Natal Mágiko de Hopi Hari segue até janeiro


Créditos: Anderson Torres


O ano de 2021 está quase no fim, mas ainda dá tempo de aproveitar a temporada do Natal Mágiko em Hopi Hari, que faz uma pausa no Natal e retorna com toda magia, que só o País Mais Divertido do Mundo pode proporcionar, no domingo, 26, com direito a espetáculo de teatro, parada noturna e uma visitinha à casa do Papai Noel.

Tudo começa quando o Papai Noel chega às terras de Hopi Hari para cumprir uma missão: resgatar o lado afetivo do Natal. A peça O Natal Existe, o espetáculo: Papai Noel Superstar traz um bom velhinho com um desafio bem maior do que entregar todos os presentes em uma noite. Isso porque, desta vez, nenhuma criança lhe enviou uma carta. Preocupado com a situação, ele lança um programa de TV com o propósito de reacender a chama natalina. A partir do seu plano, começa a tocar os corações de uma família que há muito desacreditava da magia que envolve esta data. Essa história é contada em duas sessões: às 17h e às 18h, no ‘Theatro di Kaminda’.

Além do teatro, o Papai Noel convida todos a visitarem sua casa de campo. A atração Kasa Di Papai Noel, em ‘Kaminda Mundi’, é a oportunidade de conhecer de perto um lar onde é Natal durante os 365 dias do ano. Passeando por cada cômodo dessa casa tão mágica, descobre-se mais sobre os bastidores que tornam essa data tão encantadora, graças ao casal e seus fiéis ajudantes. É possível fazer essa visitinha ao Noel e sua turma entre 13h30 e 18h.

Créditos: Anderson Torres

Outra oportunidade de conhecer os seres fantásticos que saem de suas moradas durante essa época do ano é o Enkontro Mágiko, que começa a partir das 13h30. Os personagens sairão pelas ruas de ‘Kaminda’, interagindo com o público e dando as boas-vindas.

PARADA DI NATAL – Ao anoitecer, às 19h, a programação do dia se encerra com um desfile de seres encantados e o Papai Noel na rua principal do Parque, também em ‘Kaminda Mundi’, acompanhado de um show piromusical, em que as luzes dos fogos de artifício brilham e dançam aos olhos do público, ritmados pelas tradicionais músicas natalinas.

COVID-19 O Parque também quer garantir uma diversão segura. Então, todos os protocolos anticovid-19 continuam sendo seguidos. Saiba mais aqui.

TEMPORADA –  O Natal Mágiko acontece de sexta a domingo e em feriados, até o dia 16 de janeiro, com pausas nos dias 24 e 25 de dezembro, devido às comemorações de Natal, e de 30 de dezembro a 5 de janeiro, em razão do recesso de fim de ano. O horário de funcionamento é das 11h às 19h30 e a programação está sujeita a alterações, então, é recomendado que o visitante consulte-a logo na entrada do Parque, nas redes sociais ou no site .

Créditos: Anderson Torres

Para sábados, domingos e feriados, o ‘Passaporti’ está disponível por R$109,90. Durante às sextas-feiras ou vésperas de feriado, a entrada ganha um desconto maior, saindo por R$89,90. Já na bilheteria, o ‘Passaporti’ pode ser adquirido pelo valor de R$169,90. Todas as informações sobre ‘Passaportis’ podem ser conferidas clicando aqui. O Parque Temático Hopi Hari fica na rodovia dos Bandeirantes, km 72, Moinho, Vinhedo (SP).

O Hopi Hari ressalta que não se responsabiliza por ‘Passaportis’ adquiridos fora de seus canais oficiais de vendas.

