Casa Natura Musical oferece programação paralela em celebração à Parada LGBT


Créditos: Divulgação / Casa Natura Musical


Na Casa Natura Musical, dois eventos que celebram à diversidade acontecem antes e depois da Parada LGBT (23 de junho): No dia 21 de junho, o espaço recebe o Pajuball – Baile de Vogue, festa do Coletivo Amem com entrada que terá, como abertura, performance da multiartista Jup do Bairro; uma Ball com doze categorias inspirada nas festas LGBT estadunidenses dos anos 70; e edição inédita da festa Amem. Já no dia 28 de junho, a Casa recebe uma edição da festa Batekoo, que terá como convidadas especiais as artistas Lei di Dai, Deize Tigrona e Mis Ivy.

O Pajuball – Corpos em Performance, acontece no mesmo dia da 2ª Marcha do Orgulho Trans de São Paulo e antecede a 3ª Parada Preta. Idealizado pelo Coletivo Amem, o evento propõe a união da cultura Ballroom e o dialeto Pajubá, comunicações verbais e corporais criadas pela comunidade LGBTI+. A noite será composta por mesa de debate, competições (Ball) e performance da artista trans Jup do Bairro – O evento ainda celebra 50 anos da revolta de Stonewall, rebelião iniciada pelo movimento trans que deu origem a toda a luta por direitos LGBT no mundo.

Créditos: Divulgação / Casa Natura Musical

O começo da noite será composto por uma mesa de discussões encabeçada por artistas e performers sobre a cultura Ballroom, trazendo questões presentes nos dias de hoje, como as diferentes identidades de gênero e o protagonismo das travestis, pessoas trans e negras em movimentos políticos e sociais como o Stonewall, muitas vezes referenciados como conquistas apenas da população masculina e branca.

A Batekoo é uma festa criada e produzida por pessoas negras e tem como tema o cenário de músicas black do Brasil e do mundo. Esse cenário englobaria rap, hip hop, funk carioca, R&B, Trap, Urban, kuduro, reggae e demais estilos musicais relacionados com a cultura negra. A festa pode ser definida como a mistura de uma festa black que acontece nos guetos dos estados unidos com os bailes funks que acontecem nas periferias de cada cidade que a festa é realizada.

Créditos: Divulgação / Casa Natura Musical

Nesta edição, repleta de dancehall, funk e ragga, as convidadas serão as artistas Lei Di Dai, Deize Tigrona e Mis Ivy. A noite promete ser de muito poder feminino, pois Lei Di Dai e Mis Ivy são duas das maiores artistas de dancehall e ragga no Brasil, enquanto Deize Tigrona é uma das pioneiras do funk carioca e, em 2019, completa 20 anos de carreira.

Serviço

Pajuball – Corpos em Performance
Dia 21 de junho – sexta, 23h. Abertura da casa: 21h30
Ingressos: Gratuito
Classificação: 18 anos.Duração: 90 minutos.Capacidade: 710 lugares.

Serviço

Batekoo SP convida Lei di Dai, Deize Tigrona e Mis Ivy

Dia 28 de junho – sexta, 23h. Abertura da casa: 21h30

Ingressos: Pista Lote 1 – R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia). Pista Lote 2 – R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia). Pista Lote 3 – R$ 50 (inteira) e R$ 25 (meia). Pista Lote 4 – R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia).

Classificação: 18 anos.

Duração: 90 minutos.

Capacidade: 710 lugares.

CASA NATURA MUSICAL
Rua Artur de Azevedo, 2134, Pinheiros, São Paulo, tel: (011) 3031-4143
Ingressos sem taxa de conveniência na bilheteria da Casa
Ingressos podem ser pagos com dinheiro, cartões de crédito e débito
Horário da bilheteria: de terça a sábado, das 12h às 20h. Segundas e domingos, quando houver show. Em dias de espetáculo, a bilheteria fecha mais tarde, até uma hora após o início da apresentação.
Venda de ingressos: www.casanaturamusical.com.br
Venda para pessoas com deficiência: 4003-6860

Pabllo Vittar estrela ensaio inspirado na atmosfera do filme “Aladdin”


Créditos: Priscila Prade


A cantora Pabllo Vittar é a estrela de um ensaio com inspiração no rico e diverso reino de Agrabah, local onde se passa o filme “Aladdin”, novo filme da Disney. Pabllo Vittar, que é fã do clássico, considera a experiência uma realização de um sonho.

