fez com que o Persa editasse uma lei autorizando o extermínio em massa de todos os Hebreus. Nesse ínterim, surge Ester, uma das mulheres de maior beleza do reino. Colocada de lado pelo Imperador, sua rainha, Vasti foi substituída por Ester. Mas ele não sabia da origem judaica da nova esposa. Quando estava para ser promulgada a lei, Ester revelou sua identidade e a lei foi publicada oficialmente de forma mais branda, permitindo aos judeus se defenderem. Assim todo um povo foi poupado da extinção. Este é o tema central dessa peça.
Serviço
Rainha Ester, a Escolhida por Deus para Salvar o Povo Judeu. Estreia dia 9 de janeiro de 2021, às 19h. Teatro West Plaza – Sala Laura Cardoso. Shopping West Plaza. Av. Francisco Matarazzo, s/n. Telefone – 11 4858-1421. Metrô Linha 3. Temporada de 9 de janeiro a 28 de fevereiro. Sábado às 19h, domingo às 18h. Ingressos – R$ 80,00 (inteira) e R$ 40,00 (meia). Venda antecipada – R$ 40,00. Ingresso amigo – R$ 30,00. Classificação indicativa: Livre. Capacidade 80 lugares. VENDAS: Bilheteria do teatro e Sympla.
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