PROGRAMAÇÃO – TEMPORADA NATAL MÁGIKO*
13h30 | 14h30 Espetáculo O Forasteiro (Saloon Show – Wild West)
14h | 15h Espetáculo Dino, um dinossauro de verdade (Klapi Klapi Show – Infantasia)

ATRAÇÕES DE NATAL*
13h30 | 14h30 | 15h30 Enkontro Mágiko (Kaminda Mundi)
13h30 às 18h Kasa Di Papai Noel (Kaminda Mundi)
17h | 18h Espetáculo O Natal Existe (Theatro de Kaminda – Kaminda Mundi)
19h Parada Di Natal (rua principal de Kaminda Mundi)

*Programação sujeita a alterações

SERVIÇO
Temporada Natal Mágiko – Parque Temático Hopi Hari
Data: até 16 de janeiro*
Horário de funcionamento do Parque: Clique aqui
Central de Vendas: (11) 4210 4000
Serviço de Atendimento: (11) 4290 0333
Local: Hopi Hari – Rodovia dos Bandeirantes, km 72, Moinho, Vinhedo (SP) – Mapa aqui

*Programação sujeita a alterações

‘Trava Bruta’ estreia no Centro Cultural São Paulo com texto e interpretação de Leonarda Glück


Créditos: Alessandra Haro


Estreia dia 7 de dezembro, às 21h no Centro Cultural São Paulo, o espetáculo TRAVA BRUTA, manifesto que parte da experiência transexual da autora Leonarda Glück para propor uma ponte e um embate entre o contexto artístico e a conjuntura política e social brasileira atuais no que se refere ao campo da sexualidade. O trabalho marca as comemorações de 25 anos de carreira da artista e também o seu reencontro com o diretor Gustavo Bitencourt.

Com ampla trajetória no campo das artes cênicas brasileiras, Leonarda fundou importantes coletivos nacionais como a Companhia Silenciosa e a Selvática Ações Artísticas e apresentou seus trabalhos em diversos países da Europa e América Latina, esta é a primeira vez que Leonarda aborda exclusivamente a questão da transexualidade em uma de suas criações. O espetáculo é uma espécie de vertiginoso poema cuja principal metáfora reúne o ato de bloquear e impedir a livre movimentação com a capacidade de brutalidade da natureza humana, sua violência e sua incivilidade. “Como é experimentar um corpo que provoca um misto de repulsa e desejo a um só tempo? O que tem a cultura a ver com a transexualidade? Como é ser uma artista trans no Brasil de 2021? Resposta não há, mas ainda há a poesia. E, mesmo que alquebrado, ainda há o teatro”, diz Leonarda.

A artista conta que começou a escrever o texto para a peça em 2018 em Curitiba, sua cidade natal, antes de se radicar em São Paulo. “Me veio uma possível angústia repentina: a de talvez não ter conseguido em outro momento antes escrever tão intimamente sobre o assunto da transexualidade, e seus efeitos na minha mente e na vida social da qual faço parte”, diz Leonarda, que arrastou por meses a tarefa de terminar o texto.

Créditos: Alessandra Haro

Já em 2019, a montagem foi premiada pelo Centro Cultural São Paulo, integrando a 6ª Mostra de Dramaturgia em Pequenos Formatos da instituição. Após ter sua estreia suspensa por conta da pandemia, o trabalho foi retomado em 2021 e estreará presencialmente na Sala Jardel Filho, onde serão disponibilizados 160 ingressos. Sobre a pandemia, Glück faz questão de frisar: “A gente entrou no modo catástrofe que meio que está até agora. As pessoas trans ficaram ainda mais vulneráveis do que já eram antes. E elas eram muito. São, no Brasil. Física e psicologicamente.”

A direção da obra, que é produzida pela Pomeiro Gestão Cultural, produtora que realiza a gestão dos projetos de Leonarda, ficou a cargo de Gustavo Bitencourt, parceiro de Glück há mais de 20 anos. Juntos os dois já desenvolveram criações em performance, dança e teatro, com destaque para Valsa Nº 6, montagem do texto de Nelson Rodrigues premiada pela Funarte, feita em 2012 na ocasião do centenário do autor.

Quando foi convidado para dirigir o espetáculo, Gustavo Bitencourt ficou com um pouco de medo. “Porque era um texto que falava muito da experiência dela como mulher trans no Brasil. Onde é que eu ia poder contribuir nisso? O que é que eu sei disso? Mas lendo e relendo, e conversando com ela, fui vendo o quanto esse texto também fala de muitas coisas que dizem respeito a todo mundo, e que era importante que a gente olhasse tanto pro que tem de específico nesse contexto do qual ela fala, quanto pra onde essa história se conecta com outras tantas”. Partindo daí, ele conta que foram entendendo o texto de Trava Bruta como um jeito de falar de coisas que são reais e concretas e nem por isso menos ficcionais.