Com quatro looks diferentes que se conectam com o visual dos habitantes de Agrabah, a cantora mergulhou no universo de “Aladdin” com roupas e acessórios inspirados com cores vivas e acessórios exuberantes. As fotos foram clicadas no Bar dos Arcos – localizado no subsolo do Theatro Municipal de São Paulo – e que remete à arquitetura do mítico reino.

Créditos: Priscila Prade

João França, stylist do ensaio, conta que adorou a experiência de reproduzir para a atualidade esse clássico da Disney. “Eu procurei trazer referências clássicas do filme, de uma forma moderna. Peguei os tons de cores e de acessórios e trouxe para uma releitura moderna, como por exemplo num slip dress, fazendo as brincadeiras de sobreposição. Todos os looks tinham bastante cor e vida e são a cara da Pabllo”.

Vittar, que atualmente investe em sua carreira internacional e se tornou referência da música pop brasileira foi clicada pela fotógrafa Priscila Prade, especialista em ensaios de moda, beleza e retratos.

Créditos: Priscila Prade

Uma emocionante adaptação em formato live-action do clássico de animação da Disney, “Aladdin” é a empolgante história do adorável Aladdin, da corajosa e determinada Princesa Jasmine e do Gênio, que pode ser a chave para o futuro deles.

Dirigido por Guy Ritchie, que empresta seu talento singular para ação visceral de ritmo acelerado à fictícia cidade portuária de Agrabah, “Aladdin” foi escrito por John August e Ritchie, baseando-se na animação “Aladdin”, da Disney. O filme é estrelado por Will Smith como o extraordinário gênio, Mena como o charmoso malandro Aladdin, Naomi Scott como Jasmine, a linda e determinada princesa, Marwan Kenzari como Jafar, o poderoso feiticeiro, Navid Negahban como o sultão preocupado com o futuro de sua filha, Nasim Pedrad como Dalia, a melhor amiga e confidente da princesa Jasmine, Billy Magnussen como o belo e arrogante pretendente príncipe Anders e Numan Acar como Hakim, o braço direito de Jafar e capitão dos guardas do palácio.

Em livro, Luisa Marilac relembra fatos de sua vida e faz revelações bombásticas


Créditos: Reprodução / Instagram


Influenciadora Digital, a travesti Luisa Marilac está lançando, pela Editora Record, seu livro intitulado Eu, Travesti, em parceria com a jornalista Nana Queiroz. Nele, Marilac traz relatos sobre acontecimentos e dificuldades de sua vida. Entre eles, uma tentativa de assassinato é relembrada.

Foram 3 anos de muitas conversas, pesquisas e memórias revisitadas. Marilac e Nana chegaram a ir, juntas, para um tradicional ponto de prostituição em Guarulhos, cidade onde vive Luisa Marilac.

Créditos: Divulgação

Aos 41 anos de idade, Luisa Marilac é ativista LGBT, e segundo ela, o objetivo da obra é ajudar outras travestis e pessoas que sofrem com a discriminação diariamente.

A Influencer ficou conhecida após o meme “Se isso é estar na pior…”, onde aparece Luisa em uma piscina, segundo ela mesma, tomando uns “bons drinks”. O vídeo, rapidamente, se tornou febre e as famosas frases ditas por ela não saem da boca dos mais conectados até hoje.

Serviço:

Eu, Travesti

Editora: Record

Autoras: Luisa Marilac e Nana Queiroz

Número de Páginas: 196

Daniela Mercury confirma presença na 23º Parada LGBTQI+ de São Paulo


Créditos: Célia Santos


Os nomes dos artistas que agitarão a 23º parada LGBT de São Paulo estão começando a surgir. Após o anúncio da criação do primeiro camarote comercializável da Parada, o Camarote Pride anunciou na tarde desta quarta que Daniela Mercury é uma das atrações do espaço. Ela será coroada rainha do Camarote Pride – no Conjunto Nacional e fará uma rápida apresentação para o público presente.

“Estar em São Paulo no dia da Parada gay é uma alegria imensa! O momento é de luta e espero que já façamos esta Parada comemorando a criminalização da homofobia, que tem votação marcada no STF para o próximo dia 23. E vai ser uma experiência diferente para mim ver a parada de camarote…. quem sabe eu não apareço na varanda para dar um ‘oi’ para a Paulista inteira. Risos”, diz Daniela.

Créditos: Celia Santos

“A escolha de Daniela para nosso camarote se dá, além da artista de carreira espetacular, à força da cantora na luta pela igualdade dos LGBTQI+ e seu engajamento em apresentações, discursos e entrevistas, sobre o assunto. Estamos muito orgulhosos de termos uma artista desse porte levantando a bandeira conosco”, afirma Guto Melo, idealizador do projeto.

A varanda do Conjunto Nacional foi escolhida para a realização da primeira edição do Camarote Pride, que terá ainda atrações dentro do ‘Blue Note’, o mundialmente conhecido bar, em funcionamento no local. Além de Daniela, a Festa Gambiarra, o duo de Djs Kidzz (Leandro Buenno e Renan Martelozzo) e Dj Claudio Jr. são algumas das atrações já anunciadas do camarote, que terá 8 horas de atrações, serviço open bar, além de open food.

Privando luxo e sofisticação, o espaço, em uma das esquinas mais emblemáticas de São Paulo – Av. Paulista com Rua Augusta, tem capacidade para apenas 527 pessoas e traz, além das atrações especiais, pacotes extras de experiências para turistas que estiverem na capital para a semana da diversidade, como vôos em helicóptero e jantares em restaurantes de luxo, nos dias que antecedem a Parada Gay.

A venda do camarote se inicia na manhã desta quinta-feira (16) e terá condições especiais para quem fizer cadastro pelo site www.camarotepride.com.br.

SERVIÇO:

CAMAROTE PRIDE

23 de junho de 2019

Das 11h30 às 19h30

Conjunto Nacional – Esquina da Av. Paulista com Rua Augusta

Open Bar e Open Food

Atrações:

– Gambiarra, A festa

– DJ Claudio Jr.

– KIDZZ (Leandro Buenno e Renan Martelozzo)

Valores:

A partir de R$ 897,00 (de acordo com lote)

Pacote com experiências extras: a consultar no site

Site: www.camarotepride.com.br

Acesso a deficientes

Proibido menores de 18 anos

Pagamento em até 10x

Aceitamos todos os cartões de crédito

10 séries sobre a Homofobia


Créditos: Reprodução / Netflix


A Homofobia, até os dias de hoje, é uma questão importante a ser discutida e principalmente, combatida, pois é causadora de diversos problemas entre adolescentes e adultos homossexuais. Mas ao mesmo tempo, uma diversidade de séries aborda o tema, quase sempre por meio de personagens incríveis que conseguem passar por cima desse mal e que conseguem se aceitar como são. Veja, a seguir, 10 exemplos de séries que fazem isso muito bem!

Sense8

Créditos: Divulgação / Netflix

A trama acompanha oito pessoas de diferentes nacionalidades, etnias, crenças, orientações sexuais e identidades de gênero, que descobrem uma conexão entre si e aos poucos, vão se aproximando, até que precisam encarar o desafio de fugir de seu próprio extermínio.

The Fosters

Créditos: Divulgação

Stef e sua parceira Lena formam uma família multirracial com dois filhos adotivos e um biológico. O casal acolhe temporariamente a jovem Callie, mas seu comportamento causa dúvidas sobre uma possível adoção. A série traz a representatividade de uma forma muito forte, retratada por uma família com diversas personalidades, convivendo entre si harmoniosamente.

Please Like Me

Créditos: Divulgação / Netflix

A série australiana acompanha a história do jovem Josh, que, aos poucos, aprende a lidar com sua homossexualidade após se descobrir gay. Seu processo de auto aceitação inclui os problemas comuns de todo adolescente, como problemas psicológicos que a fase pode trazer para um jovem como ele.