Leonarda e Gustavo, então, se encontraram na ideia de ficção, como nos diz o diretor: “Ficção que é o que eu pesquiso, é a minha profissão – como drag queen, que é o que eu faço da vida faz 12 anos – e é uma necessidade básica de qualquer ser humano. Básica como fazer xixi, cocô, comer, tomar água, dormir. Humano prescinde de ficção pra viver, e em diferentes medidas, com diferentes graus de comprometimento e de risco, todo mundo vai dando um jeito de concretizar”.

Créditos: Alessandra Haro

A ideia de ficção que move a criação reflete-se, em todos os recursos técnicos utilizados na montagem: seja na criação em videoprojeções de Ricardo Kenji ou na trilha original desenvolvida por Jo Mistinguett, estas camadas ficcionais são construídas e destruídas em cena. O mesmo acontece nos figurinos assinados por Fabianna Pescara e Renata Skrobot e no desenho de luz de Wagner Antônio, que cumprem a função de revelar e ocultar alguns dos signos explorados na montagem.

Para Gustavo, o ponto chave da ideia de ficção explorada no trabalho encontra-se no fato de que “algumas ficções são permitidas e outras não. Quando se trata de gênero, as pessoas tendem a ficar muito assustadas”. TRAVA BRUTA desloca o seu olhar para um dos principais dilemas culturais, políticos e sociais de hoje: a ideia da diversidade. Neste caso, ela se refere muito mais ao lugar ocupado pelas pessoas trans na sociedade brasileira e mundial. Leonarda é enfática: “Chego aqui com a certeza de que o herói macho branco, heterossexual, cristão e suas ideias precisam urgentemente ser substituídos, trocados ou mesmo revisitados por outros ângulos. Estão chatos. De alguns eu ainda gosto muito, mas estão chatos.”

Esta primeira temporada presencial será realizada entre os dias 7 e 12 de dezembro, de terça a sábado às 21h e domingo às 20h. Os ingressos variam de R$15,00 a R$30,00 e haverá, em todas as apresentações, uma cota de ingressos gratuitos para pessoas trans, que poderá ser retirada presencialmente, uma hora antes do espetáculo.

SERVIÇO: TRAVA BRUTA

Temporada presencial.

Centro Cultural São Paulo – Sala Jardel Filho

Rua Vergueiro, 1000 – Paraíso, São Paulo

Temporada: 7 a 12 de dezembro

Horários: Terça a sábado, 21h e domingo 20h.

Ingressos: R$30,00 (inteira) e R$15,00 (meia-entrada)

Bilheteria abre uma hora antes do espetáculo ou antecipado pelo link Sympla

Classificação: 18 anos

Duração: 60 minutos

“Turma da Mônica em A Árvore de Natal” volta ao palco em São Paulo


Créditos: Divulgação / Caio Galucci


Vem aí o espetáculo musical da Mauricio de Sousa Produções. Turma da Mônica em A Árvore de Natal é uma grande aventura natalina em que Mônica, Cebolinha, Magali, Cascão e Milena têm de desvendar o mistério do sumiço dos pinheiros da cidade. A produção terá curta temporada nos fins de semana entre 04 e 19 de dezembro, no Teatro Bradesco, em São Paulo.

Turma da Mônica em A Árvore de Natal é apresentado pelo Ministério da Cidadania e conta com apoio da Panco e Sonda Supermercados. Além da Turminha, é claro que o Papai Noel e seus duendes não ficarão de fora desta animada história, além de outros personagens, como um repórter e um cientista.

A ideia de levar aos palcos uma história que nasceu nos quadrinhos e também já virou desenho animado foi de Mauro Sousa, produtor e diretor geral do espetáculo. “Este ano, o Natal será ainda mais especial para todas as famílias, depois do período pandêmico que passamos. Por isso, nosso objetivo é reafirmar a importância e a essência desta celebração, só que de um jeito diferente, com outras perspectivas e outros significados. Esperamos que todas as famílias possam refletir e se transformar com nossa história!”

O espetáculo segue todos os protocolos de segurança para o momento, como, por exemplo, a higienização do local a cada sessão, a obrigatoriedade do uso da máscara e, conforme o decreto municipal no 60.488, será exigido o comprovante de vacinação (no mínimo, a comprovação do recebimento da primeira dose) para pessoas cuja idade já tenha sido contemplada para tanto.

Sinopse:

É véspera de Natal e Mônica convidou todos os seus amigos para se divertirem em sua casa. Com ela estão Magali, Milena, Cebolinha e Cascão. No meio da diversão, o pai da Mônica traz uma notícia não muito boa: ele informa que acabaram todos os pinheiros da cidade e que, infelizmente, este ano, não haverá árvore de Natal.

A chateação e a tristeza são grandes, mas no meio desse clima, Cascão se lembra de que ainda há um único pinheiro remanescente no Morro Careca, próximo ao bairro do Limoeiro. Então, a Turminha resolve embarcar em uma aventura na esperança de ter sua árvore de Natal. O que eles não sabiam é que se encontrariam com personagens e situações inusitadas, que trariam novos significados e aprendizados sobre o Natal e a natureza.

Serviço

Turma da Mônica em A Árvore de Natal

De 04 a 19 de dezembro

Sessões:

Sábados às 16h e 19h

Domingos às 11h e 15h

Local: Teatro Bradesco (Bourbon Shopping São Paulo – Rua Palestra Itália, 500 – Loja 263, 3° Piso – Perdizes – SP)

Valor único por ingresso: R$80,00

Mais informações:

https://www.teatrobradesco.com.br/

Time For Fun abre audições para o musical “A Família Addams”


Créditos: Divulgação


Depois de uma pausa em suas produções por conta da pandemia, a T4F abre audições para o musical A Família Addams, em São Paulo. As audições acontecem de 14 a 20 de novembro, no Espaço 7.8.

Os interessados devem se inscrever através do link bit.ly/AudicoesAddams, onde é solicitado o currículo, uma foto e um vídeo onde o profissional deve cantar 16 compassos de uma canção de teatro musical, no estilo da música do musical A Família Addams. O material deve ser enviado até o dia 10/11.

Serão selecionados aproximadamente 400 candidatos. Depois de uma triagem serão escolhidos os artistas para as audições presenciais. Foi reduzido o processo de seleção presencial como medida de segurança. Só poderão participar da audição candidatos vacinados e os testes de dança serão realizados com pequenos grupos e agendamento de horário para não acontecerem aglomerações. O local escolhido para as audições também foi selecionado por questões de segurança, com janelas grandes e bem ventilado.

Confira os perfis procurados:

Gomez Addams – Cover/ 35 a 55 anos/ Tessitura vocal Bb2-G4 – Orgulhoso em ser um Addams, pai apaixonado por sua esposa e família. Na trama se coloca entre Mortícia e Wandinha sendo forçado a guardar segredos, se envolvendo em confusões repletas de humor. Ator com excelente tom de comédia e aptidão para dança.

Morticia Addams – Cover/ 35 a 55 anos/ Tessitura vocal G3-Bb5 – Linda, elegante e misteriosa líder da família. Acredita fortemente na tradição familiar. Confiante, sexy e dona de humor ácido. Atriz com excelente tom de comédia, e ótima aptidão para dança.

Wandinha Addams – 18 a 25 anos/ Tessitura vocal A3 -E5 – A irmã mais velha, gótica que tem o coração do seu pai e a sensibilidade da sua mãe, apaixona-se por um rapaz “normal” que ela traz para casa para conhecer os Addams. Wandinha demonstra compaixão, um pouco de teimosia e vontade forte. Excelente cantora (belt)

Feioso Addams – 10 a 14 anos/ Tessitura vocal A3 -F5 – O mais novo da Família Addams, Feioso adora ser torturado pela sua irmã mais velha. Na trama ele está tentando descobrir o seu lugar, agora que a irmã tem um novo namorado e as dinâmicas familiares estão se alterando. Feioso é encantador e engraçado.

Tio Fester – 30 a 50 anos/ Tessitura vocal C3-G4 (opcional C5) – Servindo como narrador do espetáculo, tio Fester é adorável, infantil e entusiasta. Tenor com um grande timing cómico. Habilidades de ukulele adicionais.

Vovó – 40 a 60 anos/ Tessitura vocal G4-F5 – Divertida e sabia, a avó tem sempre um truque na manga. Atriz com grande timing cômico e aptidão física.

Tropeço – 25 a 50 anos/ Tessitura vocal Eb2-E4 – Um homem de poucas palavras, Tropeço é o mordomo da Família Addams. Sua presença é acentuada por grunhidos, gemidos e movimentos deliberados. Deve ter grande capacidade de contar histórias de forma não verbal (expressões faciais e sons).

Mal Beineke – 35 a 55 anos/ Tessitura vocal C3-A4 – Rigoroso, pai de Lucas e marido de Alice. Conhece os Addams com ceticismo, os acha demasiado bizarros para o seu gosto, não consegue aceitar o fato de sua família estar se relacionando com eles.

Alice Beineke – 35 a 55 anos/ Tessitura vocal Ab3-G#5 – Mãe de Lucas e esposa de Mal, Alice é fortemente dedicada à sua família. Ela apresenta-se como reservada e recolhida (mesmo quando fala em rima) até aprender a soltar o seu lado selvagem ao jantar com os Addams. Atriz com excelente tom de comédia e cantora (belt).

Lucas Beineke – 18 a 25 anos/ Tessitura vocal C3-C5 – O romântico e esperançoso filho de Alice e Mal, Lucas apaixonou-se por Wandinha e pretende casar com ela. É otimista, e luta para encontrar o equilíbrio entre as famílias Beineke e os Addams.

Antepassados – Ensemble Feminino e Masculino – 18+/ Todas os registros vocais – Os antepassados Addams de várias épocas servem de coro para o espetáculo e ajudam a trazer a história à vida. Atores, cantores e bailarinos.

A Família Addams estreia dia 10 de março, no Teatro Renault. A Direção Geral e Set Designer é de Federico Bellone, Supervisão Musical; Miguel Briamonte, Direção Musical; Thiago Rodrigues e figurinos; Fabio Namatame.

Renata Ricci homenageia Carmen Miranda em “Pra Você Gostar de Mim”


Créditos: Lua Fioli


Foi durante o assustador, porém encorajador, hiato provocado pela pandemia, que a atriz e cantora Renata Ricci, conhecida de diversos trabalhos nos palcos e na TV, encontrou forças para tirar do papel um desejo antigo do coração: homenagear Carmen Miranda, a estrela que fincou uma bandeira verde e amarela no exterior. Construído há poucas, porém cuidadosas mãos, o espetáculo-show “Pra Você Gostar de Mim”, que faz recortes da vida e obra da famosa luso-brasileira, realiza apresentações gratuitas dias 29 e 30 de outubro, às 20hrs, no YouTube.

O projeto, que deriva de uma ideia ainda maior, pensada para celebrar a história das talentosas irmãs Carmen e Aurora, em “As Irmãs Miranda”, previsto para 2022, é fruto de uma conexão antiga, que começou ainda na infância, entre Renata e a dona das mais de 300 canções registradas no Brasil e EUA, e que ganhou força na adolescência, quando a artista passou a se interessar por teatro e conhecer as obras da “Pequena Notável” para o cinema, porém, foi através de um mergulho em sua biografia, que ela descobriu motivos que mereciam os palcos.

“Me apaixonei primeiro por sua figura, depois por sua história. Quando pensava na Carmen, antes de estudá-la, naturalmente me vinha em mente os chapéus e as frutas, mas depois de conhecê-la, penso primeiro nela como uma mulher à frente do seu tempo, muito apaixonada pelo que fez, desbravadora e que abriu caminho não só para as mulheres – ainda que principalmente para elas –, mas para um país. Fiquei anos gestando essa ideia, de fazer algo sobre essa pessoa extremamente carismática e com uma história pessoal incrível”, diz.

Créditos: Lua Fioli

Criado para ser apresentado com público presente e em formato de show, o projeto, dirigido por Celso Correia Lopes e Ricci, e com direção musical e arranjos de Reinaldo Sanches, ganhou novos contornos com o texto de Guilherme Gonzales, e precisou ser adaptado para o audiovisual em decorrência do momento atual. Avessa ao conceito do teatro filmado, Renata optou por aderir a um novo formato, com linguagem própria e que se aproximasse mais do cinema, o que resultou em um média-metragem, de 40 minutos de duração.

A história parte de uma passagem da artista pelo Brasil, em 1940, quando foi vaiada pelo público durante um show no Cassino da Urca, levando-a a crer que o motivo era o desgosto do povo brasileiro, em se ver estereotipado em sua representação, mas na verdade, o movimento contrário a ela fora motivado por questões políticas, em função da 2ª Guerra Mundial. Deste ponto em diante, o público acompanha Renata, solo em cena, em um encontro fictício, entre Carmen e um psicólogo, onde ela vai contando e cantando sobre emoções e sensações da estrela, apoiada em canções, por vezes responsivas, como “Disseram que Voltei Americanizada”.

Embalado por hits como “Adeus Batucada”, “Tico-Tico no Fubá” e “South American Way”, o musical, que deve chegar ao palco em 2022 como um monólogo teatral, conta com quatro músicos, Mica Matos, Rayra Maciel, Reinaldo Sanches e Samuel Morales, o visagismo de Anderson Bueno, e o figurino da So Croppeds com toques da própria Renata, que também assina a produção geral junto de Michele Narcizo.

Entre a tela e o palco

Em paralelo ao mergulho na vida de Carmen Miranda, Renata celebra a retomada da Cultura e a reabertura dos teatros abrilhantando o elenco de “Barnum – O Rei do Show”, musical em cartaz no Teatro Opus, em São Paulo, onde pôde resgatar o prazer diferente que é fazer parte de um projeto não realizado e produzido por ela, como os mais recentes “French Kiss” e “Cantrix canta Gil”, que exigem um olhar cuidadoso ampliado e uma função multitarefa. Esse é o 9º musical do circuito Broadway e Off-Broadway da atriz, que já pôde ser vista em “Sweet Charity”, “Avenida Q”, “Gypsy”, “As Bruxas de Eastwick”, “Xanadu”, “Como Vencer na Vida Sem Fazer Força” e “Forever Young”, além de obras brasileiras como “S’imbora, O Musical – A História de Wilson Simonal” e “Hebe – O Musical”, onde deu vida à Lolita Rodrigues.

Créditos: Rodrigo Lopes

Em meio às cores e movimentos do lúdico universo circense de “Barnum”, com o qual não mantinha relação até então, ela chegou a questionar se ainda saberia “fazer teatro” antes do início dos ensaios, considerando o impacto sentido pela paralisação do Coronavírus, que se estendeu por 18 meses. Mas bastaram os primeiros encontros com colegas e a rotina necessária na construção de um espetáculo, para descobrir que o seu saber estava intacto, e que ainda poderia ir além, enfrentando o medo do desconhecido e encarando aulas de trapézio para entrar em cena como cover da personagem Jenny Lind, uma das mais famosas cantoras do século XIX.

“Está sendo muito bom resgatar esse pedaço de mim, lembrar como era, e em ‘Barnum’, especificamente, pois estamos tendo uma recepção da plateia que, para mim, era inesperada. Então, além de estar voltando para o ao vivo, pós pandemia, é especial estar em um espetáculo que não é qualquer espetáculo, que está muito amarradinho e tem conquistado o público. Desde ‘Avenida Q’ não vejo rostos tão arrebatados e entregues na plateia, e isso é muito gostoso, ver adulto com cara de criança torna tudo muito mais mágico”, finaliza.

SERVIÇO:
Exibições: 29 e 30 de outubro, 20h
Acesso: youtube.com/renatinharicci
Gratuito