Queer as Folk

Créditos: Divulgação

A série acompanha a rotina de cinco gays da Pensilvânia, com sua rotina que inclui temas como AIDS, homofobia, militância gay e tudo que faz parte do universo desses jovens.

Transparent

Créditos: Reprodução/Amazon Studios

A produção acompanha os Pferffeman, cuja vida muda após a descoberta de que o patriarca Mort é uma mulher transgênero. As relações entre Maura, nome que ela adota, e os filhos adultos, Sarah, Josh e Alexandra são o centro da série, que dá um grande exemplo de tolerância em lugar da homofobia.

Modern Family

Créditos: Divulgação

Na série, um casal de homossexuais enfrenta todos os preconceitos de forma bem humorada. O pai de um deles não lida bem com a condição do filho, que brinca com os estereótipos da comunidade. Apesar de todo o bom humor, a série trata do assunto com a seriedade que precisa ter.

Glee

Créditos: Everett Collection

Uma das séries de maior sucesso entre os jovens, Glee abordou temas importantes como o bullying e a própria homofobia, por meio de jovens que se tornavam amigos por características em comum. A música era o pano de fundo de temas mais sérios e que não precisam ser tratados de forma negativa para ter seu valor.

Grey’s Anatomy

Créditos: Reprodução

A produção acompanha a rotina do Seattle Grace Hospital e seus diversos funcionários, que incluem personagens LGBTs e também traz uma discussão importante sobre bissexualidade.

Orange is the New Black

Créditos: Reprodução / Netflix

A trama, que é sucesso entre os fãs de séries, acompanha a rotina em uma prisão, onde diversos tipos de mulheres de personalidades bem diferentes precisam conviver entre si. O destaque fica por conta da personagem Sophia Burset, que tem de lidar com a homofobia por ser transgênero.

One Day at a Time

Créditos: Reprodução / Netflix

A série, que traz como personagem central a mãe de família Penélope, trata de diversos assuntos como o preconceito por tratar-se de uma família cubana morando na América, incluindo os estereótipos que as pessoas colocam em pessoas estrangeiras, além da homofobia, que vem à tona através da jovem Elena, que se descobre homossexual em plena adolescência, tendo de lidar com a homofobia do próprio pai. Mas com jeito, a moça mostra a ele que é uma garota comum, e continua sendo a mesma, após essa mudança.

Aproveite para maratonar as séries, refletir e fazer a sua parte na luta contra a homofobia!

Últimas semanas de ‘De Volta a Reims’, peça que discute a subjetividade gay


Créditos: Cacá Bernardes


Segue em cartaz no Viga Espaço Cênico o espetáculo De Volta a Reims, livremente inspirado no relato autobiográfico Retour à Reims, escrito pelo filósofo francês Didier Eribon em 2009. A peça tem direção de Cácia Goulart com assistência de Emerson Rossini, texto de Reni Adriano e interpretação de Pedro Vieira, indicado ao prêmio Shell de Melhor Ator em 2016 com o espetáculo Eu Tenho Tudo, também dirigido por Cácia Goulart.

O desejo de montar De Volta a Reims partiu do ator Pedro Vieira, que assistiu uma adaptação da obra de Eribon no Festival de Avignon em 2017. O enredo acompanha o retorno de um intelectual à sua terra natal, onde se depara com um cenário político e social completamente diferente do da época em que morava lá, mais de 30 anos atrás. Entre os questionamentos que o acometem, estão sua relação com a própria sexualidade, alvo de ataques homofóbicos no tempo em que vivia no local, e o contexto operário que mudou completamente de perfil nas últimas décadas. Para Cácia Goulart, diretora da montagem, a interpretação de Pedro trafega pelo drama e pela filosofia, o que conecta suas memórias e realidade histórica às narrativas de Eribon.

“Além de atual o tema é universal e, quando escrito, já antecipava a ascensão da ultradireita e do neoliberalismo no mundo. Tivemos vivências diferentes mas, todos nós, em algum momento da vida, de algum modo tivemos experiências ligadas à homofobia, questões ligadas a raça e posição social. Tudo isso nos move a mergulhar nesse trabalho”, conta Emerson Rossini, assistente de direção e produtor de De Volta a Reims. Cácia Goulart complementa: “Proponho uma encenação que valorize sobretudo a dramaturgia construída a partir do que é essencial na obra original: a força absoluta do texto como um tecido de ideias necessárias ao nosso tempo”. Tais questões foram trazidas à cena por meio do texto, som e imagens que acompanham as memórias do personagem.

Créditos: Cacá Bernardes

“Alarmado com a ascensão galopante da extrema direita na Europa e a aceitação crescente dos discursos e práticas xenófobos junto às classes trabalhadoras, o autor faz ainda uma ferrenha crítica à esquerda, por esta não ter mais um projeto de mundo e, nas últimas décadas, ter feito coro aos discursos neoliberais”, pontua o dramaturgo Reni Adriano, complementando que também é possível observar no Brasil um movimento de esquerda desarticulado, que possibilitou o crescimento de práticas políticas autoritárias e desalinhadas aos interesses do povo.

O livro Retour à Reims será publicado no Brasil em breve e já foi traduzido três vezes para o inglês – nos Estados Unidos, Inglaterra e Canadá – e uma na Alemanha. Didier Eribon é mais conhecido mundialmente por ser autor da biografia de Michel Foucault, mas seu livro de memórias lançado em 2009 tem recebido acolhida calorosa em todo o mundo, tendo sido adaptado para o teatro em três países: França (Laurent Hatat, 2014), Alemanha (Thomas Ostermeier, 2017) e Bélgica (Stéphane Arcas, 2017).

“É um relato sobre a luta para se libertar de um meio social operário homofóbico e a impossibilidade de reconciliar-se com as classes populares representadas pelos próprios pais e irmãos, trinta anos depois. A constituição da identidade sexual do autor aparece como um profundo projeto político de libertação e questionamento do poder, ao mesmo tempo em que a sexualidade torna possível o ‘milagre’ de sua ascensão social e intelectual, elevando-o a uma classe média cultural que o distancia para sempre dos afetos familiares”, sintetiza o dramaturgo Reni Adriano, complementando que o texto acompanha a volta do personagem à sua cidade de origem após a morte do seu pai, o que desencadeia muitas dessas reflexões.

Créditos: Cacá Bernardes

“Essa fusão de realidades universaliza o sentimento de resistência à força conservadora que cresce em muitas partes do mundo, e de forma assustadora no Brasil, onde a situação nos parece ainda mais grave, porque somos uma frágil e jovem democracia assolada por um golpe político cujo resultado, entre outras catástrofes sociais e econômicas, é o sufocamento crescente de uma cultura miscigenada e vibrante”, diz Cácia Goulart.

O assistente de direção Emerson Rossini, que já trabalha em parceria com Pedro há mais de vinte anos, conta que a diretora optou por uma encenação simples, necessária para que se evidencie o texto interpretado por Pedro e sua correlação com as projeções que o acompanham. “Pedro nasceu em Palmeiras dos Índios, em Alagoas, e veio para São Paulo aos 17 anos. Sua história também tem relações fortes com o relato de Eribon e de Reni”, conta Emerson.

Cácia Goulart reforça que o mergulho do ator nas próprias memórias e nas questões propostas por Eribon é urgente para um processo de reparação histórica à nossa trajetória de país colonizado, sempre sujeito a todo tipo de violência. “A partir de um minucioso trabalho em sala de ensaio, o ator evoca suas próprias afecções em contato com a contundência crítica de Eribon, jogando com as suas memórias, iconografias, cantigas e outras expressões culturais locais para criar um espaço de desnudamento, de ‘cara lavada’, posta diante de outros seres humanos”, finaliza.

SERVIÇO

De Volta a Reims

Até 26 de maio de 2019

Sextas e sábados, às 21h, e domingo, às 19h

Local: Viga Espaço Cênico (Rua Capote Valente, 1323 CEP: 05409-003). Entre a rua Heitor Penteado e a Amália de Noronha, próximo ao metrô Sumaré. Tel: (11) 3801-1843. Capacidade: 73 lugares.

Classificação indicativa: Livre. Duração: 90 minutos

Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia)